1. INTRODUÇÃO

 

A conservação e a recomposição nos trópicos são algumas das grandes questões que se têm com relação às florestas tropicais e subtropicais do mundo, devido a crescente expansão das atividades agrícolas, industriais e de colonização. Para recomposição de áreas, são necessários conhecimentos sobre a estrutura genética das populações, a manutenção do potencial genético das espécies e mecanismos biológicos que proporcionem o equilíbrio do ecossistema. Em resposta a essas questões, estudos têm sido realizados sobre a estratégia reprodutiva, estrutura genética, sucessão florestal e microorganismos do solo (Costa, 1997).

As informações disponíveis sobre o processo de germinação, embora volumosas, são insuficientes e restritas para caracterizá-lo perfeitamente, pois representa a reunião de conhecimentos obtidos para diferentes espécies, muitas das quais de alto valor biológico, mas, insignificantes do ponto de vista econômico. Para Moraes et al. (1983) deve-se fazer testes de germinação, com espécies de interesse econômico, para informar ao agricultor sobre a capacidade média de germinação e, por fim, relacionar ao tamanho da área de plantio e seus custos.

Estudos de germinação e técnicas de cultivo são importantes para conhecer o comportamento das espécies e sua difusão como planta ornamental ou fornecedora de matéria-prima (Aguiar, 1990). É fundamental se entender o processo germinativo para conservação das espécies, visto que darão subsídios para a perpetuação, adaptação e desenvolvimento no meio ambiente.

O estudo do processo de propagação das palmeiras é sem dúvida um grande passo para a domesticação de muitas espécies que apresentam potencial econômico como produtoras de óleo, alimento e fonte alternativa de energia. De forma gâmica podem ser multiplicadas através da germinação de sementes ou agâmica por intermédio de rebentos ou perfilhos e mais recentemente através da cultura de tecidos (Pinheiro, 1986).

O açaizeiro, açaí-de-touceira, açaí-do-pará, açaí-do-baixo-amazonas (Euterpe oleracea Mart.) é uma palmeira típica da Amazônia. Ocorre espontaneamente nos Estados do Pará, Amapá, Amazonas e no Maranhão. Os açaizais nativos, densos e quase homogêneos são comuns no estuário do rio Amazonas em terrenos de várzea, igapós e terra firme. É uma espécie que apresenta multiplicidade de uso. No sistema extrativo, atualmente o mais utilizado, os frutos destinam-se ao consumo local e o palmito à exportação. Os plantios convencionais ainda são raros, porém, nos últimos anos vêm despertando interesse de agricultores e grupos empresariais pelas perspectivas altamente promissoras do mercado interno e externo (Nogueira et al., 1995). Segundo Netto et al. (2000) é uma espécie frutífera com regeneração natural permanente, o que possibilita a freqüente produção de matéria prima com ênfase para a complementação alimentar. Ainda precisam ser feitos estudos que possam explicar com detalhes a relação produtiva no ecossistema natural e a renda familiar.

O Estado do Pará é o maior produtor e consumidor dessa bebida, sendo responsável por mais de 93% da produção nacional de frutos. Em Belém, a estimativa de consumo diário no período da safra supera 120.000 litros, sendo o segundo alimento mais consumido nessa capital, perdendo apenas para a farinha de mandioca (IBGE, 2000). Recentemente descoberto pela mídia, o suco de açaí, tornou-se uma febre entre os adeptos da cultura da saúde e freqüentadores das academias. Na região amazônica, o fruto faz parte da alimentação diária das populações locais por seu alto valor nutricional, e é também unânime na preferência do povo do norte por seu conhecido paladar (CAMTA, 2000).

Há muito tempo o açaizeiro vem despertando grande interesse. De acordo com Costa et al. (1974), em estudos feitos com a espécie, revelaram ótimas perspectivas para o seu aproveitamento integral na indústria alimentícia, de celulose e de papel, aliada a quantidade de matéria-prima existente na região e a relativa facilidade de extração, o que assegura para a fábrica o abastecimento fácil e mais barato. Além destas, pode-se apontar outras vantagens como a excelente qualidade de celulose, que se aproxima bastante da obtida a partir de pinheiros; o custo de produção que se apresenta menor devido ao baixo teor de lignina; o rendimento bastante alto em celulose para miolo de papel corrugado (58%) e papel Kraft (50%) e o intenso perfilhamento que diminui as necessidades de reflorestamento e exige apenas um manejo adequado para um rendimento sustentado.

Visando o melhor entendimento sobre o processo de propagação em diferentes condições, Bovi et al. (1989) avaliaram o desenvolvimento do açaizeiro em função de substrato e tamanho de recipientes em condições de viveiro, e Queiroz & Melém Junior (2001), estudando o efeito do tamanho do recipiente sobre o desenvolvimento de mudas de açaizeiro constataram que existem diferenças que influenciam no desenvolvimento das plântulas, no tempo de germinação, e igualmente para a formação de mudas de açaizeiro. O fator econômico condiciona o uso de outras possibilidades de substratos, como por exemplo, o adubo orgânico, muito embora proporcione bons resultados no desenvolvimento germinativo e na formação das mudas (Nassif et al., 1998 e Soares, 1992). Contudo, outras alternativas mais econômicas podem ser testadas, como por exemplo, o adubo orgânico de sementes do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). O uso de adubo orgânico, principalmente de palmeiras, é uma prática usual na formação das mudas em comunidades ribeirinhas do estuário amazônico (Jardim, 1995).

Existem diferentes tipos de matérias orgânicas usadas além desse, como: o esterco de curral, de granja etc., porém, de difícil obtenção quando se trata de uma grande utilização, além de serem vetores de plantas daninhas. A utilização de restos de cultura decomposta, através da compostagem, é uma prática que vem sendo recomendada pelo aspecto econômico e ecológico por Melhorar, em muito, as características físicas do solo, proporcionando uma relação água/ar excelente que favorece o desenvolvimento do sistema radicular, fornecem nutrientes, permite uma boa atividade microbiana e facilita todo o processo de nutrição vegetal (Bovi et al., 1987 e Bovi et al. 1993a).

A importância de se testar diferentes tipos de substratos para a germinação e o desenvolvimento vegetativo das espécies é que o meio de fixação influencia na formação e conseqüentemente no seu rendimento produtivo. Segundo Aguiar (1990), o efeito dos substratos e do ambiente (em condições naturais ou artificiais controladas) favorece ou impede o processo de germinação entre as sementes. Outra importância é que se procura obter um substrato que melhor atenda as pretensões e benefícios ao produtor, ou seja, com uma obtenção mais fácil e acessível em quantidade e qualidade, e forneça uma condição favorável e segura para o vegetal. Existe variação na duração do período germinativo ou na emergência das plantas em função da espécie, da temperatura, do substrato e das condições de umidade e aeração (Cavalcanti et al., 2001).

Não é reconhecido, até o momento, nenhum estudo completo sobre o assunto para qualquer espécie vegetal. Existem diferentes informações relacionadas ao processo de germinação com variações do grau de detalhamento e do tipo de abordagem (morfológico, fisiológico ou bioquímico). Daí surge questões sobre o assunto: se a germinação do açaizeiro responde bem aos variados substratos encontrados no meio ou aos produzidos artificialmente.

Diante da necessidade de estudos mais detalhados sobre a germinação no gênero Euterpe é que esta pesquisa propõe-se avaliar o potencial de germinação de Euterpe oleracea Mart., visando determinar a melhor qualidade de substrato para a sua propagação e desenvolvimento vegetativo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. OBJETIVOS

 

2.1. Geral

 

Determinar o melhor tipo de substrato para a germinação e o desenvolvimento vegetativo do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.).

 

2.2. Específicos

 

-                     Avaliar a influência do substrato em relação ao tempo de germinação e o número de sementes germinadas;

-                     Avaliar a influência do substrato, no desenvolvimento vegetativo, em relação ao comprimento da radícula, do caulículo e na altura total das plântulas de açaizeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3. REVISÃO DE LITERATURA

 

3.1. Aspectos Gerais sobre o processo de Germinação

 

A germinação é definida como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, manifestando sua capacidade para dar origem a uma plântula normal, sob condições ambientais favoráveis, dando seqüência à perpetuação da espécie no meio (Filho et al., 1987).

Ainda, segundo o autor, quando foram iniciados os trabalhos referentes à análise de sementes, no final do século XIX, apenas a emissão da radícula já era suficiente para que a semente fosse considerada como germinada. Porém, com a evolução da pesquisa, verificou-se que esse critério não era adequado, pois muitas sementes emitiam a radícula, mas o desenvolvimento subseqüente era anormal, com a produção de plântulas débeis, sem condições para se estabelecer no campo. As discrepâncias entre resultados de laboratório e de campo eram pequenas e apenas para sementes vigorosas.

A partir dos estudos realizados pelo Laboratório Federal de Sementes dos EUA, em 1915, outros foram realizados no sentido de padronizar métodos para avaliar a germinação regular, rápida e completa das sementes de diferentes espécies; a interpretação correta das plântulas; a determinação dos substratos mais adequados; os tratamentos destinados à quebra da dormência etc. (Filho et al., 1986).

De acordo com Esau (1976), a semente compõe-se de duas camadas: tegumento (camada externa que protege a semente e que, em geral, denomina-se casca da semente, constituída pela testa - externa - e o tégmen - interna) e a amêndoa (parte principal da semente formada pelo albúmen e pelo embrião). Para Oliveira (1981) depois que o ovário das angiospermas é fecundado pelos elementos reprodutores provenientes do grão de pólen, uma parte dele se desenvolve para constituir o embrião que vai originar a nova planta; a segunda parte da fecundação forma as reservas nutritivas, que alimentará o embrião durante as primeiras fases de desenvolvimento. Para Vidal & Vidal (2000), a semente é o óvulo desenvolvido após a fecundação contendo o embrião, com ou sem reserva nutritiva, protegido pelo tegumento. 

Para Esau (1976) e Vidal & Vidal (2000), o aumento do volume da semente determinado pela embebição e a elongação da radícula promovem a ruptura da cobertura protetora. Assim, livre da resistência exercida pelo tegumento, suprido de água, de reservas solubilizadas, de oxigênio e de temperatura favorável, o embrião cresce ativamente. Este crescimento é devido à produção de novas células nos pontos de crescimento da radícula e da plúmula e aumento do tamanho das células já formadas. Logo, os sinais mais visíveis e mensuráveis da germinação consistem, geralmente, no aumento do tamanho e peso fresco da radícula; esta se salienta inicialmente, emerge e cresce, lançando ramificações e emitindo pêlos radiculares, aumentando sua superfície absorvente, ao mesmo tempo em que fixa a plântula ao solo. Paralelamente, desenvolve-se o hipocótilo e o epicótilo, permitindo a emergência da plúmula e, em geral, das folhas primárias. O desenvolvimento subseqüente de todas essas estruturas garante o estabelecimento da plântula e o início da vida autotrófica, absorvendo água do solo e realizando fotossíntese. Segundo Filho et al. (1986) as principais substâncias de reserva armazenadas nas sementes são carboidratos, lipídios e proteínas.

Conforme Lima & Rena (1993) a germinação é um fenômeno biológico que pode ser considerado como a retomada do crescimento do embrião, com o conseqüente rompimento do tegumento pela radícula. Entretanto, para os tecnólogos de sementes, a germinação é reconhecida como tal, desde que as plântulas apresentem tamanho suficiente para que se possa avaliar a normalidade de suas partes e a sua possibilidade de sobrevivência. Por isso, do ponto de vista fisiológico, germinar é simplesmente sair do repouso e entrar em atividade metabólica.

Para Filho et al. (1986) a germinação é uma seqüência de eventos fisiológicos influenciada por vários fatores intrínsecos e extrínsecos às sementes. Cada fator pode atuar por si ou em interação com os demais. É afetada por uma série de condições intrínsecas e por fatores ambientais, cujo conjunto é essencial para que o processo se desenvolva normalmente. Os fatores externos ou extrínsecos essenciais são: a umidade, a temperatura, a luz, o oxigênio e a água. A luz não tem sido incluída como um fator imprescindível porque, tratando-se de um agente de “quebra” da dormência, desde que este fenômeno seja superado, a germinação poderá ocorrer tanto na presença como na ausência de luz.

Segundo o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (1992), a umidade é um fator imprescindível, pois é com a absorção de água por embebição que se inicia o processo da germinação. Para que isso aconteça, há necessidade de que a semente alcance um nível adequado de hidratação, que permita a reativação dos processos metabólicos. A umidade adequada é variável entre as espécies.

Em função da sua relação com a velocidade das reações químicas, considera-se que o acréscimo de temperatura, dentro de limites ótimos, contribua para acelerar o processo de germinação. Deve haver, portanto, temperaturas em que a eficiência é total, bem como extremos (máximo e mínimos) para sua realização; os limites extremos, ou seja, a temperatura máxima e a mínima, bem como as consideradas ótimas representam as temperaturas ideais para a germinação (Filho et al., 1987).

Ainda, segundo o último autor citado, para que a luz tenha ou não efeito sobre a matéria viva, deve ser primeiramente absorvido. No caso dos processos fotomorfogênicos que se referem aos dramáticos efeitos da luz sobre o metabolismo celular, o pigmento responsável pela absorção dos tipos de radiação luminosa é conhecido como fitocromo. Dependendo da luz absorvida e da forma adquirida pelo fitocromo, muitas sementes germinarão ou não. A água constitui-se no fator fundamental para a germinação, pois caso haja deficiência, não ocorrerá a seqüência de processos bioquímicos, físicos e fisiológicos que determinam a retomada de crescimento do embrião e a formação de uma plântula normal.

Quando a semente encontra condições favoráveis no meio ambiente, desenvolve-se dando origem a uma nova planta. A isso se dá o nome de “Germinação”. A semente viável, isto é, viva e com estrutura completamente desenvolvida morfológica e fisiologicamente, apresenta capacidade para germinar quando mantida em condições favoráveis de ambiente. No entanto, o estádio de maturação, a ocorrência do fenômeno de dormência, a longevidade natural da espécie e da cultivar (determinada pelo genótipo) e a idade das sementes, constituem-se fatores intrínsecos que podem afetar a germinação (Oliveira, 1981; Soares, 1992).

 

 

 

 

3.1.1. Importância Biológica da Germinação

 

Como já foi esclarecido, a germinação é um fenômeno biológico que pode ser considerado como a retomada do crescimento do embrião, com o conseqüente rompimento do tegumento pela radícula. Segundo o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (1992) a germinação de sementes em laboratório concentra-se na emergência e no desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, demonstrando sua aptidão para produzir uma planta normal sob condições favoráveis de campo. Por isso, do ponto de vista fisiológico, germinar é simplesmente sair do repouso e entrar em atividade metabólica, dando continuidade à perpetuação da espécie no meio. É inconcebível tratar desse fenômeno sem levar em conta os fatores biológicos que regem ou impedem esse acontecimento.

Como importância biológica principal, em se tratando da função relacionada à germinação da semente, pode-se considerar um fato essencial para o equilíbrio e sucesso da vida vegetal no processo de propagação ou perpetuação. Sem a consumação desse fato (germinação), o ciclo desses indivíduos seria interrompido, ocasionando uma provável extinção dessas espécies e de outras, pertencentes a outros Reinos, devido à interligação e interdependência dos mesmos (Soares, 1992).

Os eventos biológicos necessários para uma boa produção de semente e, conseqüentemente, a sua germinação seriam: iniciação de suficientes primórdios reprodutivos, desenvolvimento favorável dos óvulos e estames, polinização adequada, dispersão devida, maturação e sanidade da semente, além de uma boa condição ambiental; tudo isso esclarece a importância que a biologia tem para a realização dessa seqüência de fatos, do qual a germinação faz parte (Lima & Rena, 1993).

Segundo Filho et al. (1986) e Cabral et al. (2003), considerando-se que as sementes constituem-se no principal veículo de propagação de espécies vegetais (cerca de 75% das culturas exploradas pelo homem são instaladas com a utilização de sementes, reprodução de forma sexuada), a base da produtividade agrícola e o potencial biótico de cada espécie fanerógama está assentada na obtenção de populações adequadas de plantas por unidade de área. Desta forma, a concentração de estudos com o objetivo de elucidar o processo de germinação das sementes de plantas cultivadas e de aprimorar os conhecimentos sobre os efeitos de fatores que possam beneficiá-lo ou prejudicá-lo, devem ser prioritários, pois essas informações são fundamentais no sentido de orientar a adoção de práticas de manejo do solo, da técnica cultural adequada e de cuidados no potencial fisiológico da semente para a sua germinação.

Segundo Esau (1976), Soares (1992) e Nassif et al. (1998), os fatores bióticos e abióticos podem afetar a produção das plântulas, por isso, deve-se discutir os efeitos das interações entre as sementes e o ambiente.

Alterações periódicas ou duradouras neste padrão afetam obviamente a troca de genes e a estrutura desta população. Nas florestas tropicais os animais assumem importante papel na reprodução das espécies vegetais, onde o seu comportamento pode interferir na composição da comunidade e continuamente das espécies. Por isso, considerando que a pesquisa sobre os fatores que afetam a produção de sementes e a sua conseqüente germinação de espécies florestais deve incluir esta visão mais ecológica e evolucionista que contribuirá para o manejo, recuperação e a conservação de nossas florestas tropicais (Lima & Rena, 1993).

 

3.1.2. Mecanismos de Germinação

 

Segundo Esau (1976) o processo de formação da semente compreende a fertilização da oosfera do óvulo por um dos núcleos espermáticos do tubo polínico, dando origem ao zigoto. Este em seguida passa por uma seqüência de divisões celulares e diferenciação de tecidos, culminando com a formação da parte vital da semente, o embrião.

Citado por Vidal & Vidal (2000) o alimento para a plântula crescer e desenvolver-se é, na primeira fase da germinação, retirado das reservas contidas na própria semente, para o desenvolvimento do embrião. Esgotadas as reservas alimentares da semente, a plântula, nesta segunda fase da germinação, já possui pêlos radiculares e parênquima clorofiliano nas folhas, de tal modo que já pode retirar do solo água e minerais, e transformá-los em matéria orgânica, daí a grande importância desse processo para as fanerógamas.

 De acordo com Lima & Rena (1993) hormônios e substâncias inibidoras não-hormonais são importantes controladores internos que regulam a germinação das sementes. A presença de tais substâncias assumem características críticas sob certas condições ambientais, pois definem a sobrevivência da espécie. O inibidor hormonal mais conhecido, e provavelmente o único é o ácido abcísico (AAb). Os inibidores não-Hormonais mostram diferentes características químicas, podendo ser ácidos orgânicos (málico, cítrico, acético, tartárico), os quais ocorrem em frutos, em níveis suficientemente altos para inibir a germinação das sementes. Tratamentos com certas substâncias químicas e pré-resfriamento têm sido eficazes na promoção da germinação de sementes de algumas espécies. Além das giberelinas, outras substâncias têm mostrado resultados similares sobre a germinação como, por exemplo, variações no nível de citocininas livres e conjugadas em embriões de algumas espécies vegetais. É possível que a atividade das citocininas, durante a germinação, esteja relacionada com o crescimento da radícula.

O período de “repouso fisiológico” ou latência é variável de acordo com a espécie vegetal e as condições ambientais às quais a semente permanece exposta. Quando uma semente é umedecida, ativa-se uma série de processos metabólicos que pode determinar a retomada do desenvolvimento do embrião, desde que o suprimento de oxigênio e a temperatura sejam favoráveis. Existem espécies que o processo não tem continuidade, mesmo quando as sementes são colocadas sob condições supostamente favoráveis de ambiente, porque possuem mecanismos bloqueadores da seqüência de eventos metabólicos necessários para a retomada de desenvolvimento do embrião (Ministério da Agricultura e Reforma Agrário, 1992).

Desta maneira, de acordo com Filho et al. (1987), sementes que não apresentam crescimento do embrião, sob condições aparentemente favoráveis de ambiente, são denominadas dormentes. A dormência, portanto, refere-se ao período de latência determinado por fatores ou características endógenas. Por outro lado, as sementes quiescentes apresentam condições intrínsecas normais e permanecem em “repouso fisiológico” devido à ausência de condições favoráveis do ambiente (exemplos: suprimento inadequado de água e temperatura desfavorável). As sementes de plantas silvestres, e de várias espécies de importância econômica apresentam dormência determinada por diversas causas. Porém, a maioria das espécies domesticadas e cultivadas pelo homem, como: milho, feijão, soja etc., raramente apresentam o fenômeno, em conseqüência da seleção e melhoramento genético. Assim, as sementes quiescentes são consideradas como vantajosas para a Agricultura; porém, menos aptas para enfrentarem a competição imposta pela natureza.

O encerramento do período de latência (quiescência ou dormência) estabelece o início do processo de germinação. Este tem sido conceituado de diversas maneiras, dependendo do ângulo de abordagem da questão. Assim, a germinação tem início com a absorção de água e se encerra com a emergência da radícula através do tegumento da semente; por outro lado, para a tecnologia de sementes, a germinação compreende uma seqüência ordenada de atividades metabólicas que resulta na retomada de desenvolvimento do embrião, produzindo uma plântula normal (Moraes et al., 1983).

 

3.1.3. Tipos de Substratos

 

O cultivo de plantas utilizando substratos é uma técnica amplamente empregada na maioria dos países com horticultura avançada. O termo substrato aplica-se a todo material sólido, natural, sintético, residual, mineral ou orgânico, distinto do solo, que colocado em um recipiente, em forma pura ou em mistura, permite o desenvolvimento do sistema radicular, desempenhando, portanto, um papel de suporte para a planta. Como características desejáveis, os substratos devem apresentar baixo custo, disponibilidade nas proximidades das regiões de consumo, suficiente teor de nutrientes, e permitir a aeração e a retenção de umidade; além de favorecer a atividade fisiológica das raízes (Correia et al., 2003). A importância do substrato é vital, pois é onde o sistema radicular irá desenvolver-se, determinando o crescimento da parte aérea, subseqüentemente, até o transplantio do vegetal (Jabur & Martins, 2002).

O substrato destina-se a sustentar as sementes durante o período de germinação, mantendo-as em ambiente úmido, escuro e suficientemente aerado  ou arejado (Hiroto et al., 2000). Logo, algumas características importantes que um recipiente deve possuir para a produção de mudas e que poderiam ser estendidas aos recipientes indicados para germinação, são os seguintes: acondicionar o volume adequado de substrato, possuir bom sistema de drenagem, possuir boa retenção do substrato, possuir boa retenção de umidade e ter baixo custo de aquisição.

O substrato de vermiculita deriva do mineral industrial vermiculita. O termo mineral industrial inclui todas as rochas e minerais, inclusive os sintéticos, predominantemente não metálicos, que por suas propriedades químicas ou físicas, e não pela energia gerada ou pelos metais extraídos, podem ser utilizados por processos industriais, de modo geral com múltiplas funções, como matéria prima componente especial da formulação ou aditivo na produção de defensivos agrícolas, fertilizantes etc. São classificados e vendidos de acordo com o tamanho da lamela de vermiculita (Reis, 2002). É um aluminossilicato básico hidratado de magnésio, ferro e alumínio [(Ca, Mg)0,5 (H2O)*(Mg, Fe)3(OH)2(AlSi)3C10; fórmula geral da vermiculita]. Tem alta porosidade e baixa densidade. A estrutura cristalina comporta uma camada de moléculas de água. Foi encontrada pela primeira vez em 1904, cujo nome foi proveniente da semelhança observada entre o movimento realizado pela substância ao se expandir e as contrações características dos vermes (Reis, 2001).

Devido as suas propriedades, tais como: baixa densidade, baixa condutividade térmica e acústica, caráter quimicamente inerte, elevada capacidade de absorção de líquidos etc., é uma substância de inúmeras aplicações em diversos ramos da atividade humana. Na agricultura é usada em jardins e hortas. A umidade retida entre as placas permite o desenvolvimento de raízes, germinação de sementes, e na formação de mudas (Reis, 2002).

De acordo com Hiroto et al. (2000), estudando o efeito de diferentes substratos (dentre eles: a terra de barranco, areia lavada e areia + vermiculita, na proporção de 1:1) no enraizamento de estacas lenhosas de marmeleiro “Portugal” em duas concentrações de ácido indobutírico, obteve como resultado que o substrato de terra combinado com a concentração de 1000 mg.L-¹ de AIB apresentou maior porcentagem de enraizamento e brotação.

O uso do substrato orgânico tem validade pelo fato das suas propriedades biológica, química, física e da sua interação entre o meio e os organismos presentes no mesmo. Segundo Silva (2000), estudando a liberação de nutrientes durante a decomposição de palha de arroz com diferentes teores de silício, constatou que o elemento químico Si (em se tratando do substrato de arroz misturado a areia) liberou maior quantidade de silício, carbono, cálcio, magnésio e potássio, em relação à palha em si isolada.   

Segundo Jardim (1995 e 2003), no processo de germinação do açaizeiro são adotados, além da terra preta, os restos da palmeira em decomposição ou então curtidos e livre de impurezas, como, por exemplo, o material vegetal de cachos secos. Quando os cachos do açaí forem debulhados e os palmitos descascados, os resíduos, como as sementes impróprias, servirão para adubar a base da touceira (em cobertura “morta”) ou como substrato na formação das mudas. Este substrato contém cálcio e ajuda no desenvolvimento da planta (Jardim & Rombold, 2001).  

Um dos principais insumos utilizados na produção de mudas e porta-enxertos cítricos é o substrato. Em relação ao adubo orgânico com subprodutos de carvão vegetal na formação do porta-enxerto de limoeiro cravo em ambiente protegido, as misturas de fino de carvão e substrato comercial contendo fino de carvão na proporção de 100 cm³dm-³ não influenciaram no desenvolvimento de porta-enxertos de limoeiro cravo, podendo ser usados na produção de mudas dessa cultura (Zanetti et al., 2003).

Em trabalho realizado por Franch et al. (2000), onde pesquisaram substratos orgânicos para produção de mudas de beterraba (Beta vulgaris L.), demonstraram a eficiência desses à base de composto de capim napier + estercos (bovino e aviário) e de vermicomposto com cascas de arroz ou de café parcialmente carbonizados, usados no desenvolvimento das mesmas, sendo superiores aos substratos industriais. A solarização desses substratos orgânicos inativou por completo as sementes de ervas invasoras, sobretudo presentes nos substratos formulados a partir de vermicomposto.

Para Jabur & Martins (2002), estudando a influência de substratos na formação dos porta-enxertos: limoerio-cravo (Citrus limonia Osbeck) e tangerina-cleópatra (Citrus reshni Hort. Ex. Tanaka) em ambiente protegido, usando material húmico de esterco de curral oriundo de minhocultura e como material inerte vermiculita média, não constataram diferenças significativas entre os substratos, recomendando-se adotar o de menor custo e melhor aquisição para o produtor.  

 O uso do pó de casca de coco (verde ou maduro) na formulação de substrato para formação de mudas enxertadas de cajueiro anão precoce mostraram-se favoráveis ao desenvolvimento das plantas, apresentando boas características como facilidade de retirada da muda do tubete e agregação das raízes ao substrato, podendo assim substituir o uso do solo hidromórfico, na proporção de 20% (Correia et al., 2003).

A fibra da casca do coco verde que ainda não vem sendo amplamente utilizada é uma matéria prima importante na produção de substratos com boa qualidade para a produção de mudas ou em cultivos sem o uso do solo. O aproveitamento da casca de coco verde é viável por suas fibras serem quase inertes (sem reações no meio) e tem alta porosidade. A comparação da fibra de coco com outros 7 tipos de substratos mostrou uma leve superioridade da mesma, em termos absolutos, na produção comercial de tomate, produzindo cerca de uma tonelada a mais de frutos comerciais que o pó de serra ou serragem nos três anos de avaliação (Carrijo et al., 2002).

O substrato de areia deve ser isento de substâncias tóxicas, de microorganismos, previamente lavado, esterilizado e peneirado. É utilizado quando existem dúvidas em relação à toxidez em laboratório e na produção de mudas em viveiro, mas não é indicado para utilização rotineira, porque, além das maiores dificuldades para a instalação dos testes, ocupa muito espaço no interior do germinador; traz problemas para a manutenção da limpeza do lugar, além de dificultar a avaliação radicular. Existem sérios problemas quanto à padronização desse substrato: peso volumétrico, pH, condutividade, distribuição do tamanho das partículas e capacidade de retenção de água, sendo observados maiores variações na quantidade de água entre as repetições dos testes conduzidos com areia, em relação ao uso de rolos de papel-toalha (Filho et al., 1987).

Segundo o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (1992) e Ministério da Agricultura e do Abastecimento (1997), existem especificações em relação ao controle de qualidade do substrato de areia, como por exemplo: composição, padronização do tamanho, acidez, capacidade de umedecimento; permitindo a aeração adequada e possibilitando a germinação e o crescimento das raízes, a esterilização e a reutilização – a areia deve ser peneirada, lavada e esterilizada antes da reutilização.

Segundo Machado et al. (2002), conduzindo um teste de germinação com sementes de ipê-amarelo [Tabebuia serratifolia (Vajhl) Nicholson], detectaram que os substratos usados, papel mata-borrão e areia, nos dois lotes de sementes nas colheitas de 1998 e 1999, foram promissores dentro da faixa ótima de temperatura (25ºC a 35ºC).

Usando-se areia média lavada, mistura de areia e cinza de casca de arroz (1:1, v/v) e mistura de vermiculita e cinza de casca de arroz (1:1, v/v); Nachtigal & Fachinello (1995) estudaram o efeito de substratos e do ácido indolbutírico no enraizamento de estacas de araçazeiro (Psidium cattleyanum Sabine). Observaram que o substrato de vermiculita e cinza proporcionaram maior percentual de enraizamento, maior comprimento e maior peso da matéria seca do sistema radicular.

Em trabalho feito por Tofanelli et al. (2003), avaliando o enraizamento de estacas de pessegueiro cv. Okiawa em diferentes diâmetros de ramos (2 a 6 mm e 6 a 10mm), substratos (seis tipos: areia, casca de arroz carbonizada, vermiculita, areia + casca de arroz carbonizada, areia + vermiculita e casca de arroz carbonizada + vermiculita) e recipientes (sacos plásticos, bandejas de polietileno expandido e bandejas plásticas), constataram  como melhor resultado o obtido em sacos plásticos com vermiculita independente do diâmentro.

Segundo Perez et al. (1999), estudando a influência do armazenamento, substrato, envelhecimento precoce e profundidade de semeadura na germinação de canafístula (tendo como substrato papel, xaxim, areia e algodão) não observaram diferenças significativas entre os mesmos com relação à porcentagem e à velocidade de germinação.

 

3.2. Germinação de sementes em espécies do gênero Euterpe

 

O Gênero Euterpe é responsável pela produção do palmito, consumido fresco ou processado por fábricas de conservas e comercializado principalmente no Brasil. São palmeiras ornamentais, mas um tanto quanto frágeis e desenvolvem-se apenas nos trópicos. As espécies Euterpe oleracea, Euterpe precatória e Euterpe edulis são consideradas, no Brasil, as mais importantes do gênero. Para propagação são vistos dois diferentes métodos: através de sementes ou por brotação da base do estipe. O método recomendado para cultivo é o de sementes, que é dito mais vantajoso e de melhores resultados, uma vez que se disponha de boas sementes. Como forma de acelerar a germinação é sugerida a imersão dos frutos em água quente (tal como efetuado para o preparo do “vinho”). É afirmado que devido ao choque térmico recebido, as sementes iniciam a germinação em 25 – 28 dias, enquanto que, quando não submetidas a tal tratamento, as mesmas somente germinam com 30 – 33 dias (Pinheiro, 1986).

Segundo Bovi et al. (1987), a germinação das sementes de palmeiras do gênero Euterpe, em condições naturais, é lenta e desuniforme, levando de três a seis meses para se completar. A polpa oleaginosa, que é mantida em torno do endocarpo fibroso da semente, contribui para a diminuição da velocidade de germinação e por ser um substrato rico para o desenvolvimento de microorganismos afeta ainda a porcentagem final de emergência obtida. Embora o embrião dessas sementes seja bastante rudimentar, em frutos maduros ele está formado e apto ao processo germinativo. De acordo com Vieira et al. (2003) estudando a caracterização morfológica de frutos e germinação de sementes de espécies arbóreas nativas da Amazônia (com 120 espécies), chegaram ao resultado que a germinação cryptocotiledonar é a mais freqüente nessas regiões (Leste do Pará – floresta da fazenda Monte Verde, em Peixe-Boi e floresta Mocambo, no Município de Belém), justificando a quantidade e a diversidade de palmeiras na mesma. Logo, quando se fala desse tipo de germinação está se referindo as palmeiras (monocotiledôneas) em geral, sendo chamada a germinação de hipógea (Heydecker, 1973; Laboriau, 1983).

De acordo com Bovi (1987) embora tenha sido identificado um processo mais sofisticado (como a escarificação do poro germinativo) para aceleração da germinação, a simples prática do despolpamento é suficiente para acelerar e uniformizar esse processo em palmeiras do gênero Euterpe. Seu efeito benéfico pode ser ainda aumentado com a imersão das sementes despolpadas em água, por dois dias. A origem do material tem influência na velocidade e porcentagem final de germinação.

 Para Amaral (1973), estudando o palmiteiro (Euterpe edulis Mart.) em Porto Alegre/RS, de acordo com a nota preliminar sobre o teste de germinação da espécie, essas sementes apresentaram grande desuniformidade na germinação completando-se em um período superior a 120 dias.

Segundo Aguiar (1990), estudando o efeito de diferentes substratos e condições ambientais na germinação de sementes de Euterpe edulis Mart. e Geonoma schottiana Mart., mostrou que existe diferença em relação ao tipo de substrato e quanto ao ambiente onde se instala o experimento. Para Martins et al. (1999), avaliando a tolerância à dessecação de sementes de palmito-vermelho (Euterpe espiritossantensis Fernandes), mostraram que a água é um fator preponderante para esse fenômeno, visto que, faz parte não só da composição, mas  também da formação do embrião.

A variação no período germinativo, em sementes, pode revelar estratégias adaptativas que reflete as condições do ambiente na implantação do banco de plântulas em populações naturais de espécies florestais. Desta forma Reis et al. (1992) procuraram conhecer a variação existente em sementes de Euterpe edulis Mart. (palmiteiro) procedente da região de Morretes/PR. Os resultados indicaram expressiva variação entre matrizes, especialmente no início do período de acompanhamento, ajustando-se modelos quadráticos na relação germinação/tempo. Tais resultados surgerem a formação de um banco temporário de sementes, com duração inferior a um ano, o que permite um suprimento contínuo para o banco de plântulas e inclusive a possibilidade de ocorrência de dispersão secundária.

De acordo com Martins & Lima (1999) os híbridos de palmiteiro (Euterpe edulis Mart.) e açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) têm-se mostrado superiores a ambos os progenitores, tanto em viveiro quanto no campo. No viveiro, as mudas híbridas apresentam precocidade e vigor quanto à velocidade germinativa, ao desenvolvimento e à resistência a patógenos.

Para Netto et al. (2000) existem problemas na germinação do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.), devido às sementes serem recalcitrantes (não agüentam armazenamento, são perecíveis, formam banco de plântulas e provêm de fruto carnoso), não devendo ser armazenados mais de 07 dias, e nem levadas a secar ao sol, pois, do contrário, perdem a capacidade de germinar. Segundo Jardim (2003) a germinação inicia-se por volta de 25 dias após o semeio e se prolonga até 60 dias. No entanto, as mudas mais vigorosas são aquelas que são provenientes de sementes que nascem até 40 dias após o semeio. As sementes, quando novas, apresentam bom percentual de germinação, chegando aos 92%, no entanto, é indispensável que se faça uma seleção após a germinação (repicagem), escolhendo-se as mais vigorosas.

Até 1976 a importância do açaizeiro estava limitada aos abundantes frutos que representavam matéria-prima para a elaboração do “vinho” de açaí. A partir daquele ano, a palmeira tem sido alvo de maior interesse, dada à viabilidade da exploração de seu palmito e ao farto perfilhamento. Através de um manejo racional dos perfilhos pode-se obter palmito quase continuamente, dispensando o replantio. Com a germinação busca-se ainda uma forma de abreviar o processo germinativo, que em condições naturais se mostra lento e desuniforme. Daí a necessidade de verificar as possíveis influências de tratamentos em sementes da palmeira quanto ao aspecto germinativo e seus reflexos na velocidade e percentagem final de germinação (Bovi & Cardoso, 1976).

Em trabalho de Cunha & Jardim (1995) avaliando o potencial germinativo da palmeira açaí (Euterpe oleracea Mart.) variedades preto, branco e espada, por meio da porcentagem de germinação e o crescimento médio da radícula e do caulículo em substrato de vermiculita, mostraram que o açaí preto apresentou maior eficiência no processo germinativo e no desenvolvimento dos caracteres vegetativos.

É grande a variabilidade genética encontrada em palmeiras do gênero Euterpe e esta se faz presente, não só no desenvolvimento vegetativo e caracteres reprodutivos, bem como na porcentagem de germinação e sobrevivência dos diferentes materiais (Bovi et al., 1989; 1993a). Por isso, o teste das diferentes procedências e progênies deve ser feito já na germinação, tornando-se necessário o estabelecimento de condições controladas, onde seja possível comparar os resultados obtidos dos diversos materiais em até diferentes épocas, como foi feito em cultura de embriões zigóticos de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.), segundo Lemos et al. (1999).

Por outro lado, o substrato a ser utilizado deve ser facilmente obtido e de preferência reutilizável. Com o objetivo de definir substratos para testar em larga escala a germinação de sementes e progênies de palmiteiro (Euterpe edulis Mart.) e açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.), em condições controladas foi estabelecido um experimento envolvendo seis substratos e duas temperaturas. A temperatura alternada de 20-35 ºC foi efetivamente superior à temperatura constante de 35 ºC quando da germinação de açaizeiro e palmiteiro em germinador. A temperatura constante de 35 ºC foi altamente prejudicial à germinação de sementes de palmiteiro. Nessa temperatura ocorreu, além de menor germinação das sementes em geral, um intenso ataque de fungos (Bovi et al., 1989).

De acordo com Silvestre (2000), Ministério da Agricultura e do Abastecimento (1997), Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (2001), as normas técnicas e os padrões para a produção de mudas fiscalizadas no Estado do Pará exigidas pelo ministério da agricultura são: apresentar altura uniforme, aspecto vigoroso, cor e folhagem harmônicas; possuir, no mínimo, cinco folhas maduras, pecíolos longos e as folhas mais velhas com folíolos separados. O coleto deve apresentar a espessura da base maior que da extremidade das mudas; ter de quatro a oito meses de idade a partir da germinação (emergência das plântulas); apresentar altura de 40 a 60 cm, medidos a partir do colo da planta; apresentar sistema radicular bem desenvolvido e ter suas extremidades aparadas quando ultrapassar o torrão; serem isentas de pragas e moléstias e a comercialização das mudas somente será permitida em torrões acondicionados em sacos plásticos sanfonados e perfurados ou equivalentes, com no mínimo, 15 cm de largura por 25 cm de altura.

Estas regras não têm valor se os aspectos ecológicos, edafoclimáticos e químicos não forem satisfeitos, ou seja, se não forem levados em conta os mecanismos preliminares e posteriores a germinação da semente, não só do açaizeiro, mas de todas as espécies vegetais que passem por este processo, ou o mesmo será ineficaz.

Objetivando determinar a temperatura adequada para a germinação, armazenamento e quebra ou superação de dormência de sementes nos estádios de maturação “tuíra”, “paro” e verde de açaizeiro coletadas em Ponta de Pedras – PA, Moreira (1989) constatou que as condições mais adequadas para o armazenamento da semente foram à manutenção em sacos plásticos impermeáveis em câmara seca a 20 ºC; a viabilidade da semente reduz drasticamente com o armazenamento em câmara fria aos 45 dias e em condições ambientais aos 90 dias; os estádios de maturação mais adequados para a coleta de frutos foram o “paro” e “tuíra” que mostraram germinação superior ao do estádio verde. A germinação das sementes não mostrou variações significativas nos regimes de temperatura de 25 ºC e 30 ºC constantes, e 20/30 ºC variáveis para as maturas verde e tuíra; o tratamento térmico provoca redução significativa na viabilidade da semente.

Segundo Jardim (1995), a germinação inicia entre 20 e 30 dias após a semeadura quando alocados em recipientes ou sementeiras com terra preta, tendo sempre o cuidado de observar a presença de paquinhas, gafanhotos e outros insetos que podem danificar as sementes; umedecer o solo no início e no final do dia mediante temperatura amena.

Segundo a Associação Paraense de Apoio às Comunidades de Cametá (2002), devem-se escolher frutos de pelo menos 10 açaizais bem desenvolvidos, sem nenhum problema de doenças e bem produtivos. Tirar um cacho de cada touceira escolhida e não colher frutos caídos no chão; debulhar com cuidado, em cima de um plástico, e eliminar as frutas atacadas por fungos, brocas ou que não têm uma boa aparência. Devemos misturar as sementes na água morna por 20 minutos (em 40 ºC) para despolpar, deixar em pouco sol. Então estarão prontas para germinar o mais rápido possível.

Para Valente & Almeida (2001) e Souza et al. (1996), a propagação por sementes é a mais adequada por ser mais rápida e eficiente, enquanto por perfilho, exige período longo de enviveiramento e maior demanda de mão-de-obra. No plantio, o espaçamento é decorrente da finalidade. Para fruto, recomenda-se 5 m x 5 m, e para palmito, 2 m x 2m. A propagação da palmeira açaí-açu (Euterpe precatoria Mart.) é feita por semente, que devem ser semeadas imediatamente após terem sido extraídas, por serem recalcitrantes. Entretanto, suporta armazenamento por até 20 dias desde que acondicionadas em sacos plásticos, ou dispostas em camadas de substrato úmido. A germinação inicia aos 25 dias. 

Segundo Martins & Oliveira (2001), para que seja feita a manutenção das espécies nativas faz-se necessário o planejamento da extração; e com o açaizeiro não é diferente. O resultado é o aumento na produção do fruto e, conseqüentemente, da semente para a formação das mudas, do palmito e da melhoria qualitativa dos seus produtos em geral. Além disso, segundo Cavalcante (2003), espécies importantes que se desenvolvem naturalmente no açaizal como a seringueira, a andirobeira e o buritizeiro; podem ser preservadas formando um sistema agroflorestal. Daí a importância biológica de se estudar a germinação dessa espécie silvestre nativa, pertencente ao Gênero Euterpe, inserida dentro desse contexto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4. MATERIAL E MÉTODOS

 

4.1. Caracterização da Área de Coleta

           

Segundo Jardim & Vieira (2001) a Ilha do Combu localiza-se no município de Belém, Estado do Pará, na margem esquerda do rio Guamá e abrange uma área total de aproximadamente 15 km² na latitude 48º 25’W; longitude 1º 25’S, a cerca de 1,5 km ao sul de Belém. O clima é do tipo Am, segundo a classificação de Koppen; pluviosidade com média anual de 2.500mm e temperatura média anual de 27ºC.

Quanto à vegetação e topografia, a ilha abrange uma área de floresta natural composta continuamente de cipós, árvores, arbustos, lianas e espécies de sub-bosques. Apresenta estrutura e composição florística variada, incluindo floresta primária e secundária, onde o açaizeiro é a espécie silvestre mais abundante e de maior importância econômica. Além do açaizeiro outras espécies silvestres de reconhecido valor para economia de mercado são também encontradas.

 

4.2. Procedimento Experimental

 

Os frutos foram coletados de plantas matrizes previamente selecionadas, retirados do cacho e colocados em recipiente com água morna durante 30 minutos, para facilitar a retirada da polpa. Em seguida foram despolpados mecanicamente. Após esse processo as sementes foram armazenadas em sacos plásticos e transportadas para o laboratório de Ecologia, na Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi, onde foram lavadas para retirada de impurezas.

Os substratos (terra preta, vermiculita e areia) foram adquiridos em casa de produtos agropecuários e o adubo natural de sementes de açaizeiro foi preparado a partir da trituração mecânica usando-se algumas sementes do lote. Depois de trituradas foram postas para secar ao sol sobre jornais. O experimento foi montado em 20 bandejas plásticas (recipiente de 44 x 29 cm) com perfurações na base para fins de aeração e drenagem de água. As sementes foram postas para germinar nos recipientes e avaliadas nos seguintes substratos correspondentes aos tratamentos: T1 - Terra preta; T2 – Vermiculita; T3 – Adubo natural de sementes de açaizeiro[1];

T4 – Areia e T5 – Terra Preta + adubo natural de sementes de açaizeiro (proporção de 1:1). Cada tratamento foi composto de 200 sementes distribuídas em 4 repetições (com 50 sementes cada), utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado. A área de implantação e acompanhamento do experimento foi em viveiro suspenso, localizado no Horto Botânico Jacques Huber, no Campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, com sombrite (50% de sombra) em temperatura ambiente.

Os experimentos tiveram acompanhamento de 60 dias com observações periódicas (diárias) e umedecimento dos substratos. As anotações dos dados observados foram feitas em fichas de acompanhamento. Para estudo do processo germinativo, as sementes foram retiradas diariamente dos substratos para avaliar a emissão da radícula, considerado o indicador biológico da fase inicial da germinação e, por conseguinte, avaliar o tempo de germinação.

A análise do desenvolvimento vegetativo foi realizada após sessenta dias, onde a maioria das plântulas já estavam formadas. As plantas foram retiradas do viveiro, transportadas para o laboratório e mensuradas, com régua de 30 cm, o comprimento da radícula, o comprimento do caulículo e a altura total.

 

4.3. Análise dos Dados

 

Na análise do processo germinativo avaliou-se o percentual de germinação e o número de sementes germinadas, por meio de análise estatística descritiva, regressão linear e coeficiente de correlação com auxílio dos Programas Origin 3.0 e Bioestat 3.0. Foram calculadas as seguintes medidas de germinação:

 

Tempo Médio de Germinação (Labouriau, 1983)

     

     K               K

t = å ni.ti/ å ni

        i = l           i = l

 

t = tempo entre o início do experimento e a i – enésima observação (dia ou hora).

n = nº de sementes que germinam no tempo ti (não o número acumulado, mas o número referido para a i – enésima observação).

k = ultimo dia da observação.

 

 

 

 

 

Índice de Velocidade de Germinação (Maguirre, 1962)

 

IVG = G1/N1 + G2/N2 +.............Gn/Nn

 

IVG = índice de velocidade de germinação

G = número de plântulas normais

N = número de dias por contagem

 

 

Coeficiente de Uniformidade de Germinação (Heydecker, 1973)

 

            K          K

CUG = å ni/ å D – Di ².ni

            i = l       i = l

 

Coeficiente de velocidade de Germinação (Nichols & Heydecker, 1968).

 

            K         K

CVG = å fi/ å fi.xi. 100

                  i = l      i = l

 

fi = nº de sementes germinadas no i – enésimo dia.

xi = nº de dias contados da semeadura até o dia da leitura.

k = ultimo dia de observação

 

            Os dados obtidos com a mensuração do comprimento da radícula, comprimento do caulículo e altura total foram analisados estatisticamente, calculando-se média, variância, desvio padrão e erro padrão, com auxílio do Programa Bioestat 3.0.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

5.1. Germinação

 

A Tabela 1 mostra o percentual de germinação e a Figura 1 o número de sementes germinadas por tratamento nos períodos de 15 (1ª avaliação), 20, 30, 40, 50 e 60 dias (última avaliação).

 

Tabela 1. Percentual de germinação de sementes de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) por tratamento aos 15, 20, 30, 40, 50 e 60 dias após semeadura.

 

Tratamento

15 dias

20 dias

30 dias

40 dias

50 dias

60 dias

T1 (Tp)

85%

96%

98%

98%

98,5%

98,5%

T2 (Vm)

91%

97%

98,5%

98,5%

98,5%

98,5%

T3 (An)

80%

84,5%

90%

90%

91%

92,5%

T4 (Ar)

92%

97,5%

99%

99%

100%

100%

T5 (Tp +An)

86,5%

92%

97,5%

97,5%

100%

100%

 

Tp – Terra preta; Vm – Vermiculita; An – Adubo natural; Ar – Areia; Tp + An – Terra preta + Adubo natural.

 

Nos primeiros quinze dias, todos os substratos apresentaram percentual de germinação acima de 50%. Observa-se que os substratos areia e vermiculita apresentaram os maiores valores (92% com 184 sementes) e (91% com 182 sementes) e os demais no intervalo de 80 a 86,5%.

Aos vinte dias, areia e vermiculita mantiveram os maiores valores (97,5% com 195 sementes e 97% com 194 sementes), nesse período destacou-se também o substrato de terra preta que variou de 85% (aos quinze dias) para 96 % com 192 sementes.

Aos 30 dias, areia e vermiculita mantiveram os maiores valores (99% com 198 sementes e 98,5% com 197 sementes), seguido do substrato terra preta (98% com 196 sementes).

Aos 40 dias, areia e vermiculita mantiveram os valores do período anterior, assim como os demais substratos. Aos 50 dias, o substrato de areia apresentou 100% de germinação, porém, o substrato terra preta + adubo natural que anteriormente apresentava 97,5%; atingiu também 100% de germinação, e os substratos de vermiculita e de terra preta permaneceram com os valores anteriores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1. Número de sementes de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) germinadas por tratamento: (A) 15 dias, (B) 20 dias, (C) 30 dias, (D) 40 dias, (E) 50 dias e (F) 60 dias após semeadura.

Finalmente, aos 60 dias, constatou-se que todos os substratos foram satisfatórios ao processo de germinação, pois atingiram mais de 85%, que segundo Jardim (1995) e Cunha & Jardim (1995) é considerado o padrão ideal na germinação de sementes de Euterpe oleracea. No entanto, apenas areia e terra preta + adubo natural proporcionaram 100% de germinação.

A Figura 2 mostra a regressão linear (Y) e o coeficiente de correlação (R) entre as sementes germinadas/tratamento ao longo de sessenta dias. Os menores valores de R foram encontrados nos substratos com terra preta e vermiculita (R = 0,69), sendo esse valor inversamente proporcional à germinação, ou seja, quanto menor for o coeficiente melhor será o resultado da germinação comparado aos substratos de areia (R = 0,78), adubo natural (R = 0,89) e terra preta + adubo natural (R = 0,89). Y diferenciou os substratos de terra preta e vermiculita entre si, sendo que o primeiro citado (A) apresentou uma maior variação, em relação a esse parâmetro, nos seis períodos estudados (ΔY = 21,15), enquanto a vermiculita (B) apresentou uma menor variação (ΔY = 10,8) destacando, entre eles, como melhor resultado a vermiculita, devido sofrer uma menor variação, sendo por isso mais viável.

Na Tabela 2 nota-se que os substratos com areia e com vermiculita obtiveram resultados próximos entre si e acima dos demais, em relação à média aritmética (195,83 e 194), seguido da terra preta (191) e terra preta + adubo natural (com 191,17). Esses dois últimos citados mostraram maiores valores para variância (130,40 e 113,37) e desvio padrão (11,42 e 10,65). Porém, o inverso ocorreu com a vermiculita e a areia, demonstrando que eles sofreram uma menor variabilidade em relação a esses dados, ou seja, são mais viáveis que os demais.

Tabela 2. Análise de estatística descritiva do número de sementes germinadas de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.), por tratamento, 60 dias após semeadura.

 

Parâmetros

T1 (Tp)

T2 (Vm)

T3 (An)

T4 (Ar)

T5 (Tp + An)

Mínimo

168

182

160

184

173

Máximo

197

197

185

200

200

Amplitude Total

29

15

25

16

27

Média Aritmética

191

194

176

195,83

191,17

Variância

130,40

36,00

90,80

36,97

113,37

Desvio Padrão

11,42

6,00

9,53

6,08

10,65

Erro Padrão

4,66

2,45

3,89

2,48

4,35

Coeficiente de Variação

5,98%

3,09%

5,41%

3,10%

5,57%

Tp – Terra preta; Vm – Vermiculita; An – Adubo natural; Ar – Areia; Tp + An – Terra preta + Adubo natural.

 

 

 

 

 

 

 

Figura 2. Regressão linear e coeficiente de correlação entre o número de sementes germinadas de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.), por tratamento, após 15, 20, 30, 40, 50 e 60 dias de semeadura: (A) Tratamento 1, (B) Tratamento 2, (C) Tratamento 3, (D) Tratamento 4 e (E) Tratamento 5.

 

O valor do F (Tabela 3) tabelado em nível de 1% de probabilidade com 4 graus de liberdade para tratamento e 16 para resíduo é de 4,77. Indica que existe diferença altamente significativa, entre os mesmos, em termos de número de sementes germinadas.

Tabela 3. Análise de variância para os tratamentos utilizando-se experimento inteiramente casualizado.

 

FV

GL

SQ

QM

F

Tratamento

4

38,7

9,67

15,11 **

Resíduo

16

10,25

0,64

 

Total

20

48,95

 

 

 

O valor de q ao nível de 1% de probabilidade com 5 tratamentos e 16 graus de liberdade para resíduo é 5,49; calculando-se o valor de pt = 2,19. Assim sendo, qualquer diferença superior a 2,19 (entre duas médias) indica que ocorreu diferença significativa entre os tratamentos.

Em relação à Tabela 4, o maior tempo médio de germinação (sendo uma média aritmética ponderada onde o nº de sementes germinadas é o peso de ponderação do tempo) ocorreu nos substratos com adubo natural (36,5) e terra preta + adubo natural (36,5 dias) e o menor para a vermiculita (36,1 dias). O maior índice de velocidade de germinação ocorreu no substrato de areia (40,9), seguido da vermiculita (40,5); apresentando um mesmo coeficiente de uniformidade de germinação (0,44). O coeficiente de velocidade de germinação foi igual para quatro substratos (6,67), com exceção do tratamento 3 (que apresentou 6,66).

 

Tabela 4. Tempo médio de germinação (t), Índice de velocidade de germinação (IVG), Coeficiente de uniformidade de germinação (CUG) e Coeficiente de velocidade de germinação (CVG) de sementes do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) por tratamento após semeadura.

 

Tratamento

T

IVG

CUG

CVG

T1 (Tp)

36,4 dias

39,4

0,43

6,67

T2 (Vm)

36,1 dias

40,5

0,44

6,67

T3 (An)

36,5 dias

36,3

0,40

6,66

T4 (Ar)

36,2 dias

40,9

0,44

6,67

T5 (Tp + An)

36,5 dias

39,4

0,43

6,67

 

Tp – Terra preta; Vm – Vermiculita; An – Adubo natural; Ar – Areia; Tp + An – Terra preta + Adubo natural.

 

Segundo Santana & Ranal (2000), em relação à tabela 2, um erro padrão alto significa que a média do tratamento estudado está distante da média populacional e vice-versa. As medidas citadas têm a finalidade de quantificar a variabilidade dos tratamentos, seja por valores extremos como a amplitude, seja pela fuga de cada elemento dos tratamentos em relação a um valor central, representado pela média.

O curso da germinação das sementes de açaizeiro é extremamente dependente do grau de umidade, podendo inviabilizar completamente a capacidade germinativa quando atinge valor igual ou menor que 14%. O conhecimento desses parâmetros fisiológicos indica a necessidade de obtenção de tecnologia para produção de mudas usando como fonte alternativa os substratos orgânicos, por sua capacidade de retenção de umidade (Furlan Jr. et al., 2003).

Foi constatada a germinação das sementes a partir de 15 dias, em desacordo com Bovi & Cardoso (1976), Bovi et al (1989), Bovi et al (1993a) e Bovi et al (1993b) que consideraram o mínimo de 25 dias em diferentes substratos, inclusive em areia. No entanto, Jardim (1995), recomendando o uso do substrato de terra preta ou material vegetal em decomposição; Pinheiro (1986) e Souza et al. (1996), usando substrato de terra preta; Valente & Almeida (2001), utilizando substratos simples de terra preta e areia, demonstraram que o processo germinativo inicia em torno de 20 a 25 dias. Em estudos de Jardim & Rombold (2001) que aplicaram na base de touceiras e em viveiro com mudas de açaí, o adubo natural produzido a partir da decomposição de partes vegetais do açaizeiro, mostraram que o mesmo produziu efeitos satisfatórios no crescimento dessa espécie nas duas diferentes condições.

Trabalhando-se com a germinação ou emergência de algumas sementes, tem-se muita tarefa em relação ao elevado tempo que elas exigem para esses processos, daí tomarem-se medidas a fim de diminuir o período necessário a esse estádio vegetativo (Amorim, 1997). De acordo com Oliveira et al (2002), em bacurizeiro o método mais utilizado para a propagação é com o uso de sementes; porém, o excessivo tempo requerido para a germinação limita freqüentemente a formação de plântulas por essa via; sendo realizada a remoção da película e da execução de cortes nas sementes combinadas com lavagens em água morna e solvente orgânicos, onde se obteve a redução do longo tempo de sua germinação natural com dois cortes laterais ao plano dorsal/ ventral da semente. Com o açaí não ocorre esse problema, visto que apresenta um alto poder germinativo, ocorrendo de forma homogênea, como é visto na Tabela 1 e na Figura 1.

Os substratos de adubo natural e terra preta + adubo natural estão de acordo com a citação anterior, porém, Furlan et al. (2003) utilizaram o composto orgânico de lixo urbano na formação de mudas de açaizeiro e mostraram que esse tipo de substrato influencia no processo germinativo e, conseqüentemente, no crescimento das mudas, assim como o adubo natural de sementes do açaizeiro simples ou em mistura.

De acordo com Matos et al. (2002), estudando a micorriza arbuscular e matéria orgânica na aclimatização de mudas de bananeira, cultivar nanicão, concluíram que o substrato orgânico pela possibilidade de reações químicas, entre o vegetal e o meio, favorece a formação das mudas. Portanto, esse tipo de substrato orgânico pode favorecer o processo germinativo do açaizeiro, desde que sejam fornecidas as mínimas condições extrínsicas para a formação da plântula.

A maioria das plantas tem o solo como o meio natural para o desenvolvimento do sistema radicular, encontrando nele o seu suporte, fonte de água, ar e minerais necessários para a sua alimentação e crescimento. Os substratos com vermiculita e areia são inertes (não reagem no sistema) e por isso são usados geralmente em hidroponia devido proporcionar um bom desenvolvimento das plantas e um saudável estado fitossanitário de hortaliças e na floricultura, associados a uma fertirrigação (Carrijo et al., 2002). Nesta dissertação, o substrato de areia foi altamente favorável a germinação, o que demonstra a não dependência de sistemas hídricos.

De acordo com Okumura et al. (2001), estudando o efeito dos compostos orgânicos e minerais, em substratos, na germinação de sementes de gravioleira var. Lisa, comprovaram que ao se utilizar o húmus de minhoca na proporção de 25% no substrato, não há necessidade de adubação mineral; e ao utilizar o orgânico Vitasolo, recomenda-se a utilização de Polyon (adubo orgânico comercial) apenas para um maior índice de velocidade de germinação observando desuniformidade, em alguns casos, ou a ocorrência tardia da germinação. Essas variações não ocorreram com o açaí, porém, há substratos que apresentam uma melhor resposta a esses parâmetros, como observado na tabela 2. Comparando a pesquisa de Santana & Ranal (2000), com os resultados mostrados na tabela 4, os substratos de areia (com IVG = 40,9) e vermiculita (com IVG = 40,5) foram os que variaram em menor escala em relação aos demais, portanto, seriam considerados os mais viáveis quanto ao índice de velocidade de germinação.

Em relação aos substratos terra preta e vermiculita, Andrade et al. (2000) estudando a germinação de sementes de jenipapo e considerando as variáveis: temperatura, substrato e morfologia do desenvolvimento pós-seminal; observaram os melhores resultados nos substratos de solo e vermiculita, referente à germinação e crescimento inicial. Porém, no presente trabalho, os mesmos (terra preta e vermiculita) foram considerados secundários quanto à percentagem de germinação e o número de sementes germinadas, fornecendo um mesmo número de plântulas de açaizeiro ao final de 60 dias, igual a 197 plântulas (98,5%), comparado aos substratos areia e terra preta + adubo natural que obtiveram 200 plântulas (100% das sementes germinadas).

Segundo Nogueira et al. (2003), estudando o efeito da areia, terra preta e areia + húmus como substratos para emergência, crescimento e comportamento estomático em plântulas de mangabeira mostraram que os melhores resultados de percentuais de germinação e índice de velocidade de emergência (IVG) ocorreram em areia (68%) após 20 dias. Este resultado pode ser comparado com o obtido para a germinação de sementes do açaizeiro que aos quinze dias apresentou 92% de germinação. Desta forma, pode afirmar que este substrato possui características estruturais favoráveis à germinação.

Ainda, no caso da areia, ressaltam que a porosidade permite o movimento da água e do ar no substrato, favorecendo a germinação. Para que isso ocorra as sementes não necessitam de nutrientes mas apenas de sua hidratação e aeração para que se procedam as reações que induzam à formação do caulículo e da radícula. A esterilidade do substrato favorece o aumento da taxa de germinação das sementes, não servindo como fonte de patógenos de solo que poderiam afetar o estabelecimento das plântulas.

 

5.2. Desenvolvimento Vegetativo

 

            A Tabela 5 demonstra a análise estatística comparativa entre os tratamentos para os valores de comprimento da radícula (cm), comprimento do caulículo (cm) e altura total (cm) de plantas de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) após 60 dias de semeadura.

Em relação ao comprimento da radícula, o substrato com terra preta apresentou a maior média (10,54 cm), seguido pelo substrato vermiculita (9,69 cm) e areia (8,28), apresentando os melhores resultados relacionados a essa medida. A maior variância foi encontrada nos substratos com adubo natural (18,45 cm) e terra preta + adubo natural (16,88 cm). O maior desvio padrão no substrato adubo natural (4,30 cm) e terra preta + adubo natural (4,11 cm), sendo que esses valores são inversamente proporcionais aos melhores resultados, ou seja, são mais variáveis ou menos viáveis quanto a esses parâmetros citados.

Quanto ao comprimento do caulículo, a maior média encontrada foi para o substrato com terra preta (6,67 cm) seguida por areia (5,72 cm) e vermiculita (5,57 cm). A maior variância foi encontrada no substrato com adubo natural (8,62 cm) seguida por terra preta + adubo natural (5,73 cm). O maior desvio padrão foi observado no substrato de adubo natural (2,94 cm) e terra preta + adubo natural (2,39 cm).

 

Tabela 5. Análise estatística comparativa entre tratamentos para os valores de comprimento da radícula, comprimento do caulículo e altura total (cm) de plantas de (Euterpe oleracea Mart.) após 60 dias de semeadura.

 

Tratamentos

T1 (Tp)

T2 (Vm)

T3 (An)

T4 (Ar)

T5 (Tp + An)

Comprimento da radícula (cm)

Média

10.54

9,69

4,38

8,28

6,89

Variância

9,06

9,74

18,45

12,75

16,88

Desvio Padrão

3,01

3,12

4,30

3,57

4,11

Erro Padrão

0,21

0,22

0,30

0,25

0,29

Comprimento do caulículo (cm)

Média

6,67

5,57

2,83

5,72

5,14

Variância

3,12

2,15

8,62

5,01

5,73

Desvio Padrão

1,77

1,46

2,94

2,24

2,39

Erro Padrão

0,12

0,10

0,21

0,16

0,17

Altura Total (cm)

Média

24,89

20,47

9,47

21,04

18,83

Variância

40,74

87,67

94,14

80,21

103,19

Desvio Padrão

6,38

9,14

9,70

8,96

10,16

Erro Padrão

0,45

0,68

0,69

0,63

0,72

 

Quanto à altura total, a maior média encontrada foi para o substrato com terra preta (24,89 cm) seguida por areia (21,04 cm) e vermiculita (20,47 cm). A maior variância para o substrato com terra preta + adubo natural (103,19 cm) seguida por  adubo natural (94,14 cm). O maior desvio padrão foi observado no substrato terra preta + adubo natural (10,16 cm) e no adubo natural (9,70 cm).

            Pelos resultados acima apresentados nota-se que o substrato com terra preta foi o responsável pelo melhor desenvolvimento vegetativo. No entanto, outros valores de média, variância e desvio padrão dos substratos: adubo natural, areia e terra preta + adubo natural podem ser considerados favoráveis ao desenvolvimento das plantas. Todavia, a média de crescimento foi considerável para o substrato de terra preta, embora, com pouca variação para os demais substratos testados.

Nunes et al. (1999) verificaram que o uso da vermiculita e terra preta proporcionaram o crescimento do sistema radicular e melhores condições de sobrevivência das plântulas na aclimatização de mudas micropropagadas do porta-enxerto de macieira Marubakaido, quando comparado com o substrato comercial plantmax.

Estudos morfo-fisiológicos em sementes tropicais oferecem subsídios à interação sobre testes de germinação, dessa forma Melo et al. (2004), usando o substrato de vermiculita, e Lima et al. (1998), usando os substratos de terra preta e areia, mostraram uma alta germinabilidade e uma boa formação das plantas.

De acordo com Hoffmann et al. (1995), estudando o enraizamento de duas cultivares de mirtilo (Vaccinium ashei Reade), em diferentes substratos, mostraram que o percentual de enraizamento e crescimento da raiz foi favorecido pelos substratos com terra preta e vermiculita.

Em trabalhos realizados por Cunha et al. (1998); Bovi et al. (1993a) e Queiroz & Melem Junior (2001), onde avaliaram o tamanho do recipiente sobre o desenvolvimento de mudas; constataram que o recipiente afeta o desenvolvimento das plantas, podendo promover uma economia de trabalho e volume de substrato utilizado na produção, estando o recipiente de acordo com as normas exigidas para a cultura. Nesta pesquisa, onde as dimensões do recipiente utilizado foram homogêneas, pode ter ocorrido influência sobre o desenvolvimento e, conseqüente, no crescimento das plântulas de açaizeiro, nos cinco substratos, pela pequena profundidade do substrato (cerca de 1,5 cm) ou pelas dimensões do mesmo (provocando um adensamento futuro, prejudicial às plantas); contudo, o tempo usado para as medições foi de 60 dias, quando as plântulas alcançaram a altura da parte aérea em torno de 20cm, sendo desconsiderado esse parâmetro pelo curto período que, conseqüentemente, não influenciou significativamente nesse estádio vegetativo.

No substrato com adubo natural foi observada a infestação de nematóides, moluscos (caracol), insetos e plantas invasoras em todas as repetições, provavelmente provenientes do local de coleta. Apesar de serem insignificantes para o processo germinativo os seres encontrados podem ocasionar danos que prejudicam o desenvolvimento vegetativo da espécie na formação das plântulas e, conseqüentemente das mudas. Esse substrato mantinha pouca umidade, devido a maior granulometria em relação a vermiculita e areia, desfavorecendo a retenção de água que escoava rapidamente pelo dreno.

Pizzinatto et al. (1999), submetendo as sementes de pupunheira (Bactris gasipaes) em tratamento químico e avaliando os efeitos na sanidade, germinação e vigor, constataram que não foi possível controlar eficientemente os principais microorganismos presentes nas mesmas, além de apresentarem efeitos fitotóxicos identificados em laboratórios e viveiro.

Baseado nas observações de coletas de dados considera-se que o adubo natural não forneceu condições de umidade e temperatura favoráveis a esse estágio de desenvolvimento vegetal, por se tratar de fatores externos imprescindíveis para as plântulas. Isso pode ocorrer quando existe desnível no substrato ou na presença de agentes estranhos que dificultam o desenvolvimento radicular (Nogueira et al. 2003).

Segundo Wagner Jr. et al. (2001), na avaliação de diferentes níveis de vermiculita na aclimatização de plântulas micropropagadas de amoreira-preta (Rubus spp.), constataram que os diferentes níveis de concentração do substrato vermiculita/solo não influenciaram na sobrevivência das plântulas. Os melhores substratos para a aclimatização foram obtidos com as misturas 0, 20 e 40%. A porosidade, a capacidade de retenção de água e a aeração melhoram a arquitetura do sistema radicular, o crescimento da plântula e sua adaptação às condições ex vitro.

Pode-se observar que o aumento da proporção na concentração da vermiculita nos substratos, nesse último trabalho citado, houve diminuição linear nos valores em quase todos os parâmetros analisados, com isso, constatou-se que quanto maior a porosidade e aeração dos substratos menos eficientes foram os resultados.

O efeito benéfico da mistura de dois ou mais substratos (como o substrato terra preta + adubo natural) é observado de forma positiva em inúmeros trabalhos, como os citados por Hiroto et al. (2000), Hoffmann et al. (1995), Jabur e Martins (2002), Silva (2000) e Zanetti et al. (2003). Esse tipo de substrato promove o melhor enraizamento, desenvolvimento, crescimento morfológico do vegetal e vigor; quando comparado ao adubo natural de sementes de açaizeiro, apesar do alto índice de germinação entre os mesmos (observado na tabela 1).

Segundo Haag et al. (1992), estudando a carência de macronutrientes e de boro em plantas de açaí e Bovi et al. (1993b), estudando a adubação NPK na formação de mudas de açaizeiro usando a mistura de solo argiloso e arenoso (3:1) acrescido de 10% de esterco de curral, constataram que o composto formado por substrato orgânico e inorgânico, semelhante ao usado no tratamento 5, é benéfico à plântula, contribuindo para a formação saudável da muda.

O substrato com terra preta + adubo natural foi mais viável, quando comparado ao adubo natural. O mesmo fornece os nutrientes essenciais para essa planta, após a ciclagem desse material, oferecendo uma melhor condição para o estabelecimento, desenvolvimento vegetativo e crescimento. Pode ser usado em viveiro devido apresentar melhor condição físico-química como: porosidade, capacidade de aeração e água facilmente assimilável; portanto, de boa qualidade para o açaí, mas, ainda é insuficiente em relação aos melhores resultados obtidos, precisando de modificações em sua composição até atingir um padrão comercial. O mesmo (adubo orgânico de sementes de açaizeiro) demonstra-se promissor e dependente de outras pesquisas que melhorem as suas características, em se tratando do desenvolvimento vegetativo do açaí (Jardim, 1995; Jardim & Rombold, 2001).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6. CONCLUSÕES

 

Aos quinze dias todos os substratos mostraram-se eficientes, promovendo a germinação acima de 50%.

 

Os substratos com areia e terra preta + adubo natural foram considerados os melhores, em relação ao processo germinativo, alcançando 100% de germinação.

 

O substrato com adubo natural apresentou o menor número de sementes germinadas. No geral, entre todos os parâmetros avaliados, foi o que demonstrou os piores resultados.

 

Em relação ao coeficiente de correlação (R), os substratos: Terra preta e vermiculita apresentaram igual e melhores valores, comparado aos demais tratamentos; porém, diferenciam-se quando se observa a regressão linear, tendo a vermiculita uma menor variação de Y (ΔY), sendo por isso melhor que os demais, seguido da terra preta.

 

O substrato com areia apresentou o maior índice de velocidade de germinação.

 

O menor tempo na germinação e o maior coeficiente de uniformidade de germinação foi promovido pelos substratos com vermiculita e areia.

 

Não houve diferença para o coeficiente de velocidade de germinação entre os substratos.

 

O substrato com terra preta foi o responsável pelo melhor desenvolvimento vegetativo, seguido pelos substratos com vermiculita e areia.

 

 

 

 

 

 

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

AGUIAR, Francismar Francisco Alves. Efeito de diferentes substratos e condições ambientais na germinação de sementes de Euterpe edulis Mart. e Geonoma shottiana Mart. Acta Botânica Brasílica. 4(2):01–07.1990.

 

AMARAL, Doris I., Nota preliminar sobre teste de germinação do palmito (Euterpe edulis Mart.) no Rio Grande do Sul. Brasil Florestal, 16(4):62–64. 1973.

 

AMORIM, Isaac Lucena de; DADIVE, Antonio Cláudio & CHAVES,  Maria Madalena. Morfologia do fruto e da semente, e germinação da semente de Trema micrantha (L.) Blum. Revista Cerne, 3(1):07–09. 1997.

 

ANDRADE, Antônio Carlos de; SOUZA, Alexandre Fadigas de; RAMOS, Flávio Nunes; PEREIRA, Tânia Sampaio & CRUZ, Ana Paula Martins. Germinação de sementes de jenipapo: temperatura, substrato e morfologia do desenvolvimento pós-seminal. Pesquisa agropecuária brasileira, 35(3):609–615. 2000.

 

ASSOCIAÇÃO PARAENSE DE APOIO ÀS COMUNIDADES CARENTES. Manual de agricultura familiar para a região de Cametá – PA, 2002. p. 119–127 il.

 

BOVI, Marilene Leão Alves & CARDOSO, Mário. Germinação de sementes de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Bragantia, 35(1):91–97. 1976.

 

BOVI, Marilene Leão Alves; GODOY JÚNIOR, Gentil & SÁES, Luis Alberto. Pesquisas com os gêneros Euterpe e Bactris no Instituto Agronômico de Campinas. O Agronômico, 39(2):129–174. 1987.

 

BOVI, Marilene Leão Alves; SPIERING, Sandra Heidem & MELO, Tânia Maria de. Temperaturas e substratos para germinação de sementes de palmiteiro e açaizeiro. In: 2º Simpósio brasileiro sobre tecnologia de sementes florestais, Campinas – SP, Anais, 1989. p.43.

 

 

BOVI, Marilene Leão Alves; TEDRUS, Paulo Francisco de Almeida; SPIERING, Sandra Helden; BARBOSA, Antonia Marlene Magalhães & PIZZINATTO, Maria Angélica. Análise de crescimento do açaizeiro em função de substrato e tamanho de recipiente em condições de viveiro. CNPQ e FINEP: Programa Cultivos Pioneiros, Campinas – SP, 1993a. p. 01–08.

 

BOVI, Marilene Leão Alves; KUPPER, Raul de Brito; GODOY JUNIOR, Gentil; CAMARGO, Sérgio Bueno de; SPIERING, Sandra Helden & BARBOSA, Antônia Marlene de Magalhães. Adubação NPK na formação de mudas de açaizeiro. 1º Simpósio Internacional Sobre Palmeiras Ornamentais. Jaboticabal, SP, 25 a 29/01 de 1993b. p. 30–31.

 

CABRAL, Edna Lopes; BARBOSA, Dilosa Carvalho de Alencar & SIMABUKURO, Eliana Akie. Armazenamento e germinação de sementes de Tabebuia aurea (Manso) Benth & Hook. F. Ex. S. Moore. Acta Botânica Brasílica, 17(4):609–617. 2003.

 

CARRIJO, Osmar Alves; LIZ, Ronaldo Setti de & MARISHIMA, Nozomu. Fibra da casca do coco verde como substrato agrícola. Horticultura Brasileira, 20(4):01–06. 2002.

 

CAVALCANTI, Nilton de Brito; RESENDE, Geraldo Milanez de & BRITO, Luiza Teixeira de Lima. Emergência e crescimento de plântulas de umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.). Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 58, Embrapa: Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido, 2001. 19 p.

 

CORREIA, Diva; ROSA, Morsyleide de Freitas; NORÕES, Elis Regina de Vasconcelos & ARAUJO, Fátima Beatriz de. Uso do pó de casca de coco na formulação de substratos para formação de mudas enxertadas de cajueiro anão precoce. Revista Brasileira de Fruticultura, 25(3):01–06. 2003.

 

COOPERATIVA AGRÍCOLA MISTA DE TOMÉ AÇU – CAMTA. O sabor tropical naturalmente em sua mesa: açaí. Tomé Açu – PA, 2000. p.1 il. Col.

 

COSTA, Luis Gonzaga da Silva. Aspectos ecológicos da recuperação de áreas degradadas. Belém: FCAP. Serviço de Documentação e Informação, 1997. p. 17–30.

 

COSTA, Manoel Fernandes da; LOUREIRO, Maria Regina Couto; ALBUQUERQUE, Carlos Roberto Abreu de & FILHO, Zebino Pacheco do Amaral. Perspectivas para o aproveitamento integral da palmeira açaí. Monografia/ Governo do Pará: Instituto do desenvolvimento econômico-social do Pará – IDESP. Belém, 1974. p. 25–41. 

 

CUNHA, Asemar Carlos da C. & JARDIM, Mário Augusto Gonçalves. Avaliação do potencial germinativo em açaí (Euterpe oleracea Mart.) variedades preto, branco e espada. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série Botânica, 11(2):55–60. 1995.  

 

CUNHA, Rodrigo Luz da; SOUZA, Carlos Alberto Spaggiari; NETO, Ataualpa de Andrade; MELO, Benjamim de  & CORRÊA, Josirley Fátima. Avaliação de substratos e tamanhos de recipientes na formação de mudas de cafeeiros (Coffea arábica L.) em tubetes. Revista Ciência e Agrotecnologia, 3(1):02–06. 1998.

 

ESAU, Katherine. Anatomia das plantas com sementes, cap. 03, Do Embrião à Planta Adulta. Tradução: Berta Lange de Morretes, ed. Edgard Blucher. São Paulo -SP, 1976 reimpressão. p. 16–23.

 

FILHO, Júlio Marcos; CÍCERO, Silvio Moure & SILVA, Walter Rodrigues da. Avaliação da qualidade das sementes. Piracicaba – SP: FEALQ, 1987. p. 51–82.

 

FILHO, Júlio Marcos; CÍCERO, Silvio Moure & SILVA, Walter Rodrigues da. I Semana de atualização em produção de sementes: germinação de sementes. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba – SP, 1986. p. 11–39.

 

 

 

 

FRANCH, Cristina de Castro; RIBEIRO, Raul de Lucena Duarte & ALMEIDA, Dejair Lopes de. Substratos orgânicos para produção de mudas de beterraba (Beta vulgaris L.). Embrapa Agrobiologia: Comunicado Técnico, nº 40, Seropédica – RJ, out/2000. p. 01–05.

 

FURLAN JUNIOR, José; MULLER, Carlos Hans; CARVALHO, José Edmar Urano de; TEIXEIRA, Leopoldo Brito & DUTRA, Saturnino. Composto orgânico de lixo urbano na formação de mudas de açaizeiro. Embrapa CPATU: comunicado tëcnico nº 87, Belém/PA, 2003. 2 p.

 

HAAG, Henrique Paulo; SILVA FILHO, Nivaldo Lemes da & CARMELLO, Quirino A. de C. Carência de macronutrientes e de boro em plantas de açaí (Euterpe oleracea Mart.). Anais do 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas. São Paulo, 29/03 a 03/04 de 1992. p. 422–479.

 

HEYDECKER, W. Glossary of terms. In: Seed ecology (Heydecker, W. ed.). Londres: Butterworths. 1973. p. 553–557.

 

HIROTO, Cícero Hyuji; CHAUFUN, Nilton Nagib Jorge; CHAGAS, Edvan Alves; CUNHA JÚNIOR, Alaor Rossi & GONÇALVES, Francisco César. Efeito de diferentes substratos no enraizamento de estacas lenhosas de marmeleiro “Portugal” em duas concentrações de ácido indolbutírico. Dptº. de Agricultura, UFLA, Lavras/ MG. 2000. 4 p.

 

HOFFMANN, Alexandre; FACHINELLO, José C. & ALVERIDES, M. Enraizamento de estacas de duas cultivares de mirtilo (Vaccinium ashei Reade) em diferentes substratos. Revista Brasileira de Agrociência, 1(1):07–11. 1995.

 

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo, 2000.

 

JABUR, Marcos Antônio & MARTINS, Antônio Baldo Geraldo. Influência de substratos na formação dos porta-enxertos: limoeiro-cravo (Citrus limonia Osbeck) e tangerina-cleópatra (Citrus reshni Hort. Ex Tanaka) em ambiente protegido. Revista Brasileira de Fruticultura, 2(2):01–10. 2002.

JARDIM, Mário Augusto Gonçalves. Cartilha informativa sobre a palmeira açaí (Euterpe oleracea Mart.). Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 1995. 11 p. il.

 

JARDIM, Mário Augusto Gonçalves. Jornal O Liberal (07/04): Açaí poderá ser plantado na capoeira.  Seção Atualidades, Belém/PA, 2003, p. 07.

 

JARDIM, Mário Augusto Gonçalves & ROMBOLD, John Summer. Effects of adubation and thinning on açaí palm (Euterpe oleracea Mart.) fruit yield from a natural population. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série Botânica, 10(1):283–293. 2001.

 

JARDIM, Mário Augusto Gonçalves & VIEIRA, Ima Célia Guimarães. Composição florística e estrutural de uma floresta de várzea do estuário amazônico, Ilha do Combu, Estado do Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, série Botânica, 17(1):333–354. 2001.

 

LABOURIAU, L.G. 1983. A germinação de sementes. Organização dos Estados Americanos. Programa Regional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Série Biologia. Monografia. 24 p.

 

LEMOS, Oriel Figueira de; ROCHA, Francisca Valéria N. da; LAMEIRA, Osmar Alves & MENEZES, Ilmarina Campos de. Cultura de embriões zigóticos de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Belém: Embrapa Amazônia Oriental, Boletim de Pesquisa, nº 23, 1999. 15 p.

 

LIMA, Eduardo Euclydes & RENA, Borges Alemar Braga. Germinação de sementes. In: AGUIAR, Ivor Bergmann; PIÑA-RODRIGUES, Fátima C. M. & FIGLIOLIA, Márcia Balistiero.  Sementes florestais tropicais. Brasília: ABRATES, 1993. p. 83–137.

 

LIMA, R. B. S.; MELO, Z. L. O.; FERNANDES, A . V.; SAMPAIO, P. T. B. & GONÇALVES, J. F. C. Caracterização morfo-fisiológica de sementes e germinação do pau-rosa (Aniba rosaeodora Duck). In: resumo Museu Goeldi, Belém/PA, 1998. 2 p.

MACHADO, Cibele Ferreira; OLIVEIRA, João Almir; DAVIDE, Antônio Cláudio & GUIMARÃES, Renato Mendes. Metodologia para a condução do teste de germinação em sementes de ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson). Revista Cerne, 8(2):18–27. 2002.

 

MAGUIRRE, J.D. Speed of germination – aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Sci. 2(2):176–177. 1962.

 

MARTINS, Cibele Chalita; NAKAGAWA, João & BOVI, Marilene Leão Alves. Tolerância à dessecação de sementes de palmito-vermelho (Euterpe espiritosantensis Fernandes). Revista Brasileira de Botânica, 22(3):391–396. 1999.

 

MARTINS, Fernando & OLIVEIRA, Sandro. Manejo de Açaizal. Série Como Fazer nº 01, Belém: BOLSA AMAZÔNIA/ POEMAR, Belém – PA, 2001. p. 17–20 il. Col.

 

MARTINS, Sebastião Venâncio. & LIMA, Djalma Gregório de. Cultura de palmeiras I: Palmiteiro (Euterpe edulis Mart.). Ed. UFV, Viçosa – MG, (Cadernos Didáticos – CD, 54), 1999. 28 p. 

 

MATOS, Rosa Maria Barbosa; SILVA, Eliane Maria Ribeiro da & BRASIL, Felipe da Costa. Micorriza arbuscular e matéria orgânica na aclimatização de mudas de bananeira, cultivar nanicão. Bragantia, 6(3):277–283. 2002.

 

MELO, Maria da glória Gonçalves de; MENDONÇA, Maria Silvia de & MENDES, Ângela Maria da Silva. Análise morfológica de sementes, germinação e plântulas de jatobá (Hymenaea intermedia Duck var. adenotricha (Duck) Lee & Lang] (Leguminosae-caesalpinioideae). Acta Amazônica, 34(1):9–14. 2004.

 

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, Comissão Estadual de sementes e mudas do Pará. Normas técnicas e padrões para a produção de mudas fiscalizadas no Estado do Pará. Belém, 1997.  p. 18–19.

 

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA. Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade. Regras para análise de sementes. Brasília, 1992. p. 79–100.

 

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA.Serviço Nacional de Proteção de cultivares. Registro Nacional de Cultivares – RNC. Delegacia Federal da Agricultura, Brasília – DF, 2001. p. 01–28.

 

MORAES, Eurico da Cruz; SANTOS, José Ribamar dos; MERGULHÃO, Frederico G. B. & BATISTA, Carlos Alberto Correa. Teste de germinação. FCAP/SENAR: folheto, Belém, 1983. 17 p.

 

MOREIRA, José Antônio Figueiredo. Efeito da temperatura na conservação e germinação da semente do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Dissertação.  Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, da USP. Piracicaba, SP, 1989. p. 55–78.

 

NACHTIGAL, Jair C. & FACHINELLO, José C. Efeito de substratos e do ácido indolbutírico no enraizamento de estacas de araçazeiro (Psidium cattleyanum Sabine). Revista Brasileira de Agrociência, 1(1):34–39. 1995. 

 

NASSIF, Saraia Marco Longo; VIEIRA, Israel Gomes & FERNANDES, Gelson Dias. Fatores externos (ambientais) que influenciam na germinação de sementes. Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais. Informativos Sementes IPEF, 1998. Disponível em:<http://www.[email protected]> Acesso em 28 jul. 2004.

 

NETTO, Alfredo Rabelo Rosas; CONCEIÇÃO, Gessyanne R. S. da & LEÃO, Leonildo Rodrigues. Perspectivas técnicas-sócio-econômicas para a cadeia produtiva de frutos de açaizeiros (Euterpe oleracea Mart.): mercado e comercialização no Estado do Pará. Monografia (Especialização em Agricultura Integrada na Amazônia) – Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Belém, 2000.

19 p.

 

 

NICHOLS, M.A. & HEYDECKER, W. Two approaches to the study of germination data. Proc. Int. Seed Test. Assoc. 33(3):531–540. 1968.

 

NOGUEIRA, Oscar Lameira; CARVALHO, Cláudio José Reis de; MULLER, Carlos Hans; GALVÃO, Expedito Ubirajara Peixoto; SILVA, Hércules Martins e; RODRIGUES, João Elias Lopes Fernandes; OLIVEIRA, Maria do Socorro Padilha de; CARVALHO, José Edmar Urano de; NETO, Olindo Gomes da Rocha; NASCIMENTO, Walnice Maria Oliveira do & CALZAVARA, Batista Benito Gabriel. A cultura do açaí. Coleção Plantar, Embrapa, Brasília: EMBRAPA SPI, 1995. p. 35–50.

 

NOGUEIRA, Rejane Jurema Mansur Custódio; ALBUQUERQUE, Manoel Bandeira de & SILVA JUNIOR, Josué Francisco.  Efeito do substrato na emergência, crescimento e comportamento estomático em plântulas de mangabeira. Revista Brasileira de Fruticultura, 25(1):01–09. 2003.

 

NUNES, Júlio César Oliveira de; ABREU, Monita de Fiori; SANTOS, Marisa & PEDROTTI, Ênio Luis Micropropagação do porta enxerto Marubakaido (Malus prunifolia) a partir da cultura de meristemas. Revista Brasileira de Fruticultura, 21(2):191–195.1999.

 

OLIVEIRA, Francisco das Chagas; EUGÊNIO, Celso Emérito Araújo; VASCONCELOS, Lúcio Flavo Lopes & SOARES, Édson Basílio.  Métodos para acelerar a germinação de sementes de bacuri (Platonia insignis Mart.). Revista Brasileira de Fruticultura, 24(1):01–06. 2002.

 

OLIVEIRA, Ronaldo Fernandes. Atlas escolar de botânica. Rio de Janeiro – RJ: FENAME, 1981. p. 54–63.

 

OKUMURA, Helen Harumi; CAVALCANTI JUNIOR, Antônio Teixeira; COSTA, José Tarcísio Alves; CORREA, Diva & SILVA, Leonardo Dantas da. Efeito dos compostos orgânicos e minerais em substratos na germinação de sementes de gravioleira var. Lisa. UFC, Embrapa Agroindustrial Tropical, Fortaleza/CE, 2001. p. 01–04.

PEREZ, Sônia Cristina Juliano Gualtieri de Andrade; FANTI, Silmara Cristina & CASALI, Carlos Aparecido. Influência do armazenamento, substrato, envelhecimento precoce e profundidade de semeadura na germinação de canafístula. Bragantia, 58(1):57– 68.1999.

 

PINHEIRO, Cláudio Urbano. Germinação de sementes de palmeiras: rev. bibliográfica, Embrapa – UEPAE de Teresina/PI, 1986. p. 63–67.

 

PIZZINATTO, Maria A.; BOVI, Marilene Leão Alves; SPIERING, Sandra H. & BINOTTI, Cibele S. Tratamento químico de sementes de pupunheira (Bactris gasipaes): efeitos na sanidade, germinação e vigor. Instituto Agronômico, Campinas, SP. 1999. 01–08.

 

QUEIROZ, José Antônio Leite de & MELÉM JÚNIOR, Nagib Jorge. Efeito do tamanho do recipiente sobre o desenvolvimento de mudas de açaí (Euterpe oleracea Mart.). Revista Brasileira de Fruticultura, 23(2):460–462. 2001.

 

REIS, Elpídio. Levantamento da situação e das carências tecnológicas dos minerais industriais brasileiros – com enfoque na mineração de: argila para cerâmica, barite, betonita, caulim, talco/agalmatolito e vermiculita. MCT – CGGE. DF. 2001. p. 09–11.

 

REIS, Elpídio. Vermiculita no Brasil, situação atual. MCT – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos: Ciência, Tecnologia e Inovação. Secretaria Técnica do Fundo Setorial Mineral. Brasília. DF. 2002. p. 03–17.

 

REIS, Maurício Sedres dos; FRANCHINI, Rogério G.; REIS, Ademir & FANTINI, Alfredo Celso. Variação no período germinativo em sementes de Euterpe edulis Mart. procedente da região de Morretes – PR. Anais do 2­º congresso nacional sobre essências nativas. São Paulo–29/03 a 03/04/1992. p. 1252–1255.

 

SANTANA, Denise Garcia de & RANAL, Marli A. Análise estatística na germinação. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, nº 12 (edição especial), 2000. p. 205–237. 

SILVA, Leandro Souza da. Liberação de Nutrientes durante a decomposição de palha de arroz com diferentes teores de silício. Dptº. de Solos, Faculdade de Agronomia, Porto Alegre/RS. 2000. 4 p.

 

SILVESTRE, Walter Velasco Duarte. Manejo de açaizais, Belém – PA, Planfor/ PEQ: FCAP/FUNPEA/SETEPS, 2000. 11 p.

 

SOARES, José Luis. Biologia: seres vivos, evolução e ecologia, Os vegetais superiores. vol.3, cap.07. São Paulo – SP: Editora Scipione, il. rev. atualizada. 1992. p. 76–88.

 

SOUZA, Aparecida das Graças Claret de; SOUZA, Nelcimar Reis; SILVA, Sebastião Eudes Lopes da; NUNES, Cley Donizeti Martins; CANTO, Acilino do Carmo & CRUZ, Luis Antônio de Araújo. Fruteiras da Amazônia. Brasília: Embrapa-SPI; Manaus: Embrapa-CPAA, 1996. p. 15

 

TOFANELLI, Mauro Brasil Dias, RODRIGUES, João Domingos & ONO, Elizabeth Orika. Enraizamento de estacas lenhosas de pessegueiro cv. Okinawa em diferentes diâmetros de ramos, substratos e recipientes. Revista Ciência Rural, 33(3):17–21. 2003.

 

VALENTE, Roberta de Melo & ALMEIDA, Samuel Soares de. As palmeiras de Caxiuanã: informações botânicas e utilização por comunidades ribeirinhas. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Pará, 2001. p. 11–53.

 

VIDAL, Waldomiro Nunes & VIDAL, Maria Rosário Rodrigues. Botânica–organografia. 4ª ed. Ver. Ampl. – Viçosa - MG: UFV, 2000. p. 67–76 il.

 

VIEIRA, Ima Célia Guimarães, GALVÃO, Nancy & ROSA, Nelson de Araújo. Caracterização morfológica de frutos e germinação de sementes de espécies arbóreas nativas da Amazônia. I Reunião de Botânicos da Amazônia. Jun 26-30. Belém/PA, 2003. p. 271–288.

 

WAGNER JUNIOR, Américo; CHAVES, Anderson; COUTO, Marcelo; MALGARIN, Marcelo Barbosa & FORTES, Gerson Renan de Luces.  Avaliação de diferentes níveis de vermiculita na aclimatização de plântulas micropropagadas de amoreira-preta (Rubus spp). Trabalho realizado na disciplina de espécies frutíferas, do PPGA da FAEM/UFPEL. 2001. p. 1– 4.

 

ZANETTI, Marcelo; CAZETTA, Jairo Osvaldo; MATO JÚNIOR, Dirceu de & CARVALHO, Sérgio Alves de. Uso de subprodutos de carvão vegetal na formação do porta-enxerto limoeiro “cravo” em ambiente protegido. Revista Brasileira de Fruticultura, 25(3):508–512. 2003.



[1] Considerado nominalmente o produto gerado por manipulação artesanal em comunidades ribeirinhas.