Políticas de Educação Básica em Moçambique e a Progressão automática versus zonas rurais

Tentativas de lidar com o fraco desempenho escolar nas zonas rurais têm sido uma constante das políticas de educação. No entanto, a lentidão dos progressos obtidos indicam que quando se trata da educação das pessoas rurais é necessário desenvolver novas estratégias, FAO (2002:35).

Reconhecendo a necessidade de reavaliar a resposta às necessidades educacionais das pessoas rurais, a Iniciativa Educação para as Pessoas Rurais, lançada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) (agência leader) em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (UNESCO) em 2002, tem como objectivo, partindo de experiências bem sucedidas, apoiar o desenvolvimento de estratégias nacionais eficazes.

Reconhecendo que as pessoas se encontram no centro das estratégias de desenvolvimento, o objectivo desta iniciativa é o de apoiar os governos a fazer face às necessidades educacionais específicas das pessoas rurais, nos seus planos nacionais para EFA.

Isto envolve a expansão do acesso à educação, procurando aumentar taxas de escolarização e aproveitamento, bem como melhorar a relevância do currículo nacional para as realidades rurais. Tudo isto só poderá ser alcançado através de parcerias eficazes entre governos, doadores bilaterais, Agências das Nações Unidas e sociedade civil. 

Na conferência Mundial para a Educação em 1990, realizada em Jomtiem-Tailândia e financiada pela UNESCO, UNICEF (Fundo das Nações de Infância) e PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) foi adoptada uma declaração conjunta de doadores e paises em desenvolvimento para assegurar que a Educação Básica para Todos seja alcançada no ano 2000.