INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR - IAESB

FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS-FASB

CURSO DE ENFERMAGEM

 

                                                                 

 

 

 

 

 

 

 

 

ASCARIDÍASE

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS

2011

 

 

 

 

 

 

 

MÔNICA LETÍCIA SOUZA DA SILVA

 

 

 

 

 

 

 

 

ASCARIDÍASE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS

2011

 

 

 

 

 

 

SÚMARIO

 

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................5

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................5 

2.1.1 Morfologia.................................................................................................5

2.1.2 Biologia (Ciclo Evolutivo)..........................................................................6

2.1.3 Patogenia..................................................................................................7

2.1.4 Epidemiologia............................................................................................9

2.1.5 Diagnóstico clínico e laboratorial.............................................................10

2.1.6 Profilaxia..................................................................................................10

REFERÊNCIAS.................................................................................................12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

Segundo Costa apud Neves (2005) Os helmintos compõem um grupo bastante numeroso de animais, incluindo espécies de vida livre e de vida parasitána. Apresentam os parasitos distribuídos nos filos Platyhelminthes, Nematoda e Acanthocephala. Alguns Gordiáceos, representantes do filo Nematomorpha e conhecidos como "crina de cavalo", parasitos essencialmente de invertebrados, podem ocasionalmente causar parasitismo passageiro no ser humano sem graves conseqüências. As ocorrências de helmintos no homem  são muito comuns. Como exemplo, é sabido que cerca de 20% da população humana do mundo está parasitada por ancilostomídeos, o que equivale a mais de 1 bilhão de pessoas. Situação equivalente em relação ao Ascaris  lumbricoides. Estas infecções, em geral, resultam, para o hospedeiro, em danos que se manifestam de formas variadas.

As helmintíases e as protozooses são doenças de manifestação espectral, variando desde casos assintomáticos a leves. Nestes, os sintomas são inespecíficos, tais como anorexia, irritabilidade, distúrbios do sono, náuseas, vômitos ocasionais, dor abdominal e diarréia. Os quadros graves ocorrem em doentes com maior carga parasitária, imunodeprimidos e desnutridos. O aparecimento ou agravamento (ELIZABETE et.al.,2010).

Estas parasitoses intestinais estabelecem-se como um grande problema de saúde pública, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, onde o Brasil se engloba, estas, são frequentemente tratadas na atenção Primária à Saúde, no âmbito dos programas de saúde da família (PSF).

A prevalência de parasitoses é alta em locais nos quais as condições de vida e de saneamento básico são insatisfatórias ou inexistentes. O desconhecimento de princípios de higiene pessoal e de cuidados na preparação dos alimentos facilita a infecção e predispõe a reinfecção em áreas endêmicas. Na América Latina e Caribe, cerca de 200 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza; 2,4 bilhões não têm saneamento básico; um bilhão de adultos é analfabeto; 110 milhões de crianças na idade escolar estão fora da escola, dentre as quais 60% são meninas; um bilhão de pessoas não tem acesso à água potável; 790 milhões não têm nutrição adequada.O acentuado êxodo rural e o acelerado crescimento das favelas associados a esses fatores aumentam as chances de exposição a inúmeras doenças, dentre elas as parasitoses. (ELIZABETE et.al.,2010).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO  

 

2.1.1 Morfologia

 

Segundo Silva e Massara apud Neves (2005), O estudo da morfologia dos ascarís é feito sempre observando as fases evolutivas do seu ciclo (macho, fêmea, ovos). As formas na fase adulta são longas, robustas, cilíndricas e possuem as extremidades afiladas. Porém é importante ressaltar que o tamanho dos exemplares de A. lumbricóides está direcionado ao número de parasitos albergados e estado nutricional do hospedeiro. Os machos medem entre 20 e 30 cm de comprimento e apresentam cor leitosa. A boca ou vestíbulo bucal localiza-se na extremidade anterior, e é contornado por três fortes lábios com semelhança de dentículos e sem interlábios. Seguindo a boca temos o esôfago musculoso e, logo após, o intestino retilíneo. O reto é encontrado próximo a extremidade posterior. Apresenta um testículo filiforme e enovelado, que se diferencia em canal deferente, continua pelo canal ejaculador, abrindo-se na cloaca, localizada próximo a extremidade posterior. Apresentam ainda dois espículos iguais que funcionam como órgãos acessórios da cópula. Não possuem gubernáculo. A extremidade posterior fortemente encurvada para a face ventral é o caráter sexual externo que o diferencia facilmente da fêmea. Notam-se ainda na cauda papilas pré e cloacais. Já as fêmeas são cerca de 10 cm maiores que os machos e mais robustas. A cor, a boca e o aparelho digestivo são semelhantes aos do macho. Apresentam dois ovários tiliformes e enovelados que continuam como  ovidutos, diferenciando em úteros que vão se unir em uma  única vagina, que se exterioriza pela vulva, localizada no terço anterior do parasito. A extremidade posterior da fêmea é retilínea.Os ovos são brancos e adquirem cor  castanha devido ao contato com as fezes. São grandes, com cerca de 50 pm de diâmetro, ovais e com cápsula espessa, em razão da membrana externa mamilonada, secretada pela  parede uterina e formada por mucopolissacarídeos. A essa membrana  seguem-se uma membrana média constituída de quitina e proteína e outra mais interna, delgada e impermeável à água constituída  de 25% de proteínas e 75% de  lipídios. Esta Última  camada confere ao ovo grande resistência às condições adversas do ambiente. Internamente, os ovos dos ascarídeos apresentam uma massa de células germinativas. Frequentemente podemos encontrar nas fezes ovos inférteis. São mais alongados, possuem membrana mamilonada mais delgada e o citoplasma granuloso. Algumas vezes, ovos férteis podem apresentar-se  sem a membrana mamilonada.

 

2.1.2 Biologia (Ciclo Evolutivo)

 

 

 

A contaminação por ascaris se dá pela ingestão de seus ovos,geralmente encontrados no solo,água,alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com as  fezes.

Segundo Silva ; Massara apud Neves (2005);

 

É do tipo monoxênico, isto é, possuem um único hospedeiro. Cada fêmea fecundada é capaz de colocar, por dia, cerca de 200.000 ovos não-embrionados. que chegam ao ambiente juntamente com as fezes. Os ovos férteis-em presença de temperatura  entre 25°C e 30°C, umidade mínima de 70% e oxigênio em abundância tomam-se embrionados em  15 dias.
      

 

No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas (ARAGUAIA, 2011).

 

A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano. No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva. Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho. Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia. Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe. Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos. Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses. Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.

 

2.1.3 Patogenia

 

 

 

As complicações da ascaridíase são mais prováveis em infestações maciças, obviadas pela eliminação de vermes. Em áreas endêmicas, a ascaridíase causa 27% dos episódios de suboclusão intestinal e 77% dos problemas biliopancreáticos em Pediatria(1-2). A afecção hepatobiliar é típica de pré-escolares e soma 30% dos casos de ascaridíase complicada na infância: 6% dos casos requerem intervenção cirúrgica ou endoscópica. Menos de 1% apresentarão uma massa hepática de vermes e tecido necrótico ("abscesso")(COSTA;MACEDO;ALMEIDA,1999)

 

 

Os vermes nas vias biliares são capazes de causar obstrução mecânica, espasmo do esfíncter de Oddi, inflamação e estenose. A migração biliar dos vermes está atribuida à superinfestação, à idade jovem, à imunossupressão e à desnutrição. A apresentação mais comum é a cólica biliar. As formas complexas (colangite, colecistite, obstrução de vias biliares, "abscesso" hepático, colilitíase e pancreatite) são menos comuns (JESUS; RAPOZO; GUAZELLI, 2004).

Em infecções de baixa intensidade, normalmente não se observa nenhuma alteração. Em infecções maciças encontramos lesões hepáticas e pulmonares. No  figado, quando são encontradas numerosas formas larvares migrando pelo parênquima, podem ser vistos pequenos focos hemorrágicos e de necrose  que futuramente tomam-se fibrosados. Nos pulmões ocorrem vários pontos hemorrágicos na passagem das larvas para os alvéolos. Na realidade, a migração das larvas pelos alvéolos pulmonares, dependendo do número de formas presentes, pode determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispnéia e eosinofilia. Há edemaciação dos alvéolos com infiltrado parenquimatoso eosinofilico, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia (a este conjunto de sinais denomina-se síndrome de Loeffler). Na tosse produtiva (com muco) o catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas do helminto. Estas manifestações geralmente ocorrem em crianças e estão associadas ao estado nutricional e imunitário das mesmas (SILVA E MASSARA apud NEVES, 2005).

Segundo Jesus; Rapozo; Guazelli (2004), Na ascaridíase biliar as lesões são causadas diretamente pela presença do verme nas vias biliares ou induzindo espasmo esfinctérico e reação inflamatória, granulomas do tipo corpo estranho, fibrose e estenose. Desta forma pode se apresentar como dor abdominal autolimitada em quadrante abdominal direito superior, semelhante às cólicas biliares ou, raramente, evoluir a partir daí, pela deflagração de uma resposta endógena auto-perpetuante, pela instituição de lesão irreversível ou pela persistência do verme na via biliar, com quadros de colangite aguda ou subaguda, colecistite acalculosa, icterícia obstrutiva, abscessos hepáticos, litíase biliar sobre reliquat de vermes mortos, pancreatite ou suas seqüelas e, raramente, massa hepática (forma crônica de reação à presença de vermes intra-hepáticos).

De acordo comSilva ; Massara apud Neves, 2005) :

 

Nas fêmeas Em infecções de baixa intensidade,  três a quatro vermes,o hospedeiro não apresenta manifestação clinica. Já nas infecções médias, 30 a 40 vermes, ou maciças, 100 ou mais vermes, podemos encontrar as seguintes alterações: ação espoliadora: os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas A e C, levando o paciente, principalmente crianças, a subnutrição e depauperamento físico e mental; ação tóxica:  reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro, causando edema, urticária, convulsões epileptiformes etc.; ação mecânica: causam irritação na parede e podem enovelar-se na luz intestinal, levando à sua obstrução.Este quadro parece não ser incomum e Silva e cols. (1 997) após estudos realizados em sete países com diferentes níveis de prevalências de ascaridíase concluíram que a obstrução intestinal é  a mais comum das complicações agudas contabilizando três quartos de todas as complicações. As crianças são mais propensas a este tipo de complicação, causada principalmente pelo menor tamanho do intestino delgado e pela intensa carga parasitária; localização ectópica: nos casos de pacientes com altas cargas parasitárias ou ainda em que o verme sofra alguma ação imtativa, a exemplo de febre, uso impróprio de medicamento e ingestão de alimentos muito condimentados o helminto desloca-se de seu hábitat normal  atingindo  locais não-habituais. Aos vermes que  fazem esta migração dá-se o nome de "áscaris errático".

 

 

2.1.4 Epidemiologia

 

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a porcentagem da população servida por rede de água é menor na zona rural em relação à urbana em todas as regiões do Brasil, com uma diferença de 91,9% para 25,2%. Há também uma menor cobertura de esgotamento sanitário na zona rural em relação à urbana. Em algumas regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), essa cobertura é menor que 60%, inclusive na zona urbana. Isso demonstra que grande parte da população brasileira se encontra em condições facilitadoras para aquisição de enteroparasitoses.(ELIZABETE et.al.,2010)

 

Segundo Rey (2001):

 

 

A espécie Ascaris lumbricoides é uma das mais prevalentes em todo o mundo. Sua presença está relacionada a fatores como baixo nível socioeconômico, precárias condições de saneamento básico, de higiene pessoal e de alimentos. Os ovos dessa espécie são viáveis no solo durante meses ou anos e, quando em condições favoráveis de temperatura e umidade, permitem que o peridomicílio funcione como foco de infecção e reinfecção.

 

 

 

 

 

Ascaridíase, tricuríase, infecções por ancilostomídeos e algumas helmintíases intestinais estão listadas entre as doenças negligenciadas ou doenças tropicais negligenciadas, embora algumas não sejam restritas às regiões tropical e subtropical. São concentradas nas populações mais pobres e muitas delas não apresentam altas taxas de mortalidade, embora apresentem alta taxa de morbidade.  Estima-se que 20 a 30% da população das Américas esteja infectada por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura ou ancilostomídeos e Schistosoma mansoni. Embora a erradicação (ELIZABETE et.al.,2010).

 

 

2.1.5 Diagnóstico clínico e laboratorial

 

 

O diagnostico se dá principalmente pelo encontro de ovos nas fezes. Métodos parasitológicos - qualitativos: ele faz uma análise da quantidade de ovos nas fezes. Exames direto Hollffmam e colaboradores (sedimentação espontânea). Métodos parasitológicos - quantitativos  Stoll *Kato Katz é o mais utilizado onde encontramos grande nº de ovos por  quantidades de fezes. Métodos imunológicos Intradermoreação prova de precitinas Os métodos imunológicos não são satisfatórios, mas são úteis para o diagnostico durante a fase larvária ou quando a infecção se da somente por machos de Ascaris lumbricoides.

 

 

A ultra-sonografia é o exame de imagem preferencial para o diagnóstico de complicações biliopancreáticas da ascaridíase: os vermes são descritos como imagens lineares ecogênicas curvas ou lineares, com o interior anecóico. (JESUS, et al. 2008)

 

2.1.6 Profilaxia

 

 

A educação em saúde é uma importante medida para o controle das helmintoses, especialmente considerando as  características  da doença  durante a  infincia: alta prevalência, alta porcentagem de resistência  ao tratamento, altas taxas de eliminação de ovos e altos níveis de reinfecção. Todos  estes fatores  indicam que a criança  tem um papel importante na manutenção do ciclo do Ascaris. Sendo o

 ovo resistente aos desinfetantes usuais,  e o peridomicílio funcionando como foco de infecção, algumas medidas têm de ser tomadas para  o controle desta e de outras helmintoses intestinais:

  • Educação em saúde;
  • Construção de redes de esgoto, com tratamento  e/ou
  • Fossas sépticas;
  • Tratamento de toda a população com drogas ovicidas, pelo menos,  durante três anos consecutivos;
  • Proteção dos alimentos contra insetos e poeira.

 

Se faz necessário ressaltar que a descentralização do sistema de saúde, a  formação adequada de equipes para atuar em municípios e comunidades endêmicas (Programa de Saúde da Família -  PSF) e o envolvimento total das populações interessadas  são  fatores importantes e indispensáveis para  se conseguir resultados eficazes e duradouros, não só com  relação a ascaridíase, mas em todos os programas em que o controle de parasitoses esteja envolvido. O desenvolvimento de conhecimento específico sobre a transmissão do parasita, sintomas e noções de higiene pessoal, é um bom começo de estímulo para a população.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

Chang CC, Han CT. Biliary ascariasis in childhood. Chin Med J 1966;85: 167-71

Costa-Macedo LM, Costa M, Almeida LM. Ascaris lumbricoides in infants: a population-based study in Rio de Janeiro, Brasil.Cad Saude Publica 1999;15:173-8

Elisabeth Campos de Andrade, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Vivian de Oliveira Rodrigues, Marcelle Goldner Cesca.Rev. APS, Juiz de Fora, v. 13, n. 2, p. 231-240, abr./jun. 2010

Jesus, Lisieux Eyer de et al. Ascaridíase hepatobiliar complicada por pneumonia lipoídica. Rev. paul. pediatr. [online]. 2008, vol.26, n.2, pp. 188-191. ISSN 0103-0582.

Jesus LE, Raposo RP, Guazelli A. Ascaridíase biliar complicada: espectro de problemas e táticas cirúrgicas. Rev Col Bras Cir 2004;31:172-9

Malik AH, Saima BD, Wani MY. Management of hepatobiliary and pancreatic ascariasis in children of an endemic area. Ped Surg Int 2006;22:164-8.  

Rey L. Um século de experiência no controle da ancilostomíase. Rev Soc Bras Med Trop. 2001; 34(1):61-7.

 Rode H, Cullis S, Millar A, Cremin B, Cywes S. Abdominal complications of Ascaris lumbricoides in children. Pediatr Surg Int 1990;5:397-401.

St Georgiev V. Pharmacotherapy of ascariasis. Exper Opin Pharmacother 2001;2:223-39.