AULA DE PORTUGUÊS NA ESCOLA PÚBLICA: UMA ANÁLISE NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL[1]

 

Clayton da Silva Pompeu[2]

Daiana de Jesus Medeiros

Débora Benedita Pereira Coelho

Élito Omir Ramos Pontes

Geyse Alves de Farias

Renilson dos Reis Sá

RESUMO

O presente artigo buscou, através de uma análise quanti-qualitativa, analisar o estudo da língua portuguesa em uma escola pública na cidade de Cametá. O Foco principal foram atividades presentes no caderno de uma aluna do 9º ano do ensino fundamental, onde observamos que as práticas pedagógicas trabalhadas pelo professor no ensino de língua portuguesa apresentaram deficiências nos conteúdos de leitura, produção, gramatica e oralidade. Apesar de terem sido trabalhadas, não foram utilizados pelo professor os recursos internos mais importantes destes conteúdos. Portanto, a partir disso, foi feita uma proposta de atividades de ensino, voltadas para tais problemáticas identificadas na pesquisa, elaboradas com o propósito de suprir essas carências.

 

PALAVRAS-CHAVE: Língua Portuguesa; Ensino; Escola

 

Introdução

O presente trabalho surgiu a partir de uma proposta de pesquisa na disciplina de Ensino Aprendizagem em português II, e tem o propósito de analisar o trabalho do objeto de ensino de língua portuguesa no 9º ano do ensino fundamental na rede pública de ensino. O ensino de língua portuguesa serviu de tema para reflexão e pesquisa desde trabalho.

O trabalho tem como objetivo refletir sobre o ensino de língua portuguesa, bem como diagnosticar possíveis problemas em relação ao objeto de ensino, que a escola aplica como atividade didática. A partir do diagnóstico obtido, elaborar propostas de ações com material didático para se trabalhar atividades, com intuito de suprir ou amenizar as carências identificadas ao longo da análise da pesquisa.

Visamos ser de grande importância fazer uma abrangente reflexão sobre o estudo do ensino, visto que a educação tem sido privilegiada como condição básica para o desenvolvimento social. A educação ainda é vista como papel fundamental para o desenvolvimento da formação de cidadãos. Portanto para termos a educação que queremos, transformadora e formativa, o sistema de ensino precisa está em constante investigação para que cada vez mais este seja aprimorado, como diz Irandé Antunes:

A educação tem sido amplamente defendida como a condição básica para o desenvolvimento, para a superação dos mais diferentes problemas. Parece, no entanto, que ainda “sentar os pés no chão”, “cair na real”, para identificar os problemas-chave que afetam a sociedade e, a partir daí, estabelecer prioridades. (ANTUNES, 2009 p 38).

Para realizar a referida pesquisa utilizaremos a terceira concepção de linguagem, que visa a mesma como forma ou processo de interação. Nessa concepção que o indivíduo faz ao usar a língua, não é apenas traduzir um pensamento ou transmitir informações a outrem, mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o interlocutor. Essa concepção de linguagem proporciona um ensino mais eficaz e capaz de desenvolver melhores caminhos para observar a funcionalidade da língua, sendo assim, todos tornam-se sujeitos interativos e dessa forma o aluno passa a ter um aprendizado mais ativo.

O modelo de pesquisa adotado para a produção deste trabalho é de cunho quanti-qualitativo, sendo que essa relação de pesquisa consiste com grande eficiência na abrangência do diagnóstico escolar. Ambas as formas metodológicas de pesquisa são interativas entre si numa sincronia que norteia diagnosticar o espaço quantitativo do objeto pesquisado, objetivando levantar reflexão mais específica dentro desse espaço escolar sobre a qualidade educacional que norteia o ensino nas escolas. Minayo vem estabelecer a importância da relação qualitativa e quantitativa como metodologia para uso na pesquisa:

Não pode ser pensada como oposição contraditória (...) é de se desejar que as relações possam ser analisadas em seus aspectos mais “concretos” e aprofundadas em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente. (MINAYO, 1993, p. 85).

Sobre a teoria desses dois modelos de pesquisas, considera-se que em ambas existe de fato uma diferença, mas não devemos tratá-las como forma de exclusão de uma ou outra e sim complementares. A verdade é que esses métodos quantitativos e qualitativos se complementam e cabe fazermos a escolha adequada de uma ou outra abordagem metodológica a que esteja diretamente associada ao objeto de estudo e finalidades de cada etapa da pesquisa. Dessa forma, nossa análise se procedeu na complementação quantitativa, quando levantamos dados percentuais das atividades, e qualitativa quando verificamos a qualidade e a relevância das atividades para o ensino.

DALFOVO apud Ramos et. al. (2005) apresentam a definição dos dois modelos metodológicos de pesquisa adotado em nossa pesquisa:

Quantitativa é tudo que pode ser mensurado em números, classificados e analisados. Utiliza-se de técnicas estatísticas; Qualitativa não é traduzida em números, na qual pretende verificar a relação da realidade com o objeto de estudo, obtendo várias interpretações de uma análise indutiva por parte do pesquisador. (2005, p. 13)

Temos como corpus de pesquisa para análise, o caderno de um aluno selecionado em uma classe do nono ano de uma escola pública. A pesquisa se concentrou na análise feita nesse caderno de atividades didáticas de língua portuguesa, onde serviu de instrumento de coleta de dados mais eficaz como objeto de estudo em pesquisa. A análise de dados é desenvolvida no decorrer do processo de levantamento destes. Fica evidente a integração de dados qualitativos com dados quantitativos. A complementaridade desses dois modelos é de extrema relevância para obter um diagnóstico coerente sobre a pesquisa. Na medida em que a análise documental ia procedendo, já era evidente resultados relevantes para a interpretação da problemática na série em pesquisa. “A análise documental constitui uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema” (LUDKE E ANDRÉ, 1986, p. 19). Consiste também identificar, verificar e apreciar os documentos com uma finalidade específica.

Percorrendo todos os suportes de coleta de dados que visamos relevantes para o sucesso de nossa pesquisa, nos é permitido proceder um contexto de pesquisa, procedendo informações culturais, sociais e documentais sobre nosso objeto de trabalho.

A pesquisa se centraliza no nono ano de uma escola pública da rede pública de ensino, localizada no bairro Central da cidade de Cametá, tendo como público alvo da série pesquisada, adolescente com faixa etária em torno 15 anos de idade, moradores de vários bairros da cidade. Dessa forma uma grande mistura de costumes, variações linguísticas de adolescentes com conhecimento distintos advindos a partir de diferentes classes sociais, vão formando uma escola mista, que tem uma grande responsabilidade de tornar-se um modelo de ensino com igualdade para todos. Segundo Magda Soares “é a estrutura social que determina o comportamento linguístico” (SOARES, 1997, p. 21).

Segundo o depoimento da coordenadora pedagógica da instituição, na referida série é possível diagnosticar a baixa ocorrência de evasão escolar e repetência. Tais evidencias constatadas fica restrito na condução de aprovação para a mudança de nível no ensino. Por ser a última série desta etapa de estudo do ensino fundamental é constatado o maior esforço por parte dos alunos, que estão apreensivos para avançar para o nível médio.

Os dados foram levantados a partir do procedimento da contagem da quantidade de atividades didáticas, tais como leitura, produção, gramática, oralidade e outras possivelmente encontradas no percurso da análise. Segue o procedimento no levantamento percentual de cada atividade em pesquisa, fazendo relevantes comentários positivos e negativos a partir do diagnóstico que a pesquisa ia criando. De posse do diagnóstico final sobre o objeto de ensino, era possível interpretar os possíveis problemas que norteava o percurso anual da série pesquisada. Finalizamos o trabalho elaborando propostas de ações com atividades didáticas que visasse suprir tais problemáticas sobre o objeto de ensino diagnosticadas durante a pesquisa.

1 Escola, linguagem e cidadania

A escola segue com seu principal papel na sociedade, formadora e transformadora, tendo a educação voltada para a formação de cidadãos. Reiteramos a necessidade de se ter uma escola cujo destino seja o desenvolvimento de cada cidadão de acordo com sua cultura geral, bem como a responsabilidade de educar para a vida.

A partir do modelo de educação que a escola objetiva oferecer à sociedade, requeremos como prioridade para um ensino igualitário, uma educação, bem como um todo instrumento formador de ensino, que seja público e sem diferenciar classes. Assumimos nosso desejo de possuir uma escola criadora, que desenvolva as habilidades de ensino de seus alunos e restrinja tais diferenças variacionais na qual certamente vão ser diagnosticados entre os alunos de diferentes classes sociais.

A escola se revela como propícia na função de adaptar o aluno à sociedade, a partir de suas características individuais. Ela recebe alunos advindos de diferentes classes sociais, desde a classe média até as classes populares, e cada grupo de alunos apresentam cultura, linguagem e conhecimentos distintos. Mas a escola deve assumir seu objetivo social, de igualdade e oportunidade educacional. Entretanto, não devemos tratá-la de imediato como escola igual para todos, uma vez que tal igualdade surja de um longo processo, devemos tê-la como uma escola que proporcione a todos o acesso ao conhecimento, de acordo com suas necessidades e realidade social.

Segundo Soares (1995), nossas escolas ainda estão longe de ser uma escola para todos, pois têm se mostrado incompetentes para lidar com a educação das camadas populares, acentuando cada vez mais as desigualdades sociais. A autora relata que é o uso da linguagem na escola que evidencia as diferenças entre os grupos sociais, gerando discriminações e fracassos, já que a escola usa a variante padrão que mais é prestigiada perante a sociedade.

O papel da escola é o de acolher e respeitar os diferentes dialetos, mas ao mesmo tempo possibilitar o aprendizado e o reconhecimento das diferentes variedades linguísticas, como forma de incentivar a aquisição de novas habilidades de uso da linguagem. (REIS; BARBOSA, 2013, p. 42).

Portanto só podemos entender um dos fatores da causa que direciona ao fracasso escolar, a evasão e dos problemas diagnosticados em muitos alunos pertencentes às camadas populares, onde podemos remeter tais problemáticas através da linguagem que a escola utiliza e a forma como ela interage as diferentes variedades linguísticas.

Tais dificuldades problemáticas que a escola apresenta para tornar igualitário o ensino para todos, sem distinção de classes ou diferença social e cultural, nos remete a prioridade de cada cidadão ao direito à educação e cidadania escolar. Os padrões de escolaridade que deveriam ser oferecidos pela escola, objetiva de fato permitir condições para se estabelecer igualdade de ensino no espaço público.

2 O retrato do ensino de português na escola pública

Nesta seção iremos organizar o diagnóstico de atividades didáticas do ensino de língua portuguesa, apresentando os resultados quantitativos da análise no caderno de português do 9º ano de uma aluna da rede pública de ensino, além de fazer relevantes comentários qualitativos sobre a estatística apresentada através da organização das atividades didáticas.

Foram encontradas no caderno analisado atividades didáticas divididas nas seguintes categorias: Leitura, produção e gramática. Para cada categoria foram detectados um percentual de atividades trabalhadas durante o período anual, conforme mostra o gráfico abaixo:


                       
Gráfico I – Diagnóstico de Atividades

 

                  O gráfico I nos apresenta percentuais que demonstram o perfil de atividades da aula de português durante o ano letivo. Cada categoria representada pela sua totalidade de atividades diagnosticada na pesquisa. Tais quantidades apresentadas no gráfico I refletem o desequilíbrio da distribuição das atividades por categorias ao longo do ano letivo.

Fica evidente a gramática com maior demanda de atividades, totalizando noventa e três, num percentual de 63% ao total das categorias; A produção textual apresentou baixa a quantidade de propostas de atividades, totalizando três atividades, num percentual de 2% equivalente também ao total da estatística por categorias, enquanto a oralidade não apresentou ocorrência de atividades nas aulas de português.

Esses dados refletem um precário ensino de duas importantíssimas modalidades fundamentais do aprendizado linguístico, a oralidade que é executada quando realizamos atividades de fala, e a produção no qual a executamos quando fazemos uso da escrita. Tomamos como conhecimento que a oralidade é uma das principais ferramentas que nós seres humanos utilizamos para realizar a comunicação no meio em que vivemos. Tomemos consciência de que as formas orais também sejam inseridas como objeto de ensino nas escolas. Assim também podemos levantar comentário sobre a importância de se trabalhar a produção com mais frequência, pois temos tal modalidade como primordial para o reconhecimento e desenvolvimento de várias habilidades linguísticas que o aluno necessita para um bom aprendizado.

O fato de a oralidade não ter sido diagnosticada nessa pesquisa, nos chama atenção para a grande dificuldade que o aluno enfrentará posteriormente nos próximos anos de sua carreira escolar e instigar o professor a ter a preocupação em detrimento desses dados a se trabalhar a forma oral promovendo a interação do aluno com o domínio de expressão em público.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Língua Portuguesa (1998), a língua é fundamental para se estabelecer as relações sociais, porém esta não deve se tornar apenas um meio de comunicação, a oralidade tem que ser trabalhada com a mesma ênfase que damos a maneira da escrita, tanto a oralidade quanto a escrita assumem um papel importante na sociedade, porém há dificuldades de inseri-la no sistema formal de ensino e no contexto da sala de aula.

Partindo desse pressuposto, analisamos ser de extrema importância inserir a oralidade nas atividades de português, como meio fundamental de preparar o aluno à diversas situações que o meio social lhe exigirá como requisito para uma boa comunicação em público. Os professores devem trabalhar mais em sala de aula atividades de oralidade, visto que o ensino oral é tão importante quanto a escrita dentro do contexto escolar.

1.1 Atividade de leitura

Ao analisar as atividades de leitura constatou-se que o número de leitura linear foi muito superior à leitura crítica; A primeira obtendo 38 ocorrências de atividades, enquanto a segunda apenas 13 ocorrência, conforme indica o gráfico abaixo:

 

Gráfico 2 – Diagnostico de atividades de Leitura

Esses dados são preocupantes, devido ao grande número de leitura linear, pois essa é apenas uma leitura superficial em que o leitor não se posiciona criticamente. A leitura crítica obteve um pequeno percentual, cuja modalidade que era pra ser a mais trabalhada nas aulas de língua portuguesa, pois a leitura crítica é geradora de significados, em que o leitor cria seu próprio texto com base no que foi lido, concordando ou discordando da ideia principal tendo assim uma visão bastante abrangente.

1.1   Atividade de produção textual

Sobre as atividades de produção textual, identificamos que por parte do diagnóstico que o gráfico I apresenta, ocorreu baixa a proposta de atividade sobre produção de textos, onde diagnosticou apenas 2%, equivalendo a 3 atividades. Comparando ao total com relação a outras modalidades de atividades, que totalizaram 150 atividades, podemos dizer que se constatou precário a quantidade de produção textual na série em pesquisa, visto que tal modalidade de atividade é de grande importância para desenvolver várias habilidades do aluno dentro do contexto de ensino.

              Sobre o resultado diagnosticado de atividades de produção, verificamos que tais atividades foram trabalhadas pelo professor com a finalidade de ensino de produção discursiva.

Entendemos que é complexo o processo de produção de textos. Mas inseri-los com mais frequência no percurso do ano letivo, estimula o aluno a aprendizagem e conhecimento, visando a construção de ideias relevantes para trabalhar diferentes gêneros.

Através da pesquisa, podemos destacar que o domínio sobre os principais gêneros que o aluno apresenta no final do ensino fundamental tem grande influência das séries iniciais que precocemente iniciam o trabalho de apresentação e produção de gêneros. Portanto, a escola deve objetivar adaptar através das primeiras etapas da vida escolar do aluno, assim o mesmo não enfrentará dificuldades de realizar produções textuais posteriormente. Podemos identificar ser de grande relevância o papel do professor estimular com frequência os alunos à produção.

1.2  Atividades de gramática

Na análise das atividades de gramática, diagnosticamos noventa e três, num percentual de 63% de atividades durante o ano letivo. Desse total duas categorias do ensino de gramática foram detectadas: gramatica normativa e discursiva. A primeira contabilizou oitenta atividades, enquanto a segunda apenas doze, conforme mostra o gráfico abaixo:

Gráfico III – Diagnostico das atividades de gramática

 

Entendemos ainda ser muito presente práticas de ensino da Língua Portuguesa voltadas apenas para os exercícios tradicionais de gramática normativa, que tem por finalidade prescrever as regras, normas gramaticais de uma língua e que admite apenas uma forma correta para a realização da língua falada e escrita, tratando as variações como desvios gramaticais. Foi observado baixa ocorrência da gramática discursiva, o que seria muito importante inserir com mais frequência essa categoria gramatical para a formação desses alunos, pois a mesma é trabalhada de forma mais relativa, estudando a língua como ela é, e não somente através de sua estrutura.

De acordo com a estatística de atividades gramaticais, detectamos a grande concentração de uso da gramatica normativa, onde o aluno utiliza essa categoria de ensino apenas para aprender ou “decorar regras”. Nesse sentido, o aluno apenas abstrai da atividade o conhecimento da norma padrão, não habilitando para a construção discursiva de tais elementos gramaticais dentro de um enunciado textual.

Detectamos no percurso da análise de atividades de gramaticas normativas que se faziam em apenas identificar o elemento gramatical no enunciado ou apenas substituir tais elementos por outros. Entendemos que esse método de ensino de gramática não ajuda o aluno a produzir e nem ler, pois o mesmo apenas se concentra em aprender as regras gramaticais, e não consegue fazer uso das regras para construir um discurso.

2. 6 Ocorrência de gêneros trabalhados

            A partir do procedimento da análise, encontramos a presença de atividades com o uso de diversos gêneros textuais, conforme demonstra o total de ocorrências na tabela abaixo:

Aspectos Tipológicos

Gêneros

Ocorrência

RELATAR

REPORTAGEM

11

ARGUMENTAR

HQs

2

RELATAR

POEMA

7

ARGUMENTAR

CARTUM

4

RELATAR

MEMORIAL

2

INFORMAR

BILHETE

1

            Tabela I – ocorrência de gêneros

 

            Com base nos dados apresentados na tabela I, podemos compreender a grande demanda de uso do gênero jornalístico que muito se intensificou nas modalidades de ensino da aula de português. Fica evidente que tal gênero abrange nas formas de reportagens, HQs e Cartum, conforme podemos verificar o número de ocorrências na tabela I. Assim, objetivamos elaborar nossas propostas de ações com atividades que tenha como foco o gênero reportagem, afim de suprir tais problemas averiguados durante o processo da pesquisa.

 

3 Ensino da reportagem televisiva e radiofônica

 

 

Nesta seção será trabalhado o ensino do gênero jornalístico reportagem, conceituando e contextualizando o mesmo. Tendo como objetivo fazer com que os alunos conheçam as características estruturais e funcionais do gênero reportagem.

Espera-se que no final dessa proposta de atividade os alunos tenham capacidade para identificar o gênero reportagem diante de outros tipos gêneros, e ter conhecimentos para

  • Tempo Previsto: 12 aulas
  • Conteúdos e temas: Contextualização do gênero; produção textual sobre o gênero; discussão oral sobre o gênero reportagem com questões norteadoras; estudo dos elementos linguísticos e gramaticais presente nas reportagens.
  • Competências e habilidades: conhecer as características estruturais e funcionais do gênero reportagem; Identificar a finalidade do gênero textual reportagem; ler reportagens veiculadas em jornais e revistas; produzir uma reportagem sobre fatos acontecidos na escola; fazer a apresentação da reportagem feita individualmente pelos alunos.
  • Estratégias: Promover discussão aberta sobre a reportagem; apresentar questões norteadoras sobre o gênero em estudo; propor pesquisas relacionadas ao gênero reportagem.
  • Recursos: Reportagens impressas, televisivas, radiofônicas; site de pesquisa que fale sobreo gênero em estudo. 


produzir uma reportagem.

 

 

 

 O gênero reportagem dividido estruturalmente em três partes: manchete, lead e corpo.

O título em poucas palavras anuncia a informação principal do texto. Geralmente são utilizados verbos no presente do indicativo por causarem um maior impacto no leitor.

 O lead ou chamada da reportagem tem como objetivo resumir o assunto tratado no texto.

O corpo da reportagem desenvolve e aprofunda o assunto abordado. Tem linguagem clara, dinâmica e objetiva de acordo com a norma culta da língua. Vejamos um modelo de reportagem:

A reportagem é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação por meio da televisão, rádio, revista. O objetivo da reportagem é levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente. Na reportagem, o repórter vai a fundo no tema, faz investigações, tece comentários, levanta questões, discute e argumenta. Atualmente, com o desenvolvimento da tecnologia, os repórteres têm mais recursos visuais e gráficos disponíveis, o que chama atenção para a notícia.

 

 

 

 

 

 

 

Reportagem impressa

 

 

 

                

 

 

Reportagem radiofônica

Reportagem Televisiva

 

 

 

             

 

A reportagem é um conteúdo jornalístico, escrito ou falado, baseado no testemunho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e, numa perspectiva atual, em histórias vividas por pessoas, relacionadas com o seu contexto. A reportagem televisiva, testemunho de ações espontâneas, relata histórias em palavras, imagens e sons. O repórter pode valer-se também de fontes secundárias (documentos, livrosalmanaques, relatórios, recenseamentos, etc.) ou servir-se de material enviado por órgãos especializados em transformar fatos em notícias (como as agências de notícias e as assessorias de imprensa).Na reportagem é concedido ao autor a possibilidade do mesmo expressar sua opinião criticamente, e que pode conter opiniões de terceiros.

Leia mais

https://pt.wikipedia.org/wiki/Reportagem

 



 

 

O estilo de um texto refere-se a linguagem empregada, ao conjunto de recursos léxicos gramaticalmente utilizados na produção de um texto.

A relação entre os interlocutores dos discursos, o grau de proximidade ou distanciamento entre os mesmos são fatores que determinam o tipo de linguagem a ser usada, formal ou informal.

 

A reportagem apresenta elementos que não são próprios do gênero notícia, entre eles o levantamento de dados, entrevistas com testemunhas e/ou especialistas e uma análise detalhada dos fatos. Embora preze pela objetividade, característica importante dos gêneros jornalísticos, a reportagem invariavelmente apresenta um retrato do assunto a partir de um ângulo pessoal, por isso, ao contrário da notícia, ela é assinada pelo repórter. Nesse gênero é comum encontrar também o recurso da polifonia, pois nele existem outras vozes que não a do repórter, por isso o equilíbrio entre os discursos direto e indireto. A finalidade maior da polifonia é permitir que o repórter aborde o tema de maneira global e, dessa maneira, isente-se da apresentação dos fatos.

 

 

 
 

 

 

A)                 Encontre uma história envolvente. Leia as notícias e converse com as pessoas para descobrir histórias interessantes. Pense sobre os fenômenos que estão ocorrendo e como você pode falar sobre eles de um jeito inovador.

B)                 Pesquise o assunto. Encontrar informações mais profundas pode ajudá-lo a descobrir um ângulo e identificar indivíduos para entrevistar. A pesquisa on-line é válida, mas não o leva muito longe. Talvez você precise consultar livros para ter certeza de que domina todas as questões relacionadas a um assunto. Um artigo histórico pode requerer uma visita a um arquivo.

C)            Decida o tipo de matéria especial que deseja escrever. Há inúmeras formas de escrever uma matéria especial, tudo depende do foco. Algumas possibilidades incluem:

  •    Interesse humano: Concentra-se no impacto que uma questão tem sobre as pessoas. Costuma se concentrar em uma pessoa ou grupo.
  •    Perfil: Concentra-se no caráter ou no estilo de vida de um indivíduo específico. Seu objetivo é ajudar o leitor a se sentir como se abrisse uma janela para a vida de alguém. Essas matérias geralmente se debruçam sobre celebridades ou outras figuras públicas.
  •  Instrucional: Ensina o leitor a fazer algo. O escritor costuma escrever sobre seu próprio processo para aprender uma tarefa, por exemplo, como fazer um bolo de casamento.
  •  Histórica: Homenagear eventos históricos ou evoluções é bastante comum. Também são úteis ao justapor passado e presente, o que ajuda a situar o leitor na história.
  •  Sazonal: Perfeita para ser escrita em uma certa época do ano, como no início das férias de verão ou em feriados de inverno.
  •  Bastidores: Oferece ao leitor uma visão sobre um processo, uma questão ou um evento incomum. Pode apresentar algo que não costuma ser aberto ao público.

D)      Considere o público que você gostaria de atingir. Ao pensar em ideias sobre histórias, pense sobre quem lerá essas histórias. Faça a si mesmo perguntas como: Quem serão meus leitores? e Que tipos de ângulos atraem esses leitores? Por exemplo, você pode escrever um perfil sobre um chef confeiteiro, mas escreverá matérias diferentes se os leitores forem aspirantes a chefs ou se forem assessores de casamentos procurando um bolo de casamento.

E)      Considere o tipo de publicação para a qual você está escrevendo. Se estiver escrevendo para uma revista ou um blog com um assunto muito específico, como jardinagem, você precisará adaptar a matéria para refletir esse interesse de alguma maneira. Um jornal, por outro lado, é dirigido a um público mais geral e pode ser mais aberto a um conteúdo variado.

 



 



 

 

A)      Marque uma entrevista em horário e local convenientes para o entrevistado. Peça ao entrevistado para determinar o melhor horário e local para o encontro. Se ele deixar você escolher, solicite um local sossegado no qual vocês estarão em relativa tranquilidade durante a entrevista.

  • Marque uma entrevista de 30 a 45 minutos com a pessoa. Respeite o horário da pessoa e não ocupe o dia inteiro dela. Confirme a data e o horário com alguns dias de antecedência para ter certeza de que o entrevistado ainda estará disponível naquele horário.
  • Se o entrevistado precisar remarcar, seja flexível. Lembre-se de que ele está sendo generoso com o próprio tempo e permitindo que você converse com ele, portanto também seja gentil com as respostas. Nunca faça um entrevistado se sentir culpado sobre a necessidade de remarcar.
  • Se você deseja observá-lo executando uma tarefa, pergunte se ele pode levá-lo ao local de trabalho dele. Perguntar se o entrevistado dará uma breve aula sobre o que faz também pode ser ótimo, pois assim você adquire algum conhecimento prático para usar ao escrever.

B)      Prepare-se para a entrevista. Pesquise com antecedência para ter certeza de que está fazendo as perguntas mais pertinentes. Faça uma longa lista de perguntas para manter o fluxo da conversa. Informe-se sobre a história e a experiência do entrevistado, bem como sobre seus pontos de vista a respeito do assunto do qual a entrevista tratará.

C)      Forneça uma lista de perguntas ao entrevistado com antecedência. O direcionamento da entrevista não deve ser surpresa para o entrevistado. Fornecer as perguntas antes da entrevista ajuda o entrevistado a refletir mais sobre as respostas.

D)      Chegue cedo para a entrevista. O tempo do entrevistado é precioso, por isso não desperdice o encontro chegando atrasado. Chegue ao local da entrevista cedo. Monte o equipamento de gravação de áudio e teste-o. Verifique se você possui canetas e papel extra.

E)      Grave o áudio da entrevista. Use um gravador de áudio para a entrevista, mas também tome notas durante todo o processo. Sempre existe a possibilidade de ficar sem pilhas ou memória do gravador.

  • Pergunte ao entrevistado se você pode gravar o áudio da entrevista. Se você planeja usar o áudio para algum propósito diferente de escrever o artigo, explique a ele e peça autorização.
  • Não pressione o entrevistado se ele recusar a gravação do áudio.

F)      Confirme os detalhes sobre o entrevistado. Não escreva uma matéria extensa sobre uma pessoa só para descobrir que escreveu o nome dela errado. Verifique a ortografia do nome da pessoa, bem como outros detalhes importantes para a história.

G)     Faça perguntas abertas. As perguntas que dependem de sim ou não fornecem poucas informações. Em vez delas, faça perguntas que comecem por “como” ou “por quê”. Esses tipos de perguntas oferecem ao entrevistado a oportunidade de contar uma história, relatar detalhes ou dar uma opinião.

  • Outra boa opção é fazer perguntas que comecem com: Conte-me sobre o tempo em que.... Assim o entrevistado pode contar a história que importa para ele e produzir ricas informações para o artigo.

H)     Escute com atenção. Ouvir é um componente essencial de uma boa entrevista. Não faça muitas observações, mas reaja ao que o entrevistado está dizendo sorrindo ou acenando com a cabeça. As pessoas tendem a continuar falando quando o público é receptivo.

 



I)        Prossiga com as perguntas. Parte de ser um bom entrevistador é determinar quando uma pessoa terminou de falar sobre um assunto em particular e quando é útil aprofundar o debate. Você também pode usar perguntas para conectar ideias.

J)       Tome notas logo após a entrevista. Faça observações e tome notas logo que terminar a entrevista quando as informações estiverem frescas na sua memória. Essas notas podem incluir observações sobre o local, a aparência da pessoa, o que ela estava fazendo ou o que estava carregando consigo.

K)     Transcreva a entrevista. Transcrever ou digitar a entrevista pode ser uma tarefa tediosa. Mas é uma tarefa indispensável para fazer citações corretas e pode ser muito útil ler o que o entrevistado disse. Execute essa tarefa ou pague alguém para executá-la para você.

L)      Envie uma mensagem de agradecimento ao entrevistado. Agradeça pelo tempo e dê uma ideia de quando esperar a publicação da reportagem. Essa também é uma oportunidade de fazer perguntas se você achar que precisa de mais informações.

 



 

A)      Escolha um formato para a matéria. As matérias especiais não seguem uma fórmula especial como as matérias comuns. Você não precisa seguir o estilo de escrita da “pirâmide invertida” que contém as respostas para “quem, o quê, onde, quando e por quê” da notícia. Em vez disso, escolha uma maneira mais inventiva de escrever uma história. Alguns formatos possíveis incluem:

  • Comece descrevendo um momento dramático e revele a história que levou àquele momento.
  • Use um formato de história dentro da história, que depende de um narrador para contar a história de outra pessoa.
  • Comece a história com um momento comum e conte como ela se tornou extraordinária.

B)      Decida o tamanho aproximado da matéria. As matérias especiais de jornais têm entre 500 e 2.500 palavras, enquanto os especiais de revistas variam entre 500 e 5.000 palavras. As matérias especiais de blogs incluem de 250 a 2.500 palavras.

  • Pergunte ao professor qual deve ser o tamanho da matéria.

C)      Faça um esboço da matéria. Comece a montar a matéria revisando as notas, selecionando citações e rascunhando uma estrutura para o artigo da reportagem. Comece com uma apresentação e decida como deseja desenvolver a matéria. Quais informações você deseja revelar primeiro? À medida que se aproxima da conclusão, pense no tema geral ou na última impressão que você deseja transmitir ao leitor.

  • Considere o que deve incluir na história e o que pode cortar. Se você está escrevendo uma matéria de 500 palavras, por exemplo, é provável que precise ser muito seletivo sobre o que incluir, enquanto o espaço é muito maior em uma matéria de 2.500 palavras.

 



 

A)        Escreva um gancho para começar a história. O primeiro parágrafo é a sua oportunidade de prender a atenção do leitor e envolvê-lo na história. Se o parágrafo de abertura for seco ou difícil de seguir, você perderá o leitor e ele não continuará a ler o restante da história.

  • Comece com um fato interessante, uma citação ou uma anedota como gancho.
  • O parágrafo de abertura deve ter de 2 a 3 frases.

B)        Expanda o lide no segundo parágrafo. Embora o lide possa atrair as pessoas, o segundo parágrafo (e os parágrafos subsequentes) precisam começar a explicar o motivo para a história. Por que estamos lendo esta história? O que é importante a respeito dela?

C)        Siga seu esboço. Você rascunhou a matéria em forma de esboço, o que pode ajudá-lo a construir uma boa matéria especial. O esboço também pode ajudá-lo a se lembrar de como os detalhes se relacionam uns aos outros e como as citações baseiam certas afirmações que você está fazendo.

  • Mas seja flexível. Às vezes, quando você escreve, o fluxo faz sentido de uma forma diferente do esboço. Esteja pronto para alterar o direcionamento da matéria se ela parecer melhor de outra maneira.

D)        Mostre, não conte. Ao escrever uma matéria especial, você tem a oportunidade de descrever pessoas e cenas para o leitor. Descreva uma cena ou uma pessoa de forma que o leitor possa imaginá-la com clareza.

E)        Não use muitas citações. Embora possa ser tentador incluir as próprias palavras do entrevistador na história, não dependa muito das citações. Caso contrário, a matéria pode se parecer mais com uma entrevista direta. Escreva o contexto da citação, construa a história e ajude o leitor a interpretar o que o entrevistador está dizendo.

F)        Escolha a linguagem adequada aos seus leitores. Considere o público alvo para o qual você está escrevendo e escreva para o nível de interesse dele. Não suponha que o público esteja familiarizado com o que você está falando, portanto talvez seja preciso explicar certas coisas. Estenda acrônimos e explique jargões ou gírias. Escreva em um estilo descontraído, em vez de em estilo formal e acadêmico.

G)       Mantenha a sua opinião fora da matéria. Uma matéria especial transmite informações e detalhes sobre uma pessoa ou um fenômeno. Ela não é uma oportunidade para você dar sua opinião sobre um assunto. Sua personalidade é transmitida pelo estilo de escrita.

H)       Revise a matéria. Ao terminar de escrever, deixe o arquivo de lado por um dia para tomar distância dele. Retorne a ele quando estiver descansado e leia-o inteiro. Pense em maneiras de tornar descrições mais precisas, esclarecer pontos e tornar explicações mais diretas. Quais áreas você precisa cortar? Quais áreas precisam de informações adicionais?

 



 

Lide (lead): É o primeiro parágrafo do texto jornalístico, contendo as respostas às seis perguntas consideradas básicas: o que, quem, quando, onde, como e por quê?
Parte da idéia da pirâmide invertida, ou seja, os fatos seriam relatados em ordem decrescente de importância.

 

 
 

 

Neste passo o professor poderá trabalhar os seguintes conteúdos:

A) Léxico: sinonímia, antonímia, ambiguidade, polissemia; 

B)  Ortografia.

C)  Pontuação e seus efeitos expressivos;

D)  Estrutura e processos de formação de palavras;

E)  Sintaxe do período composto (coordenação e subordinação);

F)  Relações de concordância verbal e nominal entre os termos da oração;

G)  Regência de nomes e verbos e suas implicações de sentido;

H)  Colocação pronominal;

I)   Os elementos estruturadores do texto argumentativo;

J)   Os elementos da textualidade;

K)  Coerência e coesão.

 


Leia mais em: 

 

A) Verifique a exatidão mais de uma vez. A última coisa que você deseja é escrever um artigo que não tenha informações e detalhes precisos. Verifique de novo a ortografia dos nomes, a ordem dos eventos e outros detalhes pertinentes.

B) Deixe o entrevistado ler a matéria. Nem todos os jornalistas tomam essa iniciativa e, de fato, alguns podem argumentar que isso pode prejudicar a qualidade jornalística do texto. Mas muitos entrevistados desejam ver a matéria antes de publicada para terem certeza de que são representados de forma adequada e justa.

  • Você pode optar por incorporar ou não sugestões.

C) Corrija a ortografia e a gramática. Não prejudique a matéria com ortografia ou gramática incorreta. Consulte obras sobre o estilo de escrita jornalística para conhecer o uso adequado da gramática.

  • Consulte obras sobre estilos jornalísticos para descobrir como formatar números, datas, endereços etc.

D) Solicite comentários sobre o artigo. Peça a um colega de turma para ler a matéria. Este também poderá ajuda-lo a tecer comentários. Esteja aberto a esses comentários e não os leve para o plano pessoal. As pessoas desejam que você escreva um texto bom e sólido e vão dar conselhos sobre como alterar, esclarecer ou expandir o que você já escreveu para construir a melhor matéria possível.

E) Escreva um título. Às vezes a publicação escreve o título, mas, se você deseja que a entrada inicial da matéria reflita o conteúdo, escreva um título com esse intuito. O título é breve e direto, com, no máximo, 10 a 15 palavras, se tanto. Um título deve se voltar para a ação e deve transmitir a importância da história. Ele deve captar o leitor e atraí-lo para a matéria.

  • Se você deseja transmitir um pouco mais de informações, escreva um subtítulo, que é uma frase secundária complementando o título.

F) Entregue a matéria dentro do prazo. Entregue a matéria impressa ao professor com antecedência em relação a data marcada para a publicação. Para que ele possa identificar possíveis erros, e devolver para o aluno fazer as devidas correções, e após corrigido executar a fixação das referidas reportagens no mural da escola.

G) Da reportagem impressa à televisiva: Após ser publicada no mural da escola a referida reportagem, cada aluno deverá transformar sua matéria impressa para o gênero televiso, fazendo a gravação de um vídeo em que ele será o reporte. E quando todos os vídeos forem entregues ao professor, ele se encarregará de fazer a junção e edição de todas as matérias para ser apresentado no auditório da escola como um telejornal.  

Fontes e citações

 

 

 

 

  1. A lente da câmera não é espelho, portanto não fique olhando diretamente na lente, se estiver sendo entrevistado por um jornalista. É pra ele que você tem que olhar, em respeito e consideração à oportunidade de estar sendo ouvido. Exceção para horário político: durante a gravação você deve olhar diretamente à câmera, como se estivesse olhando nos olhos do eleitor.
  2. Se o microfone for direcional, não pegue no equipamento de jeito nenhum. O repórter tem que ficar autônomo para movimentar o microfone a qualquer momento. É o jornalista que vai dirigi-lo a você. Se o microfone for o de lapela, um técnico vai instalá-lo na gola da sua camisa ou paletó. Cuide para não bater as mãos no microfone, nem tossir em direção a ele.
  3. E por falar em movimentos, cuidado com gestos exagerados. Segurar as mãos para trás não é uma boa pedida, porque pode restringir sua liberdade. O melhor é dosar a movimentação das mãos e da cabeça, sem afetação. O corpo nunca se mexe. Quando estiver em pé, abra um pouco as pernas e mantenhas em paralelo para facilitar o equilíbrio. Se estiver sentado, capriche na postura.
  4. É a linguagem não-verbal, que também poderá ser notada, se você não prestar atenção nesse tipo de manifestação, ou seja, regule gestos, caretas, movimentos com a sobrancelha e, principalmente, com a cabeça.
  5. É fundamental apresentar visual limpo e asseado na hora da entrevista. Roupa amassada ou com manchas de suor devem ser trocadas. Para as mulheres, não à transparência ou decotes sensuais que comprometem a credibilidade e tiram a atenção do telespectador. Os cabelos devem ter bom corte e estar penteados.
  6. Para não sobrar tecido do blazer nos ombros, estique a peça nas costas e sente-se na sobre do tecido. Assim você prende a roupa e fica na estica!
  7. As cores também têm que ser estudadas. Se o fundo do estúdio é azul royal, não apareça com uma camisa ou terno da mesma cor: corre o risco de ficar transparente. Tecidos listrados, quadriculados ou com estampas grandes provocam o efeito de ‘batimento’ que ‘borra’ a imagem no vídeo. Portanto prefira as cores lisas e tecidos sem brilho.
  8. É no uso do vocabulário que o porta-voz tem que fazer bonito. Nada de reduzir palavras no final, engolir ‘ésses’ ou errar a concordância verbal. Independente do seu cargo ou ocupação, o português tem que ser falado corretamente.
  9. O tom de voz é o termômetro para o seu humor. Se falar forte, com raiva, vai parecer que está bravo. Se falar muito macio (para as mulheres), pode mostrar sensualidade fora de hora. Encontre o tom de voz que passa firmeza e credibilidade, com simpatia. Se for necessário demonstrar alegria, sorria e fale: vai apresentar uma voz simpática e feliz.
  10. Para os homens, a maquiagem é necessária quando o local da gravação é o estúdio. Para as mulheres, se houver o costume a maquiagem cai bem, mas não se deve usar o artifício com exagero para parecer que foi feita uma produção para a entrevista.

Saiba mais

http://www.treinamentodemidia.com.br/

 

 

A avaliação será do tipo formativa e pois os alunos terão todo um acompanhamento do professor ao longo das atividades. Essa modalidade de avaliação, além de fornecer dados sobre o progresso da aprendizagem do aluno, contribui significativamente para o professor adequar seus procedimentos de ensino às necessidades da classe. De um jeito ou de outro, ela cumpre a finalidade de aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.

Fonte:

http://www.infoescola.com/educacao/avaliacao-formativa/

 

 

 

 

 

 

 

4 Considerações finais

Diante de todo resultado do estudo sobre o ensino de língua portuguesa em sala de aula exposto neste trabalho, chegamos a uma real definição sobre as modalidades didáticas que norteiam a aula de português na escola. A partir dos diagnósticos obtidos sobre as atividades trabalhadas por cada categoria, e a presença das diversas opções de gêneros em que são usados para melhor ensinar cada modalidade didática, destacaram uma grande ocorrência do gênero reportagem nas atividades de leitura e gramática. Assim, entendemos ser de grande importância a necessidade de trabalhar o gênero reportagem nas escolas, afim de não só fazer uso do gênero para tais formas de ensino, conforme destacadas acima, mas também de valorizar o ensino da oralidade e produção que constatou de baixa ocorrência.

Portanto, é fundamental que os educadores repensem suas práticas pedagógicas, realizando elaboração de atividades além do que o livro didático oferece como suporte, pois detectamos durante a pesquisa que o professor se prende muito no conteúdo do livro. Evidenciamos durante a pesquisa carência de atividades de oralidade, constatamos então que o problema é verificado na programação de atividades que o livro didático oferece ao professor.

É esperado que este trabalho contribua, de alguma forma, para estimular profissionais de língua portuguesa a rever a forma quantitativa e qualitativa de cada categoria, e adotar os gêneros orais com mais frequência em sala de aula, com o objetivo de propor novos métodos de ensino de diferentes gêneros, e assim colaborar numa nova perspectiva de ensino de língua portuguesa.

Referências

ANTUNES, Irandé. Muito Além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. Ed. Parábola, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental – Língua Estrangeira. Brasília: Ministério

da Educação e Desportos, 1998.

FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto. Por uma Teoria Linguística que Fundamente o Ensino da Língua Materna. Educar em revista. Curitiba, V. 15, 2000, p. 179.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, EPU, 1986.

MILANEZ, V. Pedagogia do oral: condições e perspectivas para sua aplicação no português. Campinas, SP: Sama, 1993.

MINAYO, Maria Cecilia de Souza, SANCHES Odécio. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou complementaridade? In: Caderno de Saúde Pública da Escola Nacional da Saúde Pública da Fiocruz. Rio de Janeiro: Fiocruz, jul/set 1993.

RAMOS, Paulo; RAMOS, Magda Maria; BUSNELLO, Saul José. Manual prático de metodologia da pesquisa: artigo, resenha, projeto, TCC, monografia, dissertação e tese.


SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 15 ed. São Paulo, Ática, 1997.

SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 13.ed. São Paulo: Ática, 1995.

                                                                                                                                                                                            

 



[1]  Trabalho elaborado como requisito parcial para a obtenção de conceito na disciplina Ensino e aprendizagem de Português II.

[2] Acadêmicos do curso de licenciatura em Letras Habilitação em Língua Portuguesa do ano de 2012 da Universidade Federal do Pará – UFPA. E-mail’s: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].