As dietas normalmente são mais restritivas relativamente à variedade de alimentos incluídos, e são feitas durante um período de tempo determinado, enquanto o regime alimentar se relaciona com os hábitos de alimentação comuns, num espaço geográfico que engloba o conjunto de produtos alimentares que a terra e o mar produzem.

Este estilo de vida normal­mente chamado de dieta medi­terrânica tem características próprias de um conjunto de países localizados junto à bacia do mar Mediterrâneo, destacando-se Itália, Espanha, Grécia, Jugoslávia e França.

Neste texto vamos abordar o regime de alimentação me­diterrâneo.

É um regime que tem a enor­me vantagem de prevenir as doenças cardiovasculares, não engorda muito e ser de fácil execução. Para nós, apesar de não sermos di­rectamente banhados pelo Mediterrâneo, somos muito influenciados por ele, dado possuirmos uma grande va­riedade de peixe e marisco, termos uma boa produção de oliveira, e por isso estarmos ha­bituados à utilização do azeite como uma das principais gor­duras na confecção e tempero dos pratos; por termos ainda uma boa produção de vinho, por termos efectivamente uma grande variedade de produtos alimentares ao longo do ano, quer seja em legumes, saladas, peixe, frutos do mar e frutos da terra.

Origens da dieta

Ao encontrarmos hábitos alimentares diversificados nos cerca de quinze países que se situam na periferia do Mar Mediterrâneo, há pelo menos uma constante: a utilização abundante do azeite e da azeitona.

Na década de 50 foi realizado um estudo sobre os hábitos alimentares dos habitantes das ilhas gregas e do sul de Itália que demonstrou que, apesar deterem um regime alimentar rico em gordura e de as populações possuírem um sistema de saúde bastante rudimentar, apresentavam uma excelente expectativa de vida, além de terem uma taxa baixa de doenças cardíacas.

 

Os fundamentos deste regime

Os principais objectivos a atingir com a chamada «dieta mediterrânea» são a redução das doenças cardiovasculares (regularizar a tensão arterial, reduzir o risco de enfarte e de avc, etc.), a redução do risco de cancro, o aumento da es­perança de vida e a melhoria da saúde em geral.