BELA VISTA

 

Em minha cidade há uma rua,

De onde se pode contemplar a lua

Cheia de toda majestade;

Ela guarda gotas de eternidade,

Pois, para felicidade sua,

Mora nela uma beldade.

 

Ó rua, que exibe vista tão bela,

Tens o privilégio de abrigar aquela

Que vive sob a égide da majestosa lua!

A beleza que mora em ti insinua

Que eu preste, exclusivamente a ela,

Esta homenagem que também é tua.

 

Bela lua, vista essa distinta rua

Com o teu manto de luz, porque em sua

Calçada reside a mais bela criatura!

Ela é bela à vista, de alma, de lisura…

É ela a paridade da beleza tua;

E quão inebriado fico com tanta formosura!

 

Lá na órbita brilha a cândida lua,

Que doa bela vista à dileta rua,

Culminando numa pintura esplêndida, perene;

Nestes versos, como que num êxtase solene,

Minh’alma, agradecida, insopitável atua,

Ao afirmar que Bela Vista é Rua, é Lua, é Marilene!

 

Lázaro Justo Jacinto