A epidemiologia da resistência de P. vivax à cloroquina e primaquina é pouco estudada, mostrando-se como um problema sério na Indonésia, Papua Nova Guiné e áreas adjacentes. Nas Américas, já existem relatos de P. vivax cloroquina-resistante (Brasil, Colômbia, Guatemala, Guiana e Peru). Atualmente, a cloroquina em associação com a primaquina é o tratamento de eleição para a malária vivax no Brasil e se mantém ainda como uma excelente eficácia terapêutica e tolerância, excetuando-se em algumas áreas restritas da região amazônica, como no município de Manaus, onde têm surgido casos de fracassos terapêuticos relacionados às cepas de P. vivax resistentes, nos últimos anos. O presente estudo visa avaliar a efetividade curativa da cloroquina em associação à primaquina no tratamento da malária vivax em pacientes atendidos no Ambulatório de malária da FMT-HVD. Foram elegíveis os pacientes de ambos os sexos, a partir de 16 anos, residentes em Manaus, com diagnóstico de monoinfecção não grave pelo P. vivax, densidade parasitária de 250 a 100.000 parasitos/µL, temperatura axilar de ≥ 37,5°C ou história de febre nas primeiras 48h. Todos os voluntários serão avaliados clinicamente com vistas a excluir sinais de gravidade e outras doenças associadas e com seguimento clínico-laboratorial nos dias 1, 2, 3, 7, 14, 21 e 28. O desfecho terapêutico como resposta clínico-parasitológica adequada (RCPA) ou fracasso terapêutico (FT) terá como base o achado de recorrência parasitária em presença de concentração efetiva mínima de cloroquina no plasma ≥ 10ng/mL.