BANDIDOS DE ONTEM E DE HOJE

Marco Antônio de Figueiredo – Advogado e Articulista -   [email protected]

 

Esta é a hora mais propicia para todos nós brasileiros vestirmos de branco, buscando a paz contra a violência dos assaltos silenciosos e contínuos contra a saúde e vida dos anciões, a guerra contra o trafico, a violência contra a mulher, e todo o tipo de preconceito, não podendo esquecer que há outra violência que também precisa de um basta na violência ambiental.

Quando éramos crianças, sempre vimos os super-heróis combatendo e vencendo os chamados arquiinimigos e sonhávamos com aqueles seres fortes e invencíveis que pertenciam à “Liga da Justiça”, tais como o “Super Homem”, o “Batman”, “O Homem Elástico”, a Mulher Maravilha, Tarzan e tantos outros.

Hoje o que vemos é totalmente o contrario, onde os chamados bandidos de outrora são vistos, na maioria das vezes, como heróis ou representantes do povo.

Antes era comum falar, admirar e comentar os versos e prosa de Camões, Machado de Assis, Vinicius de Moraes, os discursos de Juscelino, Carlos Lacerda, Getulio, etc.

Hoje o que vemos são manchetes estampadas onde um presidente afirma em alto e bom tom, assim; digamos, com odor de analfabetismo e pobreza de espírito: “Quero tirar o povo da merda”, demonstrando o que nossa pátria transformou após ser governada por ele, ou seja, uma verdadeira latrina.

Antigamente os bandidos tinham mais classe e escrúpulo, vivendo no chamado submundo. Podemos citar, Barrabás, Al Capone, O Esqueleto, Lorde Coelhão, Lampião, Coringa, Madame Satã, Bandido da Luz Vermelha, Bandido do Trem Pagador, Chico Picadinho, etc.

  Hoje os bandidos são mais perigosos, pois fazem parte da grande massa que usa colarinho branco, cueca de elástico e fundo falso para guardar dólares; meiões largos capazes de guardar milhões de reais; malas, maletas e maleiros, jalecos multicoloridos onde podem enganar seus clientes ou pacientes, fazendo tratamentos intermináveis, extorquindo e furtando o sagrado dinheiro da aposentadoria de seus entes queridos já anciões, cobrando e fazendo um tratamento por longos e intermináveis 30 anos.

Os bandidos de hoje, em sua grande maioria, são refinados, doutorados, gostam de serem chamados de mestres ou professores, chegam a falsear a voz, o andar e até os cabelos brancos, escondendo através de tintas e outros recursos, as feições que os anos de vida lhes impõem, pintando os pelos, como uma mascara que esconde sua verdadeira face.   

Os pequenos ladrões de antigamente eram os ladrões de galinha. Hoje são os filhos adotados pelo trafico que estão dispostos a matar seus familiares para arranjarem o dinheiro suficiente para comprar uma “pedra” ou uma “fileira de pó”.

O pior é que está difícil enxergar uma solução a curto ou médio prazo para este esgoto a céu aberto que escorre por todos os cantos e meios do planeta terra, pois não podemos contar com os dirigentes mandatários das principais potencias mundiais que só querem o poder pelo poder, deixando os demais habitantes da terra a lutar pela própria sobrevivência, criando, cada um por si, o próprio saneamento básico.