Por. Nédia Pereira Correia Mendes Correia                                                                                 

A Escola é por excelência a instituição Social que trabalha com o conhecimento de forma sistemática, cabe a ela ensinar a garantir a aprendizagem de certas habilidades e conteúdos necessários a inserção das novas gerações na vida em sociedade. O trabalho com o tema “Avaliação formativa na verificação da Aprendizagem Escolar do Ensino Básico em Moçambique”. Normalmente os alunos encontram sérias dificuldades de escrita e leitura o que contribui para o fraco rendimento Escolar. O trabalho tem como objectivo explicar sobre avaliação formativa por se verificar quão pertinente é no processo de ensino aprendizagem, e com esta pretende-se criar uma consciência no modo de actuação do professor, com vista a melhorar o seu desempenho na actividade de docência, isto no processo de aprendizagem do aluno, visto que a avaliação tradicional leva o aluno ao entorpecimento e lança o aluno a maior passividade na medida em que deixando subitamente de ser sujeito, ao ser avaliado, tornando-se simples objecto da sentença aguardando a quem toma decisões.

A relevância é tornar o processo de ensino mais dinâmico de modo que os alunos aprendam por si e juntamente com os professores numa interacção mais activa criando assim as possibilidades destes tornar-se maiores detentores de conhecimentos no PEA.

Avaliação formativa não se trata de um interrogatório, mas sim perguntas que criem estímulos que condicionam ao raciocínio, um silogismo sobre conteúdos psicodidácticos, e incita os alunos a observarem, a pensarem, duvidarem, tomarem iniciativas próprias na conjuntura da aprendizagem.

É também, um indício de que os alunos estão compreendendo a matéria, na medida em que vão aprendendo a formular respostas pensadas e correctamente articuladas, não obstante abre um discurso pensante trazendo ao debate experiência de cada individualidade, no sentido de dar chega daquilo que se pretende estudar. A avaliação tem em vista levar o aluno a explicar, cada vez mais a sua trajectória e a interiorizar os critérios que lhe permitam identificar, por si próprio, os aspectos positivos e as falhas dos seus percursos ou das coisas que vai produzindo.

 

Conceitos

Partindo do pressuposto que qualquer que seja o ensino pressupõe a aprendizagem. Nesta linha do pensamento dizer que qualquer conteúdo pode ser ensinado a qualquer sujeito dependendo da forma como ela é transmitida, ainda sustenta BOOK (1990:105) que “qualquer assunto pode ser ensinado com eficiência, de alguma forma intelectual honesta, a qualquer criança em qualquer estágio de desenvolvimento ”.

Dai que é imperioso que o professor tenha em mente que trabalha com alunos em vias de desenvolvimento pois há necessidades que a avaliação formativa seja vista como elemento essencial do ensino básico para uma prática educativa integrada, permitindo a recolha de informação e a tomada de decisões adequadas às necessidades e capacidades dos alunos.

Salientar que avaliação do ensino básico pressupõem um trabalho em equipa de todos os professores envolvidos, em particular o do conselho de turma, bem como a participação dos alunos, dai que abre-se a preocupação da problemática, relativamente à avaliação formativa na verificação da aprendizagem Escolar como forma de poder se inteirar nos aspectos que influência na fraca implementação desta que consequentemente influência no fraco rendimento Escolar.

De acordo com LUCKESI (1999:67) a avaliação que se prática na Escola é a avaliação de culpa. Aponta que as notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos de onde são comparados desempenhos e não objectivos que se deseja atingir.

 A avaliação do ensino básico deve incidir sobre o cumprimento dos objectivos gerais de cada um dos ciclos. Nesta ordem a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxiliam o professor a tomar decisões sobre o trabalho (LUCKESI apud LIBÂNEO 2004) e ainda (LIBÂNEO 2004:195). Afirma que “avaliação é uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e atribuições de notas”.

Portanto sendo avaliação um processo, ele acompanha todo o processo formativo, a ponto de ser difícil destrinçar um do outro.

Com isso SCRIVEN apud VIANA (2000) considera que avaliação deve ser vista como um processo de levantamento de dados para análise e posterior determinação do valor de um certo fenómeno, só assim, avaliação vai ter um papel importante na crítica para a transformação da Escola (NUFFIELD citado por VIANA2000)

 Para AMOR (1997: 143) “ avaliação constitui um elemento fundamental do processo de ensino aprendizagem e reconhecimento, uma peça do ensino na manutenção e transformação”

Assim, avaliação não é um fim, mas um meio, ela é um meio que permite verificar até que ponto os objectivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com adopção de procedimento que possibilitem sanar as deficiências definidas. Avaliação visa a tomada de decisões, ou seja, é um processo de identificar e colectar informações que permitam decidir entre várias alternativas.

A avaliação qualquer que seja o modelo apresentado, visa, sem sombra de dúvida, a uma tomada de decisão, que envolve professor alunos que precisam de elementos de informação relativo á eficiência dos sistemas, especialmente no que se relacionam com a aprendizagem.

CRONBACH (1963) apud VIANA (2000:68-69) mostra que avaliação é usada com objectivo de tomar três tipos de decisões.

  • Determinar se os métodos de ensino e o material instruncional, utilizados no desenvolvimento de um programa, são realmente eficientes;
  • Identificar as necessidades dos alunos, para possibilitar o planeamento da instrução; julgar o mérito dos estudantes, para fins de selecção e agrupamento fazer com que os estudantes conheçam seus progressos e suas deficiências;
  • Julgar a eficiência do sistema de ensino e dos professores, ainda de acordo CRONBACH (1963), citado por VIANA (2000) no primeiro caso a avaliação permitiria decisões que levariam ao aperfeiçoamento do currículo; no segundo, referir-se-ia ao aluno submetidos a determinados programas e finalmente, no terceiro e ultimo caso, as decisões seriam de natureza administrativa.

Assim, permitirá ao professor em suas aulas adoptar novas formas ou metodologia de ensino tendo em conta as dificuldades dos alunos e adoptar novas planificações tendo em conta o processo de construção de conhecimento é feita de forma diferenciada para os indivíduos de acordo com as suas capacidades e características como diz o ensino diferenciado. Assim o processo de planificação é essencial pois, vai permitir ao professor mediar a sua aula em função das necessidades e da realidade apresentadas pelos alunos. O trabalho docente constitui o exercício profissional do professor, sua responsabilidade é preparar os alunos para tornarem activos e participarem na vida social. O professor na qualidade do orientador do ensino, dirigindo as actividades do estudo de modo que estes dominem os conhecimentos básicos, e as habilidades. O professor deve possuir uma visão abrangente dos conteúdos, na qual necessitam de uma sólida preparação profissional (LIBÂNEO 2004: 48)

Assim sendo a planificação deve ser vista como uma actividade didáctica em termos de organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um meio para se programar as acções docentes, mas também é um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação. (LIBÂNEO 2004).

 

 

A avaliação segundo o seu papel

 FERÃO & RODRIGUES (2000:29) apresentam as seguintes formas de avaliação segundo o seu papel:

Avaliação prévia – realiza-se antes da acção de formação e consiste no levantamento das condições de realização da acção, sua preferência, objectivo, articulação com a realidade organizacional;

Avaliação de diagnóstico – realiza-se antes da acção de formação e consiste no levantamento dos conhecimentos prévios dos formandos a sua predisposição para a aprendizagem, sua reacção do grupo e ao formador, sua integração no processo de aprendizagem;

Avaliação formativa – decorre durante a acção, relacionando – se com os objectivos operativos. Em cada ciclo do processo de aprendizagem, deve o formador constatar os progressos dos formandos, só devendo avançar para o ciclo seguinte depois de garantida a apreensão dos conhecimentos contidos no ciclo anterior permitindo assim aquisição de saber;

Avaliação formadora – decorre, também durante a acção, muito embora o seu resultado remeta para além desta. A formação não se deve limitar a dar a comida mais sim como ter a mesma, deve sobretudo, ensinar a saber fazer, ou seja garantir a autonomia do formando no local ou mundo de trabalho;

Avaliação sumativa – realiza-se normalmente no final da acção. Afere o grau de concretização da acção em termos de aprender.

Avaliação formativa

Avaliação formativa segundo QUEBEQUE apud ABRECHT (1994:31) “ é um sistema de avaliação que consiste em recolher em ocasiões diferentes, no decorrer de um programa de estudo ou de um curso, informações úteis para verificar, periodicamente, a qualidade da aprendizagem”

Na essência a avaliação formativa consiste sempre essencialmente, na questão saber se determinada aprendizagem teve sentido, e qual esse sentido. Pois é necessário que os professores a partir desta levam com que os alunos passem aprender com ela como um meio de ensino. O professor deve ter de antemão em primeiro lugar aprendizagem é para o aluno e igualmente ele é o único a poder dar ou encontrar um sentido a aprendizagem. Este sentido significa levar o aluno a reflectir sobre os seus fracasso ou sucesso. Como afirma ABRECHT (1994:69) que a verdadeira avaliação formativa “começa no momento em que se põe o aluno a reflectir sobre os objectivos que lhe são proposto. Em vez de ao mandar-vos fazer tal coisa, tenho em vista aquele outra, é preciso perguntar – e é tanto mais necessário fazê-lo”.

 

 A partir desta reflexão vai permitir ao professor adoptar novas metodologias e medidas educativas de apoio, ou seja de adaptação, sempre que sejam detectadas as dificuldades ou desajustamentos no PEA.

Avaliação formativa implica um feedback reflexivo sobre o percurso da aprendizagem, uma consciência desse processo. Também permite verificar se as diversidades (individuais) do modo de aprender, a extensão diversificação e pluralização dos percursos, o imprevisto, o inesperado e o secundário. Salientar que uma das funções mais importantes da avaliação formativa é um instrumento de ajuda (ABRECHT1994)

Instrumentos de avaliação

A avaliação apresenta a seguinte função nuclear ajudar o aluno a aprender e ao professor a ensinar, determinando também quanto e em que nível os objectivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação adequados (LIBÂNEO 1994)

A recolha de informação sobre a realidade que se vai elaborar e a formulação de juízos de valor sobre a própria realidade, depende dos instrumentos e materiais de avaliação. Os instrumentos de avaliação, devem ser diversificados, o que permitirá avaliar de forma correcta as capacidades e atitudes dos alunos.

PAIS e MONTEIRO (1996:62) distinguem os instrumentos de avaliação em dois grupos: “ observação (avaliação formal) e entrevistas (avaliação informal) ”.

A observação inclui o registo de incidentes críticos listas de verificação, escalas de classificação e grelhas de observação. A observação permite a recolha de informações enquanto decorre o PEA, sobre o desempenho dos alunos, das destrezas desenvolvidas e das suas atitudes. Praticando a observação, o professor aprende a identificar e a responder as necessidades de cada aluno consequentemente, a planificação a efectuar será mais porque adaptará a realidade do educando.

As entrevistas incluem testes escritos, testes orais, exercícios de aplicação e outras formas que avaliam o processo de aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de capacidades cognitivas.

As entrevistas permitem obter informações sobre complexos de pensamento, perceber qual o raciocínio do aluno, uma vez que é possível pedir explicações e obter por isso informações mais pormenorizadas

GRONLUND & LIM apud PAIS e MONTEIRO (1996:64) realçam que entrevista é para medir a aprendizagem dos alunos, não se destinam a substituir as observações e juízos informais dos professores, antes pelo contrário, visam complementar os métodos informais de obter informações acerca do aluno.

A necessidade de implementação da avaliação formativa

Antes de falar do quadro em que se inscreve a avaliação formativa, há que perspectivá-la tendo em conta o papel específico que desempenha no processo de ensino aprendizagem. ACROBACH citado por ABRECHT (1994: 20) afirma que “por mais fundamental que seja avaliação não é um fim, em si mesma representa, apenas, um dos elementos do conjunto do processo de aprendizagem” pois, a necessidade de os professor fazerem em momentos de orientação das suas aulas tratarem de usarem esta mais de forma sistemática, como forma de fazer o aluno aprender desta.

A avaliação formativa tem uma função de regulador permanente do processo de ensino – aprendizagem, ou seja, têm uma função essencialmente pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de realização dos objectivos do programa, e impulsiona o aluno e o professor a rentabilizar com mais eficácia o processo de ensino aprendizagem. Uma avaliação formativa permite igualmente confirmar a ideia de que a aprendizagem e os progressos ou falhas dos alunos não podem unicamente ser imputados ao processo de ensino aprendizagem. Factores relativos à vida da criança no seu ambiente familiar desempenham um papel muito importante no rendimento Escolar. Assim, todo o professor deve ter conhecimento da situação de cada um dos seus alunos. A Escola não pode estar alheia ao que se passa com o aluno fora dela, porque isso têm influência no seu aproveitamento.

Na perspectiva de uma avaliação formativa, a atitude do professor perante os erros detectados no processo de avaliação é determinante para a definição de estratégias de recuperação. Muitas vezes os erros cometidos pelos alunos tendem a não ser encarados como algo que o professor tem de levar o aluno a corrigir, mas não como algo que serve para punir, e para lhe dar uma classificação negativa, de acordo com CORTESÃO (1993) apud GONÇALVES & DINIS (2004:18) “por vezes uma resposta errada pode constituir aquilo que simbolicamente, se poderia designar de uma janela “aberta” sobre o percurso seguindo raciocínio do aluno” portanto, o erro deve servir para o professor e o aluno tomarem consciência dos progressos ou as dificuldades deste último. Deve ser essencialmente encarrado como uma etapa natural do processo de aprendizagem de uma língua. O facto de a maioria dos alunos terem o português como a língua não materna faz aumentar a responsabilidade do professor no tratamento de erros. Como já foi referido as crianças no campo não tomam o português, ou seja, a prática é limitada a sala de aulas. Portanto, as oportunidades de correcções de realizações limitam também a sala de aulas.

Para pôr a funcionar um tal processo de avaliação formativa há que precisar a por, alguns pontos fundamentais, que variam conforme a perspectiva pedagógica. ALLAL citado por ABRECHT (1994:39) chama atenção a três:

  1. Aspectos a observar na aprendizagem do aluno e processos a utilizar na recolha de informação;
  2. Princípios que devem orientar a interpretação de dados e diagnóstico dos problemas de aprendizagem;
  3. Diligências a efectuar para a adaptação das actividades de ensino e aprendizagem.

VIALLET & MAISONNEUVE (1981) apud ABRECHT (1994:43) colocam uma importante questão “como descobrir aquilo que faz com que o aluno não compreenda” propõe uma forma de diagnóstico interessante, por implicar a própria pessoa de quem aprende, e pela sua estruturação em diversos tempos ou níveis.

“Táctica consiste em fazer com que o aluno se exprima tendo como base os conceitos que possa já ter adquirido, sobre o que lhe queremos ensinar, as imagens que o tema lhe evoca, os saberes fragmentados que possa já ter sobre o assunto. [...] trata-se de uma primeira avaliação. Em seguida, são lhe apresentados exemplos que impliquem a noção a adquirir, e pede - se - lhe que diga, por palavras próprias, o que tais exemplos têm em comum (apresenta-se igualmente, contra exemplos) [...] estamos na segunda avaliação. Em terceiro lugar, apresenta-se a noção, o conceito, o mecanismo...e pede-se ao aluno que diga o que, em sua opinião era correcto, falso, ou quase certo, na sua primeira resposta. Trata-se da terceira avaliação. Finalmente, dá-se um exercício [...] e observa-se como é que o aluno se desenvencilha. É a quarta avaliação”.

Este modo de actuar permite relacionar as eventuais dificuldades encontradas com a origem específica das mesmas, e apresenta além disso, a vantagem de encadear avaliações diversas e complementares num movimento que se identifica de facto com a própria aprendizagem.

O conhecimento dos princípios da avaliação, ajuda a compreender que a prática da avaliação é um processo bastante complexo, sistemático e significativo para o PEA. De facto o não conhecimento destas implica a improvisação e pouca responsabilidade no trabalho docente.

A importância da avaliação formativa no PEA

Avaliação formativa evita antes de mais a concepção moral da avaliação (nota, juízo, sanção) e beneficia-se assim de um contexto mais interactivo e muito mais propício. A avaliação formativa dá possibilidade de se situar no processo de aprendizagem, transmite – lhe tranquilidade, ao contrario da nota.

Como salienta DAVUCA (1993:55) “ o mais importante não só é dizer na turma, x alunos têm positivas, x têm negativas, mas essencialmente em identificar qual/ quais dos objectivos tem problema de aprendizagem”

A avaliação formativa situa, igualmente, o conjunto dos “actores” do sistema escolar em relação ao processo de ensino /aprendizagem. Avaliando num contexto menos pontual, mais global, mais “sistemático”, estimula, assim a interacção e, ao explora-la deveria possibilitar ajustamentos proveitoso no sistema (ABRECHT 2004:125)

Esta pode ser “recolha de informação que leve os professores a articular a prática pessoal, fazendo da própria avaliação um objecto de observação e análise do seu plano de ensino.

E esta avaliação ainda torna-se relevante na medida que constituí, preocupação de todos os intervenientes do processo, tomando como alvo, fazendo – a reflectir, insuflando – lhe novo entusiasmo intervindo em qualquer momento, muito antes do final do processo.

Com avaliação formativa consegue-se, assim uma verdadeira integração da avaliação da aprendizagem e não apenas uma simples pontuação. A avaliação formativa torna – se ainda importante quando esta orienta a aprendizagem sobre os caminhos a seguir, através de uma consciencialização da situação de partida. Esta integra-se na perspectiva do ensino diferenciado, possibilita um trabalho muito individualizado, graças às possibilidades de feedback informativo, sondagens, de reajustamento.

A avaliação formativa constitui um instrumento privilegiado para conseguir informações pertinentes, em relação as actividades cognitivas complexas, do tipo de resolução de problemas ou argumentação.

Privilegiando o processo em relação ao produto, o método relativamente ao conteúdo, a avaliação formativa acentua o aspecto relativamente ao conteúdo, o aspecto quantitativo da avaliação.

Para ABRCHT (2004:132) avaliação formativa contempla as seguintes fases:

Na perspectiva da avaliação de racionalização e de rendimento de certa pedagogia por objectivos, a avaliação permite uma melhoria ao nível, mediante uma ajuda eventual; isto através de áreas de formação não necessariamente diferenciadas, mas muitas vezes complementares, suplementares;

No contexto de uma planificação, á médio ou longo prazo, permite elaborar e aplicar – graças a feedback que permitem uma ajuda “correcções de trajectória’’ em múltiplas fases – estratégias de ensino de certa amplitude, nas quais o aluno dispõe de instrumentos para orientar de maneira bastante autónoma.

Esta estimula novas práticas de ensino, a criação de novos tipos de actividades, pode eventualmente, possibilitar a criação de novos tipos de actividades. Pode, eventualmente, possibilitar a criação de áreas de formação diversificadas de percursos individualizados e tê-los na devida conta – na perspectiva de uma aprendizagem mais eficaz.

Avaliação formativa possibilita a abertura à pluralidade de modelos de ensino – aprendizagem, mais bem adaptados ao ensino individualizado.

Sugestões:

 

Que haja capacitações a nível provincial contínuas a respeito da avaliação formativa, dos professores do ensino básico para poderem responder as novas exigências do ensino.

A escola, crie condições de capacitarem os seus professores criando encontros ocasionais onde pudessem discutir de forma sintética a avaliação formativa pois, tendo a consideração a situação actual do pais.

Que os professores começassem a se encontrar para melhor elaborar os seus planos quinzenais ou diário no sentido de juntos, verificarem que as aulas só decorrem com eficiência quando se planifica, evitando assim a improvisação dos conteúdos.

Que a escola comece a colocar professores com formação psicopedagógica de modo a puder ultrapassar as dificuldades que se enfrentam no processo de mediação da aula.

Que os professores elaborem os conteúdos auxiliados de alguns meios e métodos adequados de ensino como forma aproximar a teoria a prática dos seus educandos

Que os  professores certifiquem-se que os alunos aprenderam aquilo que se esperava que aprendesse. Importa dizer ainda que o sucesso desta perspectiva da avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do professor o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo se relacionem de forma integrada.

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