ATÉ QUANDO A EDUCAÇÃO VAI PERMANECER EM SEGUNDO PLANO NO BRASIL.

Marcio Rogério Martins, Psicopedagogo, coordenador de Educação da cidade de Onda Verde e docente na FAMERP.

Após o término da copa do mundo na áfrica do Sul, iniciou-se uma nova batalha, pois em 2014, é isso mesmo, daqui quatro anos o maior evento esportivo estará sendo sediado no brasil. Ai vai minha pergunda se é que alguém tem alguma resposta.
Até quando o futebol será mais valorizado que a educação no Brasil?
Caso alguém tenha uma resposta gostaria que me encaminha-se, mas que essa resposta possa ser verdadeiramente convincente, pois de respostas sem fundamento, estou cheio. Juntamente com o futebol inicia-se também a luta eleitoral, que para milhões de brasileiros nada adianta, pois o analfabetismo os impedem de entender todo esse jogo de interesses pela presidência da republica, pelos governos estaduais e por representações estaduais e federais mediante aos cargos de deputados. Mas não é de eleições a que venho dedicar meu precioso tempo para escrever, mas sim de educação, ou melhor, de uma educação que todos possam ter acesso, podendo assim verdadeiramente aprender e construir seu próprio conhecimento. Antes mesmo de chegar a uma solução para a educação no Brasil, deve conhecer números importantes que na maioria das vezes não são divulgados e se são poucos têm acesso. Segundo artigo publicado na revista veja do dia 28 de julho de 2010 com o tema "A urna e a escola", O tribunal Superior eleitoral divulgou na semana passada o tamanho e o perfil do eleitorado brasileiro. Quanto ao grau de instrução, dos 135,8 milhões de eleitores, 5,9% são analfabetos, 14,6% dizem saber ler e escrever, mas não freqüentam a escola e 33% freqüentaram a escola , mas não chegaram a concluir o 1 grau.Na soma das três categorias, 53,5% do eleitorado na maioria das hipóteses resvalou pela escola e os outros 46,5% tem pelo menos o 1 grau completo.Como resolver o problema do precário nível educacional dos eleitorados?
Mediante os números tão alarmantes muitos pensaram em cassação dos direitos políticos dos analfabetos, mas isso não resolve se pensarmos que a educação vai muito além dos conhecimentos adquiridos dentro do contexto escolar. Está na hora de deixar-mos os debates ideológicos, teóricos e políticos e iniciar-mos um verdadeiro plano de educação, onde deve-se pensar em metas, objetivos, estratégias, propostas e propósitos de trabalho que possam nortear a educação no Brasil.De acordo com a reportagem editada na revista veja no dia 30 de junho de 2010, Jairo Ribeiro coordenador da ONG"Parceiros da Educação",entregou um resumo de uma proposta para o avanço da educação brasileira para os três principais candidatos a presidência: Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva. De acordo com o documento o propósito e trazer melhorias para o ensino dentro de sete eixos citados abaixo:
Criar lei de responsabilidade educacional: as secretarias municipais e estaduais passariam a prestar contas ao MEC sobre o uso das verbas e Ministério elaboras um conjunto de metas sobre a aplicação dos recursos.
Elaborar um currículo nacional unificado: elaboração de um currículo básico especificando claramente o que se espera de cada ano escolar. Os currículos escolares são raridade no Brasil(apenas 6 estados contam com um).
Flexibilizar o ensino médio: reformulação do currículo e das disciplinas para que o aluno sai mais preparado para a carreira que escolher.
Dar mais autonomia aos diretores: O MEC deve incentivar as secretarias de educação a conferir mais poder aos diretores de escolas.
Oferecer formação Prática aos professores: Formar o professor com uma visão mais realista de sala de aula e isso deverá começar pelas faculdades que verão se adequar para ensinar o professor a ensinar.
Premiar os bons professores: Universalizar um sistema baseado na meritocracia, com isso os professores que alcançasse bons resultados em sala de aula e em avaliações receberiam incentivos financeiros.
Ampliar a jornada escolar: A idéia é que o MEC apóie financeiramente os estados e municípios para que consigam ampliar pelo menos uma hora mais por dia na escola.

Bem sabemos que idéias e propostas existem e devem ser discutidas pelo Ministro da educação e todo o grupo responsável pela elaboração de projetos e estudos para a melhoria da educação no Brasil (MEC), acredita-se que é hora de mudança, e uma mudança radical, onde a educação possa fazer parte da linha de frente, mediante as transformações que nosso país. Deixo aqui uma,das muitas propostas que já foram ou estão sendo encaminhadas as autoridades competentes para serem estudadas, afim de que se garanta uma melhoria na qualidade da educação brasileira.