AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL NO BRASIL: ANÁLISE DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE GRANDE PORTE

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo dimensionar o gerenciamento do risco operacional, como base no artigo deADRIANA CRISTINA GARCIA TRAPP, Mestre em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP – SP e LUIZ J. CORRAR, Professor Doutor do Depto. De Contabilidade e Atuária da FEA-USP – SP.

Diante dos fatores externos que possam causar a instabilidade financeira, este artigo deixa claro que a gestão de riscos é o principal fator para manter uma empresa no mercado de trabalho. Enfatiza também o conceito do risco operacional e os estágios na sua gestão, ressaltando os inúmeros riscos que uma instituição pode enfrentar, como: risco de mercado, risco de crédito, risco soberano, risco de liquidez entre outros. Com a intenção de estabilizar o mercado financeiro internacional, em 1988 foi fundado o comitê da Basiléia sobre fiscalização bancária.

A metodologia utilizada será através de Estudo de caso, que estará dividido em 6 seções: Nas instituições pesquisadas, estrutura organizacional, cultura organizacional, sistemas de informações, Identificação e análise dos riscos operacionais, e por fim, o estágio de desenvolvimento na gestão do risco operacional.

2 DESENVOLVIMENTO 

A estrutura organizacional do Banco é divulgada por meios internos da instituição financeira através de normas e procedimentos, sendo distribuída por meio de papel e também informativos online através da intranet do banco.

Existem 18 dezoito áreas executivas ligadas à Presidência, sendo que cada área possui um órgão ligado aos controles internos e riscos que são representados por Oficiais de controles internos e Compliance. Sendo as principais atribuições destes Oficiais tais como: encontrar possíveis riscos na área executiva e propor soluções e zelar pela qualidade do inventário do processo promovendo sua melhoria contínua.

Em risco operacional a Instituição se divide em Superintendência de riscos Corporativos e Superintendência de Coordenação de Controles Internos e Compliance.

Em dezembro de 2000 a instituição adotou seu código de ética, para uniformizar os padrões éticos e comportamentais, sendo feita divulgação de vídeos aos executivos e cada funcionário recebeu um exemplar impresso.

Na instituição financeira são adotados os seguintes sistemas de informação: Manuais de procedimentos, Dicionário de Riscos, Matrizes de riscos e controles, auto avaliações, programas de compliance, conciliação contábil, Sistema de cadastro de ocorrências e riscos operacionais e sistema de quantificação de perdas operacionais.

A instituição financeira se preocupa muito em administrar seus riscos operacionais atendendo o Acordo de Capital de Basiléia, mas também como uma forma de manter melhores posições no mercado financeiro. Os resultados obtidos através da quantificação e análise das perdas operacionais a as previsões de alocação de capital para esse risco realizadas pela Superintendência de Riscos Corporativos são analisados pela alta administração da instituição.

Existem cinco estágios de desenvolvimentos na gestão do risco operacional, onde as instituições avançam conforme desenvolvem e concluem algumas atividades fundamentais.