O AVA – ambiente virtual de aprendizagem oferece múltiplas possibilidades pedagógicas, partindo do pressuposto que as ações pedagógicas e as interfaces sejam corretamente utilizadas e direcionadas para o desenvolvimento da autonomia dos discentes bem como estímulo à interação. Munhoz (2011, p.149) comenta que “A efetivação da educação no AVA (...) exige uma replicação, nesses locais, das condições sob as quais a atividade de ensino e aprendizagem se desenvolve na educação formal tradicional.”

Claro que o uso deste ambiente merece reflexão por parte das Instituições de Ensino Superior sobre qual o correto direcionamento e o atendimento às demandas da sociedade. RUIZ-MORENO; LEITE; AJZEN (2013, p.281) reforçam:

O uso de Tecnologias de informação e comunicação (TIC) na educação demanda refletir sobre decisões assumidas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) sobre a formação docente para promover a educação de cidadãos críticos e comprometidos com a solução de problemas da maioria da população.

Quanto ao aspecto da interação, Filatro (2008, p.86) comenta sobre as interfaces humano-computador, que podem ser interpretadas como o AVA, diretamente adequadas ao ambiente da aprendizagem, citando: as textuais – tradicionais onde o usuário interage com uso de textos através do teclado para mensagens usuais; as gráficas – esta já baseadas em ícones e metáforas visuais através da interação mais intuitiva com cliques e o uso do mouse ou dispositivos diversos; as sociais – que permitem o desenvolvimento de um ambiente de convívio social através dos recursos tecnológicos, a exemplo do grande sucesso das redes sociais ou mesmo, dentro do ambiente de aprendizagem, dos fóruns ou bate papos; as semânticas – direcionadas para organização, armazenamento, pesquisa e recuperação de informações através de ferramentas de pesquisa, tal qual os buscadores ou mesmo dentro do ambiente de aprendizagem dos ícones de materiais complementares e; as inteligentes – “as quais permitirão que as máquinas assumam temperamento, aparência e aptidão para aprender com os próprios usuários”, a exemplo das ferramentas tecnológicas inteligentes dos buscadores atuais que já direcionam seus resultados através do comportamento do usuário.

Referências Bibliográficas:

FILATRO, Andrea. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.

MUNHOZ, Antonio Siemsen. O estudo em ambiente virtual de aprendizagem: um guia prático. Curitiba: Ibpex, 2011.

RUIZ-MORENO, Lidia; LEITE, Maria T.M.; AJZEN, Claudia. Formação didático-pedagógica em saúde: habilidades cognitivas desenvolvidas pelos pós-graduandos no ambiente virtual de aprendizagem. São Paulo: Ciência & Educação, v.19,n.1,p.217-229, 2013.