ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE  ÚTERO NO  PROGRAMA SOCIAL ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

Fabiane Rodrigues Zille Reis

1.0   INTRODUÇÃO

O presente estudo partiu do interesse em identificar quais são as principais atividades desenvolvidas pelo profissional de enfermagem no programa social ESF(Estratégia de saúde da Família) na prevenção contra o câncer de colo de útero.E quais atividades junto a outros profissionais podem ser desenvolvidas com o objetivo de estar otimizando estes resultados,que em geral tem sido muito negativo tanto para a população, quanto para a qualidade  e imagem da saúde,que automaticamente esta também ligada a imagem do profissional que sempre fica rotulado pelos resultados da instituição em que trabalha. E compor um material rico sobre atuação da enfermagem na prevenção do Câncer de Colo de Útero  na ESF, e que possa ajudar e servir como referência em próximos trabalhos elaborados.

Este estudo se iniciou no primeiro semestre de 2013, de caráter de Revisão de literatura contando com vasto material de apoio em periódicos e revistas eletrônicas com atemática em questão.

O câncer de colo é um importante problema de saúde pública, e sua incidência e mortalidade podem ser reduzidas por meio de programas de rastreamento efetivos  (VALE;MORAIS; PIMENTA et al 2010).

No Brasil, apesar de haver um programa de rastreamento do câncer do colo do útero, a taxa de mortalidade devido a esse câncer não tem reduzido . As normas preconizadas para o rastreamento desse tipo de câncer no país seguem a tendência universal de não incluir prioritariamente as mulheres com menos de 25 anos e as com mais de 60, sendo que o intervalo ideal entre os controles é trienal (VALE;MORAIS; PIMENTA et al 2010).

Os crescentes números de ocorrência do Câncer de Colo de Útero(CCU) tem gerado grande motivo de preocupação nas autoridades de saúde que vem intensificando os estudos para uma políticas que atue na prevenção e implementação de medidas que detectem precocemente lesões precursoras antes que o CCU se instale gerando comorbidades.

Segundo a Portaria nº 4.279/GM/MS, a estratégia de saúde da família de 30 de dezembro de 2010, estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);considerando a necessidade de fortalecimento da prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de mama e do colo do útero.

 

A Atenção Básica/Saúde da Família é organizada por meio do trabalho interdisciplinar em equipe,mediante a responsabilização de Equipes de Saúde da Família num dado território – área de abrangência de uma população adstrita. Trabalha com foco nas famílias, por intermédio de vínculos estabelecidos, desenvolvendo ações de promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Dentre alguns desafios para se alcançar integralidade na assistência à saúde da mulher na AtençãoBásica, estão as ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama (BRASIL 2006)

A  Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um programa do sistema de saúde brasileiro que tem como objetivo reorientar o modelo assistencial. Ao incluir na sua prática a articulação entre a prevenção e a promoção da saúde, por meio da expansão e qualificação da atenção primária, gera um cenário favorável à reorganização do modo de rastreamento do câncer do colo do útero ( VALE; MORAIS; PIMENTA et AL 2010) .

Em comunidades com a ESF introduzida, espera-se que os agentes comunitários de saúde (ACS), por intermédio da adscrição  da clientela, estabeleçam vínculo entre a equipe de referência e as famílias, objetivando uma maior resolubilidade da atenção. No contexto do rastreamento isso possibilitaria a identificação e busca ativa das pacientes sob risco e sem controles (VALE; MORAIS; PIMENTA et AL 2010) .

Segundo  Lima et al(2011)por apresentar evolução lenta, com longo período desde o desenvolvimento das lesões precursoras até o aparecimento do câncer, várias ações podem ser desempenhadas a fim de romper a cadeia epidemiológica da doença.

A detecção precoce inclui programas de rastreamento sistemático, voltados para os grupos etários apropriados e com vínculos eficazes entre todos os níveis de atenção, bem como a educação dos profissionais de saúde e das mulheres, ressaltando os benefícios do exame, nas faixas etárias em que normalmente se manifesta esse câncer, seus sinais e sintomas (VASCONCELOS; DAMASCENO; LIMA; et al2011)

Em um programa nacional de combate ao CCU, devem existir quatro elementos básicos: prevenção primária, detecção precoce, diagnóstico/tratamento e cuidados paliativos segundo (VASCONCELOS; DAMASCENO; LIMA;  et al2011).

Vários estudos têm avaliado o papel do enfermeiro na prevenção e controle do CCU como fundamental, devido às diversas áreas de atuação desse profissional junto às mulheres e à utilização de estratégias educativas.Os enfermeiros são constantemente desafiados na busca de conhecimentos, a fim de promover a melhoria da assistência de enfermagem. Um dos propósitos da Prática Baseada em Evidências (PBE) é encorajar a utilização de resultados de pesquisa junto à assistência à saúde, prestada nos diversos níveis de atenção, reforçando a importância da pesquisa para a prática clínica, (VASCONCELOS; DAMASCENO; LIMA; et al2011).

2.0   Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral , produzir e analisar uma revisão de literatura sobre a temática em questão ;e a atuação do profissional de enfermagem afim de trazer conhecimento sobre todo o ciclo da doença envolvendo desde a coleta do exame ,identificação de lesões subclínicas e precursoras para o desenvolvimento da doença, encaminhamento para centros especializados para identificação e tratamento, o tratamento em si, identificação de população com fatores de risco e educação para a prevenção.

2.1 Objetivo Específico

Realizar revisão bibliográfica na base de dados LILACS e BIREME para enfim poder analisar os resultados e fazer ua vaiação crítica sobre os dados coletados.

Identificar ações do profissional de enfermagem e da equipe multidisciplinar no programa social Estratégia de Saúde da Família(ESF).Fazendo com tenhamos um olhar mais crítico sobre as ações desempenhadas com sucesso e as que possam ser melhoradas afim de otimizar o trabalho em equipe e principalmente a do usuário sempre com o foco na prevenção do Câncer de Colo de Ùtero(CCU).

3.0 Justificativa

A proposta de  elaboração desse trabalho segue em cima do pressuposto de que a delineação das atividades do enfermeiro  no programa social (ESF) tem como benefício a organização e melhorar o  desenvolvimento das atividades  da  Unidade.E o conhecimento dos profissionais enfermeiros sobre a doença no âmbito do ESF tem sido muito superficial e básico; trazendo através deste estudo  mais conhecimento sobre a doença seus fatores de risco, prevenção,tratamento,detecção e sobrevida de mulheres acometidas , e que cursos de aprimoramento e capacitação desses, é de suma importância para melhorar o transcorrer do trabalho.

Na literatura foram encontrados vários estudos,onde pude observar ;pouco domínio do assunto sobre os profissionais de enfermagem que necessitam constantemente serem motivados a participarem de uma reciclagem para ficarem atualizados.

A população mostrou-se muito ignorante sobre o CCU e sua principal causa o HPV, o que demonstra grande falha no sistema de educação como um todo e principalmente o fornecido pela saúde. E nesta interface entra o enfermeiro atuando como educador ,e se o enfermeiro não domina o assunto como poderá educar?Se ele não domina o assunto como poderá colher o preventivo?Como poderá aconselhar o paciente?Como poderá identificar alterações nos exames e mais rapidamente encaminha-lo a uma consulta médica referenciada?Não,isso não será possível ,e é por ter profissionais fechando os olhos e, passando por cima de uma qualificação  necessária,é que chegamos aos números desastrosos de incidência de (CCU) no Brasil mesmo tendo um número elevado preventivos.

4.0 Metodologia

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica abrangendo trabalhos científicos publicados com o tema de Câncer de Colo de útero.

Foi realizado uma pesquisa que aconteceu no período de março a junho de 2013 onde foram selecionados 10 artigos publicados no período de 2007 a 2011;10 teses e ou dissertações publicadas no período de 2008 a 2012 e 10 produções de órgão nacionais e internacionais publicados no período de 2006 a 2013 com a temática em questão.

Na busca eletrônica Foram utilizadas como fonte de dados     :Cielo,BVS(Biblioteca Virtual de Saúde),INCA(Instituto Nacional do câncer),AMB(Associação Médica Brasileira),HCB(Hospital do Câncer de Barretos) sites saúde.gov.

Utilizamos a técnica desenvolvida por nossa orientadora na elaboração de  3 quadros organizados entre si, em teses e o dissertações artigos e publicações de órgãos nacionais, internacionais e resoluções ,contendo cada um objetivo ,resultados e compreensão do aluno.

 

 

 

 

 

 

5.0 REVISÃO DE LITERATURA

5.1 Incidência  do Câncer de Colo de Útero.

Os tumores ginecológicos constituem um dos maiores problemas de saúde pública no mundo devido a sua morbi-mortalidade (SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010). O câncer de colo uterino é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres em países em desenvolvimento e o segundo mais freqüente em todo o mundo, correspondendo a aproximadamente 12% dos tumores em mulheres ( SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

Ele ocupa o 2º lugar na incidência mundial de neoplasias, estando atrás, apenas do câncer de mama. Por ano, no mundo, ocorrem cerca de 235 mil mortes devido ao CCU, sendo 218 mil em países considerados pobres ou emergentes, onde ocorre quase 60% dos casos novos de câncer, ocupando um lugar de destaque nas taxas de morbimortalidade entre a população feminina. O câncer cérvico-uterino (CCU) é enfermidade mundial, apesar de apresentar o maior potencial de prevenção e cura (próximo de 100%), quando diagnosticado precocemente (DAMASCENO; VASCONCELO; LIMA et al 2011).

Ressalta-se que na América Latina se encontram as mais altas taxas de incidência desta doença, representando uma das causas de óbito mais freqüente entre as mulheres (NETO; FIGUEIREDO,SIQUEIRA 2010). No Brasil representa a quarta maior causa de morte por câncer entre as mulheres, superado pelo câncer de mama, câncer de pele não-melanoma e câncer cólon-retal, constituindo um problema de saúde pública de relevada importância (SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

 A região norte do Brasil é citado pelo INCA no Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero (2011) com grande destaque na ocorrência do CCU .Na maioria das vezes as mulheres infectadas pelo HPV possuem lesões que regridem depois de um tempo espontaneamente.E quando persistem por  mais de 2 anos  e possui o subtipo viral oncogênico, ela pode progredir para lesão  precursora,  gerando o câncer se não  tratada devidamente. No pesquisa elaborada por Gamarra (2009) no período de 1996 a 2005, foram analisados afim de corrigir o quantitativo de óbitos por CCU no Brasil.A região mais  preocupante foi o nordeste, onde teve um acréscimo no número de mortes de 339% mesmo com os programas de controle e prevenção da doença estando mais desenvolvidos.

 

 

5.1.2CÂNCER DE COLO DE ÚTERO e HPV

 Para esclarecer a população precisamos saber os fatores causais do câncer de colo de útero que está fortemente associada ao HPV.

O HPV é um vírus RNA cuja infecção pode causar verrugas cutâneas, epidermodisplasias, condilomas e neoplasias da região ano genital especialmente no colo do útero (OLIVEIRA 2011).

Fonte: http://www.chastity.com/chastity-qa/stds/infections/hpv/what-hpv

O câncer de colo uterino por si só não é uma doença sexualmente transmissível, porém está fortemente associado à infecção persistente pelo vírus HPV (Papiloma Vírus Humano) de alto risco oncogênico, o qual é transmitido sexualmente (SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

A maioria das infecções por HPV é assintomática e auto-resolutiva, ou seja, nem toda infecção irá evoluir para o câncer, pelo menos 80% delas regridem. Além disto, após a infecção por HPV decorre prolongado intervalo de tempo, 10 anos ou mais, para o desenvolvimento do câncer de colo uterino . As infecções que persistem poderão causar câncer (VIDAL 2009).

Estima-se que 99% dos casos de câncer Cervical tem como etiologia uma infecção genital pelo HPV (OLIVEIRA 2011).

Mais de 200 subtipos do vírus já foram identificados. Os subtipos de HPV de baixo risco (6, 11, 40, 42, 43,44...) são responsáveis pelos condilomas acuminados em mais de 90% e 25% pelas lesões intraepiteliais de baixo grau. Os vírus de alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 45, 52...) são os oncogênicos e estão associados às lesões intraepiteliais cervicais e ao câncer de colo de útero. O HPV tem tropismo aumentado pelas células metaplásicas da cérvice, as quais se infectam podendo sofrer transformação neoplásica(SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

Numa meta nálise que comparou a distribuição dos genótipos de HPV no desenvolvimento de lesões de alto grau e câncer cervical invasivo, constatou-se que os genótipos 16, 18 e 45 são mais suscetíveis a progressão para um câncer cervical invasivo do que outros genótipos (VIDAL 2009).

 Um importante detalhe observado foi que;embora a infecção pelo HPV seja causa necessária para o desenvolvimento do câncer cervical, em uma frequência muito baixa esta infecção evolui para malignidade.

 Estima-se que até 75% da população sexualmente ativa apresenta infecção pelo vírus HPV, porém a maioria das infecções são subclínicas e transitórias(SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

A história natural da doença revela que esta neoplasia apresenta maior potencial de prevenção e cura em virtude de sua lenta evolução, passando por vários estágios de lesões intra-epiteliais pré-cancerosas, antes de chegar à forma invasiva, (PEREIRA 2010).

 

5.1.3Fisioanatomia da Cévice Uterina

 

A cérvice uterina é constituída por dois tipos de epitélios:

o colunar e o escamoso. O local de encontro destes se denomina junção escamo-colunar (JEC) que pode ser ectocervical ou endocervical. As células colunares, por um processo conhecido como metaplasia, podem sofrer transformação para células escamosas. A área do colo uterino onde ocorre esta mudança celular chama-se zona de transformação (ZT), sendo este local

onde ocorre a maioria das transformações neoplásicas.

Fonte : http://dc160.4shared.com/doc/At-2lmQ3/preview.html

Os carcinomas são classsificados como epidermóide ou escamo celular quando ocorrem nas células escamosas e adenocarcinoma quando, nas células colunares (SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

Nos últimos 30 anos observou-se tendência à diminuição na incidência do carcinoma epidermóide e aumento do adenocarcinoma. Essa mudança pode ser atribuída ao aprimoramento dos métodos de rastreamento e aumento da prevalência da infecção pelo HPV (SCHEIDT, RICHTER, SILVA et al 2010).

 

 

 

 

 

 

Evolução clínica

Fonte http://www.drbayma.com/vacina-contra-o-hpv-e-importante-instrumento-na-prevencao-do-cancer-de-colo-uterino/

 Acima a imagem do HPV condilomatoso com lesões ativas em corpo de pênis

Fonte http://www.revistaon.com.br/materias/12386/prevencao_e_a_melhor_opcao_para_diagnosticar_e_tratar_o_cancer_do_colo_do_utero

 

5.2 Prevenção

 Segundo estudo elaborado por  Dionísio (2008)a cobertura do exame é igual e  independente de situação socioeconômica .E que as pessoas devem ser mais esclarecidas sobre o assunto e um trabalho educativo e a cobertura do exame   deve ser realizado com mais atenção em populações mais vulneráveis.

O exame preventivo de câncer cérvico-uterino (PCCU) é um método simples que permite detectar alterações da cérvice uterina, a partir de células descamadas do epitélio e se constitui até hoje, o método mais indicado para o rastreamento do CCU. Por ser um exame rápido, indolor, de fácil execução, realizado em nível ambulatorial, tem se mostrado efetivo e eficiente para aplicação coletiva, além de ser de baixo custo,segundo estudo elaborado Pereira(2010).Mas na prática toda essa praticidade tem feito com que muitos exames esteja sendo colhidos de forma errada o que justifica o elevado número de casos de câncer mesmo com tanta adesão por parte das mulheres na realização do preventivo.

O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve se submeter a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. Inicialmente, o exame deve ser feito a cada ano. Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado negativo para displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito a cada três anos( BRASIL 2006).

Segundo a Portaria nº 4.279/GM/MS, a Estratégia de Saúde da Família de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);Considerando a necessidade de fortalecimento da prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de mama e do colo do útero.

Mas não basta introduzir a oferta dos exames preventivos na rede básica. É preciso mobilizar as mulheres mais vulneráveis a comparecem aos postos de saúde e implementar os sistemas de referência para o que for necessário segundo estudo de Pereira (2010) mas, também é muito importante realizar todo um trabalho educativo com essas mulheres que buscam o atendimento para elas poderem entender um pouco sobre a doença e sua gravidade para que ela tome consciência da dimensão do problema que pode ser gerado por um mero descuido.

Há uma clara relação entre a extensão da doença no momento do diagnóstico (estadiamento do tumor) e doença associada à mortalidade. Esta é a base para programas de triagem,  que pode efetivamente detectar doença em estágio pré-invasivo ou mais cedo e, assim, reduzir a morbidade e mortalidade associadas (CARMO,LUIZ 2011 ).E segundo Gomes( 2009) o encaminhamento de exames  para outras unidades de saúde (prestadoras de serviço públicos)para a realização de exames como colposcopia,biópsia  de colo de útero  CAF(cirurgia de Alta Frequência) tem gerado uma dispersão no acompanhamento de casos com lesões precursoras de CCU(Câncer de Colo de Útero).Mesmo o encaminhamento sendo para uma prestadora de serviço público no mesmo município,gerando assim uma fragmentação no ciclo de  atendimento.

O que nos sugere a criação e implementação de um novo sistema de acompanhamento dessas pacientes encaminhadas para centros de referências em que haja intercomunicação dos sistemas sobre resultados de exames, diagnósticos , estadiamento da doença quando for o caso,necessidade de cirurgia e tratamento.O que ajudaria muito também nos indicadores da área de abrangência do ESF;organizando assim seus números de casos suspeitos, confirmados em tratamento e os que foram realizadas algum tipo de cirurgia. Permitindo assim identificar através de indicadores reais onde houve falha e pode ser melhorado o serviço.

No estudo elaborado por Vidal (2009) mostra que estão disponíveis duas vacinas profiláticas para combate a infecção pelo HPV.Essas vacinas previnem infecções pelos vírus HPV 16 -18 responsáveis por 70% dos casos de câncer de cervical (Oliveira 2011).Mas segundo Vidal (2009) por ser uma vacina nova ainda são desconhecidos o seu efeito a longo prazo.O estudo mostrou que o trabalho de prevenção  não tem sido devidamente efetivo e os exames tem  sido apurados com grande variação em sua qualidade. O trabalho de Andrade (2010) mostra números e proporções quantitativas de como é relevante a vacinação incluída no PNI(Programa Nacional de Imunização) e tenta desenhar isso em seu trabalho de forma clara afim de tentar provar as vantagens de custo-efetividade da mesma . O custo da vacina ,cerca de 400,00 a dose tem sido também um fator muito relevante e discutido no que se refere a custo benefício para  a implantação da vacina contra o HPV no programa Nacional de imunização. 

Ficha técnica da vacina anti-HPV

 

Nome: Gardasil

Fabricante: Merck Sharp & Dohme

Público-alvo: população feminina de 9 a 26 anos, antes do início da vida sexual

Doses: três (0, 2 e 6 meses)

Eficiência: 100% de proteção contra verrugas e lesões pré-cancerosas causadas pelos subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV

Efeito colateral: dor de pequena intensidade e calor no local da aplicação

Reforço: inicialmente, a cada cinco anos

Este importante estudo que foi realizado nos mostra a viabilidade de uma vacina recente que ainda se desconhece seus efeitos a longo prazo.

E mais uma vez enfatizo na importância de se trabalhar na educação,pois isso pode estimular as mulheres vacinadas a não usarem preservativos,ficando assim mais vulneráveis ainda a se contaminar não só com os outros subtipos do vírus HPV ,mas com todas as outras DSTs disponíveis atualmente na população. Lembrando que o HPV assim como algumas doenças sexualmente transmissíveis não são completamente prevenidas pelo simples uso do preservativo.E isso se dá, devido ao fato de algumas doenças deixarem toda a região ano genital com lesões ativas ,o que proporciona a fácil transmissão da doença. 

5.2 Atuação Humanizada da equipe de enfermagem no controle do Câncer de Colo de Útero.

Para impactar sobre os múltiplos fatores que interferem nas ações de controle dos cânceres do colo do útero e da mama, é importante que a atenção às mulheres, esteja pautada em uma equipe multiprofissional e com prática interdisciplinar. A interdiscipliplinaridade pressupõe, além das interfaces

disciplinares tradicionais, a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática do outro( BRASIL 2006).

Dentre várias atividades exercidas pela enfermagem no ESF (Estratégia de Saúde da Família), estão as atividades educativas de acolhimento, coleta, acompanhamento e identificação de grupos de riscos para o desenvolvimento do CCU.

Dentre as atividades iremos realizar atenção integral às mulheres;

  • Realizar consulta de enfermagem,
  • Coleta de exame preventivo e exame clínico das mamas,
  • Solicitar exames complementares e
  • Prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão;
  • Realizar atenção domiciliar,
  • Quando necessário;supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS(Agente Comunitário de Saúde) e da equipe de enfermagem;
  • Manter a disponibilidade de suprimentos dos insumos e materiais necessários para as ações propostas neste Caderno;
  • Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe.

O Brasil vem se beneficiando com a inserção da enfermagem na prevenção do câncer do colo do útero.

No ano de 2010 foram realizados, segundo dados do SISCOLO, 10.372.574

exames cito patológicos, contudo a cobertura ainda é insuficiente, havendo necessidade de ampliação.

Resolução COFEN n° 381/2011dispõe sobre coleta de material para realização do exame cito patológico por auxiliares e técnicos de enfermagem. A coleta por técnicos e auxiliares de enfermagem devidamente treinados e sob a supervisão de enfermeiros é uma estratégia para ampliação da oferta do exame preventivo a toda população alvo do Programa de Controle do Câncer do Colo do Útero. No entanto, seria atribuição dos gestores estaduais, municipais e enfermeiros das unidades onde se realiza a coleta do exame preventivo, proporcionar treinamento para técnicos e auxiliares de enfermagem para a realização do procedimento.

Por ter essa responsabilidade em treinar ,supervisionar e responder pelos auxiliares e técnicos, é cada vez mais importante que a enfermagem se especialize com excelência na coleta e encaminhamento do material coletado para  os laboratórios, para dar o suporte necessário aos outros profissionais da mesma categoria.

Na busca ativa o enfermeiro deve sempre analisar situações que possam estar provocando a não realização do preventivo.

Em um estudo realizado por Neto, Figueiredo,Siqueira (2008), a maior parte das mulheres que não realizam o exame possuíam idade avançada; com menor escolaridade e menor nível socioeconômico. O conhecimento da finalidade do exame está associado à cor, ao conceito correto, ao estado conjugal e a ocupação. Uma grande parte das mulheres que não realizam o exame papanicolau são casadas; o que leva a crer em uma certa submissão ocasionado pela falta de contatos com pessoas que possam esclarecer sobre a doença, ou por apresentarem uma união estável e nela terem tido apenas um parceiro, acreditando assim estar livre da doença, o que é uma inverdade, pois um relacionamento conjugal não é obstáculo para a multiplicidade de parceiros.

 

Além da preocupação inicial com o acolhimento, é fundamental a capacitação da equipe de saúde para a realização da coleta e no fornecimento das informações pertinentes às ações do controle do câncer do colo do útero.

E um dos maiores questionamentos hoje são: O porquê de um índice tão alto de Câncer de Colo de Útero se a realização de uma quantidade relativamente satisfatória de exames?As respostas vocês às encontram, no uso de técnicas incorretas no momento da coleta, na fixação do material colhido, no armazenamento, transporte, identificação dentre outros.

Por isso devemos sempre ter o cuidado de, identificar a lâmina escrevendo as iniciais do nome da mulher e o seu número de registro da unidade, com lápis preto nº2 ou grafite, na extremidade fosca, previamente a coleta; identificar a caixa da porta-lâmina, manter os frascos de acondicionamentos fechados permanentemente a não ser na hora de inserir as lâminas e no preparo da lâmina ver se ela está limpa sem a presença de artefatos, caso necessário limpar com gaze.

Algumas perguntas são de grande importância antes da realização do exame

Perguntas pertinentes antes de proceder com a coleta

  • Se está grávida ou suspeita, caso afirmativo não colher material da endocervical
  • Se já teve filhos por parto normal
  • Se é virgem, para facilitar a escolha do especulo mais adequado

fonte:http://portuguese.alibaba.com/product-tp-img/collin-for-children-128323297.html

  • Se faz uso de anticoncepcional tratamento hormonal
  • Submeteu-se à radioterapia pélvica
  • Data da última menstruação
  • Se há sangramento após as relações sexuais
  • Se utiliza duchas ou medicamentos vaginais ou realizou exames intravaginais, como por exemplo, a ultrassonografia, durante 48 horas antes da coleta
  • Se teve relações sexuais durante 48 horas antes da coleta

O atendimento à mulher deve ser individual, garantindo a possibilidade da presença do/a acompanhante,quando ela desejar.E quando este for realizado por um profissional do sexo masculino,é imprescindível que este aconteça com outra presença feminina para transmitir mais respeito e segurança para a paciente.O respeito e a atenção durante o atendimento são essenciais para que se estabeleça uma relação de confiança entre a usuária e o/a profissional de saúde.

 

O procedimento de coleta propriamente dito deve seguir regras básicas para a sua realização como:

  • O profissional de saúde deve lavar as mãos com água e sabão e secá-las com papel-toalha, antes e após o atendimento
  • Solicitar que a mulher esvazie a bexiga; em seguida solicitar que ela troque de roupa, em local reservado, dando-lhe um avental para que se cubra
  • Amulher deve ser colocada na posição ginecológica adequada, o mais confortável possível; cobrindo-a com um lençol
  • Posicionar o foco de luz, o profissional de saúde deve colocar a luva de procedimento; iniciando a primeira fase do exame, expondo somente a região a ser examinada. Sob-boa iluminação observa-se atentamente, os órgãos genitais externos, prestando-se atenção à distribuição dos pelos; à integralidade do clitóris, do meato uretral, dos grandes e pequenos lábios, a presença de secreções vaginais, de sinais de inflamação, de veias varicosas e outras lesões como úlceras, fissuras, verrugas e tumorações.
  • O enfermeiro deve explicar todo o procedimento para a paciente a tranquilizando-a principalmente no momento da introdução do especulo no introito vaginal
  • coloca–se o especulo, que deve ter o tamanho escolhido de acordo com as características perineais e vaginais da mulher a ser examinada - pequeno, médio ou grande
  • não deve ser usado lubrificante, exceto em casos selecionados, principalmente em mulheres idosas com vaginas extremamente ressecadas recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico
  • o espéculo deve ser introduzido suavemente, em posição vertical e ligeiramente inclinado de maneira que o colo do útero fique exposto completamente, o que é imprescindível para a realização de uma boa coleta;iniciada a introdução faça uma rotação deixando em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal;uma vez introduzido totalmente na vagina, abra-o lentamente e com delicadeza;nessa fase do exame, também é importante a observação das características do conteúdo e das paredes vaginais, bem como as do colo do útero.

Todo o procedimento deve ser realizado com bastante cuidado, pois se trata de uma região muito sensível na mulher e no processo de conclusão do procedimento não poderia ser diferente então se deve:

  • Fechar o especula não totalmente, evitando beliscar a mulher; retire-o delicadamente inclinando levemente para cima, observando as paredes vaginais; retirar as luvas; deve-se auxiliar a mulher a descer da mesa com segurança; pedir que ela troque de roupa; a informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento que poderá ocorrer depois da coleta, tranquilizando-a que o sangramento cessará sozinho; enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível agendar conforme rotina da Unidade de Saúde Básica( BRASIL 2006)

 

5.3 Identificações dos Fatores de Risco Associados ao Câncer do Colo do Útero Para uma Busca Efetiva

O enfermeiro como líder de uma unidade de saúde deve dominar bem sobre os principais fatores de riscos para o desenvolvimento do CCU para conseguir atuar melhor na captação dessas pacientes, para realizarem o mais rápido possível e fazerem o controle segundo os padrões preconizados.

 

Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer do colo do útero são:

  • Infecção pelo Papiloma Vírus Humana – HPV - sendo esse o principal fator de risco
  • Início precoce da atividade sexual
  • Multiplicidade de parceiros sexuais
  • Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados
  • Baixa condição socioeconômica
  • Imunossupressão (pacientes diagnosticadas e em tratamento de SIDA ou imunossuprimidos seja por motivos de transplantes ou tratamentos com corticosteroides também deve ter uma atenção especial)
  • Uso prolongado de contraceptivos orais
  • Higiene íntima inadequada (BRASIL 2006).

 

 

5.3.2 Humanização no Tratamento

 

Em estudos verificou-se que pacientes com CCU apresentam 50% de  recidivas do câncer no primeiro ano após o término do tratamento, 85% das recidivas são detectadas após dois anos,em cinco anos detecta-se 95% das recidivas (Oliveira 2011).Por isso estão sempre muito sensíveis, depressivas, raivosas, apáticas e, em muitos casos querendo até desistir do tratamento.  E nessa interface entra o enfermeiro atuando como conselheiro, administrando qualquer estado psicológico que se encontre a paciente sempre a incentivando a prosseguir com o tratamento. A utilização da quimioterapia antineoplásica, como recurso terapêutico sistêmico contra o câncer, vem se mostrando sempre mais promissora, dadas as purificações das drogas e a elaboração de protocolos de administração que permitem a utilização de mais de um composto, concomitantemente, bem como o contorno dos efeitos colaterais mediante aplicação de terapia sintomática, de resgate e protetora (JORGE, SILVA 2010).

 

Resultados

 

Na atuação da equipe de enfermagem  no programa social ESF na prevenção do CCU Segundo estudo elaborado por Vasconcelos et al (2011)devem existir quatro elementos básicos:

  • Prevenção primária
  • Detecção precoce
  • Diagnóstico/tratamento
  • Cuidados paliativos.

 Desses, a detecção precoce é a modalidade mais efetiva. Um dos propósitos da Prática Baseada em Evidências é encorajar a utilização de resultados de pesquisa junto à assistência prestada, reforçando a importância da pesquisa para a prática clínica. 

Após analisadas, as intervenções foram categorizadas, de acordo com um sistema de classificação previamente desenvolvido, em:

  • Comportamentais
  • Cognitivas
  • Sociais

Intervenções Comportamentais

As intervenções comportamentais, que utilizaram como estratégia os lembretes (cartas ou telefonemas), se mostraram eficazes em relação à detecção precoce do CCU, seja aumentando a adesão ao exame, ou elevando o número de retornos de mulheres com exames alterados. Essas intervenções partem do pressuposto que as pessoas precisariam somente de um estímulo (lembrete) para praticar a conduta adequada. No caso das mulheres, esse estímulo pode ser feito por meio de ligações telefônicas ou cartas lembrete, para estimular a realização do exame ou o do retorno(11). No caso dos profissionais, geralmente são utilizados lembretes gráficos no prontuário das pacientes ou na ficha de admissão, para que os mesmos façam o rastreamento e reforcem a importância da realização do exame naquele momento(VASCONCELOS et al 2011).

Intervenções cognitivas

A estratégia de enviar cartas ou panfletos educativos, com linguagem simples, abordando aspectos relacionados aos exames de detecção precoce, teve impacto positivo no conhecimento das mulheres, embora nem sempre isso significasse melhora na prática do exame(11,13-14).

A fim de avaliar os efeitos no nível de conhecimento e ansiedade das mulheres, com colposcopia agendada devido a exame citológico alterado, foi enviado, pelo correio, panfleto educativo contendo informações sobre o exame colposcópico (VASCONCELOS et al 2011).

Intervenções sociais

As intervenções sociais descritas sugerem a utilização de profissionais específicos(18-19), como a enfermeira promotora de saúde, ou mudanças no sistema de atendimento vigente(11,18), a fim de melhorar a qualidade da assistência prestada em relação ao rastreamento do CCU(VASCONCELOS et al 2011).

 

Os resultados encontrados nesse trabalho,são alarmantes.Porque demonstra números crescentes da doença e de sua mortalidade mesmo com todo avanço da tecnologia em exames para detecção e tratamento da doença falados nos estudos de Bastos (2010) ,Vidal ( 2009) e Vale et al (2010);aderência da população ao exame preventivo que é indiferente da situação socio-econômica (DIONÍZIO 2008) e cobertura da população considerada de risco para o acometimento da mesma. Esse trabalho também confirma uma grande fragmentação do acompanhamento das mulheres depois que são encaminhadas para centros de referência, mesmo que sendo na mesma cidade segundo o trabalho de Gomes (2009).Isso se deve a falta de mecanismos de comunicação entre as duas entidades para se ter notícias da paciente.Como diagnóstico,estadiamento da doença tratamento,aderência da paciente ao mesmo,evolução do tratamento e mortes.Todas  essas informações são de grande importância para a assistência básica, pois só assim eles podem avaliar o seu trabalho inicial e consequentemente o melhorar. O SUS precisa adaptar melhor e implementar uma padronização no que é considerado aceitável em um resultado de exame preventivo e modo de sua coleta segundo estudo do NASCIMENTO (2011).E que diante do números  a secretaria Municipal,Estadual e Federal possam tomar uma atitude resolutiva para grandioso problema.

 

Discussão

 

A inclusão da vacina no PNI contra os sorotipos cancerígenos do HPV o 16-18 sugerido por (ANDRADE 2010) ao meu ponto de vista será uma realidade longe de ser alcançada,graças ao seu alto custo financeiro, cerca de 400,00 a dose;o que não seria nada interessante para o governo , e pelo fato de que vai proteger parcialmente a mulher tendo em vista que existe muitos outros sorotipos cancerígenos que não estão incluso nessa vacina.

O excesso de exames realizados pelas mulheres anualmente mostram uma descredibilidade dos resultados ou mesmo falta de esclarecimento já que o mesmo deveria acontecer  1 vez por ano durante 2 anos seguidos ,nãoapresentando nenhuma alteração passando a ser uma vez a cada 3 anos. O que seria na minha opnião de grande validade para a saúde pública e da mulher,seria fazer um exame em cada mulher para identificar nela o sorotipo de seu HPV ,tendo em vista que a cada 5 mulheres 4 possuam o vírus;e as que forem detectadas com o sorotipo oncongênico,serem alertadas de que precisam fazer um acompanhamento mais criterioso.Lembrando-as que elas não estão com câncer e sim possuem uma lesão cujo vírus pode desencadear ele se não tratada.E isso não acontece do dia para noite é uma doença de evolução muito lenta,sendo necessário ,tendo em vista tal resultado seu retorno anual para o exame preventivo.

Acredito que se os profissionais de saúde parassem de tratar as pessoas "usuários" do SUS como ignorantes as coisas poderiam melhorar.Amelhor forma de começar ,e com a educação, conhecimento não foi feito para ficar guardado em uma gaveta.O conhecimento só é válido quando ele é levado ao conhecimento de outras pessoas fazendo assim a diferença.

Conclusão

O trabalho desenvolvido contou com rico material de apoio,embora mostre uma realidade não tão satisfatória para a saúde do Brasil,que hoje ocupa 6° lugar nos parâmetro de economia mundial e relacionado a saúde se equipara com países que ocupam o 72° lugar na mesma categoria relacionados  saúde como Guiné Bissau por exemplo.

Está na hora de uma mudança ;como pode um país rico tratar tão mau seus cidadãos?

A saúde pede socorro pela sua qualidade.Nós profissionais queremos oferecer o melhor sem ter.

Precisamos de mais treinamento,mais materiais,mais centros referenciados disponíveis,mais medicações para evitar interrupção dos tratamentos,salários  justos compatíveis com a nossa responsabilidade e carga horária.

Um ótimo exemplo de como são válidos os cursos de atualização e aperfeiçoamento é o CAPACITA COREN,que é de graça e conta sempre com um grande número de ouvintes em busca de agregar conhecimentos.O que demonstra que há interesse por parte da equipe de saúde em sempre estar se aprimorando.E mais iniciativas como estas são de grande valor para a nossa categoria que só tem a ganhar.

 

 REFERÊNCIAS

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CÉRVICOUTERINO

REALIZADOS PELAS EQUIPES

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Estabelece recursos adicionais para o fortalecimento das ações de rastreamento e

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