Eduardo Willian de Souza Matos1
Milton Cesar da Silva2
RESUMO

A capoeira chegou ao Brasil através do negro escravo e é considerada esporte brasileiro. Esta se faz importante para a criança e o adolescente, pois possui uma variação de movimentos corporais que possibilita a vivência de vários aspectos motores. O presente estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa cujo objetivo foi verificar a força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal e a flexibilidade em adolescentes de ambos os sexos, praticantes e não praticantes de capoeira de uma escola privada do município de Barreiras-BA. Buscou ainda comparar valores encontrados em ambos os testes com os CR da AAHPERD (1988). A amostra compreendeu um total de 28 alunos: 14 meninos e 14 meninas praticantes e não praticantes de capoeira. 64,3% dos escolares não conseguiram alcançar os CR estabelecido segundo o teste de abdominal. Além disso, os meninos praticantes demonstraram maior desempenho em relação aos que não praticam capoeira, porém, nem todos alcançaram o CR. Entre as meninas os resultados foram similares ao dos meninos, sendo que, os maiores valores alcançados foram nas idades de 12 anos. Com relação a flexibilidade dos meninos, 85,7% alcançou o CR contra 50% das meninas. Percebeu-se que a capoeira pode e deve compor o currículo da Educação Física Escolar, observando-se critérios biológicos para a prescrição de exercício.

Palavras-chave: Capoeira; flexibilidade; força abdominal; escola.


ABSTRACT

The capoeira arrived at Brazil through the enslaved black and is considered Brazilian sport. This if makes important for the child and the adolescent, therefore it possesss a variation of corporal movements that makes possible the experience of some motor aspects. The present study flexibility in adolescents of both is about a quantitative research whose objective was to verify the force/muscular of inferior members and abdominal resistance and the not practicing sexos, practitioners and of capoeira of a private school of the city of Barrier. It still searched to compare values found in both the tests with the CR of the AAHPERD (1988). The sample understood a total of 28 pupils: 14 practicing and not practicing boys and 14 girls of capoeira. 64.3% of the pertaining to school had not obtained to reach the established CR according to test of abdominal. Moreover, the practicing boys had demonstrated to greater performance in relation to whom they do not practise capoeira, however, nor all had reached the CR. Between the girls the results had been similar to the one of the boys, being that, the greaters of the reached values had been in the ages of 12 years. With regard to flexibility of the boys, 85.7% reached the CR against 50% of the girls. It was perceived that the capoeira can and must compose the resume of the Pertaining to school Physical Education, observing biological criteria for the exercise lapsing.


keywords: Capoeira; flexibility; abdominal force; school.

1. INTRODUÇÃO
A capoeira é uma manifestação da cultura afro-brasileira que, por muitos anos foi marginalizada e proibida. Antigamente, o capoeirista era discriminado não só pela sociedade, mas principalmente pelo poder do "estado", onde podiam ser enquadrados e punidos conforme as leis penais da época.
Mesmo com altos e baixos a capoeira tem resistido e, atualmente vem ganhando força total na sociedade, sendo praticada em academias, clubes, escolas e universidades. No dia 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida como "Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como "Bem Cultural de Natureza Imaterial". Esta data sem dúvida ficará marcada na memória de todos os capoeiristas e daqueles que a admiram (LOBO, 2008). Atualmente a Capoeira está inserida na grade curricular das escolas estaduais, sendo obrigatoriedade nas disciplinas de educação física, história e sociologia.
A capoeira no contexto escolar é uma ferramenta importante na atuação do desenvolvimento de novos conhecimentos para aqueles que a praticam. A cooperação substitui a competição, as diferenças interagem entre si e se encontram em uma maneira de desenvolver ações inclusivas que atraiam os alunos (SCHMIDT, 2007).
Segundo Heine, Carbinatto e Nunomura (2009), o número de adeptos a esta modalidade tem crescido de forma vertiginosa. Em respeito a esse aumento de praticantes da Capoeira, as bases pedagógicas daqueles que estão à frente desse processo têm como referência a tradição, a boa vontade e a sensibilidade. Para Santos (2009) a prática pedagógica da capoeira se torna fundamental para a criança. Sendo desenvolvida de forma lúdica, além de proporcionar o convívio social possibilitando uma maior integração entre os seus praticantes, ela é uma ótima ferramenta para o desenvolvimento de uma qualidade de vida saudável.
A cada ano que passa a capoeira vem se incorporando ao ambiente escolar, seja em aulas de Educação Física, em atividades extracurriculares, datas comemorativas, apresentações de grupos da comunidade, etc. Entretanto, foi a partir da criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em 1998, que a Educação Física passou a contemplar mais esta modalidade de esporte, jogo, folclore, arte e cultura com legitimação no currículo escolar (NATIVIDADE, 2006).
Para Quadros e Marques (2008, p.451), "a cultura corporal de movimentos pode ser uma importante forma de reflexão pedagógica sobre a apropriação da capoeira como um conteúdo esportivo trabalhado pela educação física" em decorrência do contexto que a mesma ocupa na história brasileira, bem como nas dificuldades da divulgação de sua prática e exploração de sua técnica rica em manifestações culturais. Corroborando com essa idéia, Silva; Santos apud Pereira et. al. (2008) afirma que, a capoeira é uma atividade com conteúdos considerados importantes para a Educação Física, já que por toda sua cultura corporal permite desenvolver tanto a saúde física como mental do indivíduo.
A prática da capoeira na escola possibilita o desenvolvimento da autonomia, cooperação e participação social, postura não preconceituosa, entendimento do cotidiano pelo exercício da cidadania, historicidade, dentre outros, e, no aspecto motor desenvolve estruturas como: esquema corporal, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal, coordenação motora etc (PAIM e PEREIRA, 2004 apud PEREIRA et al. 2008)
Quando o assunto é relacionado à aptidão física de crianças e adolescentes, vários estudos vêm assumindo posições de destaque no cenário da Educação Física e Ciência do Esporte (MAIA, 1998 apud BERGMANN et al, 2007).
A capoeira é uma ferramenta capaz de desenvolver aptidões físicas de grande valia para a vida do ser humano. Sua prática está aliada a movimentos de força, coordenação, destreza e equilíbrio, e, além de melhorar o exercício cardiovascular, ainda exige participação dos grandes músculos do nosso corpo (COBRA, 2005). O autor afirma ainda que a capoeira pode ser praticada por pessoas de qualquer idade, visto que ela acaba se encaixando no nível de intensidade e exigência tanto cardiovascular como muscular localizado, conforme as condições específicas de cada indivíduo, independente do seu preparo físico, orgânico ou muscular. Diante disto, a capoeira vem causando uma revolução no campo da atividade física e, segundo o mesmo, apenas a vigorosa atividade de desempenho cardiovascular já seria de grande importância para fazer da capoeira uma das atividades físicas mais significativas.
Em se tratando da aptidão física muscular, vários autores (CORBIN e NOBLE, 1980; POLLOCK e BLAIR, 1981; WHITHEAD e CORBIN, 1986; LIEMOHN, 1988), citados por Bergmann (2007) destacam sobre a importância de níveis adequados relacionados à força/resistência, principalmente a resistência da musculatura responsável pelo movimento e sustentação na região da coluna vertebral. Quando se fala em saúde, acredita-se que, uma adequada aptidão voltada a estes grupos musculares estaria ajudando prevenir dores lombares e problemas posturais.
Indivíduos que não praticam atividade física regularmente estão mais propícios a desenvolverem distúrbios orgânicos ou doenças hipocinéticas (SIMONS-MORTON et al,, 1988 apud GUEDES e GUEDES, 2000). Assim, é cada vez mais importante considerar os cuidados com a aptidão física, especialmente no que se refere aos critérios de saúde.
A flexibilidade é um fator decisivo para a contribuição de diversos aspectos da motricidade humana, que vai desde seus gestos cotidianos até o aperfeiçoamento da execução de movimentos desportivos. Em alguns indivíduos ela tende a ser parte da herança genética (BARBANTE, 1996 apud GUERRA e RASSILAN, 2006). Esta é uma qualidade física que pode ser treinada a fim de acrescentar benefícios ao corpo dos indivíduos. Em crianças, a flexibilidade é imprescindível quando se trata dos ajustes posturais nas fases do crescimento, proporcionando assim um bom desenvolvimento motor, exigindo o equilíbrio nas cadeias musculares anteriores e posteriores responsáveis pela sustentação da coluna vertebral e equilíbrio corporal (FERREIRA e LEDESMA, 2008).
Os indivíduos que apresentam níveis de flexibilidade inadequados correm o risco de ocasionar lesões músculo-esqueléticas, bem como dificuldade na realização de determinados movimentos (BARBANTE, 1996 apud GUERRA e RASSILAN, 2006). Segundo Ferreira e Ledesma (2008) para que os métodos do treinamento relacionados à flexibilidade tornem-se efetivos e seguros, deve-se respeitar o período de maturação dos indivíduos, a idade biológica e a técnica aplicada na execução dos movimentos. Estudos relacionados às diferenças de flexibilidade entre os indivíduos levam em conta diversos fatores como: fatores genéticos, fatores patológicos, culturais, medidas antropométricas e composição corporal (GUEDES e GUEDES, 1997 apud ARAÚJO e BATISTA, 2008).
De acordo Harre apud Campos (2003), tanto no esporte quanto na educação física, a flexibilidade é considerada mais no sentido de mobilidade articular, como a capacidade de utilização completa da extensão do movimento em uma articulação. Para Dantas apud Campos (2003, p.23), "flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima realizado por uma ou conjunto de articulações, dentro de seus limites, sem correr riscos de provocar lesões". Já Alter (1999, p.18) afirma que "a palavra flexibilidade é derivada do latim flectere ou flexibilis, "curvar-se". O The New Shorter Oxford English Dictionary (1993) apud Alter (1999, p.18) define flexibilidade como a "habilidade para ser curvado, flexível".
De acordo Achour Júnior (2004), com exceção dos distúrbios devido à hereditariedade, todos os sistemas musculares poderão ser considerados potencialmente favoráveis a alcançar uma ótima flexibilidade, se devidamente treinados.
Atualmente, pesquisas demonstram, de um modo geral, a grande relevância que o fator força apresenta nos esportes. Desse modo, a força no conceito americano é definida, "como sendo a capacidade de exercer tensão muscular contra uma resistência, envolvendo por sua vez, fatores mecânicos e fisiológicos" (CAMPOS, 2003, p. 105). Afirma ainda que, a força é classificada em força dinâmica e estática, sendo a primeira subdivide-se em força máxima, força rápida e resistência de força.
Para Marques (2002), na força máxima o músculo ou grupo muscular tem a capacidade de realizar máximas tensões e é subdividida em três tipos: força máxima isométrica ou estática na qual ocorre à realização de força contra cargas insuperáveis, e, apesar de existir contração muscular, não se observa nenhum tipo de movimento; a força máxima dinâmica é realizada quando a resistência a vencer se desloca ao menos uma vez; a força explosiva ou rápida que é representada pela relação entre a força expressada e o tempo necessário para alcançá-la; já a força resistência é definida como a capacidade do organismo em resistir à fadiga, em caso do desempenho de força em longa duração.
"No âmbito desportivo a força traduz a capacidade da musculatura produzir tensão, ou seja, aquilo a que vulgarmente denominamos por contração muscular" (HERTOHG, et al 1994 apud MARQUES, 2002, p. 1).
Hoje em dia a capoeira é arte, dança, esporte, lazer com o corpo em movimento, possibilitando, inclusive, a melhoria do condicionamento físico geral, estimulando diversas valências físicas (SANTOS, 2009). Diante disso, a capoeira pode e deve compor o currículo da educação física escolar, explorando também o viés biológico, especialmente no que se refere às valências físicas e suas relações com o desenvolvimento motor de crianças e adolescentes. Dessa forma, pergunta-se: existe diferença na força/resistência muscular abdominal e na flexibilidade entre adolescentes praticantes e não praticantes de capoeira?
Para tal, a pesquisa foi organizada de forma que proporcione o entendimento do tema proposto: espera-se que o presente estudo sirva de parâmetro para verificar se a capoeira é uma ferramenta importante para o desenvolvimento físico e motor de escolares.
Baseado neste contexto, o trabalho contou com três objetivos: a) mensurar a força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal, por sexo, em escolares praticantes e não praticantes de capoeira; b) aferir a flexibilidade, por sexo, em escolares praticantes e não praticantes de capoeira; c) comparar valores encontrados em ambos os testes com os critérios-referenciados da AAHPERD (1988).

2. METODOLOGIA
Esta pesquisa caracterizou-se como de natureza quantitativa, sendo que os dados foram coletados mediante pesquisa de campo. A mesma foi realizada em uma escola privada do município de Barreiras - BA, que contempla as séries de 1º ao 9º ano do ensino fundamental.
Participaram da amostra 28 escolares, sendo 14 meninos e 14 meninas, na faixa etária entre 11 e 14 anos de idade. Entre estes estão os que participam regularmente das atividades propostas nas aulas de educação física, bem como indivíduos que, além destas, praticam aulas de capoeira oferecida pela instituição como prática opcional. Tais aulas acontecem numa freqüência de 4 (quatro) vezes ao mês, uma vez por semana, com duração de 1 (uma) hora aula.
Os escolares da amostra apresentaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais e/ou responsáveis, autorizando os mesmos à participarem do estudo. Em seguida, todos preencheram a uma Ficha Individual de Coleta de Dados, aferida de MC (massa corporal) e estatura. Após estes procedimentos os voluntários realizaram os testes físicos de flexibilidade e força/resistência musculares de membros inferiores e abdominal de acordo padrões de testes da Associação Americana de Saúde, Educação física, Recreação e Dança (AAHPERD, 1988).

3. ANÁLISE DOS DADOS
Para análise dos dados obtidos nos testes aplicados às respectivas variáveis da aptidão física descritos anteriormente, foram utilizados CR da AAHPERD (1988) apresentados no Quadro 1. Vale ressaltar que, a variável IMC será utilizada apenas para caracterização da amostra.
QUADRO 1 ? CR estabelecidos pela AAHPERD (1988) para classificação quanto aos testes aplicados na população da amostra.
Abdominal nº mínimo Rep./1 Min.)
IMC (Kg/M2) Sentar e Alcançar (CM)
Idade (anos)
MENINOS
11 14 ? 21 25 36
12 15 ? 22 25 38
13 15 ? 23 25 40
14 17 ? 24 25 40
MENINAS
11 15 ? 21 25 33
12 15 ? 22 25 33
13 16 ? 23 25 33
14 16 ? 24 25 35
Fonte: AAHPERD - American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance. Physical best. Reston, American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance, 1988.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O quadro 2 caracteriza a amostra descrevendo a frequência absoluta e relativa por sexo dos indivíduos que atendem os Critérios Referenciados (CR) para a variável IMC. Observou-se que 78,6% da amostra atendem o CR enquanto 21,4% não atendem ao CR. Percebe-se ainda que a população feminina (92,9%) foi a que mais atendeu aos critérios referenciados enquanto na população masculina apenas (64,3%) alcançaram o CR e dos que não atenderam (35,7%) não alcançaram o CR.
QUADRO 2 - Freqüência relativa e absoluta de meninos e meninas que atendem e não atendem ao CR para a variável IMC.

População
Atendem ao CR
Não atendem ao CR
Total
Acima Abaixo
Nº % Nº % Nº % Nº %
Masculino 09 64,3 03 21,4 02 14,3 14 100
Feminino 13 92,9 01 7,1 00 0,0 14 100
Total 22 78,6 04 14,3 02 7,1 28 100
Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.
As Tabelas 1 e 2 estão representadas os valores encontrados no teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal entre meninos e meninas praticantes e não praticantes de capoeira respectivamente.
TABELA 1 ? Valores encontrados no teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal entre meninos praticantes e não praticantes de capoeira.
Nº Rep./Minuto
(CR AAHPERD, 1998)

NOME IDADE (anos) Nº Rep./Minuto
(Valores Alcançados)
PRATICANTES
Aluno 01 13 43 40
Aluno 02 12 36 38
Aluno 03 13 41 40
Aluno 04 11 25 36
Aluno 05 11 36 36
Aluno 06 11 38 36
Aluno 07 12 39 38
Aluno 08 12 32 38
Aluno 09 14 41 40
NÃO PRATICANTES
Aluno 10 12 30 38
Aluno 11 11 21 36
Aluno 12 12 20 38
Aluno 13 11 17 36
Aluno 14 12 22 38

Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.
Pode-se notar que, os meninos praticantes demonstraram um maior desempenho em relação aos que não praticam capoeira. Dentre os 09 praticantes 06 (66,7%) obtiveram resultados dentro dos escores estabelecidos pela AAHPERD (1988), e apenas 03 (33,3%) não alcançaram resultados satisfatórios. Já entre os alunos não praticantes todos os 05 não atingiram os valores de referência estabelecidos pela AAHPERD (1988).
Dentre os resultados, os maiores valores foram percebidos em escolares na faixa etária de 13 e 14 anos. Divergindo com os resultados encontrados por Boelhouwer e Borges (2002) em estudo realizado em Marechal Cândido Rondon ? PR em escolares também de 11 a 14 anos submetidos ao mesmo teste aplicado no presente estudo, estes constataram que, os escolares do sexo masculino alcançaram melhores resultados aos 12 anos (72,7%), decrescendo aos 13 e 14 anos. Já Bergmann et. al (2007), em pesquisa desenvolvida no Rio Grande do Sul com escolares de 10 a 14 anos de idade, percebeu que não houve diferenças significativas dos 13 aos 14 anos, onde a curva do desenvolvimento se estabiliza.
Com a prática da capoeira o indivíduo é capaz de desenvolver aptidões físicas de grande importância para a vida do ser humano, dentre estas: coordenação, destreza, equilíbrio e força. A capoeira acaba se encaixando ao nível de intensidade e exigência, conforme as condições específicas de cada indivíduo, independente do seu preparo físico, orgânico ou muscular (COBRA, 2005).
TABELA 2 ? Valores encontrados no teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal entre meninas praticantes e não praticantes de capoeira.
Nome Idade
(anos) Nº Rep./Minuto
(Valores Alcançados) Nº Rep./Minuto
(CR AAHPERD, 1988)
PRATICANTES
Aluna 01 12 34 33
Aluna 02 11 29 33
Aluna 03 12 33 33
Aluna 04 13 36 33
Aluna 05 12 30 33
Aluna 06 13 35 33
NÃO PRATICANTES
Aluna 07 13 20 33
Aluna 08 12 22 33
Aluna 09 14 30 35
Aluna 10 12 26 33
Aluna 11 13 19 33
Aluna 12 11 19 33
Aluna 13 12 17 33
Aluna 14 14 20 33
Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.
Dentre os resultados apresentados na tabela 2, nota-se que, das 06 meninas que praticam capoeira 04 (66,7%) alcançaram os valores estabelecidos pela AAHPERD (1988) e, apenas 02 (33,3%) não alcançaram. Assim como os escolares do sexo masculino não praticantes, todas as 08 (100,0%) meninas não conseguiram alcançar os escores estabelecidos pela AAPERD (1988).
Observou-se que, entre as meninas, os maiores valores alcançados foram na idade de 12 anos mostrando-se crescente até a faixa etária dos 13 anos. Tal resultado, se iguala aos obtidos por Bergmann et. al (2007) onde os mesmos verificaram que, entre as meninas, apenas dos 12 aos 13 anos ocorreram diferenças estatísticas significativas. Por outro lado Boelhouwer e Borges (2002) comprovaram que, as meninas obtiveram valores mais altos em relação ao alcance do CR aos 11, 13 e 14 anos.
Relacionado ao teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal nas meninas, assim como nos meninos, infere-se que a prática da capoeira exerce influência significativa, uma vez que esta requer habilidade, força muscular em seus movimentos e, por conseguinte, melhora a força e resistência dos praticantes.
Crianças e adolescentes entre 08 e 12 anos, possuem bases corporais boas, visto que são pequenas e rápidas, além de possuírem boas relações de força de alavanca. Possuem maior concentração, diferenciação de movimento e aquisição de informações mais aguçada, obtendo assim, melhores condições à aprendizagem, a qual não é acompanhada por uma faculdade correspondente de fixar os movimentos aprendidos, fazendo-se necessária a repetição constante do movimento, afim de que a criança integre-se de maneira estável ao seu repertório de movimentos (WEINECK et. al apud LOPES, 2003).
Analisando os resultados obtidos entre as Tabelas 1 e 2, o Quadro 3 compara os resultados do teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal em meninos e meninas praticantes e não praticantes de capoeira, de acordo aos CR estabelecidos pela AAHPERD (1988) mostrado no Quadro 1.
QUADRO 3 ? Freqüência absoluta e relativa dos alunos que atendem e não atendem ao CR pela AAHPERD (1988) segundo o teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal.

População
Atendem ao CR Não atendem ao CR Total
Nº % Nº % Nº %
Meninos Praticantes 06 66,7 03 33,3 09 100,0

Meninos Não Praticantes
00 0,0 05 100,0 05 100,0
Meninas Praticantes 04 66,7 02 33,3 06 100,0
Meninas Não Praticantes 00 0,0 08 100,0 08 100,0
Total Geral 10 35,7 18 64,3 28 100,0
Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.

Foi constatado que, a população de praticantes e não praticantes de capoeira, de ambos os sexos, obtiveram o mesmo percentual tanto para aqueles que alcançaram quanto para os que não alcançaram o CR estabelecido. Entre os praticantes 66,7% (06 meninos/ 04 meninas) atingiram o CR e 33,3% (03 meninos/ 02 meninas) não atingiram o CR estabelecido. Já na população não praticante, também em ambos os sexos, 100,0% (05 meninos/ 08 meninas) não alcançaram o CR estabelecido pela AAHPERD (1988). Partindo da avaliação realizada, pode-se afirmar que os praticantes de capoeira atendem com mais eficácia aos CR estabelecidos pela AAHPERD (1988), do que os não praticantes. Diante disso, confirma-se que a capoeira só tem a acrescer na vida e saúde de quem a pratica.
Em linhas gerais, verificou-se que, um maior número de escolares, 64,3% (18) não conseguiu alcançar o CR estabelecido, enquanto 35,7% (10) alcançaram o CR. Corroborando, estudo realizado por Dórea et.al. (2008) em escolares no município de Jequié (BA) foi encontrado resultados semelhantes no teste de força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal. Na população pesquisada por eles, verificou-se maior prevalência de crianças na faixa etária de 07 a 14 anos, abaixo dos critérios (93% de meninos e 97% de meninas) do que a encontrada por Guedes e Guedes (1995) apud Dórea et. al. (2008) (53% de meninos e 48% de meninas), em uma pesquisa realizada em escolares de escola pública de Londrina (PR) e por Ronque et al. (2005) apud Dórea et. al. (2008) com escolares de alto nível socioeconômico no mesmo município (23% de meninos e 27% de meninas). Tal fato pôde ser explicado pelo pesquisador, provavelmente e em parte, pelos hábitos de atividade física e pelo estado nutricional de moradores dessa região do país. Porém, o mesmo ressalta que essas variáveis merecem ser melhor investigadas, visto que não foram controladas em seu estudo.
Pesquisando os níveis de atividade e aptidão física relacionados à saúde em colegiais de 10 a 17 anos do município de Capela-SE, Almeida (2010) constatou que 100% dos investigados não atenderam aos níveis saudáveis de aptidão física para o componente força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal.
Na primeira adolescência, entre os 11 aos 14 anos, as crianças, passam por um processo de transformação física (aumento de peso e altura), que pode ocasionar o deterioramento na relação peso-força e conseqüentemente a diminuição da capacidade de coordenação, influenciando a precisão dos movimentos. Neste período pode haver o treino máximo das qualidades de condicionamento, tais como: a potência máxima (PAM), resistência muscular localizada (RML), flexibilidade e outras. Daí a importância de nesta fase se intensificar os níveis de carga e de desenvolver pouco a pouco a capacidade de coordenação nas crianças. Porém, deve-se levar em conta a necessidade de associação entre o cognitivo, afetivo e psicomotor, com a finalidade de que o desenvolvimento de crianças e adolescentes seja pleno (LOPES, 2003).
TABELA 3 ? Valores obtidos no teste flexibilidade aplicados em escolares do sexo masculino, praticantes e não praticantes de capoeira.
Sentar e alcançar (Valores Encontrados em cm) Sentar e Alcançar
(CR AAHPERD,1988)


Idade
Nome (anos)
PRATICANTES
Aluno 01 13 26 25
Aluno 02 12 26 25
Aluno 03 13 26 25
Aluno 04 11 37 25
Aluno 05 11 26 25
Aluno 06 11 28 25
Aluno 07 12 34 25
Aluno 08 12 29 25
Aluno 09 14 34 25
NÃO PRATICANTES
Aluno 10 12 26 25
Aluno 11 11 21 25
Aluno 12 12 19 25
Aluno 13 11 29 25
Aluno 14 12 38 25
Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.
Em se tratando da variável flexibilidade nos meninos (Tabela 3), observa-se oscilações entre os resultados obtidos. Porém, a maioria desta amostra alcançou o CR de saúde estabelecido pela AAHPERD (1988). Dentre os 09 praticantes, todos atingiram o CR, já na população não praticante, dos 05 escolares, 03 alcançaram o CR, enquanto 02 não alcançaram. Sendo assim, obtém um total de 12 (85,7%) escolares que se encontram dentro dos níveis saudáveis com relação à aptidão física, e apenas 02 (14,3%) destes não estão classificados como níveis saudáveis de aptidão física.
Resultados semelhantes foram apresentados numa pesquisa desenvolvida em colegiais na faixa etária entre 10 e 17 anos do Município de Capela/SE, por Almeida (2010). Foi constatado, de forma significativa que, os meninos que participaram do estudo, 100% encontraram-se dentro e/ou acima dos limiares considerados saudáveis quando relacionados ao componente flexibilidade.
Quando se trata dos ajustes posturais nas fases do crescimento, a flexibilidade é indispensável para crianças e adolescentes. Esta é responsável pelo bom desenvolvimento motor, uma vez que exige o equilíbrio entre as cadeias musculares anteriores e posteriores, responsáveis pela sustentação da coluna vertebral e equilíbrio do corpo (FERREIRA e LEDESMA, 2008).
Em pesquisa realizada em Viçosa-MG que compara o desempenho motor e composição corporal em diferentes níveis pubertários de futebolistas, Gallahue et. al. (2001) apud Alves, Solto e Florenzano (2009) afirmam que os meninos tendem a apresentar uma perda nos níveis de flexibilidade por volta dos 12 anos, declinando até os 17 anos, dependendo do nível de atividade física adotado por essa faixa etária. Afirma ainda, que a flexibilidade pode ser mantida até a fase adulta, porém dependerá da prática de atividade adotada pelo indivíduo, em qualquer idade. No referido estudo, os autores supracitados constataram que os garotos do final da puberdade foram significativamente mais flexíveis que os da metade inicial do processo, devido ao fato da flexibilidade está diretamente relacionado ao nível de prática do indivíduo. Demonstrou ainda que, possivelmente, durante os treinamentos, a capacidade de flexibilidade tenha uma atenção maior nas categorias mais avançadas do que nas categorias iniciais do futebol.
Diante disso, justifica-se o fato dos valores alcançados entre os escolares praticantes de capoeira terem sidos satisfatórios quanto aos níveis saudáveis de aptidão física relacionados aos CR estabelecidos pela AAHPERD (1988).
TABELA 4 ? Valores obtidos no teste de flexibilidade aplicado em escolares do sexo feminino, praticantes e não praticantes de capoeira.
Sentar e Alcançar (Valores Encontrados em cm) Sentar e Alcançar (CR AAHPERD, 1998)
Idade
Nome (anos)
PRATICANTES
Aluna 01 12 34 25
Aluna 02 11 34 25
Aluna 03 12 22 25
Aluna 04 13 34 25
Aluna 05 12 29 25
Aluna 06 13 31 25
NÃO PRATICANTES
Aluna 07 13 19 25
Aluna 08 12 13 25
Aluna 09 14 18 25
Aluna 10 12 23 25
Aluna 11 13 20 25
Aluna 12 11 21 25
Aluna 13 12 31 25
Aluna 14 14 28 25
Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.
A população de meninas praticantes de capoeira é composta por 06 escolares. Dentre estas, 05 (83,3%) alcançaram valores estabelecidos pelo CR, e apenas 01 (16,7%) não se enquadra aos níveis considerados saudáveis pela AAHPERD (1988). No que diz respeito as não praticantes observa-se resultados contrários: das 08 meninas, 06 (75,0%) não atingiram resultados dentro do CR, e somente 02 (25,0%) conseguiram resultados satisfatórios.
Analisando a tabela 4 de uma maneira geral, a população de escolares apresenta dados exatamente iguais em relação ao alcance dos CR estabelecidos pela AAHPERD (1988) como níveis saudáveis de atividade física. Das 14 meninas que participaram do estudo, 50% (07) se encontram dentro e 50% (07) estão fora dos CR.
Roman (2004) apud Araújo e Oliveira (2008), analisando a aptidão física em escolares de Aracajú-SE, com faixa etária entre 10 a 14 anos, verificou uma diminuição nos níveis de flexibilidade entre as meninas, proporcionalmente ao aumento da idade. Neste trabalho os autores comparam resultados de outras pesquisas como por exemplo: Silva (2002) apud Araújo e Oliveira (2008) que pesquisou crianças e adolescentes com características similares ao estudo dos autores supracitados, e Hobold (2003) apud Araújo e Oliveira (2008) que avaliou escolares com características diferentes tanto no aspecto social como racial, não encontraram variações signifcativas na fexibilidade de escolares dos 10 aos 14 anos. Já Guedes (1994) apud Araújo e Oliveira (2008), em escolares de Londrina, verificou diferenças somente aos 13 e 14 anos. Glaner (2005) apud Araújo e Oliveira (2008) encontrou diferenças entre os sexos e considera ser a fexibilidade a variável que menos cresce dos 11 aos 17 anos.
Essa instabilidade na flexibilidade atinge o valor máximo na infância escolar, com tendência à redução na puberdade (BERGMANN et. al., 2005; ARAÚJO e OLIVEIRA, 2008). Mudanças anatômicas e estruturais desencadeadas por esta fase, provavelmente influenciam no desempenho da flexibilidade (MARQUES e GAYA, 1999 apud ARAÚJO e OLIVEIRA, 2008). Sabe-se que as meninas são mais flexíveis do que os meninos, mas não é certo de que tal situação esteja mais próxima das características anátomo-fisiológicas do que das influências ambientais (GLANER, 2005 apud ARAÚJO e OLIVEIRA, 2008).
Fatores como: qualidades físicas, capacidade pulmonar, aparelho motor passivo e ativo, relação crescimento e maturação, metodologia de trabalho e quantidade de experiências motoras influenciam no desenvolvimento físico-motor da criança e do adolescente. Diante disso, as atividades esportivas precisam trabalhadas de forma recreativa, introduzidas gradualmente quanto às cargas, e com objetivos pré-estabelecidos para longo prazo (LOPES, 2003).
Analisando os resultados obtidos entre as Tabelas 3 e 4, o Quadro 4 apresenta os resultados do teste de flexibilidade entre os escolares de ambos os sexos praticantes e não praticantes de capoeira, comparando-os de acordo aos CR estabelecidos pela AAHPERD (1988) mostrado no Quadro 1.

QUADRO 4 ? Freqüência absoluta e relativa dos alunos que atendem e não atendem ao CR pela AAHPERD (1988) segundo o teste de flexibilidade.

População
Atendem ao CR Não atendem ao CR Total
Nº % Nº % Nº %
Meninos Praticantes 09 100,0 00 0,0 09 100,0

Meninos Não Praticantes
03 60,0 02 40,0 05 100,0
Meninas Praticantes 05 83,3 01 16,7 06 100,0
Meninas Não Praticantes 02 25,0 06 75,0 08 100,0
Total Geral 19 67,9 09 32,1 28 100,0
Fonte: Pesquisa de campo, outubro de 2010.
Constatou-se que, os praticantes de capoeira, de ambos os sexos, mostraram melhores níveis de flexibilidade quanto aos escolares não praticantes. Entre os meninos 100,0% (09) alcançaram os CR e, dentre as meninas, 83,3% (05) atingiram os CR pela AAHPERD (1988) e apenas 16,7% (01) não obteve valores dentro do CR. Na população dos não praticantes de capoeira, de ambos os sexos, dos 05 meninos, 60,0% (03) apresentaram resultados dentro dos níveis saudáveis de acordo ao CR estabelecido, enquanto nas meninas, das 08, apenas 25,0% (02) atingiram os CR e, 75,0% (06) não atingiram.
Ficou evidente no quadro 4, que os escolares praticantes de capoeira levam vantagem na variável flexibilidade em relação aqueles que não praticam capoeira. Com a prática da capoeira, indivíduos conseguem melhor desenvolvimento nas estruturas motoras, tais como: esquema corporal, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal, coordenação, dentre outros (PAIM e PEREIRA, 2004 apud PEREIRA et. al. 2008). Sujeitos que não fazem a prática regular de atividade física estão mais vulneráveis a desenvolverem distúrbios orgânicos, bem como doenças hipocinéticas. Diante disto, é preciso ressaltar sobre os cuidados que se deve ter em relação à aptidão física quando se refere aos critérios de relacionados a saúde (SIMONS-MORTON et. al. 1988 apud GUEDES e GUEDES, 2000).

4. CONCLUSÃO
O presente estudo confirmou que existe diferença na força/resistência muscular de membros inferiores e abdominal e na flexibilidade entre escolares praticantes e não praticantes de capoeira, uma vez que, a mesma oportuniza aos indivíduos condicionamento físico-muscular e requer habilidade em seus movimentos. Os objetivos da pesquisa foram alcançados. A partir da aplicação dos respectivos testes preconizados pela AAHPERD (1988) pôde-se mensurar, verificar e comparar os resultados encontrados com os CR. Tanto o teste de abdominal quanto o de flexibilidade mostraram que os praticantes de capoeira atendem com mais eficácia aos CR de níveis saudáveis de aptidão física do que os não praticantes.
Um aspecto a ser destacado refere-se a uma possível limitação deste estudo, haja vista que não foi realizado o controle de maturação biológica, devido a não autorização por parte da instituição utilizada como campo de pesquisa. Nesse caso é possível que alguns resultados encontrados se justifiquem mais pelo nível de maturação dos adolescentes pesquisados que pelo treinamento propriamente dito. Ademais, faz-se necessário o desenvolvimento de outras pesquisas que visem identificar os riscos e benefícios, da capoeira, para cada período de desenvolvimento, bem como, os principais fatores que intervêm na adesão de crianças e adolescentes à sua prática. Diante do estudo percebe-se que a capoeira pode e deve compor o currículo da educação física escolar. Para tal, deverão ser observados critérios biológicos para a prescrição de exercícios em crianças e adolescentes, envolvendo medidas de aptidão física, comparações com critérios padrões de referência, nível de maturação funcional e estágio de maturação biológica que envolva a prática esportiva.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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