Introdução 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).Introdução

 

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?

Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

O artigo 13, número 1 do mesmo regulamento (2007:6) diz que a “avaliação é diagnóstica, visto que tem em vista fazer um levantamento dos pré-requisitos, ou seja, conhecimentos, habilidades, atitudes, que são indispensáveis para a aquisição de outros.” Significa que com a avaliação, é possível detectar dificuldades e corrigir antecipadamente eventuais problemas e ainda resolver situações presentes.

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).

Introdução

Nos propusemos falar sobre a avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica – Delegação de Quelimane; com o objectivo de mostrar como se avalia o trabalho de investigação, evidenciar os aspectos relevantes que são tomados em conta no processo de avaliação e mostrar os objectivos da avaliação.

A questão que o artigo pretende responder é: o quê é que se avalia num trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica e qual é o contributo dessa avaliação?Com recurso a pesquisa bibliográfica e observação participante, o artigo conclui que se avalia: o nível de pesquisa do estudante, a qualidade de pesquisa; a capacidade de operacionalização e compreensão dos conceitos; a capacidade de desconstrução de ideia ou corrente filosófica; a capacidade argumentativa do estudante; o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; a capacidade de síntese; a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; a capacidade de organização e coerência do pensamento; os procedimentos metodológicos patentes no trabalho; o conteúdo; a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; o desempenho do estudante; a abordagem do assunto, comentários; a habilidade do estudante.

Assim sendo, defende-se a necessidade de se ter atenção a informação resultante da avaliação do trabalho de investigação, e ser usada pelo estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

 Avaliação de um trabalho de investigação

Para podermos compreender o que seja avaliação de um trabalho de investigação, primeiro devemos perceber melhor o que seja avaliação e em seguida perceber o que seja trabalho de investigação.

A avaliação é um instrumento do processo de ensino, através do qual se pode comprovar como estão a ser cumpridos os objectivos e as finalidades da educação. Ela permite melhorar ou adaptar as estratégias de ensino fase aos objectivos propostos, os conteúdos e condições concretas existentes (…) deve ser pois concebida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem (INDE, 1997:1).

A avaliação segundo Stufflebeam, citado por Sobrinho (2003:32) é o processo de delimitar, obter e proporcionar informação útil para julgar possíveis decisões alternativas.

Portanto avalia-se para se tomar decisões e posições, para julgar possíveis decisões alternativas; para escolha de valores e tomar posições que podem consolidar ou alterar a realidade.

Segundo o artigo 11, número 3 do regulamento académico da UP (2007:5), “a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional e social.”

Para mim, penso que na perspectiva de ensino avaliar é duma forma geral procurar consolidar o processo de ensino aprendizagem.

O trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia está inserido no âmbito da pesquisa, estudo individual (gestão de horas individuais) e ou colectivo em que é atribuído/a a um/a estudante ou então um grupo de estudantes um certo tema, delimitado a um certo tempo para a sua realização e entrega. Normalmente no trabalho de investigação quem atribui o tema é o docente da disciplina; o estudante ou grupo de estudantes vão investigar e constroem um texto de cerca de cinco (5) a dez (10) páginas.

 Este trabalho de investigação é planificado na altura em que o docente elabora o plano analítico da disciplina. É por isso que normalmente nas primeiras aulas duma determinada disciplina do curso de ensino de Filosofia o/s estudante/s recebe/m o seu tema do trabalho de investigação.

 Avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia

Segundo o Artigo 12, alineia a, b, c, d, e, f, e g do regulamento académico da UP, qualquer tipo de avaliação da aprendizagem tem como objectivos principais:

  • determinar o grau de assimilação de conhecimentos, habilidades[1] e atitudes do estudante numa determinada disciplina ou actividade curricular do curso;
  • estimular o estudo individual e colectivo, regular e sistemático;
  •  comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas;
  • permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades;
  • contribuir para a formação integral;
  • estimular a auto-avaliação;
  • identificar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

A luz do regulamento académico da UP, diria que entrego um tema ao estudante para poder investigar e construir um trabalho como vulgarmente dissemos, como forma de medir e determinar o seu grau de assimilação de conhecimentos adquiridos; para formar o estudante a saber fazer por si deconstrução de ideias dum determinado filósofo ou corrente filosófica, portanto, medindo e determinando as suas habilidades; para estimular nele o estudo individual e colectivo, regular e sistemático; para cultivar nele o hábito de leitura de textos filosóficos; comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas; para permitir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades existentes no estudante; é uma das formas de contribuir para a formação integral do estudante; para estimular a auto-avaliação; para identificar no estudante, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para superá-las.

 Essa informação resultante da avaliação do trabalho de investigação é usada pelo/a estudante e docente para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Porque este processo visa a aprendizagem do estudante e do próprio docente. Portanto o objectivo central da avaliação de um trabalho de investigação no curso de ensino de Filosofia na Universidade Pedagógica é para com base nos resultados que vou encontrar eu como docente daquele disciplina, tomar desições, isto é repensar o processo de ensino-aprendizagem.

Em última instancia, digo que a avaliação de um trabalho de investigação serve para ajudar o/s estudante/s a melhorarem a aprendizagem e o docente a ter melhor desempenho na sua actividade de docência. Porque quando o docente avalia num trabalho de investigação terá que estabelecer princípios, procedimentos e regras coerentes, parâmetros que o estudante deverá seguir durante a realização do trabalho: dizeres que constam na capa e contracapa, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, estrutura do trabalho etc.

 Estes princípios, procedimentos e regras se não forem seguidas pelo estudante, o docente terá que assumir como sendo parte do problema constatado no processo de avaliação de um trabalho de investigação.

Muitos de nós docentes queixamo-nos de que há muito trabalho em corrigir trabalhos de investigação em turmas numerosas, tendo em conta os aspectos recomendáveis no regulamento de avaliação da Universidade Pedagógica. Por vezes passando assim por cima daquilo que é o objectivo da avaliação e sobretudo da correcção que é de avaliar o conhecimento e a compreensão do estudante. Pondo de lado aquilo que é a base da avaliação.

A avaliação de um trabalho de investigação deve ser objectiva e deve ter em conta os processos científicos, pedagógicos e administrativos, reconhecer a diversidade de ideias, interpretar a pluralidade, construir novos sentidos, valorar a inserção crítica e produtiva e a construção da autonomia. Também na avaliação de um trabalho deve-se reconhecer os níveis de capacidade individual e sucesso que cada estudante é capaz de obter.

 A avaliação segundo Perrenoud (1999: 15) deve dar subsídios para saber como se opera a aprendizagem e a construção dos conhecimentos.  

 A avaliação consciencializa o estudante sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho num trabalho de investigação;

A avaliação estimula o gosto e o interesse pelo estudo de modo a superar as dificuldades encontradas no processo de elaboração do trabalho;

A avaliação desenvolve no estudante uma atitude crítica e participativa no processo de investigação, tendo em vista o desenvolvimento das suas próprias potencialidades.

Chegados até aqui pensamos que é preciso corrigir o trabalho para conseguir indícios sobre as suas dificuldades específicas como docente e as de cada estudante. Porque também a correcção proporciona um feedback, ou seja as ideias para a reorientação em relação ao seu ensino. Por outras, o docente identifica os principais problemas e factores associados.

Com a avaliação do trabalho de investigação é possível conhecer que tipo de erro, quem são os estudantes e permite que os estudantes corrijam os seus próprios erros.

A avaliação permite até certo ponto obter uma imagem do desempenho de cada estudante e serve segundo INDE (2008:47) de mecanismo de retro alimentação no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão

Avalia-se o estudante e o docente auto-avalia-se; avalia-se o nível de pesquisa do estudante; avalia-se a qualidade de pesquisa; avalia-se a capacidade de operacionalidade e compreensão dos conceitos; avalia-se a capacidade de desconstruir ideia ou corrente filosófica; avalia-se a capacidade argumentativa do estudante; avalia-se o grau de assimilação do pensamento ou corrente filosófica em causa; avalia-se a capacidade de síntese; avalia-se a capacidade de fazer ponte ou relacionação com outros pensamentos e correntes filosóficas; avalia-se a capacidade de organização e coerência do pensamento; avalia-se os procedimentos metodológicos; avalia-se o conteúdo[2]; avalia-se a estrutura do trabalho segundo as normas plasmadas no regulamento da Universidade Pedagógica; avalia-se o nível do domínio da corrente ou pensamento filosófico em causa; avalia-se para melhorar a aprendizagem e o desempenho do estudante; avalia-se a abordagem do assunto, comentários; avalia-se a habilidade do estudante.

Recomendações

 O docente deve assinalar os erros e incongruências existentes e anotar observações no fundo da página ou no fim do trabalho, de maneira que o estudante saiba o que errou ou ficou errado e o que deve melhorar.

Após a correcção do trabalho de investigação, o docente deve dialogar com o fazedor/estudante. Isto é, no acto de entrega do trabalho de investigação aos estudantes, deve existir um acto dialógico entre o docente e o estudante.

O docente deve conversar com o estudante acerca do trabalho, para poder perceber e esclarecer algumas incongruências que notou durante a correcção.

O docente deve explicar ao estudante o que deve melhorar.

 O docente deve recomendar até certo ponto, se for o caso, refazer o trabalho. Porque a ideia que se tem dum trabalho de investigação é de ensinar o estudante como se faz e não punir.

 O estudante terá que aprender como se faz um trabalho de investigação e para tal o docente deve estar em altura de o fazer. Este diálogo em volta do trabalho de investigação de cada estudante pode ser na sala de aula ou então num outro local onde o docente normalmente recebe os estudantes para esclarecimento de dúvidas.

Referencias Bibliográficas

  1. PERRENOUD, Philippe; Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas; Artmed, Porto alegre, 1999
  2. SOBRINHO, José Dias; Avaliação. Politicas educacionais e reformas da educação superior; Cortez, S. Paulo, 2003
  3. INDE; Plano Estratégico da Educação: Projecto “Promoção da Transformação Curricular da Educação Básica,”Maputo, 1997
  4. INDE; Plano Curricular do Ensino Básico, Maputo, 2008
  5. UP, Regulamento académico, Maputo, 2007


[1] Faculdade de realizar um acto. A habilidade pode ser inata ou resultante da prática (INDE, 2008:102)

[2] É a informação produzida pelo estudante (INDE, 2008:100).