A sociedade atual é marcada por profundas desigualdades e preconceitos. E em uma sociedade em que o preconceito e a discriminação falam tão alto até para as pessoas ditas "normais", as pessoas com deficiência muitas vezes são vistas como anormais e incapazes, tanto no ambiente familiar como no ambiente escolar. Felizmente nos últimos anos tem acontecido uma política de inserção dessas pessoas, para que as mesmas possam conviver com os outros e usufruir de todos os bens e serviços disponíveis na sociedade.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE), lentamente vem sendo implantado nas escolas contribuindo para minimizar o preconceito e promover a integração das pessoas com deficiência na sociedade na qual está inserido.

Como ressalta Prieto, (2006, p. 40):

A educação inclusiva tem sido caracterizada como um "novo paradigma", que se constitui pelo apreço a diversidade como condição a ser valorizada, pois é benéfica à escolarização de todas as pessoas, pelo respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem e pela proposição de outras práticas pedagógicas, o que exige ruptura com o instituído na sociedade e, consequentemente, nos sistemas de ensino.

Portanto, é necessário oferecermos uma educação que proporcione uma aprendizagem integral para todos os estudantes.E para que essa aprendizagem realmente se efetive no âmbito escolar muitos paradigmas precisam ser quebrados, os educadores devem ter em mente de todos podem aprender, mas para isso necessitam de subsídios e atenção, ou seja, o educador precisa apresentar metodologia diferenciada para um público diferenciado, como também deve rever seus conceitos de avaliação, pois aquela "velha" avaliação quantitativa e classificatória que ainda persiste em muitas Instituições de Ensino, está ultrapassada e não condiz com a proposta de inclusão propagada hoje. A avaliação deve funcionar como um ponto de partida para direcionar a aprendizagem do aluno e não como forma de puni-los e classificá-los como bons ou ruins.

Dessa forma o AEE é um valioso instrumento para promover respeito e valorização da pessoa com deficiência, mas para que esse atendimento tenha realmente a eficácia a que se propõe é necessário que o educador se capacite constantemente, para atender esses alunos, afinal de contas o professor da Sala de AEE vai trabalhar em parceria com o professor titular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONTOAN, Maria Teresa Eglér e PRIETO, Rosângela Gavioli: Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006.