Bibliobrinquedoteca H. Francisconi Não me arrependo de ter transformado o meu escritório numa brinquedoteca.
De modo que este relato não passa de um simples registro para o rol de recordações da família e, consequentemente, jamais exemplo de uma querela qualquer. Antes da chegada do meu neto Bernardo, com todas as tralhas para a sua diversão a que tem direito, quem preenchia o espaço do meu canto reservado a ler e escrevinhar eram apenas os gênios motivadores da literatura universal. Agora, não.
A estante encravada na parede mistura em suas prateleiras, harmoniosamente, todos os livros meus e todos os brinquedos dele. E ainda há muito mais no chão. Não livros, mas brinquedos. E com rodinhas e sem rodinhas, com botões e sem botões, que acendem, piscam, giram, tocam suas musiquinhas, vibram, não vibram...