UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
CURSO DE FARMÁCIA

RODRIGO ANTONIO DOS REIS


ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NOS PROBLEMAS RELACIONADOS AOS MEDICAMENTOS PARA OBESIDADE


MOGI DAS CRUZES
2011


1. INTRODUÇÃO

Desde 1960 o profissional farmacêutico passou a desempenhar um papel importante para a terapia farmacológica junto ao paciente, nascia então à chamada farmácia clínica, que propôs empregar os serviços farmacêuticos diretamente ao paciente, conscientizando que esses serviços não seriam somente de dispensar e orientar o paciente, mas sim de propor possíveis intervenções farmacoterapêuticas, visando melhorias na qualidade de vida dos pacientes (LIMA DA SILVA, 2005).
Em 1990, com o surgimento do conceito de atenção farmacêutica, o farmacêutico passou a estabelecer um contato direto com o paciente, no intuito de avaliar, identificar, ou até mesmo prevenir possíveis problemas que possam ocorrer durante o tratamento farmacológico, estas ações incluem o profissional farmacêutico na equipe de profissionais de saúde (LIMA DA SILVA, 2005).
A utilização de medicamentos é a forma mais comum para tratamento terapêutico em nossa sociedade, porém a demora no atendimento nos hospitais e a baixa renda da população são alguns dos fatores que favorecem a automedicação (MARTINHÃO, 2005).
A automedicação ocorre quando os sintomas da doença parecem ser de baixa gravidade e o paciente acredita que tomando determinado medicamento lhe trará alívio desses sintomas, mas isso pode lhe causar diversos problemas como efeitos indesejáveis, mascarar doenças, intoxicações, entre outros (MARTINÃO, 2005).
Por isso o profissional farmacêutico deve promover o uso racional de medicamentos, somando esforços com outros profissionais da área da saúde e cumprir o seu papel perante a sociedade (HEPLER; STRAND, 1990).
Segundo Lima da Silva (2005), o uso indiscriminado de medicamentos pode apresentar situações adversas que são classificadas como problemas relacionados com medicamentos, esta classificação pode direcionar o profissional farmacêutico na identificação, resolução e prevenção desses possíveis problemas, a definição dos problemas relacionados com medicamentos inclui no seu contexto qualquer resultado negativo que tenha relação com o tratamento medicamentoso, esses problemas são apresentados da seguinte maneira:
● Indicação sem tratamento: o paciente não faz uso do medicamento que necessita.
●Seleção inadequada do medicamento: o paciente faz uso de um medicamento que não necessita.
●Dosagem subterapêutica: o paciente faz uso do medicamento correto, mas em dose menor do que a necessária.
●Sobre dosagem: o paciente recebe uma dose muito acima da que necessita causando intoxicação.
●Reações adversas a medicamentos: o paciente apresenta reação adversa a certo medicamento.
●Interação medicamentosa: o paciente apresenta um problema em relação à interação droga-droga, droga-alimento ou droga-exame laboratório.
●Medicamento sem indicação: o paciente faz uso de um medicamento que não é apropriado para sua patologia.
Um dos problemas de saúde que podemos identificar relacionados a medicamentos é a obesidade, que tem se tornado um grande problema de saúde em nosso país. A definição para obesidade é descrita quando o organismo da pessoa ultrapassa os limites normais de acumulo de gordura prejudicando assim sua saúde (VASQUES et al., 2004).
Outra definição para obesidade é o índice de massa corpórea (IMC), que pode ser obtido através da divisão da massa corpórea (quilogramas kg), pelo quadrado da estatura (metros ao quadrado m²). São considerados acima do peso pessoas que obterem IMC entre 25,0kg/m² e 29,9kg/m², serão classificadas como obesos pessoas com IMC igual ou superior a 30,0kg/m², classificando como obesidade moderada entre 30,0kg/m² e 34,9kg/m², obesidade severa entre 35,0kg/m² a 39,9kg/m² e muito severa acima de 40,0kg/m² (MANCINI, 2001).
Ainda não se conhece todos os fatores que levam á obesidade, porém sabe-se que alguns fatores podem favorecer o aparecimento desse problema, como: dieta inadequada, o uso de certos medicamentos, alterações neuroendócrinas, sedentarismo, entre outros. A obesidade esta intimamente ligada a um aumento na incidência de alterações cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes e outras doenças, sendo assim a obesidade é considerada uma das mais importantes doenças nutricionais do mundo. O controle da obesidade pode ser feito através da intervenção medicamentosa, intervenção não-medicamentosa, intervenção cirúrgica (WANNMACHER, 2004).
Dentro do contexto da intervenção medicamentosa encontram-se a classe dos medicamentos mais utilizados para controle da obesidade que podem ser divididos em três grupos: medicamentos que alteram a absorção de nutrientes, medicamentos termogênicos e os medicamentos anorexígenos de ação central (MANCINI; HALPERN, 2002).
Os fármacos que alteram a absorção de nutrientes atuam diminuindo a absorção de gordura por inibirem as enzimas lípases. Os medicamentos termogênicos atuam aumentando a lipólise e estimulando os receptores adrenérgicos, causando assim perda de peso. Os anorexígenos inibem a recaptação da serotonina e noradrenalina, o paciente começa a apresentar falta de apetite, o que o leva a redução de peso (MANCINI, 2000).
Entre os anorexígenos mais utilizados estão à classe Anfepramona, Femproporex, o Mazindol e a Sibutramina (CLAUDINO; ZANELLA, 2005).
Os anorexígenos podem apresentar vários efeitos adversos por serem estimulantes do sistema nervoso central, podem causar aumento da pressão arterial, palpitações, distúrbios do sono, dependência química entre outros. Seu uso esta indicado para pessoas que apresentam índice de massa corpórea superior a 30,0kg/m², isso quando outros tratamentos foram ineficazes (FERNANDES et al., 2009).
Por isso o paciente obeso deve ter acompanhamento dos profissionais da área da saúde para a escolha do tratamento farmacológico apropriado avaliando o risco ? beneficio (MANCINI; HALPERN, 2002).

2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica através de livros, revistas, artigos científicos visando evidenciar a importância do profissional farmacêutico no acompanhamento de pacientes que fazem uso de medicamentos para tratamento da obesidade.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Atenção Farmacêutica

A profissão farmacêutica passou por diversas mudanças ao decorrer do tempo, o farmacêutico passou pelas atividades de manipulação, fabricação, distribuição, atividades clínicas e finalmente a atenção farmacêutica. Após o conceito da farmácia clínica, foi revisto a atuação do profissional farmacêutico junto ao paciente, devido á farmácia clínica estar voltada para o ambiente hospitalar e principalmente na analise do tratamento farmacoterapêutico do paciente, de forma que o farmacêutico se aproximava apenas da equipe de saúde. Sendo assim, visando ampliar a atuação do farmacêutico no que diz respeito a tratamentos envolvendo o uso de medicamentos e principalmente focando o paciente, foi proposto o conceito de atenção farmacêutica (FREITAS; LEIRA PEREIRA, 2008).
A atenção farmacêutica visa promover um tratamento farmacoterapêutico responsável, na procura de resultados favoráveis a saúde do paciente, o farmacêutico estabelece uma relação direta ao paciente visando promover o uso racional de medicamentos, ou seja, é uma pratica profissional onde o paciente é beneficiado pelos serviços farmacêuticos. A atenção farmacêutica requer que o farmacêutico seja um generalista e que o exercício desta profissão busque a concepção clinica dentro do seu campo de atuação, além da integração direta ao paciente (PERETTA; CICCIA, 2008).
Segundo Cipolle (2008), a atenção farmacêutica engloba um processo de assistência ao paciente, e dentro deste conceito estão envolvidas três etapas: a) verificação da necessidade do paciente em relação ao tratamento medicamentoso, b) estabelecer um plano de tratamento, onde se deve observar o objetivo desse tratamento e as possíveis intervenções, c) avaliação deste plano de tratamento visando identificar os resultados reais no paciente.
Tudo isso, por que é preocupante a forma com que a sociedade vem consumindo medicamentos, o consumo tem aumentado significativamente e preocupa no sentido de que possa haver uso irracional, aumentando os problemas relacionados a medicamentos. Estudos mostram que nos EUA as reações adversas a medicamentos estão entre a quarta e a sexta causa de morte em hospitais (SULPINO, 2007).
Em vista disso, o profissional farmacêutico deve direcionar a atenção ao paciente para que o medicamento seja visto como um meio de se alcançar resultados positivos, sejam eles, paliativos, curativos ou preventivos, de forma segura, minimizando riscos (SULPINO, 2007).
Segundo Hepler; Strand (1990) a atenção farmacêutica pode ajudar a identificar os problemas relacionados a medicamentos que diminuem a qualidade de vida do paciente, pois o conceito de atenção farmacêutica proposto por eles diz que: atenção farmacêutica é uma medida responsável para um tratamento medicamentoso proposto, para conseguir resultados favoráveis a melhoria da qualidade de vida do paciente.

3.2 Papel do farmacêutico no uso racional de medicamentos

Dentro do conceito da prática da atenção farmacêutica, onde a preocupação principal é o bem estar do paciente, o profissional farmacêutico desenvolve um importante papel para promoção da saúde da comunidade. Segundo os autores James e Rovers (2005), existem quatro categorias de ações que podem ser desenvolvidas pelo farmacêutico para melhorar o estado de saúde do paciente, seriam eles:
● Educação e acompanhamento do paciente.
● Avaliação dos fatores de risco.
● Prevenção da saúde.
● Vigilância das doenças.
Estas medidas estão alinhadas aos tópicos relacionados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e podem ser úteis para promoção da saúde e o uso racional de medicamentos. O farmacêutico deve conscientizar e orientar a comunidade para que a mesma saiba como proceder em relação ao uso de medicamentos e que conheça as doenças mais prevalentes em seu meio, também maneiras de preveni-las ou diminuir as suas complicações (SULPINO, 2007).

3.3 Automedicação

Segundo Martinhão (2005) automedicação pode ser considerada um fator complementar ao sistema de saúde, em particular nos países pobres a Organização Mundial da Saúde publicou diretrizes para os medicamentos isentos de prescrição médica, porém a automedicação inadequada pode causar conseqüências graves como: mascarar doenças, causar enfermidades iatrogênicas, efeitos indesejáveis, intoxicações, entre outros. Os riscos da automedicação estão relacionados com o grau de instrução e informação do usuário sobre o medicamento, bem como a facilidade com que os consumidores os adquirem e principalmente o não cumprimento da obrigatoriedade da apresentação da receita para os medicamentos tarjados
Esses riscos podem ser classificados como:
● Distúrbio diagnosticado incorretamente.
● Reconhecimento demorado do distúrbio e possível agravamento.
● Escolha da terapia inadequada.
● Administração inadequada do medicamento.
● Dosagem inadequada ou excessiva.
● Uso curto ou prolongado.
● Risco de dependência.
● Possíveis interações com outros medicamentos.
A automedicação inadequada é um perigo e pode levar o individuo á óbito, por isso as autoridades sanitárias devem propor campanhas para conscientização da população e contar com o profissional farmacêutico na promoção do uso racional de medicamentos (MARTINHÃO, 2005).





3.4 Problemas relacionados aos medicamentos

Os problemas relacionados a medicamentos (PRMs) são problemas relacionados á farmacoterapia e podem interferir nos resultados terapêuticos e no bem estar do paciente. Os problemas relacionados a medicamentos são definidos como resultados clínicos negativos da farmacoterapia e podem aparecer com maior freqüência com a automedicação inadequada, já que o consumo de medicamento sem prescrição médica tem se tornado uma prática muito comum em nossa sociedade. A identificação dos PRMs segue os princípios de necessidade, efetividade, e segurança de acordo com a farmacoterapia. O Consenso de Granada definiu o PRM como qualquer evento indesejável apresentado pelo paciente, que esteja ou suspeite estar relacionado à farmacoterapia e que interfira de modo real ou potencial em um tratamento terapêutico eficaz, onde o PRM real é aquele que se manifesta, e o potencial é aquele que existe a possibilidade de ocorrer (JANEBRO et al ., 2008).


3.5 Obesidade

A obesidade é considerada atualmente não só um problema de saúde pública, mas também como um problema de estética. A obesidade pode gerar uma serie de outras doenças associadas que podem levar a doenças cardiovasculares como: infartos, derrame cerebral, doenças metabólicas (diabetes), doenças ortopédicas (artrose), entre outras. Vários estudos vêm sendo Feito no mundo para identificação das causas que levam a obesidade, entre essas causas estão: o consumo excessivo de proteínas e carboidratos, refeições rápidas e desequilibradas, alimentos com auto teor de gordura, vida sedentária, etc. (BORSATO et al., 2008).
A obesidade apresentado como uma doença crônica é caracterizada pelo acumulo excessivo de gordura no tecido adiposo com causas multifatoriais (BERGEROT, 2008).


3.5.1 Causas da obesidade


A obesidade esta relacionada a diversas interações entre o ambiente sócio econômico, cultural e o conteúdo genético, por exemplo, filhos com ambos os pais obesos correm grandes possibilidades de apresentar obesidade (BORSATO et al.,2008).
Estudos sobre a obesidade ajudam a identificar mecanismos pelos quais se adquire peso, demonstrando que a obesidade pode ser atribuída a diversos fatores distintos. Outros estudos sugerem que os genes contribuem em 25-40℅ para obesidade, eles podem modificar os gastos energéticos do organismo, podem alterar o apetite, ou a forma do processamento dos nutrientes pelo organismo. Os hábitos alimentares também podem contribuir para obesidade, as pessoas que ingerem alimentos como açúcar e gordura, que em excesso fornecem energia adicional ao organismo, devem praticar exercícios físicos suficientes para queimar esta energia, caso isso não ocorra à gordura ingerida poderá ser armazenada em forma de gordura corporal, ou seja, se a dieta fornecer mais energia do que a que o organismo necessita pode levar também a obesidade, dessa maneira correm risco de desenvolver obesidade pessoas com maus hábitos alimentares, pessoas que não fazem exercícios físicos, pessoas com histórico familiar, entre outras (BORSATO et a., 2008).


3.5.2 Epidemiologia da obesidade


A obesidade já é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública e vem aumentando sua prevalência em taxas alarmantes no mundo todo, a ponto de ser considerada como uma epidemia global. Na Europa e nos Estados Unidos a prevalência da obesidade aumentou consideravelmente (OMS, 2004).
No Brasil não é diferente, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) em conjunto com o Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 38,8 milhões de pessoas acima do peso isso equivale a 40,6℅ da população adulta (CARNEIRO et al.,2008).


3.5.3 Fisiopatologias da obesidade


A fisiopatologia da obesidade é atribuída basicamente ao ganho calórico maior que o gasto calórico necessário, ou seja, a obesidade é conseqüentemente um desequilíbrio energético, onde a ingestão de alimentos calóricos (a ingestão de energia) excede o gasto de energia durante um determinado período, levando a um ganho de peso, sendo assim uma das maneiras de alcançar o déficit energético e reduzir o índice de massa corpórea, seria através da dieta, reduzindo o consumo calórico total, juntamente com atividades físicas, dependendo do caso do paciente (CARNEIRO et al., 2008).


3.5.4 A regulação do balanço energético


A regulação do balanço energético tem a participação de dois hormônios, a Leptina e a Grelina. A leptina é um hormônio produzido e secretado principalmente pelo tecido adiposo, e em escala menor pelo estômago, placenta, medula óssea e tecido hipotalâmico. Através de uma sinalização entre o tecido adiposo e o sistema nervoso central (SNC), a leptina atua reduzindo a ingestão alimentar e aumentando o gasto energético (EGUCHI et al., 2008).
Os níveis de leptina são proporcionais ao volume de células adiposas, ou seja, existe uma correlação entre os níveis de leptina e o grau de obesidade. A leptina inibe a secreção do neuropeptídio y (NPY) que é liberado pelos neurônios do hipotálamo e atuam aumentando o apetite, sendo assim sua inibição diminui o apetite e ainda aumenta a termogênese. A resistência á ação da leptina ou a sua deficiência de leptina, aumenta a concentração de NPY que aumenta o consumo de alimentos e pode levar a obesidade (ALVES, 2008).
A resistência a leptina pode ser uma característica típica da obesidade, com a hipótese de que essa resistência seja atribuída a uma deficiência em seu sistema de transporte na barreira hematoencefálica (BAYNES, 2000).
A grelina é outro hormônio regulador do balanço energético, ela aumenta a ingestão alimentar e diminui o gasto energético, produzida principalmente pelo estomago. É regulada através de fatores nutricionais e hormonais, sua concentração plasmática é aumentada durante o jejum e diminui após alimentação, porém estudos mostraram que a concentração plasmática da grelina em indivíduos obesos não diminui após a alimentação, o que poderia justificar o aumento do consumo alimentar e este fato envolveria a grelina com a fisiopatologia da obesidade (EGUCHI et al., 2008).


3.5.5 Doenças associadas à obesidade


A obesidade aumenta a incidência de doenças associados, os indivíduos com sobrepeso ou obesos, apresentam grandes possibilidades de desenvolver diversos tipos de doenças como: complicações ortopédicas, problemas psicológicos, doenças pulmonares, diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral, osteoartrite, entre outros (OMS, 2004).
A diabetes do tipo 2 não insulino dependente é uma das principais doenças associadas a obesidade, aproximadamente cerca de 80℅ dos diabéticos tipo 2 sofrem de obesidade, isso devido essa doença ser causada por uma resistência a insulina e com o aumento das células adiposas, o numero de receptores de insulina diminui (BORSATO et al., 2008).
A hipertensão na obesidade esta associada ao aumento do débito cardíaco, taxa cardíaca e volume intravascular. Os níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue também sofrem aumento e pode levar a problemas coronários. A osteoartrite é conseqüência do aumento de peso e pode se desenvolver sobre as articulações, principalmente tornozelos e joelhos (BORSATO et al., 2008).


3.5.5.1 Obesidade e a diabetes


A distribuição de gordura corporal é um importante fator a ser observado dentro do contexto da obesidade, pois suas complicações não dependem apenas do excesso de peso, mas sim dessa distribuição. A gordura localizada na região abdominal é dita como obesidade andróide e a localizada na região do quadril é conhecida como ginóide. A presença de tecido adiposo em excesso intra abdominal é um fator de risco para problemas metabólicos. A obesidade localizada na região abdominal pode elevar o risco de diabetes mellitus (DM) não dependente de insulina em dez vezes, estudos mostram que grandes partes dos diabéticos não dependentes de insulina se encontram acima do peso, devido o aumento do tecido adiposo aumentar a demanda por insulina e em pacientes obesos pode gerar resistência a insulina o que leva ao aumento da glicemia e conseqüentemente hipersulinemia (FRANCISCHI et al., 2000).
O diabetes mellitus pode ser causado por falta de insulina ou má funcionamento da insulina, o risco de desenvolver diabetes é ainda maior com o aumento do IMC, entre os diabéticos cerca de 80 a 90℅ tem excesso de peso (OLIVEIRA et al., 2010).


3.5.5.2 Obesidade e hipertensão


A hipertensão arterial é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, é constantemente diagnosticada mais em pessoas com sobrepeso ou obesa do que em não obesos, para cada aumento de 10℅ da gordura corporal há aumento na pressão arterial sistólica (CAVAGIONI; PIERIN, 2010).
O aumento da pressão arterial esta mais associada à obesidade abdominal do que a localizada na região do quadril, o acumulo de gordura intra abdominal proporciona um aumento da liberação de ácidos graxos livres na veia porta, isso provoca elevação na síntese hepática de triacilgliceróis aumentando a resistência à insulina e a hiperinsulinemia, essa resistência causa aumento de retenção de sódio que é um mecanismo implicado no desenvolvimento da hipertensão arterial (FRANCISCHI et al., 2000).


3.5.5.3 Obesidade e a osteoartrite


A osteoartrite é distúrbio musculoesquelético, normalmente seu quadro é progressivo, lenta e afeta as articulações das mãos, coluna, quadril e joelho. Esta patologia se resume basicamente na perda progressiva da cartilagem articular (KAIRALLA; MASSABKI; ROSIS, 2010).
A osteoartrite tem como um dos principais fatores de risco a obesidade e sobrepeso, por causar um importante aumento de sobrecarga de peso sobre a cartilagem articular (KAIRALLA; MASSABKI; ROSIS, 2010).
Entre as articulações de sustentação de peso, os joelhos são os que mais freqüentemente são afetados, estudos mostram que pessoas com IMC igual ou superior a 30,0kg/m² apresentam riscos de ate 5 vezes maior de desenvolver a osteoartrite que pessoas de peso normal (FRANCO et al., 2009).
Uma proporção de gordura corporal maior ou uma quantidade maior de massa aumentam o peso corporal e podem aumentar a sobrecarga de corpo, diminuindo a mobilidade do corpo e aumentando o estresse nas articulações e nos músculos, o que leva a osteoartrite principalmente nos joelhos (FRANCO et al., 2009).


3.5.5.4 Obesidade e a apnéia do sono


Dentre as doenças que causam hipoventilação relacionada ao sono estão à obesidade e as doenças neuromusculares, na obesidade podem ocorrer desde uma discreta redução de ventilação no sono Rem até uma acentuada hipoventilação no período da vigília e sono (TOGEIRO; FONTES, 2010).
A sindrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS), que é popularmente conhecida como a apnéia do sono se baseia na obstrução das vias aéreas durante o sono. A obesidade é reconhecida como o principal fator de risco para apnéia do sono. Os sintomas noturnos são: ronco, pausas respiratórias, sudorese, sono agitado, e os sintomas diurnos são: redução da libido, ansiedade, sonolência excessiva entre outros. A apnéia é uma doença crônica com alta mortalidade e morbidade cardiovascular (TAVARES, 2000).
A apnéia ocorre principalmente em obesos devido o aumento de gordura acumulada na região abdominal e peitoral que dificulta os movimentos respiratórios e conseqüentemente diminui o volume pulmonar, quanto mais obeso maior a sobrecarga muscular para ventilação, o que provoca disfunção da musculatura respiratória (FRANCISCHI et al., 2000).


3.5.5.5 Obesidade e doenças cardiovasculares


A obesidade tem uma relação potencialmente grave com doenças cardiovasculares. A resistência a insulina pode causar elevação na síntese de lipoproteínas VLDL colesterol, levando a hipertrigliceridemia, aumentando o nível arterial de colesterol e de lipídios endógenos, que promove formação de ateroma, elevando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares (FRANCISCHI et al., 2000).


3.5.6 Classificação da obesidade pelo índice de massa corporal (IMC)


A classificação da obesidade permite a identificação de indivíduos e grupos de indivíduos com maior risco de co morbidade e mortalidade. O IMC é obtido pela relação entre peso e estatura e classifica o individuo em: abaixo do peso, sobrepeso e obesidade em indivíduos adultos. O IMC é obtido pela divisão da massa corpórea (quilogramas Kg) pelo quadrado da estatura (metros ao quadrado m²) (MANCINI et al., 2001).
O IMC pode classificar os indivíduos em baixo peso IMC menor que 18,5kg/m², peso normal IMC entre 18,5 e 24,9kg/m², sobrepeso IMC entre 25 e 29,9kg/m² e obesidade IMC maior ou igual a 30kg/m² (SILVEIRA et al., 2009).


Tabela 1: Classificação da obesidade recomendada pela OMS utilizando o índice de massa corpórea.

IMC Kg/m² Denominação Grau de obesidade Risco de complicação
18,5 - 24,9 Peso saudável 0 Normal
25 - 29,9 Sobrepeso I Elevado
30 ? 39,9 Obesidade II Muito elevado
> 40 Obesidade III Muitíssimo elevado
Fonte: MANCINI, 2001.


3.5.7 Tratamento da obesidade


O controle da obesidade pode ser feito por meio de medidas não medicamentosa, medicamentosas e cirúrgicas. Dentro do contexto das medidas não medicamentosas estão à restrição calórica (dieta), aumento da atividade física e mudanças comportamentais, o tratamento medicamentoso não deve ser utilizado isoladamente e sim deve ser somente um complemento para ajudar na restrição dietética, na mudança de comportamento e na acentuação da atividade física, a medida cirúrgica só deve ser utilizado em pacientes com obesidade mórbida (WANNMACHER, 2004).
3.5.7.1 Tratamento cirúrgico


Pessoas com IMC maior ou igual a 40kg/m² são consideradas pessoas com obesidade severa ou mórbida e ai há necessidade de tratamento cirúrgico, pacientes entre 35 e 40kg/m² deve se aplicar tratamento cirúrgico caso apresentem doenças associadas com obesidade por exemplo: diabetes mellitus e hipertensão arterial, entre outras (FERRAZ et al., 2003).
A indicação do tratamento cirúrgico deve considerar todos os aspectos clínicos do paciente, a avaliação desses pacientes deve ser realizada pela equipe multidisciplinar no período pré e no pós- operatório (BERGEROT, 2008).
A cirurgia bariátrica tem obtido bons resultados no tratamento da obesidade mórbida, em função disso o Ministério da Saúde (MS) adotou três novos tipos de cirurgias pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a gasteroctomia com ou sem desvio duodenal, gastroplasia com derivação intestinal e a gastroplasia vertical com banda, além da cirurgia o SUS ainda se responsabiliza em dar acompanhamento médico pelo resto da vida e ajudar na integralidade do paciente. Pacientes com indicação de cirurgia bariátrica podem obter a melhoria da qualidade de vida, diminuir a co morbidade associadas e controlar a obesidade a partir do procedimento cirúrgico (TOLEDO et al., 2010).


3.5.7.2 Tratamento não medicamentoso


O tratamento medicamentoso ou cirúrgico é indicado para pacientes com dificuldade de perder peso ou com co morbidade fisiológica, entretanto o tratamento mais recomendado para a obesidade esta focado na alimentação, no levantamento do perfil comportamental do paciente, na prática de exercícios físicos e na educação nutricional (CADE et al., 2009).
A mudança comportamental e a adesão ao plano alimentar saudável são essencial para alcançar resultados satisfatórios na perda de peso (MALACHIAS et al., 2010).
A reeducação alimentar é um dos principais fatores do equilíbrio energético, uma vez que a obesidade é conseqüência de um desequilíbrio energético, onde a ingestão calórica excede o gasto de energia, a redução da ingestão calórica juntamente com atividades físicas que aumentam o gasto de energético, pode ajudar na perda de peso (BUSSE, 2004).


3.5.7.3 Farmacoterapia da obesidade


Segundo Coutinho (2000) o uso de medicamentos no tratamento da obesidade deve ser apenas um coadjuvante na reeducação alimentar, no estimulo para praticar exercícios físicos e para ajudar na mudança dos hábitos de vida do paciente obeso. Para seu uso o paciente deve apresentar as seguintes condições:
● O tratamento convencional (dieta, mudança comportamental e aumento da atividade física) não obteve sucesso.
● Pacientes com IMC igual ou maior que 25kg/m², quando estiver associada a outros fatores de risco como diabetes , hipertensão arterial, etc.
● Pacientes com IMC igual ou maior que 30kg/m².
A farmacoterapia não deve estar apenas focada na perda de peso, mas também na redução dos riscos de co morbidade e mortalidade. Os medicamentos não devem ser utilizados sem prescrição médica e orientação do farmacêutico na avaliação do risco- beneficio do medicamento em relação ao paciente e nunca deve ser utilizado isoladamente, mas sim associado ao tratamento convencional (COUTINHO, 2000).
O tratamento e a escolha do medicamento devem ser devidamente apropriados para cada paciente e no uso do fármaco deve ser avaliada a eficácia e a segurança para determinados pacientes (MANCINI; HALPERN, 2002).
Segundo Mancini; Halpern (2002) o medicamento escolhido deve apresentar as seguintes características:
● Não causar dependência.
● Possuir efeitos colaterais de baixa intensidade que sejam toleráveis pelo paciente.
● Reduzir não só o peso corporal, mas sim diminuir os riscos de comorbidade e mortalidade.
● Não deve possuir associações com outros medicamentos.
● Apresentar eficácia e segurança até o término do tratamento (MANCINI; HALPERN, 2002).


3.5.8 Medicamentos que alteram absorção de nutrientes


No grupo dos medicamentos que alteram a absorção de nutrientes encontra se o inibidor das lípases o Orlistat conhecido popularmente pelo nome comercial de xenical, o Orlistat atua no trato gastrintestinal, prevenindo a absorção da gordura ingerida através da alimentação. Ele inibe as enzimas lípases diminuindo a absorção de gordura, porém essa inibição corresponde aproximadamente a um terço da gordura ingerida pela alimentação, a gordura não digerida é então excretada inalterada pelas fezes (FERNANDES et al., 2009).
O Orlistat associado com uma dieta hipocalórica tem demonstrado segundo estudos, uma redução significativa de peso, além de diminuir o risco de doenças cardiovasculares (CASTRO et al., 2009).
O uso de orlistat causa redução na absorção de vitaminas lipossolúveis, este efeito adverso pode ser resolvido tomando essas vitaminas duas horas antes ou após o uso do Orlistat (BORGES, 2006).
Dose oral: 120mg 3 vezes ao dia nas principais refeições.
Efeitos adversos: pode provocar diarréia e incontinência fecal, flatulência e cólica. Pode interferir na absorção de vitaminas lipossolúveis e do betacaroteno e produz esteatorréia causada pelo mecanismo de ação (BORGES, 2006).


3.5.9 Medicamentos termogênicos


Diversos fatores podem levar a obesidade, entre eles destacam se os maus hábitos alimentares com exagerada ingestão de gordura e o sedentarismo, essa é uma combinação propicia pra desencadear uma série de outras doenças como: doenças cardiovasculares, hipertensão entre outras. A ingestão exagerada de gordura proporciona um exagerado ganho energético, onde se o seu gasto não for proporcional, ocorrera um acumulo de energia em forma de gordura (RASCOVSKI et al., 2000).
Segundo estudos os obesos gastam menos energia do que os não obesos (MELO et al., 2008).
No corpo humano e nos animais o calor é gerado pela termogênese, fisiologicamente falando a produção de calor pode ser dividida em duas categorias termogênese obrigatória e termogênese facultativa (BIANCO, 2000).
A termogênese obrigatória é a somatória do calor produzido pelo organismo quando estamos em repouso e em jejum de pelo menos doze horas. A termogênese facultativa pode ser induzida pela exposição ao frio, através da alimentação com dieta hipercalórica e exercícios físicos (BIANCO, 2000).
Os termogênicos são substâncias que aumentam a termogênese, ou seja, aumentam a produção de calor corporal, ocasionando uma maior queima de calorias (LIMA, 2006).
A efedrina é um exemplo de medicamento termogênico, promove perda de peso pelo aumento da captação de oxigênio e produção de calor, possui sinergismo com cafeína, pois essa prolonga os seus efeitos termogênicos e lipolíticos. A efedrina tem como efeito adverso aumento da pressão arterial, taquicardia, problemas respiratórios, insônia, entre outros, é contra indicada para pacientes que apresentam quadros de diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, ou seja, doenças geralmente apresentadas por obesos com IMC maior que 25kg/m² (RASCOVSKI et al., 2000).
O extrato de chá verde também auxilia no aumento da termogênese devido sua alta concentração de cafeína e polifenóis que aumentam a ação da norepinifrina, porem apesar de ser uma substancia de origem natural pode causar reações adversas como: taquicardia, insônia, tremores, agitação, tontura, é contra indicada para pacientes com doenças cardíacas, hipertensão, insônia, entre outras (NAVARRO, 2007).
3.6 Anorexígenos de ação central


Os fármacos anorexígenos catecolaminérgicos como: femproporex, anfepramona e mazindol atuam promovendo a liberação de neurotransmissores como norepinefrina e dopamina e inibem suas receptações aumentando a neurotransmissão catecolaminérgica no sistema nervoso central (SILVA, 2008).


3.6.1 Cloridrato de Anfepramona


A anfepramona é um derivado da feniletilamina, ela estimula o sistema nervoso central e eleva a pressão arterial, aumenta a liberação de norepinefrina e dopamina promovendo a inibição do apetite e reduzindo a ingestão alimentar. Seu uso repetitivo pode causar dependência. As reações adversas excluem: dor de cabeça, taquicardia, ansiedade, constipação, nervosismo, elevação da pressão arterial, psicose, insônia, dispnéia, dependência, entre outros. A retirada desse medicamento deve ser acompanhada pelo médico ou farmacêutico, pois a interrupção brusca do tratamento pode causar fadiga extrema e depressão mental. Este medicamento é contra indicado na gravidez, arteriosclerose avançada, hipertensão severa, glaucoma e alcoolismo (BUSSE, 2004).


3.6.2 Cloridrato de Femproporex


O femproporex age no centro hipotalâmico da fome, seu efeito anorexígeno se dá por mecanismo noradrenérgico. Este medicamento apresenta como reação adversa: fraqueza, tensão, insônia, hipertensão arterial, constipação, vertigem, tremor, palpitação, arritmia cardíaca, náuseas, vômito, diarréia, entre outros. O uso prolongado desse medicamento pode causar dependência psíquica e tolerância (CLAUDINO; ZANELLA, 2005).


3.6.3 Mazindol


O mazindol não esta relacionado ao grupo da fenetilamina, sua ação pelo o que parece esta relacionada com a inibição da recaptação da norepinefrina e da dopamina liberadas na sinapse. Entre as diversas reações adversas encontra- se a: taquicardia, nervosismo, dificuldade de urinar, palpitações, sudorese. É contra indicado nas doenças cardiovasculares, hipertensão, glaucoma, uremia, gravidez e lactação e diabetes mellitus (CLAUDINO; ZANELLA, 2005).


3.6.4 Cloridrato de sibutramina


A sibutramina é um potente inibidor da receptação e degradação dos neurotransmissores da serotonina, dopamina e norepinefrina, aumentando a concentração desses neurotransmissores para que fiquem estimulando os neurônios por tempo prolongado, auxilia na perda de peso por aumentar a sensação de saciedade, inibir o apetite e controlar a ansiedade compulsiva alimentar (BUSSE, 2004).
As reações adversas são: hipertensão, taquicardia, palpitações, vasodilatação, secura na boca, constipação, disminorréia, congestão sinusal, dor faríngea, entre outros. É contra indicada em pacientes com: insuficiência cardíaca cogestiva, hipertensão, doença coronária, arritmia ou infarto, hipertensão pulmonar e pacientes com mais de 65 anos (BUSSE,2004).


3.7 Papel do farmacêutico na obesidade


A obesidade e seu tratamento envolvem uma série de informações que podem ajudar muito os pacientes com obesidade. O farmacêutico como profissional da saúde, tem o importante papel de orientar os pacientes em todos os aspectos, principalmente no tratamento medicamentoso (BORSATO, 2008).
O uso de medicamento para tratamento da obesidade deve ser feito sobre constante orientação, uma vez que o uso de um simples medicamento a base de plantas pode causar uma série de reações adversas, medicamentos que causam dependência química, e a maioria deles são contra indicados para pacientes cardíacos e hipertensos. Por esses e outros vários motivos que o acompanhamento e a orientação do profissional farmacêutico é muito importante durante o uso dessas substâncias, para garantir a eficácia e segurança do tratamento (BORSATO, 2008).


































4. CONCLUSÃO


O tratamento da obesidade envolve uma série de fatores que podem e deve ser empregado para favorecer o bem estar do paciente obeso. A cirurgia bariátrica e uso de medicamentos quando usados devidamente, podem auxiliar no tratamento, porém para sua melhor eficácia, devem ser sempre acompanhados de reeducação alimentar e aumento da atividade física.
A maioria dos medicamentos para tratamento da obesidade demonstra reações e contra indicações que são comumente encontrados no quadro clinico de pacientes obesos.
O farmacêutico por ser o ultimo profissional da saúde a ter contato direto com o paciente, tem o dever de orientá-lo e promover o uso racional de medicamentos para obesidade.
A perda de peso e de gordura corporal não devem ser co relacionados, pois é possível reduzir a gordura corporal sem diminuir o peso, isso pode ocorrer quando existir ganho de massa muscular e este ganho for superior a gordura reduzida, por isso o objetivo do tratamento deve estar focado na redução de gordura, já que apenas a perda de gordura promoverá benefícios á saúde e sempre é bom lembrar que o uso de medicamentos na obesidade é pra quem precisa.














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