As três irmãs. Duas levadas, uma com pé no chão, esta última a mais sábia, sabe tricotar. Uma diz;"cairei e acertarei o solo" ; e a outra:"Dos galhos não cairei "!
Porém, a mais sábia ensimesmada e teimosa preferiu um guarda-chuva para aparar aquelas tontas.
"Vamos embora que minha matemática não é para esse lugar!"
As árvores tremeram ante um terremoto, as folhas atreviam-se a se elevar com o vento. A sabichona meninona ( ui! ) temeu afundar no solo e riu nervosa, calculando suas chances. Calcular era seu forte...
As de cima responderam tardiamente:
"Irmã do chão, pule para as árvores! Pode ser perigoso ir para as profundas!"
E os cálculos da sabida menininha, com dedos e lápis agéis, previu que se conformar como está não irá tão fundo na terra nervosa.
Disse esta:"Se estou entre raízes elas serão mais seguras e abandono este guarda-chuva inútil e observo os atos de minhas outra irmãzinhas, snif!"
Ao começar o choro a sabidinha sentou-se nas raízes da árvore onde estavam as outras duas lá no alto. Olhou pra cima e as folhas dos galhos de lá não caíam! Estranho, mas o seguro e astúcia morrem de velho...
Duas parecem flutuar numa enganação de galhos em galhos. O vento furioso se aquietou minutos depois e as árvores enormes e baratinadas (sic) se viram aliviadas da tormenta e do terremoto esquisito. Aquelas meninas lá do alto não saberiam se podiam descer. Que dificuldade!
A CDF com a sombrinha ( ou guarda-chuva mutante? ) choramingava e as suas irmãs ficaram preocupadas. Viram que as raízes eram quadradas à distância.
E já que eram em dupla lá em cima não podiam a se atrever mudar o erro que cometeram e ao ver a irmãzinha sabidona ( ui! ) só gritaram:
"Mana, calcule pela raíz aí do lado e tire a razão de 4 para nós!"
"Isso dá dois!" - disse a Nerd florestina ( ui! ) com grito alto.
"Se der dois é cardinal masculino, então o feitiço da floresta nos transformará em meninos e seremos pesadas demais! E cairemos e fugiremos daqui! Então cante uma poesia mágica!"
A inteligente garotinha entendeu e lembrou-se da mágica da feiticeira do sobrado à beira da floresta. E tenta que tenta e não lembra tudo...
As outras lá em cima não poderiam descer, pois o espírito da matemática as mantém no ar! Que calamidade florestal, diriam os lenhadores descalços.
"Bom então lá vai:
Ai.Destemido verde infante/ de adulto foste mimo/sua mãe clorofila/conceda-me forças telúricas/evite que o irmão da Algébra/ este que interceda por mim/ e faça o rei da matemática o bom-bom senhor!" - cantou em verso a CDF pequetita. E soluçou.
 De repente um estrondo e um riso ecoaram em redor de tudo, mas o efeito limitado da poesia parecia ambíguo! E a voz do rei da Álgebra se fez notar.
- QUEM CHAMA E QUEM PEDE, FEI-FA-FUM, estou em número um!"
A geek em pranto disee a ele que era as suas irmãs que não desciam pro chão por causa da magia do deus da matemática! "Faça alguma coisa, ó senhor!"
- Não sabes que errou uma palavra, que se chama rei, mas esse não é o nome do Espírito da Matemática! Erraste o canto antigo! Então te darei como benção que suas irmãs virem meninos e terão os pintinhos do corpo de côr verde! Ah, ah, ah, ah!
- E o que acontece depois? elas voltarão a ser meninas novas?
- NÃO! - gritou o estrondoso patriarca da Algébra.
E um silêncio reinou por minutos diante daquela negação.
- Então serão dois irmãos para sempre porque errei uma palavra?
- SIM!
- Então, que seja e não me explique porque! - gritou resoluto a menina.
Uma fumaça exótica se embrenhou sorrateira ao chão da floresta e algumas vozes discutindo se fizeram rimbombar pela selva. Alguém recitou, talvez uma fada ou um elfo ( sabe-se lá! ) e logo depois uns riscos com símbolos matemáticos se espalharam em todas as cascas das árvores! E um vozeirão gritou ao longe.
- ESTÁ FEITO, MENINA! A ALMA CARIDOSA DO ESPÌRITO DA MATEMÁTICA
PERDOU AS TRAQUINAGENS DAQUELAS DUAS! AGORA, VEJA...!
As garotinhas cairam lá de cima e gemeram algo antes de cair no chão. Num instante a CDF viu dois meninos pelados, cabeludos e com os piu-pius brilhando com côres douradas. Muito estranho! As duas falaram que suas xaninhas se estufaram pra fora e sentiram dôres que passaram rápido.
"Ah, agora só podemos correr e pular por aí! E teremos que namorar meninas, argh"!
- Falei para que voltassem para o chão imediatamente e nunca sempre me obedeceram! Viu só! Papai e mamãe vão brigar conosco e adorar com vocês, mas eu estarei sozinha sem irmãs queridas e amadas de antes! Buá, buá, snif...

  ( De cálculo se faz milagres, mas a natureza disfarça a conta) - Jú.