Diante dos problemas da seca, das condições climáticas difícis e da  falta de serviços de base, os detidos dos campos de Tindouf, sudeste da Argélia contemplam o mês sagrado do Ramadã, de acordo com as informações dos detidos  em situação de fragilidade e de deterioração de condições de uma vida digna, com a grave escassez de alimentos básicos, especialmente o leite e as tâmaras.

Muitos dos relatórios de direitos humanos publicados no início deste mês sagrado indicam que os campos de detidos na região de Tindouf da Argélia estão vivendo em condições miseráveis, entre os  maus-tratos, abusos e à negação de todos os direitos fundamentais. E  de acordo com as informações dos campos, o risco o mais proeminente é o sofrimento que se amplia cada vez que as pessoas acreditam nas manobras da quadrilha de Polisário enraizada  no Saara argelino: levando a desnutrição, sem cuidados nem  medicamentos para as crianças, as mulheres e os velhos; privados de documentos de identidade ou de direitos sociais e econômicos, graças ao controle das milícias de Polisário, do exército argelino e da sua inteligência, preocupados com a fuga dos detidos sarauís em direção da pátria, Marrocos.

Os Campos de Tindouf qualificados pelos  relatórios como "inferno", por causa da inexistência de mínimas condições  de vida, para o povo circado na base de uma tenda órfão dos meados dos anos setenta do século passado, sem condições materiais nem tendas inadequada para  acomodar as famílias que se multiplicam, sem que a Polisário tome medidas urgentes para construir outras casas ou planejar o aumento desta população, o que provoca muita fragmentação dentro das pessoas vulneráveis.

 De acordo com as informações, esses campos de detidos estão na margem de uma fome violenta, por causa do comportamento dos líderes do separatista da Frente Polisário, cúmplice de alguns generais argelinos responsáveis pelos produtos e alimentos comercializados no mercado negro, destinado aos detidos pelas organizações humanitárias e pelas Nações Unidas, transformando seus sofrimentos em uma  moeda de troca comercial,  resultado de actos criminosos de fome e de desabrigos.

Estas  informações forma confirmadas graças aos testemunhos  daqueles que retornaram para Marrocos depois de escapar do circo da Polisário. Eles  descrivem o sofrimento dos detidos, através do comportamento dos líderes da Frente Polisario e de seus crimes condenados pela  justiça internacional, como a exploração sexual, a violência, a tortura e o  tráfico das crianças e  as detenções arbitrárias. Estes atos e práticas condenáveis foram denunciadas por muitas organizações de direitos humanos, as que visitaram esses campos, incluindo a Human Rights Watch que confirmou mais de uma vez em seus relatórios que as mulheres sarauís enfrentam nos campos de Tindouf o fenômeno do casamento forçado e o estupro de crianças, exploradas na prostituição e na pornografia..

O dito árabe, ‘para qualquer paciência tem limites’, leva a dizer que este povo marginalizado no coração do saara da Argélia, planeja de acordo com alguns sites de notícias dirigir uma mensagem ao Secretário-Geral das Nações Unidas e ao Conselho de Segurança da ONU,  para reiterar a denuncia e ampliar a base de participação nas negociações entre a Frente Polisário e Marrocos, ao envolver todos os anciãos, com vista a chegar a uma solução política definitiva para acabar com o sofrimento dos detidos sarauís.

Até quando o mundo continua assistindo a esta tragédia humana?

Lahcen EL MOUTAQI