ATENÇÃO: VÍRUS GABRIELÃO ATACA COMPETÊNCIA PROFISSIONAL

Música Gabriela, Cravo e Canela
"Eu nasci assim, eu cresci assim
Eu sou mesmo assim
Vou ser sempre assim
Gabriela, sempre gabriela
Eu sou sempre igual...
Gal Costa

No ambiente de trabalho, além da competência técnica, o profissional precisa apresentar outras competências, ser habilidoso e ter conhecimento específico sobre a função desempenhada, é apenas uma parte da necessidade exigida no mercado profissional.
A pessoa que diz: "eu sou assim mesmo!". Além de demonstrar inflexibilidade é um grande contador de causo, ninguém nasce com 1,70m, calçando mais de 36 e com carteira de trabalho.
O vírus Gabrielão é um derivativo da família Gabriela, Cravo e Canela. Acomete pessoas que repetem ou se comportam como se a vida fosse imutável. Alguns dos sintomas: não gostam de ouvir críticas; cantam com frequência "eu nasci assim..." ou dizem "eu sou assim mesmo...é o meu jeito... não vou mudar só para agradar os outros..."; capacidade limitada de se colocar no lugar do outro; inflexibilidade e dificuldade com mudanças.
Em maior ou menor grau temos um sentido de autopreservação e as mudanças assustam, geram desconforto. Afinal, sair do conhecido para o desconhecido gera uma sensação de estranheza. O ser humano já nasce chorando, o bebezinho ao mudar de ambiente emite seu primeiro e estrondoso choro. O que aconteceu? Ele mudou de um lugar protegido, para um lugar diferente e que exigem comportamentos diferentes, como o contato com o ar, sonoridade, luminosidade e sensação tátil.
Provavelmente passou um filminho na sua cabeça, lembrando de alguém que você conhece. Mas antes de imaginar um colega de trabalho ou uma pessoa próxima, pense em você. Como anda sua habilidade de mudança, aceitação de críticas, capacidade de se colocar no lugar do outro?
Antes de procurar o vírus Gabrielão nos outros, vamos buscá-lo dentro de nós mesmos. Primeiro é necessário diagnosticar se ele está ativo ou inativo dentro do nosso sistema. Talvez o maior mal desse vírus seja a dificuldade de autodiagnóstico, pois aquele que é acometido por ele, não reconhece sua existência e seus sintomas.
Na presença dos sintomas apresentados, indicamos os seguintes remédios para quem convive com o portador do vírus Gabrielão: afeto, compreensão, boa vontade, honestidade e principalmente muito diálogo.
Para quem tem o vírus Gabrielão: reflexão, reavaliação da atitude consigo mesmo e com os outros, disponibilidade para ouvir e vontade de mudar.