ATIVIDADE EDUCATIVA EM GRUPO, VOLTADA AOS FAMILIARES E PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE - CAPS GERAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

INTRODUÇÃO: Por muitos séculos as pessoas com transtornos mentais foram isoladas do convívio da sociedade, pois desconheciam a doença e não aceitava que aquele ser humano que tinha atitudes diferentes pudesse conviver em comunidade dita sadia. Atualmente, as atitudes negativas ainda os afastam da sociedade, porém de maneiras mais sutis, mas com a mesma efetividade. O pesar do sofrer psíquico também tem sua extensão na família, a carência de informações, de apoio, de orientações, evidencia a fragilidade do núcleo familiar, além disso, traz à tona a questão do fardo atribuído à família que recebe a maior carga do cuidado com o seu doente OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem durante a realização de um estágio curricular da Disciplina Saúde Mental na Unidade CAPS Geral situado no Distrito Municipal da Jurema Caucaia- Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência tendo como vivência a atividade realizada por acadêmicos do 5º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Terra Nordeste Caucaia-Ce, durante as aulas práticas da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental. Foi colhido informações dos pacientes e familiares com sofrimento mental no período 10 a 20 de maio de 2012, onde realizamos abordagem com grupo focal e terapia em grupo utilizando a técnica da dinâmica de início para deixá-los mais à vontade e podermos abordar assuntos relacionados à educação em saúde aos pacientes e familiares de pacientes com diversos transtornos mentais, assistidos pela equipe multidisciplinar dessa Unidade de Saúde, dos que estavam presentes para atendimento, alguns foram então selecionados e convidados a participar do grupo de promoção à saúde. Na ação educativa houve uma roda de conversa, onde constatamos que as famílias ainda são muito carentes de informações e orientações, percebemos também que às vezes muitas delas são sobrecarregadas, diante da falta de apoio e ajuda nesses cuidados. Realizamos então uma explanação às famílias sobre os diversos transtornos mentais, explicando porque eles ocorrem, quais os fatores envolvidos e principalmente como lidar com esses pacientes, enfatizando os cuidados e atenção que devem ser dispensados a eles. Também enfatizamos a importância da autoestima, o respeito e a liberdade de expressão. CONCLUSÃO: A atividade gerou uma discussão rica entre os acadêmicos e os familiares, onde estes puderam sanar suas dúvidas e relatar suas experiências.  A atenção básica deve desenvolver um olhar mais amplo em relação a essas famílias e pacientes, devendo atuar efetivamente no contexto em que elas vivem. A falta de orientação pode fazer com que surjam conflitos e estresse entre o paciente e a dinâmica familiar, o que trás prejuízos para o processo terapêutico. A receptividade foi calorosa, compartilhamos experiências. Percebemos afetividade presente e depoimentos fortes, onde um dos pacientes referiu sentir muita falta do pai falecido. Foi muito gratificante compartilhar conhecimento e perceber o contentamento dos componentes deste grupo na inserção da atividade executada.