Ao observar meus colegas de profissão e de cargo, tenho identificado dois perfis básicos de Atendimento no meio publicitário...o 8 e o 80.

O 80 é o tipo mais comum de Atendimento: aquele que se curva quase 90 graus para atender o cliente. Não tem senso crítico, esfola a criação e muitas vezes até a rentabilidade da conta para atender aos caprichos daquele que "paga os nossos salários".

O segundo tipo, menos comum, porem igualmente nocivo a nossa categoria é o Atendimento 8: aquele que não faz o mínimo de esforço para elevar a angulação do nivel de satisfação do cliente, "afinal, devemos seguir o contrato" ainda que a rentabilidade da conta (ou até a própria conta) vá para o espaço.

Um, é escravo do cliente. Afinal, o cliente tem sempre razão.
O outro, é escravo do processo. Afinal o processo tem sempre razão.

E nem um dos dois aprendeu que de fato o SEGREDO da nossa função é GERENCIAR.

E gerenciar não é se escorar no cliente, nem no processo. Não é obedecer cegamente as regras ou o cliente.

Gerenciar é pensar.
Gerenciar é entender que o único que tem sempre razão é o bom senso! E é a ele, e somente a ele que devemos sempre sevir.

O prazo é curto e o cliente quer isso o mais rápido possível.
Faço o que ele quer? Ou defendo o prazo estipulado em contrato?

DEPENDE.

O que é mais interessante para você e para conta?
O relacionamento com o cliente está bom?
Esse job é um job importante?
Tenho capacidade de entregar sem comprometer minha rentabilidade?
É politicamente interessante para a agência?
Esse trabalho poderá render outros projetos?

A decisão está nas nossas mãos.
As vezes pode ser 8...as vezes 80...
Não tem nada demais em se esforçar para atender uma urgência do cliente, se isso for interessante para você. Assim como não vejo problema algum em defender o processo, quando fugir dele irá prejudicar a conta. É uma simples questão de bom senso pautada, NÃO no cliente, NEM no processo, mas nas metas e estratégias que você traçou para a gestão desse cliente naquele ano.