Aspectos da morbidade e mortalidade associados com as ulcerações na síndrome do imobilismo
Publicado em 11 de agosto de 2009 por EDSON COSTA
As úlceras de pressão são responsáveis por um alto índice de morbidade e mortalidade, gerando situações de difícil manejo. As úlceras são formadas a partir do momento em que os elementos responsáveis pela cicatrização estão deficientes, determinando a cronicidade da ferida, além da interferência dos fatores extrínsecos, sendo classificadas em quatro estágios.
Úlceras de pressão são comuns em pacientes acamados, idosos e subnutridos e podem ocorrer em pacientes terminais devido à imobilidade, incontinência fecal e urinária e imunodepressão. Além disso, a contaminação das úlceras de pressão aumentam o risco de sepsis e podem piorar o estado nutricional.
Etiologia
A úlcera de decúbito é uma lesão causada por forças de compressão na imobilidade do paciente. Podem estar comprometidas a epiderme, a derme e a hipoderme. Ela se forma em pacientes acamados onde a prevenção se torna mais importante do que a cura (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
Pode comprometer, também, pacientes terminais devido a imobilidade. A contaminação das escaras podem piorar o estado nutricional e aumentam o risco de sepses (CUNHA e colaboradores, 2000).
Diagnóstico
A causa da úlcera de decúbito é uma compressão de uma área do corpo sobre a superfície do colchão, aparelho gessado ou cadeira , diminuindo o fluxo sangüíneo. Sem fluxo sangüíneo, morrem as células por faltar nutrição e oxigênio (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
Ocorre devido a imobilidade, imunodepressão, incontinência urinária e fecal (CUNHA e colaboradores, 2000).
Sinais Clínicos
Eritema; Edema; Anóxia dos tecidos (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
As úlceras de pressão podem progredir para :
Estágio I, onde se forma um eritema da pele intacta. Em pessoas de pele mais escura, o calor, a descoloração da pele, o edema, e o endurecimento podem ser também os indicadores.
Estágio II: Ocorre a perda parcial da pele, onde a derme, a epiderme, ou ambos estão envolvidos. A úlcera se apresenta como uma bolha, ou um abrasão.
Estágio III: Ocorre a perda total da espessura da pele, havendo necrose do tecido.
Estágio IV: Ocorre a perda total da espessura da pele, havendo uma destruição extensa, podendo danificar músculos, ossos, tendões (BERGSTROM.N, 1994).
Prevenção
A higiene pessoal tem como objetivos: limpeza, manter a integridade cutâneo mucosa, estimular a circulação e o movimento passivo dos membros e deixar o paciente confortável.
Manter a higiene do paciente, deixando-o livre das impurezas, excreções, secreções e odores contribui para a manutenção da integridade da pele, protegendo-o contra as infecções.
A mudança de decúbito, além de auxiliar na drenagem das secreções, previne escaras que são resultantes da pressão contínua nas proeminências ósseas que estão em contato com o colchão (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
A úlcera de decúbito também pode ser evitada usando equipamentos e materiais adequados q aliviam a pressão como travesseiros almofadas de espuma q são usadas para manter as proeminências ósseas longe do contato direto com o colchão, e cuidados com os aspectos nutricionais.
Procurar diminuir os fatores ambientais q podem levar ao ressecamento da pele como: exposição ao frio, umidade baixa (BERGASTROM e colaboradores, 1992).
Tratamento Medicamentoso
Em processo de cicatrização , há necessidade da vitamina C. A vitamina K é outro elemento importante, mas pode causar sangramento interferindo no processo de cicatrização.
A água oxigenada é indicada para remover o tecido que está necrosado, porém, alguns trabalhos dizem que esta solução causa danos para o processo de cicatrização.
O álcool etílico a 70% destrói em cerca de 2 minutos a proteína bacteriana, mas pode causar irritação local.
Quando a infecção está presente, tem se usado apenas água destilada ou soro fisiológico para limpeza.
Algumas pesquisas tem demonstrado que alguns tipos de curativos oclusivos são eficientes:
- Tegarden, Opsite, Tegarden Pouch: produtos formados por filmes adesivos semipermeáveis;
- Granuflex, Dermiflex, Biofilm: ajudam o processo de desbridamento;
- Vigilon, Scherisorb, Geliperm: constituídos de hidrogel;
- Bard, Debrisan, Iodosorb: constituídos de polissacarídeos;
- Lyofoam, Synthaderm, Coraderm: são poliuretanos;
- Duoderm: sua constituição interage com o exsudato, formando um
gel sobre a ferida.
Os curativos mantém a umidade necessária para o crescimento celular (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
Existem antibióticos como vasodilatadores, inibidores de serotonina e agentes fibrinolíticos, porém não foi estabelecida para permitir sua recomendação (BERGASTROM e colaboradores, 1992).
Tratamento Fisioterápico
Movimentação Passiva:
A movimentação melhora a circulação do sangue aumentando a oferta de oxigênio para os tecidos, ajudando a evitar contraturas e também prevenindo a formação de úlceras de decúbito.
Deambulação Precoce:
Antes do paciente começar a andar, colocá-lo sentado na beira da cama, com as pernas para baixo, observar se ele possui equilíbrio de tronco e se não sente tontura.
Se o paciente apresentar condições adequadas para deambular, calçá-lo com sapatos, pois dão mais firmeza aos pés (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1992).
Terapias Coadjuvantes
Eletroterapia, Infravermelho, Irradiação com Laser de energia baixa, Ultra-Som, ajudam a melhorar o processo de cicatrização (BERGASTROM e colaboradores, 1992).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPEDELLI, M.C & GAIDZINSKI, R.R. Escaras-problemas na hospitalização(1987).
BERGASTROM, N; ALLMAM, RM; CARLSON, CE, et al. Pressure Ulcers in Adults: Predicition an Prevention (May, 1992).
Úlceras de pressão são comuns em pacientes acamados, idosos e subnutridos e podem ocorrer em pacientes terminais devido à imobilidade, incontinência fecal e urinária e imunodepressão. Além disso, a contaminação das úlceras de pressão aumentam o risco de sepsis e podem piorar o estado nutricional.
Etiologia
A úlcera de decúbito é uma lesão causada por forças de compressão na imobilidade do paciente. Podem estar comprometidas a epiderme, a derme e a hipoderme. Ela se forma em pacientes acamados onde a prevenção se torna mais importante do que a cura (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
Pode comprometer, também, pacientes terminais devido a imobilidade. A contaminação das escaras podem piorar o estado nutricional e aumentam o risco de sepses (CUNHA e colaboradores, 2000).
Diagnóstico
A causa da úlcera de decúbito é uma compressão de uma área do corpo sobre a superfície do colchão, aparelho gessado ou cadeira , diminuindo o fluxo sangüíneo. Sem fluxo sangüíneo, morrem as células por faltar nutrição e oxigênio (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
Ocorre devido a imobilidade, imunodepressão, incontinência urinária e fecal (CUNHA e colaboradores, 2000).
Sinais Clínicos
Eritema; Edema; Anóxia dos tecidos (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
As úlceras de pressão podem progredir para :
Estágio I, onde se forma um eritema da pele intacta. Em pessoas de pele mais escura, o calor, a descoloração da pele, o edema, e o endurecimento podem ser também os indicadores.
Estágio II: Ocorre a perda parcial da pele, onde a derme, a epiderme, ou ambos estão envolvidos. A úlcera se apresenta como uma bolha, ou um abrasão.
Estágio III: Ocorre a perda total da espessura da pele, havendo necrose do tecido.
Estágio IV: Ocorre a perda total da espessura da pele, havendo uma destruição extensa, podendo danificar músculos, ossos, tendões (BERGSTROM.N, 1994).
Prevenção
A higiene pessoal tem como objetivos: limpeza, manter a integridade cutâneo mucosa, estimular a circulação e o movimento passivo dos membros e deixar o paciente confortável.
Manter a higiene do paciente, deixando-o livre das impurezas, excreções, secreções e odores contribui para a manutenção da integridade da pele, protegendo-o contra as infecções.
A mudança de decúbito, além de auxiliar na drenagem das secreções, previne escaras que são resultantes da pressão contínua nas proeminências ósseas que estão em contato com o colchão (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
A úlcera de decúbito também pode ser evitada usando equipamentos e materiais adequados q aliviam a pressão como travesseiros almofadas de espuma q são usadas para manter as proeminências ósseas longe do contato direto com o colchão, e cuidados com os aspectos nutricionais.
Procurar diminuir os fatores ambientais q podem levar ao ressecamento da pele como: exposição ao frio, umidade baixa (BERGASTROM e colaboradores, 1992).
Tratamento Medicamentoso
Em processo de cicatrização , há necessidade da vitamina C. A vitamina K é outro elemento importante, mas pode causar sangramento interferindo no processo de cicatrização.
A água oxigenada é indicada para remover o tecido que está necrosado, porém, alguns trabalhos dizem que esta solução causa danos para o processo de cicatrização.
O álcool etílico a 70% destrói em cerca de 2 minutos a proteína bacteriana, mas pode causar irritação local.
Quando a infecção está presente, tem se usado apenas água destilada ou soro fisiológico para limpeza.
Algumas pesquisas tem demonstrado que alguns tipos de curativos oclusivos são eficientes:
- Tegarden, Opsite, Tegarden Pouch: produtos formados por filmes adesivos semipermeáveis;
- Granuflex, Dermiflex, Biofilm: ajudam o processo de desbridamento;
- Vigilon, Scherisorb, Geliperm: constituídos de hidrogel;
- Bard, Debrisan, Iodosorb: constituídos de polissacarídeos;
- Lyofoam, Synthaderm, Coraderm: são poliuretanos;
- Duoderm: sua constituição interage com o exsudato, formando um
gel sobre a ferida.
Os curativos mantém a umidade necessária para o crescimento celular (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1996).
Existem antibióticos como vasodilatadores, inibidores de serotonina e agentes fibrinolíticos, porém não foi estabelecida para permitir sua recomendação (BERGASTROM e colaboradores, 1992).
Tratamento Fisioterápico
Movimentação Passiva:
A movimentação melhora a circulação do sangue aumentando a oferta de oxigênio para os tecidos, ajudando a evitar contraturas e também prevenindo a formação de úlceras de decúbito.
Deambulação Precoce:
Antes do paciente começar a andar, colocá-lo sentado na beira da cama, com as pernas para baixo, observar se ele possui equilíbrio de tronco e se não sente tontura.
Se o paciente apresentar condições adequadas para deambular, calçá-lo com sapatos, pois dão mais firmeza aos pés (CAMPEDELLI; GAIDZINSKI, 1992).
Terapias Coadjuvantes
Eletroterapia, Infravermelho, Irradiação com Laser de energia baixa, Ultra-Som, ajudam a melhorar o processo de cicatrização (BERGASTROM e colaboradores, 1992).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPEDELLI, M.C & GAIDZINSKI, R.R. Escaras-problemas na hospitalização(1987).
BERGASTROM, N; ALLMAM, RM; CARLSON, CE, et al. Pressure Ulcers in Adults: Predicition an Prevention (May, 1992).