Feliz é a borboleta, que voa livre por tantos jardins e não teme a transformação;
Feliz é o pássaro que possa tranqüilamente quando não sente vontade de voar e soberano ultrapassa fronteiras;
Feliz é a andorinha que sozinha não consegue fazer verão;
Feliz é o homem que consegue sorrir diante do novo e chorar quando não lhe restar mais nada a fazer;
Feliz é a criança, que traz a inocência no olhar e a liberdade de ser realmente livre diante da vida;
Felizes são os "tolos" que sabem olhar a vida com os olhos do coração e enxergar além do pote de ouro por trás do arco-íris;
Feliz é aquele que não entristece com a passagem do tempo e guarda algumas gotinhas de lágrimas para que um dia, quem sabe, elas possam cair em um terreno fértil e servir de elemento para que muitos outros "tolos" possam despertar desse imenso estado de letargia que insiste em invadir nossas vidas e se apossar de nossas alegrias como se fosse uma verdadeira rainha;
Feliz é o homem que embala a criança que existe dentro de si e a alimenta todos os dias, um pouquinho que seja com o milagre da vida.
O tempo é como uma borboleta, com muitas asas coloridas que vão caindo uma a uma, e quando não lhe restarem mais as asas, a borboleta recolhe-se solitariamente dentro de seu casulo para enfim, renascer.