FACULDADE SERIGY
DIREÇÃO ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE PÓS GRADUAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM LETRAS PORTUGUÊS E LINGUÍSTICA





DEIVEYANNE RIBEIRO SILVA
MARIA JANE DIAS DOS SANTOS
PEDRO PAULO DOS SANTOS
RICARDO BARBOSA DOS SANTOS







AVALIAÇÃO E MÉTODOS DOS ALUNOS DA 5ª SÉRIE NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NICODEMOS CORREIA FALCÃO EM TOBIAS BARETO/SE















TOBIAS BARRETO-SE
2010

DEIVEYANNE RIBEIRO SILVA
MARIA JANE DIAS DOS SANTOS
PEDRO PAULO DOS SANTOS
RICARDO BARBOSA DOS SANTOS






AVALIAÇÃO E MÉTODOS DOS ALUNOS DA 5ª SÉRIE NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NICODEMOS CORREIA FALCÃO EM TOBIAS BARETO/SE








Artigo apresentado à Faculdade Serigy como requisito avaliativo de conclusão do curso Pós Graduação Especialização em Letras Português e Linguística.

Orientador: Prof. M.Sc. Antônio Ramos












TOBIAS BARRETO-SE
2010
DEIVEYANNE RIBEIRO SILVA
MARIA JANE DIAS DOS SANTOS
PEDRO PAULO DOS SANTOS
RICARDO BARBOSA DOS SANTOS






AVALIAÇÃO E MÉTODOS DOS ALUNOS DA 5ª SÉRIE NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NICODEMOS CORREIA FALCÃO EM TOBIAS BARETO/SE




Artigo apresentado à Faculdade Serigy como requisito avaliativo de conclusão do curso Pós Graduação em Letras Português e Linguística.




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Prof. M.Sc. Antônio Ramos

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Coordenador

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Alunos



Aprovado com média: __________________


Tobias Barreto (SE), 31 de Julho de 2010.
AVALIAÇÃO E MÉTODOS DOS ALUNOS DA 5ª SÉRIE NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL NICODEMOS CORREIA FALCÃO EM TOBIAS BARETO/SE


RESUMO


O presente artigo é resultado de uma pesquisa, do tipo estudo de caso, sendo que os instrumentos utilizados foram à observação, o questionário e a análise documental. Essa pesquisa tem como objetivo verificar as formas de avaliação da Escola Municipal do Ensino Fundamental Professor Nicodemos Correia Falcão, no município de Tobias Barreto/Se. Bem como diagnosticar as formas de avaliação utilizadas na prática por uma professora de uma turma de 5ª série da referida escola. Com este estudo, objetiva-se uma reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem e as conseqüências da avaliação. No processo ensino-aprendizagem, a avaliação é necessária, sendo que o objetivo desta é o de diagnosticar os conhecimentos que já foram adquiridos pelo aluno, para que educador possa projetar e organizar novas atividades que propiciem aprendizagem. A avaliação deve considerar as diferenças entre as formas e ritmos dos educandos. Por isso, a avaliação é um processo contínuo e precisa utilizar-se de vários meios. Para que a aprendizagem seja realmente significativa e a avaliação deixe de ser vista como um instrumento de punição, faz-se necessário um trabalho reflexivo do professor, na busca de caminhos para efetivar os novos aprendizados pedagógicos.

PALAVRA-CHAVE: Lei 9394/96, Proposta Pedagógica, processo ensino-aprendizagem, práticas avaliativas, professor reflexivo.























ABSTRACT

WORD-KEYS

This article is the result of a search, the case study, and the instruments used were observation, questionnaire and document analysis. This research aims to determine the forms of evaluation of the School of Basic Education Professor Nicodemus Cooper Hawk, the city of Tobias Barreto / If. As well as diagnose the evaluation forms used in practice by a teacher of a class of 5th grade of that school. With this study, the objective is a reflection on the teaching-learning process and consequences of evaluation. In the teaching-learning process, evaluation is needed, with the aim of this is to diagnose the knowledge already acquired by the student, that teacher can design and organize new activities that facilitate learning. The assessment should consider the differences between the forms and rhythms of the learners. Therefore, evaluation is an ongoing process and must be used in various ways. For learning to be really significant and the assessment is no longer seen as an instrument of punishment, it is necessary to work reflective of the teacher in finding ways to accomplish the new educational learning.

Keywords: Law 9394/96, Pedagogical Proposal, the teaching-learning, assessment practices, reflective teacher.

























SUMÁRIO


1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................06
2.DESENVOLVIMENTO .................................................................................................13
3 METODOLOGIA DA APLICAÇÃO ..............................................................................17
3.1 Descrição do contexto.....................................................................................................17
3.2. Descrição dos participantes............................................................................................18
3.3. Geração dos dados..........................................................................................................19
3.4. Descrição da observação dos participantes....................................................................19
4. APLICAÇÃO DO QUESTIÓNARIO..............................................................................20
4.1 Aplicação do questionário a professora..........................................................................20
4.2 Aplicação do questionário aos alunos.............................................................................21
4.3 Aplicação do questionário aos pais.................................................................................23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................27
ANEXOS














1. INTRODUÇAO
Atualmente, a educação escolar brasileira, de acordo com Aquino, conta com avaliações nacionais nos três graus de ensino, que são: o Sistema de Avaliação da Educação básica (Saeb), no ensino fundamental; o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no ensino médio; e o Exame Nacional de Avaliação do Desempenho do Estudante (ENADE), no ensino superior.
As pesquisas sobre avaliação, no Brasil, tiveram início em 1930, e, desde aquela época são identificados dois marcos interpretativos de avaliação.
No primeiro, no período compreendido de 1930 a 1970, a ênfase avaliativa recaiu nos testes padronizados.
O segundo surgiu na década de 1980 e levou em conta as questões de fundo do currículo escolar, que são o poder e o conflito metodológico-filosófico, o qual questiona o que e é para que avaliar.
Dessa forma, são colocadas em xeque as implicações sociais e educacionais do rendimento escolar. Destaca-se que as avaliações nacionais que estão em pauta antes no início do século XXI se manterem no modelo anterior e ultrapassado, elaborado em testes mnemônicos para medir o rendimento dos alunos, através do controle dos resultados pelo estado, pela classificação e comparação das escolas.
Questiona-se o uso desse método avaliativo, pois, se o objetivo da referida avaliação é conhecer para intervir de forma mais eficiente nos problemas detectados, o que explicaria a premiação das escolas cujos alunos apresentam melhor desempenho e a punição das mais fracas? A lógica de intervenção não deveria ser outra?
De acordo com Luckesi, defendemos a tese de que, hoje, na escola brasileira, pública ou particular, dos níveis de ensino fundamental, médio ou superior, praticamos exames escolares, ao invés de, avaliação da aprendizagem. A partir dos anos setenta, do século XX, passamos a denominar a prática escolar de avaliação de aprendizagem, mas, na verdade, continuamos a praticar "exames escolares". A seguir, relacionamos as características do ato de examinar e do ato de avaliar, o que nos permite, metodologicamente, perceber se estamos praticando exames ou avaliação em nossa atividade educativa cotidiana.
Os exames escolares, através das provas, apresentam as seguintes características:
1. Têm por objetivo julgar e, conseqüentemente, aprovar ou reprovar os estudantes em sua trajetória nas séries escolares, no caso do Ensino fundamental e Médio; no caso do ensino Superior, nos semestres letivos. Esse poder de aprovação/reprovação é o álibi fundamental para manutenção da cultura dos exames. Superar o fracasso escolar significa investir na qualidade do ensino, que tem como conseqüência direta o desaparecimento da reprovação: quem efetivamente aprende, a partir de um ensino de boa qualidade, não pode ser reprovado. Um ensino de boa qualidade, investe na aprendizagem e não na aprovação nas séries escolares;
2. São pontuais, na medida em que o estudante deve saber responder às questões, aqui e agora, no momento das provas ou dos testes; não importa se ele sabia antes e confundiu-se no momento da prova ou do teste, nem importa se poderá vir a saber, depois. Ele deve, pontualmente, aqui e agora, no momento da prova ou do teste, saber responder adequadamente o que está sendo perguntado. Caso contrário, não serve;
3. São classificatórios. Todo exame classifica, minimamente, em aprovado e reprovado, e, no máximo, estabelece uma escala de valores, com um ponto médio, a partir do qual, para mais, aprova, e, para menos, reprova;
4. São seletivos, na medida em que excluem os que "não sabem", no contexto dos parâmetros considerados aceitáveis pelos examinadores;
5. Conseqüentemente, são estáticos, enquanto classificam o estudante num determinado nível como definitivo. Tanto assim que essa classificação é representada, usualmente, por números, o que possibilita, posteriormente, o estabelecimento de médias, que, por sua vez, classificam o educando numa posição definida dentro de uma escala;
6. São antidemocráticos. Na medida em que os exames excluem o aluno, não podem ser democráticos. A democracia, para ser verdadeira e materialmente democracia, não pode ser excludente, mas sim, abranger todos;
7. Dão fundamento a uma prática pedagógica autoritária. Com os exames, o sistema de ensino e o educador têm em suas mãos um instrumento de poder, cuja autoridade pode ser exacerbada em autoritarismo; infelizmente, essa tem sido a tendência e a prática em nossas escolas. Com os exames em mãos, os educadores, representando o sistema social, no geral, têm se servido desse recurso para controlar disciplinarmente os educando.
A avaliação da aprendizagem, por outro lado, possui características completamente diversas das acima referidas; propriamente opostas a elas:
1. Tem por objetivo diagnosticar a situação de aprendizagem do educando, tendo em vista subsidiar a tomada de decisões para melhoria da qualidade do desempenho;
2. É diagnóstica e processual, ao admitir que, aqui e agora, este educando não possui um determinado conhecimento ou habilidade, mas, depois, se ele for cuidado, poderá apresentar as qualidades esperadas. A avaliação opera com resultados provisórios (sempre há a possibilidade de um novo estado de qualidade, melhor e mais satisfatório) e sucessivos (o estado mais satisfatório, ainda não foi atingido, mas poderá sê-lo);
3. É dinâmica, ou seja, não classifica o educando em um determinado nível de aprendizagem, mas diagnostica a situação para melhorá-lo a partir de novas decisões pedagógicas; assim sendo, é oposta ao modo de ser estático dos exames;
4. É inclusiva, na medida em que não seleciona os educandos melhores dos piores, mas sim subsidia a busca de meios pelos quais todos possam aprender aquilo que é necessário para o seu próprio desenvolvimento; o ato de avaliar é um ato pelo qual se inclui o educando dentro do processo educativo, da melhor forma possível;
5. Decorrente do fato de ser inclusiva, é democrática, devido incluir todos. A prática avaliativa na escola está a serviço de todos, no sentido de que deve oferecer subsídios para um trabalho pedagógico junto a todos, os que têm mais e os que têm menos dificuldades; o que importa é que todos aprendam e, conseqüentemente, se desenvolvam;
6. E, isso exige uma prática pedagógica dialógica entre educadores e alunos, tendo em vista estabelecer uma aliança negociada, um pacto de trabalho construtivo entre todos os sujeitos da prática educativa. A avaliação exige uma interação permanente entre educador e educando. (Luckesi, Avaliação da aprendizagem na escola, 2ª edição, página 15)

Todavia, o MEC afirma que, ao instituir e programar um Sistema de Avaliação da Educação Básica cria-se um instrumento importante na busca pela equidade, para o sistema escolar brasileiro e que deverá assegurar a melhoria de condições para o trabalho de educar com êxito, nos sistemas escolarizados. Afirma também que a análise desses resultados deve permitir aos conselhos estaduais de Educação e às secretárias de Estado da Educação a formulação e o aperfeiçoamento de orientações para a melhoria da qualidade do ensino.
Essa etapa, da educação nacional, se implementada para atingir suas conseqüências mais profundas, deverá mudar radicalmente a educação básica brasileira ao longo das duas ou três primeiras décadas do terceiro milênio. Para gerenciá-la de modo competente, é preciso que todos os envolvidos construam uma visão de longo prazo e negociem as prioridades.
Segundo os PCN?s, a avaliação precisa acontecer num contexto em que seja possibilitada ao aluno a reflexão tanto sobre os conhecimentos construídos ? o que sabe ?, quanto sobre os processos pelos quais isso ocorreu ? como conseguiu aprender. Ao identificar o que sabe, o aluno tem a possibilidade de delimitar o que precisa, ainda, aprender. Ao reconhecer como conseguiu aprender, o aluno tem a possibilidade de descobrir que podem existir outros modos de aprender, conhecer e de fazer. A apropriação de novos conceitos e procedimentos permite que o aluno possa realizar as atividades propostas com maior eficiência e autonomia. Nesse sentido, a avaliação precisa ser compreendida como reflexiva.
Ao se avaliar, devem-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de conhecimento que o aluno construiu, mas também e, sobretudo, responder a questões sobre por que os alunos aprenderam o que aprenderam naquela situação de aprendizagem, como aprenderam o que mais aprenderam e o que deixaram de aprender. Para isso, o professor precisa construir formar de registro qualitativamente diferentes das que têm sido utilizadas tradicionalmente pela escola, para obter informações relevantes para a organização da ação pedagógica.
É necessário, também, que o aluno seja informado de maneira qualitativamente diferente das já usuais sobre o que precisa aprender o que precisa saber fazer melhor.
Assim, as anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.
Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilite a tomada de consciência sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreçam maior controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.
A avaliação não é, portanto, unilateral ou monológica, mas dialógica. Deve realizar-se num espaço em que seja considerado aquele que ensina aquele que aprende e a relação intrínseca que se estabelece entre todos os participantes do processo de aprendizado. Portanto, não se aplica apenas ao aluno, considerando unicamente as expectativas de aprendizagem, mas aplica-se às condições oferecidas para que isso ocorra: avaliar a aprendizagem implica avaliar também o ensino oferecido.
Numa época em que os modelos de avaliação contínua ganham força nas escolas e nos livros de formação, aplicar uma prova tradicional pode parecer um retrocesso. Mas não é bem assim. Com alguns cuidados e uma abordagem planejada, é possível lançar mão das questões dissertativas e objetivas para verificar o aprendizado de fatos, conceitos e idéias. "Mas é essencial ter a noção de que elas não podem ser as únicas formas de avaliar", alerta Jussara Hoffman, autora do livro avaliar: respeitar primeiro, Educar Depois.
A ação de diagnosticar o processo de ensino, segundo a consultora, precisa ser cotidiana e contemplar outros instrumentos possíveis, como seminário, debate, relatório e observação. Além disso, é necessário definir muito bem o perfil correto de cada teste: os somativos servem para balanços finais e os formativos devem ser realizados de forma rotineira para ajudar a corrigir rumos e verificar a necessidade de retomar certas explicações. "Os dois tipos são pertinentes, mas o segundo modelo deve ser predominante, pois permite o melhor aperfeiçoamento da prática docente", afirma Domingos Fernandes, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, em Portugal, e autor do livro Avaliar para Aprender.
Outra condição essencial é saber, de antemão, o que exatamente se quer que os alunos respondam. "Para cada questão, faço uma matriz com os conhecimentos, as habilidades e as competências que pretendo verificar", conta Selma Moura Braga, professora de Ciências do 6º ano no Centro Pedagógico da Escola de Educação Básica e Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.
Definidos os momentos adequados e as expectativas, é hora de escolher o que e como cobrar. Para Fernandes, não existem provas infalíveis. "Pesquisas mostram que muitas crianças erram questões porque não entendem o enunciado e não porque ignoram o conteúdo". Afirma. "As perguntas devem ser pertinentes, claras, não enigmáticas", recomenda Janssen Felipe da Silva, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A linguagem usada precisa estar dentro do nível de leitura dos alunos. Para saber se o texto está acessível, mostrá-lo a outros educadores é uma boa saída. Um erro comum é propor enunciados muito longos para contextualizar o problema (mas que não estão diretamente relacionados à questão). "Isso, na prática, só serve para confundir os alunos", complementa o especialista.
Quem determina o tamanho da prova é o tempo disponível para sua resolução (e a quantidade de conhecimentos e competências trabalhados). Não é razoável analisar todo o conteúdo do semestre em uma aula. No Ensino Fundamental, é recomendável que a avaliação dure, no máximo, 40 ou 50 minutos. O diálogo com o que foi feito em sala também é fundamental. Por isso, faz pouco sentido um mesmo modelo ser usado por vários professores. "Questões mais complexas do que as vistas em classe ou pequenos detalhes encontrados em notas de rodapé não devem ser pedidos", alerta Cipriano Luckesi, pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A armadilha ou a pegadinha é outra estratégia condenada pelos especialistas. Alguns docentes até acreditam que, ao agir assim, estão testando a sagacidade da turma. "Mas, se o aluno cai numa emboscada, como saber se ele realmente aprendeu o conteúdo?", indaga Luckesi. Sem falar que os estudantes precisam encarar a prova com tranqüilidade e não como uma punição. Ou seja, o ideal é que todos saibam previamente como serão avaliado, o que você quer verificar e quando o teste será realizado (o que já derruba a proposta das surpresas). "A transparência é a regra de ouro", reforça Domingos Fernandes, da Universidade de Lisboa. Também deve ficar claro que nem toda prova precisa ser sem consulta. Quando a intenção é checar se o aluno consegue pesquisar, essa estratégia pode ser válida, com certeza.
O que é melhor: pergunta com múltiplas escolhas ou dissertativas? Os dois tipos. Todo professor deve diversificar a prova para avaliar diferentes coisas: "Nas objetivas, o desafio é fazer uma boa leitura. Nas dissertativas, fazer uma boa escrita" explica Lino de Macedo, psicólogo da Universidade de São Paulo (USP).
Após a explicação em classe, chega à hora de um novo desafio. Não se pode admitir que o resultado seja computado como algo isolado ? uma nota que determine a aprovação, por exemplo. "Mais importante é analisar o conjunto das respostas ao longo de um tempo para ter clareza sobre as múltiplas aprendizagens dos alunos", afirma Jussara Hoffman.
Por isso, é necessário lançar mão de formas criativas para trabalhar o produto da avaliação. "Oferecer comentários por escrito ou criar momentos de correção" coletiva são boas estratégias.
Os especialistas sugerem ainda outra idéia: dividir os alunos em grupos para que, em um debate, encontrem conjuntamente melhores soluções para as questões com respostas erradas. Esse momento também pode ser uma boa oportunidade para confrontar estratégias de resolução, prática muito relevante. Quando o aluno toma consciência do que sabe e do que não sabe e o professor intervém para ajudá-lo há um ganho imenso", resume Tânia Costa, do Centro de Difusão da Ciência da UFMG.
Estar na condição de avaliador é um privilégio concedido ao professor e ao mesmo tempo uma responsabilidade perante os resultados obtidos pelo fato de que aquela nota marcará a vida estudantil e profissional do aluno, e quantos deixaram os estudos; quantos ficaram traumatizados ao perder a média por falta de meio ponto, quantos ficam inimigos dos professores e até denunciam e fazem tudo para prejudicá-lo. Avaliar é atividade muito séria. Na avaliação, vitória e derrota, sucesso e insucesso, estão em jogo, como tudo na vida precisa de treinamento, de preparação, de concentração para atingirmos os objetivos, vamos avaliar usando métodos que sejam atraentes e a avaliação deixa de ser o bicho papão para os alunos.
Algumas vezes os educadores não percebem se os alunos aprenderam os conteúdos ou estão cheios de dúvidas, não houve tempo para a revisão tão necessária para alcançar o sucesso, sabemos das cobranças de todos em relação às notas alcançadas pela minoria dos alunos; e pouco se promove planejamento onde se possa refletir sobre o que vem a prejudicar o bom desempenho dos alunos nas avaliações. É de grande importância que se promova esses momentos em profundidade visando o futuro estudantil desses alunos, pois certamente motivado pelo sucesso nas avaliações, continuarão avançando em participar das várias oportunidades de competir e conseguir realizar os sonhos profissionais.

2. AVALIAÇÃO ESCOLAR

A avaliação é tida como método de seleção desde os primórdios e com isso os estudiosos começaram a perceber a variação do processo gradativo da avaliação na história compreendendo a diferença de cada etapa e com isso no decorrer dos anos foram demonstradas as direções educacionais e a progressão de cada período na avaliação, atendendo as exigências da sociedade em várias fases históricas como a Idade Antiga, Idade Média, Renascimento, Idade moderna e a Idade contemporânea.
Na história antiga adolescentes eram expostos a provas relacionadas com seus costumes. Só depois desses testes eram considerados adultos. Na Idade Média, os alunos eram subordinados passivamente a opinião dos mestres. No Renascimento ensinava aos alunos a pensa, agir. Nos tempos modernos era à busca da verdade, segundo DESCARTE, "Nada se admiti como verdadeiro se não se conhece evidentemente como tal. É a regra da evidência". E por fim, na Idade contemporânea que afirma que a tecnologia educacional é uma maneira nova de pensar a educação.
A avaliação é um assunto importante nas escolas. Um dos principais motivos é a insistência histórica das formas de avaliação que ainda permanecem muito similares às exercitadas nos séculos passados. Portanto, o contexto escolar cada vez exige um maior número de fontes de informações além do quadro negro e giz.
Hoje em dia temos outra percepção relativa à gradação histórica da avaliação, uma vez que, podemos nos questionar e perguntar: Como você define avaliação e qual objetivo dessa prática? Quais instrumentos você utiliza para desenvolvê-la? Será que não está na hora de aprender a avaliar inteligentemente?
As respostas a essas perguntas estão diretamente ligadas à concepção pedagógica que rege a prática do educador.
De acordo com Lei de Diretrizes e Bases da Educação no artigo nº 24, Inciso V, consta que: "a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais". A esse respeito, também, Libâneo acrescenta que:

A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas propicia dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. ( LIBÂNEO, 1994, p. 195):

A avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Ela ocorre de maneira contínua e sistemática, por intermédio da interpretação qualitativa do conhecimento que é construído pelo aluno, possibilitando, desse modo, que o professor conheça o quanto esse aluno se aproximou ou não das expectativas de aprendizagem determinadas por ele em determinados momentos da escolaridade, em decorrência de sua intervenção pedagógica.

De acordo com LDB (2001, p. 83):
Um sistema educacional comprometido com o desenvolvimento das capacidades dos alunos, que se expressam pela qualidade das relações que estabelecem e pela profundidade dos saberes constituídos, encontra, na avaliação, uma referência à análise de seus propósitos, que lhe permite redimensionar investimentos, a fim de que os alunos aprendam cada vez mais e melhor e atinjam os objetivos propostos.

Diante dessas afirmações percebemos que avaliação é um método contínuo em que o professor deve ter a consciência do seu método de ensino para melhor desenvolver de forma coerente e precisa contribuindo para instrução do seu alunado, ensinando a cada dia de forma lúdica e prazerosa para com seus alunos.
Até um tempo atrás a avaliação era tida como o real conhecimento do aluno. Agora a visão é diferente, pois a compreensão para o saber tornou-se mais crítica, hoje se usa a avaliação para a melhoria da aprendizagem em relação aos conceitos estudados. Para saber o conhecimento do aluno o professor deve ter em mente que esta avaliação deve ser gradativa.
O avaliador obtém os meios de elaborar um dispositivo de avaliação coerente, pois a escolha da instrumentação dependerá da decisão a preparar e do objeto a observar. E com isso o processo de construção do conhecimento dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática se for preciso.
Ciente desses propósitos, Álvarez Méndez acrescenta:
A avaliação deve ser usada sempre para melhorar, nunca para eliminar, selecionar ou segregar. (ÁLVAREZ MÉNDEZ, 2005,p. 27)
Diante disso Fazenda, afirma:

Na pratica pedagógica, entendemos que agimos de forma interdisciplinar ao construir coletivamente o saber, ao buscar juntos, o novo, o risco, a descoberta, o diálogo, a troca, o conhecer, deixando que cada um assumisse a sua própria prática dentro dos próprios limites." (FAZENDA, 2005, p. 92)

O bom seria é que em cada finalização de uma etapa de atividades, os professores fazerem um provão oral junto aos alunos praticando dinâmicas e com isso obtendo respostas sobre os assuntos que foram abordados durante aquele período para saber se realmente foi concretizado o seu ensinamento. Diante das respostas dos alunos o professor deverá registrar todo o processo por escrito em um caderno para posterior consulta, anotando os momentos mais significativos da aula, da semana, do mês, registrando o que deu certo e o que não funcionou com determinadas turmas ou em relação a determinados alunos. Dessa maneira, o professor tem menos dificuldade de atribuir um conceito para o aluno quando a situação assim o exigir.
Segundo LIBÂNEO,

O professor analisa sua prática à luz da teoria, revê sua prática, experimenta novas formas de trabalho, cria novas estratégias, inventa novos procedimentos. Tematizando sua prática, isto é, fazendo com que sua prática se converta em conteúdo de reflexão, ele vai ampliando a consciência sobre sua própria prática. (2001, p. 67),

Com isso, o professor alcançará uma visão diagnóstica mais precisa, analisando com mais afinco o aprendizado do aluno, percebendo o que poderá ser alterado em sua prática para mobilizar e entusiasmar os alunos, tornando-o o método do seu ensino mais agradável e com fundamento. Segundo MORETTO
Competência é a capacidade de o sujeito mobilizar recursos (cognitivos) visando abordar uma situação complexa. (2001, p. 19):


No entanto, para os alunos o professor deve instruí-lo a fazer um Diário de Bordo, pois seria muito útil para registrar seu desempenho e desenvolvimento dos projetos de trabalho em classe, suas dificuldades e avanços em cada etapa de aprendizagem e em outras situações que considerem importantes. E ao ler esses cadernos, o professor terá mais subsídios para avaliar cada aluno.
Quanto às avaliações individuais, é importante que ocorra não como a mais importante, mas como um entre vários instrumentos utilizados com pesos semelhantes para diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos. Está aí o grande desafio para o professor. Diante disso Álvarez Méndez acrescenta:


Avaliação é um processo natural, que nos permite ter consciência do que fazemos da qualidade do que fazemos e das conseqüências que acarretam nossas ações. (Revista Pátio, 2005,p. 24)

Apresentaremos a seguir todo o método de pesquisa que foi protejado o nosso trabalho, mostrando todas as suas metodologias e práticas, abordando todos os meios possíveis para um bom entendimento do processo avaliativo pesquisado.




3. METODOLOGIA DA APLICAÇÃO

Em se tratando de um projeto, a construção do conhecimento depende de uma metodologia flexível, também deve estar sujeita a correlação de conteúdos de outras disciplinas. Para tanto, os recursos pedagógicos auxiliaram os procedimentos de avaliação, pesquisas e trabalhos essenciais para que acompanhe o aprendizado. Em vista disso, a lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, (das Diretrizes e Bases da Educação Nacional) em seu artigo 36º do capitulo II estabelece que o ensino "adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes." (LDB, 1996, pág.. 14)
O ensino deve manter-se numa constante averiguação a respeito da forma como professores e alunos produzem o conhecimento. Em vista disso segue a metodologia pela qual os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa foram trabalhados. Eis, portanto uma articulação entre a prática realizada e os pressupostos teóricos pelo qual os educadores se orientaram e autores deste artigo averiguaram bibliograficamente a proposta didática.
Diante de todas essas afirmações sobre avaliação e métodos é que realizamos um questionário com a professora da turma de quinta série da Escola Municipal do Ensino Fundamental Professor Nicodemos Correia Falcão, com relação ao que definia sobre a avaliação da aprendizagem e ao objetivo dessa prática. A professora afirma que "A avaliação é continua e tenta desenvolvê-la a partir de trabalhos em duplas, produção de frases e textos. Por que não acredita que nota mede a capacidade do aluno e sim o aprendizado adquirido por ele durante o ano letivo e percebido pelo professor no decorrer das aulas." Solicitamos a proposta pedagógica da escola para checarmos se ia de encontro com a afirmação da professora e constatamos que não havia nenhum documento.

3.1 Descrição do contexto

A pesquisa foi desenvolvida em um colégio da rede pública municipal, no município de Tobias Barreto -SE, localizado no Conjunto Padre Pedro, Rua H, S/N.
Atualmente, o estabelecimento ministra a Educação Básica: Ensinos Fundamental e o EJA ( Educação de Jovens e Adultos) no período noturno, atendendo aos objetivos e às disposições das Constituições Municipal, Estadual, e Federal e da Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
O número de alunos matriculados no ano letivo de 2010 somam 800 (oitocentos), entre o ensino fundamental e EJA. Os professores que ministram aulas no colégio somam 15 (quinze). Possuem, na sua maioria, pós-graduação, e, segundo a direção do estabelecimento, participam com freqüência de cursos de capacitação. São professores que, em sua maioria, residem no município de Tobias Barreto.

3.2 Descrição dos participantes

Para a realização da pesquisa, primeiramente conversamos com a direção do colégio, expomos o nosso projeto e o motivo que nos levara a escolher aquele estabelecimento de ensino. Pois um dos nossos colegas do grupo de pesquisa Ricardo Barbosa, teria mais facilidade para facilitar o nosso propósito, pois o mesmo trabalha na escola. A diretora demonstrou interesse e colocou-se à disposição para ajudarmos no que fosse necessário. Depois conversamos com a professora que ministra a disciplina Português, professora ¬¬¬Maria Francisca dos Santos . E solicitamos a sua autorização para observar seus métodos de ensino e suas ultimas provas, sendo que a mesma respondeu um questionário preparado por nós de forma sucinta e objetiva.
Em seguida falamos com a equipe pedagógica, com os alunos e por último com alguns pais dos alunos. Expusemos o projeto e perguntamos se autorizavam e se contribuíam para a sua realização. Todos as parte concordaram e autorizaram a divulgação do material colhido. De acordo com as respostas dadas pela professora ¬¬¬Maria Francisca dos Santos, de Língua Portuguesa, ela concluiu a graduação em 2005, atua no magistério há 11 anos, e sua carga horária no magistério é 20 horas/aulas semanais.
Participaram, somente, 13(treze) alunos da quinta série na aplicação do questionário para toda a realização da pesquisa, suas idades variam entre 14 e 15 anos. A seleção dos pais foi feita de acordo com a seleção dos filhos. Dos 13 pais, um (ou mais) respondeu ter como grau de escolaridade de primeira a quarta série, os demais responderam de quinta a oitava série. A idade deles oscila entre 30 e 56 anos.
A escola está localizada é uma periferia em que o contexto social contribui para o mau desempenho pessoal de alguns alunos. A falta de programas educativos como teatro, aulas de músicas, práticas de esportes, entre outros meios que ajudariam a melhorar a juventude a ter um futuro mais promissor, deixa a desejar. Contribuindo que eles procurem métodos mais inaceitáveis para se divertirem de forma ilícitas, contribuindo para a evasão escolar e um bom desenvolvimento futuro.

3.3 Geração dos dados

Os dados foram gerados a partir da pesquisa de campo; realizada entre Maio e Junho; da aplicação de questionário a uma professora do ensino de língua portuguesa, a alguns alunos retidos em uma turma de quinta série no ano letivo de 2010 e aos pais dos alunos; e da coleta de questionários respondidos pelos alunos selecionados e professor envolvido na pesquisa.
No seguimento, faremos à discrição do que foi abordado.

3.4 Descrição da observação dos participantes

Nosso trabalho de coleta de dados foi pautado em cima do tema avaliação. Em que treze alunos e seus respectivos pais foram submetidos a perguntas de questionários específicos.
A turma mostrou-se receptiva e entusiasmada em participar do processo de coleta de dados. Procuramos selecionar alunos com bons históricos escolares, como também, aqueles repetentes, no intuito de encontrarmos respostas as nossas indagações.
Após falarmos com a direção da escola e a professora responsável pela disciplina, houve um processo seletivo com os alunos para aplicamos os questionários. Todo esse processo de aplicação de questionário durou três dias daí iniciamos o nosso trabalho de pesquisa e observação. Após esse questionário constatamos que a professora em sua prática avaliativa propõe um processo diversificado, verificamos, também, que ela aplica trabalhos com textos, trabalhando assim às competências do leitor, como também, a aplicação de provas com a gramática sendo trabalhada de forma contextualizada. A regente mostra-se dinâmica e criativa na sua área do processo avaliativo, com a utilização de vários utensílios como a musica para tirar a ideia central, o teatro para apresentar datas comemorativas, confecção de cartazes para a apresentação dos vários tipos de textos e seminários. Enfim, verificamos que a professor Francisca trabalha com um processo avaliativo bem variado, o que comprova sua preocupação e interesse com o desenvolvimento do alunado de forma com que a Lei de diretrizes e bases requer.
Partindo para o corpo discente começamos nosso trabalho de coleta de dados explicando os critérios para o preenchimento do questionário para facilitar o entendimento de cada pergunta. Verificamos nessa tarefa que a pesquisa apresenta uma visão geral da vida escolar de cada aluno. Podemos conferir a letra do aluno, seu desempenho escolar, idade, moradia, preferência de leitura, objetivo futuro e sua vida familiar referente a participação dos pais no acompanhamento das tarefas escolares.
O resultado da coleta de dados foi relativo, e mostrou que alunos que tem pelo menos uma pessoa em casa alfabetizada e que mostram compromisso com a educação do filho apresentam uma boa atuação escolar.
Pela pesquisa realizada mostra-se muito proveitosa o método avaliativo aplicado pela professora, de forma contínua e variada.

4. APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS

Os questionários foram aplicados com o objetivo de coletar dados que pudessem
contribuir para a realização desta pesquisa.

4.1 Aplicação do questionário a professora

Para a aplicação do questionário à professora, conversamos antecipadamente com a mesma. Deixamos claro que esta pesquisa não era para falar mal do professor, pois este não era o nosso objetivo, e que o foco da nossa pesquisa não era o professor, mas sim o aluno. Depois de tudo esclarecido ela pegou o questionário e devolveu no dia seguinte respondendo com clareza todas as perguntas expostas.
QUESTIONÁRIO
1) Sexo:
( ) masculino ( ) feminino
2) Grau de escolaridade:
( ) magistério ( ) graduação ( ) pós graduação
3) Em que ano você concluiu a graduação? ____________
4) Há quanto tempo atua no magistério? ____________anos.
5) Há quantos anos atua com 5ª série? _______________anos.
6) Qual sua carga horária no magistério? _____________horas/semana.
7) Em termos de avaliação, que conteúdos o aluno deve necessariamente dominar ao iniciar a 5ª série? E ao concluí-la?
8) Quais os critérios para aprovar um aluno na 5ª série?
9) De que forma você aborda o texto em sala de aula?
10) O que é, para você, um bom texto?
11) Como você interage com o texto do aluno?
12) Ao observar que o aluno apresenta dificuldade na aprendizagem, que encaminhamento você faz?
13) Como percebe a possibilidade de progresso de seu aluno?
14) Como você define avaliação e o objetivo dessa prática? Que instrumentos você utiliza para desenvolve-la? Como faz isso?


4.2 Aplicação do questionário aos alunos

O questionário foi aplicado a dois grupos de alunos retidos na quinta série: um pré-selecionado que nunca reprovou em nenhuma série e outro participante central da pesquisa que são os que já foram reprovados, conforme mostra o quadro a seguir:

Alunos Não reprovados (Pré-selecionados) Alunos Reprovados (Participante Central)
DAMIÃO SILVA ARAÚJO CLEVERTON DE J. ALCANTARA
ERI KARLA SANTOS SILVA DANIELE BARBOSA DE JESUS
GABRIEL DOS SANTOS
GABRIELA BATISTA DOS SANTOS
JOSE DIONE ONELIO DOS SANTOS
JUCIVALDO DO ARAUJO SANTOS
MAIGLEISE DE JESUS SANTOS
MARCO AUGUSTO F. OLIVEIRA
PAULIANA
RAFAELA DOS SANTOS
RICARDO COSTA DE OLIVEIRA


Constatamos o rendimento dos alunos através da gradação da avaliação da professora e da continuidade de trabalhos para a nota final.
Através de uma tabela mostraremos o que a professora realizou no decorrer do bimestre para obter a nota final no mês de Maio.


MAIO/2010

Aluno Trabalhos em classe (1,0) Trabalhos E. Classe (1,0) Seminários

(1,0) Interpretação

(2,0) Prova

(5,0) Nota Final
Maio
CLEVERTON X X 1,5 3,5
DAMIÃO X X 1,5 3,5
DANIELE X X X X 3,0 8,0
ERI X X 2,0 4,0
GABRIEL X X X 3,0 6,0
GABRIELA X X X 3,5 6,5
JOSE DIONE X 2,0 3,0
JUCIVALDO X 1,0 2,0
MAIGLEISE X X X 1,5 4,5
MARCO X 2,5 3,5
PAULIANA X X X 2,0 5,0
RAFAELA X X X 2,5 6,5
RICARDO X 1,0 2,0

Diante deste questionário percebemos que os dois que nunca reprovaram não alcançaram a média da escola que é 5,0 (cinco) e apenas cinco conseguiram atingir a média.



QUESTIONÁRIO

1) Sexo:
( ) masculino ( ) feminino
2) Quantos anos você tem?
3) Com quem você mora?
4) Seus pais ou responsáveis por você trabalham fora de casa?
5) Quando não compreende um conteúdo de Português, o que você faz?
6) Você já foi reprovado em alguma série? Caso tenha sido reprovado, diga em qual série.
7) Você gosta de ler?
8) Você gosta de escrever?
9) Fora da escola, para que você utiliza a escrita?
10) Em casa, quem lê com você e como lê esse texto?
11) E na escola, como você lê os textos?
12) Como você gostaria que o professor ensinasse Português?
13) Você trabalha? Em quê?
14) Que profissão você gostaria de ter?


4.3 APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

Para aplicar o questionário aos pais, conversamos com os alunos para saber qual era a atividade deles e a que horas eles se encontravam em casa. Como geralmente o aluno pensa que quando um professor quer conversar com os pais é para fazer alguma reclamação, deixamos bem claro que a nossa conversa seria apenas para a aplicação do questionário para uma pesquisa que estávamos fazendo. Então os alunos entregaram um convite que fizemos e os mesmos apareceram no dia que marcamos.
QUESTIONÁRIO

1- Grau de escolaridade:
( ) 1ª série a 4ª série ( ) ensino médio
( ) 5ª série a 8ª série ( ) superior
2- Idade: _____________ anos.
3- Sexo:
( ) masculino ( ) feminino
4- Você trabalha fora?
( ) sim ( ) não
5- Qual sua a profissão?
6- De que maneira você acompanha a vida escolar de seu filho?
7- Que materiais ou livros são lidos em casa?
8- Você lê para seu filho, ou ele lê para você?
9- Quando observa que seu filho está com dificuldade na escola, o que você faz?
10- Para você qual foi o principal motivo da reprovação de seu filho na 5ª série?
11- Que profissão espera que seu filho exerça?


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada proporcionou algumas reflexões sobre o que propõe a Lei 9394/96 sobre avaliação e o que consta na Proposta Pedagógica da Escola Municipal do Ensino Fundamental Professor Nicodemos Correia Falcão e o que concretamente está acontecendo na prática do professor.
A Lei 9394/96 diz que há necessidade de avaliar o aluno continuamente e devemos avaliá-lo de várias maneiras, observando os aspectos qualitativos.
Dessa forma, a avaliação deve permear o trabalho pedagógico desde o planejamento até a execução, coletando dados para melhor compreensão da relação ensino-aprendizagem, possibilitando, assim, orientar a intervenção didática.
Notamos que a docente tem uma certa facilidade para organizar questões reflexivas interpretativas aos alunos, pois a escola e o ambiente em que os alunos vivem não permitem meios para as aulas serem mais atrativas para um bom desenvolvimento da aprendizagem, no dia a dia escolar, mas a mesma segue o que está colocado nas novas propostas educacionais para a avaliação.

De acordo com HOFFMANN (1996, p.18): "é a partir da análise de situações vividas pelos professores no seu cotidiano, através de expressão e manifestação de suas dúvidas e anseios, que poderemos auxiliá-los a reconduzir suas ações e compreendê-las numa outra perspectiva".

Observamos que a proposta pedagógica da escola, embora necessite ser melhor especificada, está em concordância com a LDB, que propõe que a avaliação deve ser diária e que serão considerados os resultados obtidos no período letivo, num processo contínuo.
Ao aprofundarmos nossos estudos sobre a avaliação, averiguamos que é importante que o aluno tenha contato com a mesma, pois na sociedade ele passará por diversas situações avaliativas, para as quais deve estar preparado.
Dentro do processo, a função de cada professor é mais que essencial para dar ingresso neste universo. Mediante seu comprometimento é que se pode ter certeza de que hoje se formarão os competentes profissionais do futuro..
Constatamos também que a professora tem uma responsabilidade muito grande ao avaliar um aluno e muitos não se dão conta disso. Vimos que esta professora no seu método de avaliação é continuo, pois a mesma faz diversas atividades para totalizar uma nota. O professor tem que se conscientizar que avaliação tanto pode favorecer o crescimento de uma pessoa, como pode desestimulá-la.
O professor precisa saber a história de cada aluno para organizar seu trabalho pedagógico, analisando a realidade da escola e do meio social dos alunos. E nunca esquecendo as diferenças que os educandos têm formas e ritmos de aprendizagem distintos.
Sabemos que são muitos os problemas que a escola enfrenta e que a solução dos mesmos precisa de tempo e compromisso, mas também acreditamos que a escola, ciente do seu valor dentro da sociedade, precisa realizar o que é possível, criando condições mais democráticas, para não se tornar inútil.
Segundo VEIGA (1998, p. 20 ? 21): A educação é direito de todos e não deve se constituir em um serviço, uma mercadoria, sendo transformada num processo centrado na ideologia da competição e qualidade para poucos. É preciso muita intencionalidade para provocar mudanças no processo de produção do conhecimento.

E o professor, conhecedor da sua responsabilidade e influencia na vida dos alunos, deve viver em constante ação/reflexão/ação, para estar sempre cauteloso à aprendizagem do aluno, utilizando formas de avaliação continuada, adaptando assim uma educação de qualidade, atendendo aos desafios propostos para este novo século.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUINO, Libia Maria Serpa. Políticas Sociais e Legislação Educacional. Canoas (RS): Editora Ulbra, 2007, p. 119.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996.

DESCARTES, René (1991), Discurso do método, Porto, Porto Editora.

ESCOLA, Nova. A revista de quem Educa.Ano XXIV .Nº 224. AGOSTO 2009.

FAZENDA, Ivani (org.). Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo- SP: Cortez, 2005.

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora. Porto Alegre: Educação & Realidade, 1996.
.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola. Goiânia: Alternativa, 2001, p. 67.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo, Cortez Editora, 2002, 12ª Ed.

MENDEZ, J.M.A. Revista Pátio. Artemed Editora, Porto Alegre. Ano IX Nº. 34 MAI/JUL 2005.

MORETTO, V. P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: D P e A, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.


VEIGA, Ilma Passos. Avanços e equívocos na Profissionalização do magistério e a nova LDB. In. VEIGA. Campinas: Papirus, 1998, pp. 20-21.






























ANEXOS



Professora ¬¬¬Maria Francisca com seus alunos.


Fachada da Escola Municipal do Ensino Fundamental Professor Nicodemos Correia Falcão.




Os alunos assistindo a aula da professora.



Participante da pesquisa com Cipriano Carlos Luckesi em um seminário sobre avaliação em Feira de Santana-BA no dia 02/06/2010.