Universidade Federal de Mato Grosso

Campus Universitário de Rondonópolis

Instituto de Ciências Humanas e Sociais

Departamento de História

Discente: Gilva Eloísa Borges Nunes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Biojóias e o Significado das Sementes no Artesanato em Rondonópolis-MT

 

 

 

 

 

 

Rondonópolis-MT

Setembro-2010

 

 

Gilva Eloísa Borges Nunes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Biojóias e o Significado das Sementes no Artesanato em Rondonópolis

 

                                                       

Projeto apresentado como exigência parcial para a aprovação na disciplina de Seminário de Pesquisa, ministrada pelo professor Dr.Renilson Rosa Ribeiro, oferecida pelo Departamento de História do Campus Universitário de Rondonópolis.

 

                                                 Profesor(a): Dr. Renilson Rosa Ribeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rondonópolis-MT

Setembro-2010

Sumário

 

 

Introdução..................................................................................................................4

Tema e Objeto............................................................................................................5

Justificativa................................................................................................................6

Problemátização.........................................................................................................7

Objetivo Geral e Específico.......................................................................................8

Metodologia...............................................................................................................9

Revisão Literária......................................................................................................10

Cronograma de Atividade........................................................................................11

Referência Bibliográfica...........................................................................................12

Introdução

 

 

Neste trabalho pretendo demonstrar o significado do artesanato feito com sementes, para esclarecer algumas problemáticas levantadas com o tema em questão.

            Tentarei mostrar também o quanto as pessoas desvalorizam esta arte, não dando valor em algo provido da própria natureza. Tentarei fazer com que os leitores vejam o quanto é lindo algo que tem um significado e que faz uma mulher ou até mesmo um homem, ficarem mais belos.

            Pretendo relatar a diferença dos preços estipulados para vendas dos mesmos, e se as pessoas que produzem artesanato com sementes sabem o significado de cada peça produzida e seu valor cultural.

            Enfim pretendo algo que possa mudar opiniões e contribuir para um novo olhar para este tipo de artesanato, conhecido como confecções de biojóias.

            As biojóias ou ecojóias, são peças elaboradas artesanalmente, como colares, pulseiras, anéis, brincos, acessórios em geral, utilizando recursos naturais, como o bambu, madeiras, cipós, casca de coco, penas e outros materiais provenientes da natureza.

           

Tema e Objeto

 

 

            O presente projeto de pesquisa se insere no campo da história cultural e busca compreender o significado das sementes no artesanato, dentro do qual trataremos da questão da importância dos significados das sementes no artesanato, para seus consumidores. Nosso objeto de pesquisa, portanto será, o estudo sobre o significado das sementes no artesanato local para as pessoas que as produzem, na região de Rondonópolis-MT.

Justificativa

 

 

            Este projeto surgiu de algumas problemáticas levantadas tais como: O porquê de um brinco ser tão chamativo, o porquê de um colar ter sementes tão coloridas, entre outras, pois vejo que muitas pessoas não reconhecem na maioria das vezes o trabalho realizado pelos artesãos com a utilização de sementes.

            Podemos perceber em nosso Campus Universitário em algumas exposições de artesanato e no centro de Rondonópolis que os artesãos não tem um preço estipulado para estas peças feitas com sementes naturais, às vezes nos deparamos com preços tão altos que nos perguntamos o porquê do mesmo, mas mesmo assim compramos, pois é lindo, é perfeito, é algo que realmente irá destacar a beleza da mulher.

            Fico maravilhada ao ver este tipo de artesanato, por isto acho que devo esclarecer algumas dúvidas, não só para mim como para outras pessoas que se interessem pelo assunto, pois no Brasil, as biojóias estão sendo produzidas, principalmente, nos Estados do Pará (Pólo Joalheiro), Amazonas, (ofertada em shopping centers e no aeroporto internacional) e Acre, onde o mercado, nos últimos anos, vem se desenvolvendo rapidamente.

Além de suas importâncias ao meio ambiente, e suas belezas, as biojóias também podem criar novas oportunidades de trabalho, elas ajudam na busca de desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente.

           

Problematização

 

 

            Muitas pessoas em Rondonópolis compram peças de artesanatos feitos com sementes só porque acham “bonitinhos” ou porque realmente sabem que cada semente colocada nessas peças tem um significado? Porque preços tão variados? Porque algumas peças são tão exuberantes? Porque outras são tão discretas? O que provoca o gosto pelo uso de peças feitas com sementes? Será que as pessoas conhecem o significado das sementes utilizadas nas peças? Será que têm a noção da relação das peças com o meio ambiente e com a cultura de alguns povos?

Deste modo, desenvolverei o projeto de maneira que eu tenha um esclarecimento sobre as problemáticas levantadas com o intuito de mostrar algo para a população de Rondonópolis que possa contribuir para maior valorização das biojóias, ou seja, de peças de artesanato feitas com sementes que possuem uma autosustentabilidade, no âmbito do desenvolvimento sustentável, e que remete há uma representação de nossa cultura e de nossos valores.

           

Objetivo Geral

 

 

            Mostrar a utilização das sementes no artesanato local e o real significado das peças de biojóias e ecojóias produzidas para as pessoas que as produzem e também para as que as utilizam.

 

Objetivo Especifico

 

 

  • Identificar o tipo de sementes utilizadas e os significados das mesmas.
  • Mostrar o valor artístico e cultural das peças biojóias e ecojóias para os artesãos.
  • Identificar o que os consumidores de biojóias e ecojóias pensam a respeito das peças adquiridas.
  • Mostrar a importância das biojóias e ecojóias no meio ambiente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Metodologia

 

 

Iniciarei este projeto com leitura e fichamento para ter uma base inicial do assunto, logo após como segundo passo farei um levantamento de dados através de entrevistas com pessoas de Rondonópolis que produzem estes artefatos para conhecer a opinião dos mesmos. Para termos uma base de como funciona o processo de montagem de uma Biojóia, eu, Gilva Eloísa Borges Nunes, produzirei uma. Ela se tratara de um brinco, feito do fruto da árvore do Guatambu (Aspidosperma Macrocarpon) que é uma vegetação típica do cerradão, são árvores hermafroditas de até 15m; encontradas em Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do sul, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Tocantins. A semente passara por um processo de coleta no Campus da UFMT de Rondonópolis, logo depois o de secagem, para obter uma qualidade e uma durabilidade melhor da peça, depois a mesma ira passar por um processo de polimento, perfuração, envernização e por fim montagem. Depois farei a transcrição das entrevistas feitas finalizando com a análise do material comentado.

Revisão de Literatura

 

 

Para a realização desta pesquisa dialogarei com os autores que trabalham no campo da história, das artes e da cultura.

Utilizarei dados disponibilizados em sites eletrônicos sobre biojóias feitas com sementes. De acordo com a pesquisa, as sementes são as principais matérias-primas usadas pelos artesãos para a produção de jóias. Açaí, Tucumã, Babaçu, entre outros tem conquistado não só o mercado brasileiro como também o mercado europeu.

Com isto podemos perceber que o consumo desse tipo de artesanato é bastante consumido seja por causa da valorização pelo trabalho ou até mesmo pela admiração e o encanto pelas peças.

Muitas vezes também utilizamos algo e desvalorizamos as botânicas e o trabalho feito com os estudos etnobotânicos. Temos que estar cientes que é deste cultivo que provem lindos artefatos. Para atualização deste assunto utilizarei a obra um olhar etnobotânico sobre as comunidades do Bambá, escrito por Maria Corette Pasa, em Cuiabá no ano de 2007. Como cita a autora [...] “uma vez que suas metas se concentram em torno de um ponto fundamental que é a significação ou o valor cultural das plantas em uma determinada comunidade humana”.

A autora expressa o real estudo etnobotânico dando mais valor a botânica aos olhos de seus leitores.

Quanto ao artesanato com sementes diretamente relacionado com a natureza, exige um trabalho de botânica, de cultivo, para se conseguir belos artefatos. Para uma noção de valorização da natureza utilizarei Identidades da Educação Ambiental Brasileira de Marcos Sorrentino, no ano de 2004 em Brasília, “A Natureza deve ser pensada como movimento permanente de auto-organização e criação do universo”. Isto deixa bem claro, que nós enquanto seres humanos temos que valorizar a natureza e as iguarias delas tiradas para o artesanato.   

Para obtermos uma noção do processo de construção das biojóias utilizarei o projeto monográfico de Lívia Maria Siqueira Faria do IFECT, do Sul de Minas Gerais, de 2009.

Cronograma de Atividades

 

 

           

Atividades

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Fevereiro

Leitura e Fichamento

     

      X

     

      X

      

      X

   

    X

      

       X

     

       X

Levantamento de Dados

     

      X

     

      X

Entrevista Oral

     

      X

      

    X

Transcrição

       

       X

     

      X

Análise do material Comentado

      X

 

Referência Bibliográfica

 

 

www.sebrae.com.br. Site acessado em 30/06/2009, ás 19h e 22min.

www.if.ufrj.br. Site acessado em 30/06/2009, ás 20h e 13min.

PASA, Maria Corette. Um olhar Etnobotânico Sobre as Comunidades do Bambá. Cuiabá/MT. UFMT, 2007.

SORRENTINO, Marcos. Identidades da Educação Ambiental Brasileira, Brasília, 2004.

www.ifsuldeminas.edu.br. Tcc_Livia.pdf. Site acessado em 23/10/2009, ás 14h.