AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR:             NOVAS POSSIBILIDADES

 Daiane Sandi[1] 

RESUMO: O presente estudo apresenta como problema de pesquisa: há outras possibilidades de avaliar o aluno nas aulas de Educação Física, que não sejam apenas através de testes práticos e teóricos realizados em uma única aula? O objetivo geral foi descobrir e apontar novas possibilidades de avaliação em Educação Física, que atendam às necessidades de ensino-aprendizagem. A pesquisa caracteriza-se como sendo uma pesquisa bibliográfica. Conclui-se que não há uma fórmula pronta de como avaliar o aluno em Educação Física, e que para dar conta de toda a integralidade do aluno, não é possível utilizar um único método avaliativo. Assim, faz-se necessário que os métodos utilizados na avaliação em Educação Física escolar sejam repensados. Deve-se valorizar a parte afetiva do aluno, o erro construtivo, a evolução nas aulas, a capacidade de reflexão sobre os elementos da cultura corporal de movimento, a capacidade de relacionar-se e cooperar com os colegas nas atividades. Assim, além de melhor avaliar o aluno, valoriza ainda mais a própria disciplina de Educação Física, demonstrando com mais clareza a importância que ela tem no currículo escolar e no desenvolvimento satisfatório dos educandos. Atualmente, a discussão sobre avaliação dentro da disciplina de Educação Física vem se tornando um assunto de extrema importância no contexto da Educação. É consenso entre os estudiosos da avaliação que a prática da mesma é indispensável em toda atividade humana; portanto, na educação não poderia ser diferente. Entretanto, o que se observa hoje nas aulas de Educação Física, é uma avaliação um tanto inadequada, ultrapassada, que não atende às necessidades do processo ensino-aprendizagem. Percebe-se que é uma prática pouco refletida nessa Disciplina. Tradicionalmente no Brasil, as avaliações dentro da área da Educação Física se resumem a testes físicos, realizados num momento determinado, objetivando medir apenas a aptidão física dos alunos. Nos dias atuais, diante da concepção de aluno e cidadão que se quer formar, é necessária a utilização de novas maneiras de avaliar em Educação Física, de forma que auxiliem o professor a avaliar seus alunos dentro do processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração suas múltiplas dimensões. A avaliação assim entendida serve de instrumento diagnóstico e transformador na constante busca pelo sucesso da aprendizagem do aluno.

 PALAVRAS-CHAVE: Educação Física escolar, avaliação.

INTRODUÇÃO

 Atualmente, a discussão sobre avaliação dentro da disciplina de Educação Física vem se tornando um assunto de extrema importância no contexto da Educação. É consenso entre os estudiosos da avaliação que a prática da mesma é indispensável em toda atividade humana; portanto, na educação não poderia ser diferente.

Entretanto, o que se observa hoje nas aulas de Educação Física, é uma avaliação um tanto inadequada, ultrapassada, que não atende às necessidades de ensino-aprendizagem atuais. Aliás, percebe-se que é uma prática pouco refletida nessa Disciplina.

 Avaliar as práticas cotidianas, as escolhas, o comportamento diante das mais diversas situações, permite refletir e replanejar atitudes, reforçando o que se julga ser bom para corrigir as possíveis falhas. É algo inerente ao ser humano, imprescindível para sua sobrevivência e evolução. Rabelo (2004, p. 11), esclarece que “avaliar é indispensável em toda atividade humana e, portanto, em qualquer proposta de educação”. Contribui ainda com a afirmação de que “a avaliação é inerente e imprescindível, durante todo processo educativo que se realize em um constante trabalho de ação-reflexão-ação”.  Para Esteban (2003, p. 24),

 A avaliação como prática de investigação tem o sentido de romper as barreiras entre os participantes do processo ensino/aprendizagem e entre os conhecimentos presentes no contexto escolar. Desta forma, os mecanismos de percepção e de leitura da realidade são ampliados, facilitando a identificação dos sinais de que algum aluno esteja sendo posto à margem do processo e dá pistas para viabilizar a reconstrução de seu trajeto, como parte da dinâmica coletiva instaurada na sala de aula.

 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PNC’s), a avaliação deve ser útil para o professor e para o aluno, no sentido de que ambos possam dimensionar os avanços e as dificuldades dentro do processo de ensino-aprendizagem, tornando-o cada vez mais produtivo (BRASIL, 1997, p. 55).

 Tradicionalmente no Brasil, as avaliações dentro da área da Educação Física se resumem a testes físicos, realizados num momento determinado, objetivando medir apenas a aptidão física dos alunos. Mas, se a missão da escola do século XXI é desenvolver as potencialidades das crianças e transformá-las em cidadãos, a finalidade da avaliação tem de ser adaptada (GENTILE, 2000).

 É necessária a utilização de novas maneiras de avaliar em Educação Física, de forma que auxiliem o professor a avaliar seus alunos dentro do processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração suas múltiplas dimensões. A avaliação assim entendida serve de instrumento diagnóstico e transformador na constante busca pelo sucesso da aprendizagem do aluno. Assim, esta pesquisa apresenta como problema: há outras possibilidades de avaliar o aluno nas aulas de Educação Física, que não sejam apenas através de testes práticos e teóricos realizados em uma única aula? Como delimitação do estudo, busca-se refletir sobre as práticas de avaliação utilizadas e apontar novas perspectivas de avaliação no contexto da Educação Física.

 O presente estudo apresentou como objetivo geral descobrir e apontar novas formas de avaliação em Educação Física, que atendam às necessidades de ensino-aprendizagem atuais.

 Caracterizou-se como sendo uma pesquisa bibliográfica, que segundo Severino (2007), se realiza a partir de registros disponíveis, decorrentes de pesquisas anteriores, onde o pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos, estando esses publicados em livros, artigos, teses e outros.

 AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

 Avaliação, tema que remete a muitas reflexões e não poucas vezes, muitas dúvidas. Afinal, avaliar não é uma tarefa muito fácil, ainda mais em se tratando de seres humanos, únicos, complexos. Porém, é uma tarefa necessária e extremamente importante quando pensamos em Educação. Segundo Darido (2008, in DARIDO; RANGEL, 2008), numa perspectiva mais tradicional de ensino, a avaliação teve uma função bastante seletiva, em que avaliavam-se quase que exclusivamente os resultados obtidos pelos alunos, em especial as suas capacidades cognitivas.

A partir da década de 1970 vigorou no Brasil a perspectiva tradicional ou esportivista. Nessa perspectiva, para Darido (2008, in DARIDO; RANGEL, 2008, p. 123), a avaliação enfatizava “a medição, o desempenho das capacidades físicas, as habilidades motoras e, em alguns casos, o uso das medidas antropométricas”. Para Lorenzetto citado por Darido (in DARIDO; RANGEL, 2008, p. 124),  

 A partir do final da década de 1970, o modelo tradicional de Educação Física escolar passou a ser alvo de inúmeras críticas, inclusive quanto ao processo de avaliação que adotava. Alguns estudos e trabalhos ressaltaram que o uso de testes na área só vinha servindo para rotular os alunos (em excelentes, bons, regulares e fracos), pois baseava-se numa competição pura e simples contra um cronômetro ou um concorrente.

 Avançando um pouco no tempo, numa perspectiva mais humanista, a avaliação volta-se para aspectos internos do indivíduo, principalmente psicológicos. Também passa a ser valorizada a prática da auto-avaliação (DARIDO, 2008, in DARIDO; RANGEL, 2008).

Recentemente, em oposição ao modelo tradicional, discute-se a abordagem crítica na Educação e também na Educação Física. Essas discussões fizeram com que, “aos poucos, o paradigma tradicional de quantificação e aplicação de testes fosse abandonado, em detrimento de um modelo mais qualitativo, que usa principalmente os critérios de observação e frequência" (DARIDO, 1999, apud DARIDO, 2008, in DARIDO; RANGEL, 2008, p. 125). A autora assinala que esse modelo ainda não é completo, tendo em vista o que se espera dentro dos novos posicionamentos teóricos da Educação.

 Coletivo de autores (1992, p. 98-99), verifica que atualmente a avaliação nas aulas de Educação Física tem sido entendida e tratada predominantemente por professores e alunos para:

 a)   atender exigências burocráticas expressas em normas da escola; b) atender a legislação vigente; e c) selecionar alunos para competições e apresentações tanto dentro da escola, quanto com outras escolas. Geralmente é feita pela consideração da “presença” em aula (...) ou, então, reduzindo-se a medidas de ordem biométrica (...) bem como de técnicas (...) ou, simplesmente, não é realizada.

Entendida dessa forma, o processo avaliativo acaba transformando a educação física escolar numa atividade desestimulante e muitas vezes aterrorizante, principalmente para aqueles alunos menos aptos ou que não se interessam tanto por esportes de rendimento (Idem).

 Zabala (1998, p. 195) aponta que professores, administradores, pais e alunos consideram a avaliação como “o instrumento ou processo para avaliar o grau de alcance, de cada menino e menina, em relação a determinados objetivos”, que são os mesmos para todos. Em contrapartida, muitos grupos de educadores propõem valorizar “o processo seguido pelos meninos e meninas, o progresso pessoal, o progresso coletivo de ensino/aprendizagem” (Idem). Assim, o objetivo do ensino não estará centrado em parâmetros finais iguais para todos, mas nas possibilidades pessoais de cada um dos alunos.

Concordando com Zabala, a autora Darido (2007), defende que a avaliação deve ser algo útil para as partes envolvidas, contribuindo para o autoconhecimento e análise das etapas já vencidas, e não um instrumento de pressão e castigo. Afinal, se não auxiliar o educando no seu processo de aprender, o ato avaliativo passa a não ter sentido (BANDIERA, 2001).

 Freire (1994) salienta que o que vem acontecendo nas escolas é que cada setor do conhecimento cuida de sua parte específica, descuidando da criança como um todo. Diz que, de forma alguma, não basta medir para avaliar, pois “isso não leva em conta os meios que o aluno utiliza para chegar aos resultados, meios esses que são os elementos mais indicativos do progresso de seu conhecimento” (Idem, p. 196). Preocupado com essa realidade Freire (p. 196) ainda faz um questionamento: “Como avaliar a aprendizagem do movimento quando sabemos a infinidade de fatores nele envolvidos, tais como força muscular, resistência, agilidade, equilíbrio, ritmo, sentimento, cognição, afetividade etc.?” Nessa perspectiva, salientam os PCNs (BRASIL, 1997, p. 33),

 Embora numa aula de Educação Física os aspectos corporais sejam mais evidentes, mais facilmente observáveis, e a aprendizagem esteja vinculada à experiência prática, o aluno precisa ser considerado como um todo no qual aspectos cognitivos, afetivos e corporais estão inter-relacionados em todas as situações.

 Selbach et al (2010) defendem que, sejam quais forem os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor, devem sempre ser claros ao aluno. Porém, poucos professores informam aos seus alunos de que forma eles estão sendo avaliados (DARIDO, 2008, in DARIDO; RANGEL, 2008).

Aprofundando-se um pouco mais na questão da avaliação, Darido (2008, in DARIDO; RANGEL, 2008) traz uma importante contribuição ao discutir uma questão fundamental, que é a consideração das três dimensões dos conteúdos: procedimental, conceitual e atitudinal. Para uma avaliação realmente eficaz, deve-se avaliar o aluno de forma integral.

 Na dimensão conceitual, a avaliação deve consistir em observar o uso dos conceitos trabalhados em trabalhos de equipe, debates, exposições, diálogos entre os alunos e destes com o professor. Também é possível avaliar essa dimensão através de uma prova escrita, mas é preciso ter clareza das limitações que ela apresenta. A melhor forma de avaliar se o aluno é capaz de utilizar determinados conceitos em qualquer momento é através de questões que consistam na resolução de conflitos e problemas, ao invés de outras que enfatizem a explicação do que ele entende por aquele conceito (DARIDO, 2008, in DARIDO; RANGEL, 2008).

Para avaliar os conteúdos atitudinais, o professor precisa conhecer o que os alunos valorizam, quais são suas atitudes diante de determinadas situações. Para isso, é necessário que surjam situações de conflito, em que os alunos são submetidos a inúmeros desafios. E elas aparecem durante os jogos, esportes, ginásticas, lutas, conhecimentos sobre o corpo, danças e outras atividades desenvolvidas durante as aulas de Educação Física (DARIDO, 2008, in DARIDO; RANGEL, 2008).

A terceira dimensão dos conteúdos, procedimental, implica em saber fazer, e isso só pode ser verificado em situações de aplicação desses conteúdos (DARIDO, 2008, in DARIDO; RANGEL, 2008). Afinal, o que define uma aprendizagem não é o conhecimento que se tem do conteúdo, mas o domínio de transferi-lo para a prática.

 Nesta dimensão, segundo Darido (2008, in DARIDO; RANGEL, 2008) pode-se avaliar as habilidades motoras e as capacidades físicas, avaliando o aluno pelo seu progresso nos testes físicos, sempre comparando o seu resultado consigo próprio para verificar se houve progresso. Ainda quanto aos conteúdos procedimentais, pode-se avaliar a capacidade dos alunos de coletar notícias nas quais podem acrescentar comentários pessoais. É possível propor a confecção de livros reunindo textos e figuras pesquisados, juntamente com textos produzidos pelos próprios alunos a partir de suas observações ou de outras atividades. Pode-se ainda organizar painéis com temas relacionados à Educação Física, como formas corretas de realizar caminhada, importância da atividade física, lazer e trabalho, Copa do Mundo, Olimpíadas, problemas de postura e outros. A autora citada reforça,  

 Além de incentivar os jovens a ler e debater as notícias, eles também podem ser estimulados a produzir pequenos resumos para o jornal da escola ou, ainda, para um folheto a ser distribuído à comunidade, por exemplo. Espera-se, com essas atividades, ativar os conceitos da área e da disciplina (...) e articular redes conceituais interdisciplinares (Idem, p. 133).

 Ainda numa proposta atual de avaliação, Darido (2008, in DARIDO; RANGEL, 2008) sugere que os alunos sejam avaliados da forma mais diversificada possível, pois cada aluno apresenta facilidades e dificuldades em formas de expressão diferentes. Eles podem ser avaliados de forma sistemática, por meio da observação das situações de vivência, de perguntas e respostas formuladas durante as aulas, ou de forma específica, em provas, pesquisas, relatórios e apresentações. É importante também utilizar-se de práticas de auto-avaliação, principalmente aquelas em que o aluno pode analisar seu conhecimento sobre um assunto antes e depois de estudá-lo.

 Outra forma bastante significativa e atrativa para os alunos é avaliar sua produção ao final do desenvolvimento de um projeto disciplinar ou interdisciplinar, através da realização de um vídeo, um jornal, uma página de internet, pela organização de um campeonato ou evento, pelo desempenho de táticas e jogadas (DARIDO, 2002, apud DARIDO 2008 in DARIDO e RANGEL, 2008).

 Como vimos, instrumentos para avaliar em Educação Física não faltam, afinal, é uma disciplina muito abrangente e que nos oferece diversas possibilidades. De acordo com Darido (2008, in DARIDO; RANGEL, 2008, p. 128) “podem-se utilizar provas teóricas, trabalhos, seminários, gravação em videoteipe, para avaliar habilidades e atitudes, observações sistemáticas, fichas e, inclusive, testes de capacidades físicas”. Mas, mais importante do que o modo de coletar as informações, é o sentido da avaliação, “que deve exercer-se como um contínuo diagnóstico das situações de ensino e de aprendizagem, útil para todos os envolvidos no processo pedagógico” (Idem).

Finalmente, Selbach et al (2010) acreditam que o aluno deve ser avaliado por seu desempenho; por observações do professor que o acompanha não só na sala de aula, mas fora dela também; através de entrevistas; realização de trabalhos em grupo, envolvimento e motivação em práticas esportivas; e ainda outros recursos. Entendem que, dessa forma, o professor estará acompanhando realmente o desempenho de cada um de seus alunos.

 NOVAS POSSIBILIDADES DE AVALIAR EM EDUCAÇÃO FÍSICA A PARTIR DOS PCNs

 Os PCNs (BRASIL, 1998) indicam três focos principais de avaliação na Educação Física:

 a)     Realização das práticas da cultura corporal de movimento: observar primeiramente se o estudante respeita o companheiro, como lida com as próprias limitações (e as dos colegas) e como participa dentro do grupo. Em segundo lugar vem o saber fazer, o desempenho propriamente dito do aluno tanto nas atividades quanto na organização das mesmas. O professor deve estar atento para a realização correta de uma atividade e também como um aluno e o grupo formam equipes e agem cooperativamente durante a aula.

 b)     Valorização da cultura corporal de movimento: é importante avaliar se o aluno conhece, aprecia, desfruta e valoriza os elementos da cultura corporal de movimento. Relevante também observar se o aluno reconhece as atividades culturais e de lazer como uma necessidade do ser humano e um direito de todos os cidadãos.

c)      Relação da cultura corporal de movimento com saúde e qualidade de vida:  é necessário verificar como crianças e jovens relacionam elementos da cultura corporal aprendidos em atividades físicas com um conceito mais amplo, de qualidade de vida.

 Não há uma fórmula pronta de como avaliar o aluno em Educação Física, por ser ela uma disciplina que envolve diversos tipos de linguagem, com maior ênfase na linguagem corporal. Para dar conta de toda a integralidade do aluno, não é possível utilizar uma única forma avaliativa.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Após buscar as concepções dos diversos autores aqui citados, conclui-se que há sim outras possibilidades de avaliar o aluno nas aulas de Educação Física, que abrangem toda a dimensão do ser humano integral que se pretende formar nos dias atuais. O professor deve avaliar o aluno levando em consideração as três dimensões dos conteúdos: conceitual, atitudinal e procedimental.

 Pode-se avaliá-lo utilizando trabalhos em equipe; debates; seminários; entrevistas; exposições; diálogos; perguntas e respostas formuladas durante a aula; situações que o levem a resolver conflitos e problemas; testes físicos em que o desempenho de cada um é comparado com ele mesmo em diferentes momentos; capacidade de coletar notícias relacionadas à aula e tecer seus próprios comentários; confecção de livros reunindo textos e figuras pesquisados, juntamente com outros produzidos pelos próprios alunos a partir de suas observações; organização de painéis com temas relacionados à Educação Física; resumos para o jornal da escola; folhetos para serem distribuídos à comunidade; provas teóricas; pesquisas; relatórios; apresentações; realização de vídeos e página de internet; organização de um campeonato ou evento; desempenho em táticas e jogadas; envolvimento e motivação em práticas esportivas; auto-avaliação.

Conclui-se também que o sentido da avaliação é ainda mais importante que a escolha dos seus instrumentos, e que a mesma deve ser conduzida de forma a diagnosticar situações de ensino e aprendizagem, e não a medir o grau de alcance dos alunos em relação a determinados objetivos traçados pelo professor, o que leva à desmotivação dos alunos nas aulas de Educação Física e a uma avaliação que não dá conta das necessidades pedagógicas atuais.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BANDIERA, Mário. A influência da avaliação oral do professor no processo ensino-aprendizagem. Erechim: São Cristóvão, 2001.

 BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.

______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

 DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

 DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.

ESTEBAN, Maria Teresa. A avaliação no cotidiano escolar. In: ESTEBAN, M. T. (org.) Avaliação: uma prática em busca de novos desafios. 5. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1994.

 GENTILE, Paola. Avaliar para crescer. Revista Nova Escola. São Paulo, ed.138, n.12, 2000.

 RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, novas práticas. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

 SELBACH, Simone et al. Educação Física e Didática. Coleção Como Bem Ensinar. Coordenação de Celso Antunes. Petrópolis: Vozes, 2010.

 SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

 ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.


[1]Graduada em Educação Física – Licenciatura e Bacharelado pela Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC. Professora Municipal de Caxias do Sul – RS. Professora Estadual – RS. [email protected].