AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DO PROFISSIONAL.

ANTONIO MAGALHÃES DE OLIVEIRA¹
[email protected]
EDUARDO PEDRO DOS SANTOS²
[email protected]
RAFAEL MARTINS CORREIA³
[email protected]
VAN CLEBSON MARQUES DE QUEIROZ¹
[email protected]

RESUMO
Este artigo trata da contribuição das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento do conhecimento e da identidade profissional, baseando-se no livro de Dario Fiorentino sobre a Formação de Professores de Matemática - Explorando novos caminhos com novos olhares, vem dizer que as TICs têm uma contribuição importante na formação de Professores de Matemática, ele visa ampliar a mente dos Professores para a utilização das tecnologias em sala de aula. Ele cita alguns autores (Shulman 1986; Elbaz 1983; Schon 1983; Ponte 1992; Thompson 1984; Ponte e Serrazina 1998) sobre a formação dos Professores e chegam às considerações finais que os futuros professores precisam desenvolver confiança no uso dessas tecnologias e uma atitude crítica em relação a elas, precisam ser capazes de integrá-las nas finalidades e nos objetivos do ensino da matemática.
Palavras ? chave: TICs, professores, formação e ensino.

¹Graduando em licenciatura plena em Matemática (UNEAL) ² Graduando em licenciatura plena em
Matemática (UNEAL) e Graduando em Ciência da Computação (UFAL)³ Graduando em licenciatura plena
em Matemática (UNEAL) e Graduando em Licenciatura Plena em Física (UFAL)

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O contributo das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento do conhecimento e da identidade profissional tem sido discutido recentemente, este trabalho visa levar para Professores e para futuros professores a reflexão do uso de TICs. Os professores de matemática precisam saber usar na prática as ferramentas das tecnologias de informação e comunicação (TICs), incluindo software educacional próprio para sua disciplina e software de uso geral (NTCM 1994). Essas tecnologias permitem perspectivar o ensino da matemática de modo profundamente inovador, reforçando o papel da linguagem gráfica e de novas formas de representação e relativizando a importância do cálculo e da manipulação simbólica. A internet pode ser vista como uma meta ferramenta na qual é possível encontrar informação sobre novos desenvolvimentos na matemática e na educação matemática. Os formandos dos cursos de formação inicial de professores precisam conhecer as possibilidades das TICs e aprender a usá-las com confiança. Além disso, consideremos que aprender a trabalhar com as TICs pode ajudar no desenvolvimento de uma identidade profissional, estimulando a adoção do ponto de vista e de valores próprios de um professor de matemática. Assim, discutimos o papel da formação dos jovens candidatos a professores.

O DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO E DA IDDENTIDADE PROFISSIONAL
O conhecimento profissional dos professores de matemática pode ser visto como sendo composto de conhecimento declarativo, procedimental e estratégico, que é usado em situações de prática (Shulman 1986). Esse conhecimento tem um caráter em muitos aspectos tácito, é fortemente pessoal, e desenvolve-se e consolida-se por meio da experiência e da reflexão sobre a experiência (Elbaz 1983; Schon 1983). Entre seus elementos estruturantes estão as concepções que marcam a perspectiva como se encaram os mais diversos objetos, processos e problemas (Ponte 1992; Thompson 1984) (aput Fiorentini p162). Para isso, os professores de matemática precisam: conhecer teorias e questões educacionais, ter um bom conhecimento na sua área de ensino, ter uma forte preparação no 3
campo especializado que diz respeito à sua atividade- a didática matemática e mais importante de tudo muita vontade de ensinar. Para importante do conhecimento profissional dos professores diz em respeito do uso das TICs como ferramentas cada vez mais presentes na atividade dos professores de matemática, constituindo: um meio educacional auxiliar para apoiar a aprendizagem dos alunos, ter um instrumento de produtividade pessoal, para preparar material para as aulas, para realizar tarefas administrativas e para procurar informações e materiais, um meio interativo para interagir e colaborar com os outros professores e parceiros educacionais. Ao procurarem descrever sua atual relação com as novas tecnologias, os formandos dizem se sentir mais à vontade já que passaram um bom tempo avaliando e aperfeiçoando o seu conhecimento em relação as TICs. Um professor de matemática deve ser capaz de realizar as atividades profissionais próprias de um professor e identificar-se profissionalmente e pessoalmente com a profissão e a matéria que leciona. Isso significa assumir o ponto de vista de um professor, interiorizar o respectivo papel e os modos naturais de lidar com as questões profissionais. Na formação inicial de professores, os formandos devem tomar contato com aplicações como o processamento de texto, sistemas de gestão de base de dados, programas de tratamento de imagem, folhas de cálculo, programas de estatística, programas de apresentação como o
PowerPoint, correio eletrônico, bem como software educativo orientado para a aprendizagem de disciplinas especificas, assim como a internet, tanto na vertente de consulta como na vertente de produção. Estudos de investigação realizados em diversos países mostram que as TICs podem, na realidade, desempenhar um papel importante na formação inicial de professores. As potencialidades das TICs causam mudanças no papel do professor, fornecer informação passa a criar situações de aprendizagem, o papel de controlar passa a ser o de desafiar e apoiar; e o papel de uniformizar passa a ser o papel de diversificar.
É responsabilidade dos docentes observar o aprendizado dos formandos com relação às novas tecnologias ? TICs. Ao propormos uma prática pedagógica baseada no desenvolvimento das TICs estamos falando em deixar de lado a rigidez dos conteúdos tidos como universais e passar a trabalhar a partir de projetos originados das curiosidades e indagações dos alunos frente à realidade na qual estão inseridos. Neste ponto se observa a
evolução do aluno na utilização do computar já que, as TICs invadiram também o âmbito educacional, e através delas os indivíduos têm maior acesso a dados e informações nunca vistos em outros tempos.
Empenho ? os formandos destacam um pouco do esforço realizado com as dificuldades alcançadas para relatar o trabalho com dedicação e curiosidades encontradas. Sem esquecer, apesar de todos os relatos, da gratificação que o estudo proporcionou para si próprio.
Dificuldades enfrentadas ? os alunos retratam com maior intensidade o que tiveram que passar para poder concretizar o trabalho, tristezas e alegrias. Apesar dos desânimos serem quase que constante, acabam se integrando a tantos benefícios com a gratificação alcançada no estudo das TICs que essas tristezas passam quase que por despercebidas.
Aprendizagens identificadas ? os formandos retratam o que aprenderam enquanto estavam na cadeira, identificando aspectos positivos e negativos, em especial, sua pesquisa como aspectos significativos de sua experiência.
Evolução da relação pessoal ? os docentes avaliam os alunos identificando os pontos em que eles mais se destacaram através do exame de autoconfiança, um ponto bem relevante nesse caso. Utilizando as TICs, os alunos demonstram mais autoconfiança, tem uma visão de futuro mais ampla, e são mais determinados.
No começo do estudo alguns alunos tinham anseio em utilizar as novas tecnologias, diziam não necessitar desse mecanismo, e hoje dizem totalmente o contrário, ou melhor, não viver sem esse mecanismo, enquanto os mais avançados já pensavam em criar seus próprios softwares. Uma coisa é certa, todos os formandos que estudaram um pouco mais a fundo as novas tecnologias, dizem se tratar de um excelente provedor de ensino e que, sem dúvida nenhuma, diante das transformações que vêm acontecendo em nossa sociedade, as TICs poderão ser mais facilmente utilizadas para o processo de dinamização do aprendizado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No diz respeito à perspectiva de utilização educativa da internet, os futuros professores ficaram com uma boa noção das múltiplas possibilidades dessa nova ferramenta. Alguns pareceram ficar algo incomodado por não se operacionalizarem de modo mais concreto as tarefas que poderiam realizar no futuro com seus alunos. Trata-se de uma preocupação muito comum, que eles trazem para todas as disciplinas nessa fase de sua formação e em relação à qual seria prematuro dar o tipo de respostas que eles desejam. A utilização educativa de um meio poderoso como a internet tem de ser equacionada em função dos alunos concretos, das condições reais de trabalho e do projeto pedagógico da escola e do grupo disciplinar onde o professor se insere. Além disso, os futuros professores desenvolveram novas perspectivas sobre o uso de TICs na educação matemática e alguma
apreciação por metodologias de trabalho ativas para promover a aprendizagem. Ambos são aspectos importantes do conhecimento profissional necessário para o ensino da matemática. As TICs não são apenas ferramentas auxiliares do trabalho. É um elemento tecnológico fundamental que dá forma ao ambiente social, incluindo o ensino da matemática. Como tal, influenciam a evolução do conhecimento e da identidade profissional do professor de matemática. Os futuros professores precisam desenvolver confiança no uso dessas tecnologias e uma atitude crítica em relação a elas. Precisam ser capazes de integrá-las nas finalidades e nos objetivos do ensino da matemática.

Referências Bibliográficas
ELBAZ, F teacher thinking: A study of practical knowledge. Londres, Croom Helm, 1983.
NTCM. Normas profissionais para o ensino da matemática. Lisboa, IIE e PM, 1994.
PONTE, J. P. Concepções dos professores de matemática e processos de formação.
Educação matemática: Temas de investigação. Lisboa, IIE, 1992, pp185-239.
PONTE, J. P. e SERRAZINA, L. As novas tecnologias na formação inicial de professores,Lisboa, DAPP do ME, 1998.
SCHON, D. A. The reflective practioner. How professionais think in action. Aldershot Hants, Avebury, 1983.
SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, 15, 1986, pp 4-14.