PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA









LUCINÉIA GOVEIA DOS ANJOS










AS RELAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR
















SÃO JOSÉ DO RIO CLARO ? MT
2010
LUCINÉIA GOVEIA DOS ANJOS


















AS RELAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR









Monografia apresentada à coordenação do curso como requisito obrigatório para a obtenção do título de Especialista em Gestão Escolar. Elaborada sob a orientação da Prof. Ms Nailza da Costa Barbosa Gomes.









SÃO JOSÉ DO RIO CLARO ? MT
2010






TERMO DE APROVAÇÃO

Monografia apresentada à coordenação do curso como requisito obrigatório para a obtenção do título de Especialista em Gestão Escolar.

AUTORA: LUCINÉIA GOVEIA DOS ANJOS


TÍTULO: AS RELAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

ORIENTAÇÃO: NAILZA DA COSTA BARBOSA GOMES

PARECER:_______________________________________________

CONCEITO:______________________________________________

BANCA (ASSINATURAS)



________________
ACADÊMICO (a)


________________
PROFESSOR (a)





































Dedico este trabalho aos meus filhos, Matheus Gabriel e Marcela, minha mãe, que estiveram ao meu lado, toda a trajetória percorrida para a concretização deste curso.
















































Agradeço primeiramente a Deus pelo esforço e saúde que me agraciou para que eu pudesse prosseguir nesta caminhada.





RESUMO


As intenções e as vivências constituem a Gestão em um ambiente de reconstrução que envolve as questões técnicas e sociais e diferem nas metas à serem alcançadas e nas experiências que se harmonizam juntas no funcionamento da escola. Desempenhar a função de gestora de forma democrática e participativa, valorizando e respeitando os profissionais, pais e alunos, com honra e sabedoria é tarefa árdua. Porém, os resultados obtidos ora positivos ora negativo, possibilitam desenvolver com afinco os projetos consolidados com a equipe, alunos e pais com determinação e otimismo. Por isso é importante fazer um relato das ações desenvolvidas e a importância das relações no ambiente escolar, firmando assim, o compromisso com a sociedade na qual estamos inseridos.


Palavras-chaves: qualificação profissional; aluno; projeto político pedagógico; gestão democrática; intervenção.




























LISTA DE IMAGENS


FOTO 01- Abertura dos jogos municipais 2010 em São José do Rio Claro-MT...09

FOTO 02- Equipe Gestora 2010/2011...................................................................16

FOTO 03- Alunos do período vespertino reunidos no refeitório da EE ?Domingos Briante?...................................................................................................................23

FOTO 04- Projeto Semana de Mato Grosso/2010.................................................25

FOTO 05- Arraia 2010 dos alunos da EE Domingos Briante................................25

FOTO 06- Alunos em visita na Assembléia Legislativa de Mato Grosso..............26

FOTO 07- Equipe Feminina de Voley campeãs nos jogos escolares em Barra do Bugres-MT.............................................................................................................27

FOTO 08- Equipe Feminina de Futsal segundo lugar nos jogos escolares em Barra do Bugres-MT...............................................................................................27

FOTO 09- Premiações dos jogos Escolares de 2010............................................28













SUMÁRIO



INTRODUÇÃO.......................................................................................................08

1 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL "DOMINGOS BRIANTE"...10
1.1 ? Qualificação como mecanismo da aprendizagem...................................10

2- ESCOLA E DEMOCRACIA..............................................................................12

2.1 - Organizações escolares, estratégia, equipe e liderança .....................14
2.2 - O ambiente da Escola: a importância do trabalho em equipe..............15
2.3 - Proposta pedagógica: autonomia e construção ...................................17
2.4 - O Projeto Político Pedagógico e a Gestão Inovadora ..........................18
2.4.1 - Fundamentos para Elaboração do Projeto Político Pedagógico.....19
2.4.2 - Princípios Básicos............................................................................20

3 ? INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS................................................................21

3.1 ? Relações e intervenções sociais no ambiente escolar.........................23
3.2 ? Ações desenvolvidas no contexto escolar............................................24
3.3 ? Resultados obtidos das relações de intervenções................................27

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................31










INTRODUÇÃO


Neste trabalho pretendo utilizar a palavra gestão com o intuito de partilhar decisões com a comunidade escolar, essa prática traz para a escola as mesmas dificuldades da convivência democrática presentes em nossa sociedade que é permeada por valores autoritários.
Percebe-se que ao instalar a gestão democrática nas unidades escolares, mudam-se as normas de convivência, ou seja, é necessário se ter: respostas adequadas para lidar com pessoas diferentes no seu modo de agir e pensar, com idéias divergentes que surgem no cotidiano, pois se aprende a participar, participando, sendo assim, podemos encontrar soluções para os diversos problemas existentes, e nesta busca de soluções combinam-se as contribuições e fortalece-se a interação do grupo, aprendendo a explorar possibilidades, a refletir e expandir limites, e buscar alianças e parcerias que forem necessárias para determinado momento.
Nesse percurso, a comunidade escolar, avança na conquista da cidadania, pois, se percebe os direitos e deveres de cada um ampliando as possibilidades para outras situações dentro e fora da escola.
Realizar uma Gestão Democrática significa acreditar que com todos juntos existem maiores possibilidades de encontrar caminhos para atender as expectativas da sociedade, estabelecendo relações mais flexíveis e menos autoritárias no ambiente escolar.
Partindo de alguns pressupostos tendo idéia de que a participação efetiva de toda a comunidade escolar em todas as decisões no processo pedagógico, a escola deixa de caminhar em mão dupla, ora atende a sua função pedagógica ora atende a comunidade escolar, melhorando assim seu processo de aprendizagem e fortalecendo a conquista por sua autonomia saindo da sua situação de tutelada, em que apenas espera ou contesta as diretrizes do sistema de ensino, sem assumir responsabilidade pela própria atuação.
Este Trabalho de Conclusão do Curso apresenta-se estruturado em três capítulos.
No primeiro capítulo aborda-se a caracterização da Escola Estadual "Domingos Briante" em seu aspecto físico e de atendimento e a qualificação do gestor, a trajetória escolar e a importância da qualificação para o desenvolvimento na prática.
No segundo capítulo enfatiza-se a autonomia, o ambiente escolar a construção do projeto político pedagógico e seus fundamentos, princípios, elementos constitutivos e etapas à serem seguidos pela comunidade escolar.
O terceiro capítulo aborda a intervenção pedagógica como mecanismo de melhorias na aprendizagem e das relações sociais, as relações e intervenções no cotidiano escolar, as ações utilizadas como estratégias de incentivo e mudança de atitudes e seus resultados.
Nas considerações finais relato que a Gestão Democrática não é algo impossível, porém as barreiras encontradas pelo gestor são muitas, mais fazem parte da democracia. Pois, não se alcança um único objetivo sem antes discuti-lo com o coletivo o que irá possibilitar que a escola se torne cidadã.



FOTO 01 ? Abertura dos jogos municipais 2010 em São José do Rio Claro-MT




1 ? CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL
"DOMINGOS BRIANTE"


"A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."
(Nelson Mandela)

A Escola Estadual Domingos Briante, situada a Rua Santa Catarina, 1574 Bairro Planalto em São José do Rio Claro-MT, foi criada em 12 de março de 1986, recebeu esse nome em homenagem ao primeiro colonizador do município, o Senhor Domingos Briante, é considerada como porte médio. Atende em três turnos, sendo matutino e vespertino o Terceiro Ciclo e no noturno o Segundo Segmento da Educação de Jovens e Adultos, totalizando aproximadamente 1.050 alunos matriculados e freqüentando em 2010. O espaço físico em composto por 13 (treze) salas de aulas, sala dos professores, secretária, laboratório de informática, cozinha, cantina, quadra coberta, ambiente para descanso da equipe do apoio, ambiente para guardar material de educação física, banheiros femininos e masculinos, biblioteca, sala da direção, sala de articulação. Por possuir uma estrutura ampla, a escola é muito solicitada pela comunidade para realização de eventos como casamentos, festas de aniversários e hospedagem, enfim, para a realização de qualquer evento.
Nossa clientela é oriunda da rede municipal e estadual, formando as primeiras fases do terceiro ciclo, na grande maioria os alunos são de classe social baixa, carentes de afeto e até mesmo de famílias, conseqüentemente a necessidade de intervenções.

1.1 ? Qualificação como mecanismo da aprendizagem

Conclui o ensino fundamental em uma Escola Agrícola no ano de 1993 e 1996 conclui o Ensino Médio. Somente em 1999 ingressei a Faculdade. Iniciei o curso de Letras com habilitação em Português e Espanhol na modalidade Módulo na Universidade de Cuiabá ? UNIC em Cuiabá cursei 03 (três) semestres e desisti por questões financeiras, nesse período no ano de 2000 assumi o concurso do estado. Em 2005, retornei à Faculdade dessa vez no UNIVAG - Centro Universitário de Várzea Grande cursando o mesmo curso e na mesma modalidade, porém as condições financeiras ainda não eram favoráveis, então, no ano seguinte transferi o meu curso para uma faculdade mais próxima FID ? Faculdades Integradas de Diamantino no município de Diamantino na modalidade regular em Pedagogia com habilitação nas séries iniciais e administração escolar, conclui em 2007. O ano de 2007, foi um marco na minha vida profissional e pessoal, assumi a direção da escola em 01 de março de 2007, por desistência da gestora, em dezembro conclui o meu curso.
A busca pelo conhecimento é contínua e processual de forma que o indivíduo a todo o momento está aprendendo e reaprendendo de acordo com a sua necessidade.
A Especialização em Gestão Escolar veio de encontro com a necessidade da qualificação específica aos gestores, com uma linguagem compreensível e coesa. A troca de idéias e de experiências dos gestores, assistentes de turma e professores, consolidou de fato o processo da gestão democrática.
Segundo Jamil Cury,

O diretor tem de se qualificar. Não dá mais para usar só bom senso ou lábia para chegar ao cargo. Ele precisa adquirir estratégias, habilidades e competências para exercer a função. Pode ser por meio de um curso de especialização ou de Educação a distância, por exemplo. Nesse sentido, entendo que é possível - a LDB permite isso - fazer o diretor não só passar por cursos de formação, mas também por avaliações sobre seu desempenho.(http://revistaescola.abril.com.br/gestaoescolar/diretor/basta-papelorio-423977.shtml).


A atuação do gestor requer muito mais do que o senso comum, devemos estar atentos as nossas práticas para desenvolver, juntamente com os segmentos escolares políticas de estratégias para que possam de fato atender as necessidades de nossa clientela.





2 - ESCOLA E DEMOCRACIA

"Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tornarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente". (PAULO FREIRE).


É mais fácil falar sobre a democracia do que vivê-la no cotidiano de nossas relações pessoais e sociais. Os processos que envolvem a participação coletiva não costumam ser simples em sua origem ou em sua execução. Andar sozinho é fácil. Sempre que caminhamos juntos, porém, temos resultados mais sólidos. Compartilhados.
A democracia é um valor consensual entre os brasileiros. Ela está presente na Constituição Federal e nas diferentes leis, inclusive as educacionais. Podemos dizer que constitui a forma de organização política em que os cidadãos elegem representantes (democracia representativa) para cargos majoritários no Executivo (presidente, governadores, prefeitos) e no legislativo (senadores, deputados e vereadores), para governar em benefício da maioria.
Democracia também é definida como:
Um conjunto de procedimento para poder conviver racionalmente, dotando de sentido uma sociedade cujo destino é aberto, porque acima do poder soberano do povo já não há nenhum poder. São os cidadãos livres que determinam a si mesmos como indivíduos e coletivamente (SACRISTÁN, 1999, p. 57).

A democracia pressupõe a possibilidade de uma vida melhor para todos, independentemente da condição social, econômica, raça, religião e sexo. É por isso que democracia e educação são coisas que caminham juntas. Também na educação está presente a suposição de que homens e mulheres, crianças e jovens merecem viver melhor, por meio da convivência com seus semelhantes (socialização) e do acesso aos bens culturais. A escola é um lugar privilegiado onde ocorre a convivência e o acesso a esses bens. Nesse sentido democracia e educação são inseparáveis, voltando-se para a busca individual e social daquilo que queremos ser.
Pode-se dizer que, quando afirmamos a democracia como um valor e como um processo, estamos tratando de duas coisas indissociáveis. O valor diz respeito àquilo que tem importância para as pessoas, para as formas de organização da vida coletiva. Assim, ao afirmar a democracia como um valor, uma sociedade busca caminhos para assegurá-la. Nesse sentido é que se diz que a democracia não é algo dado, mas sim um processo, em permanente construção. A eleição de representantes é um passo importante num contexto democrático, ao qual devem somar-se outros. A participação em todos os níveis e não só para cargos e funções políticas do Executivo e do Legislativo é um elemento importante da democracia. É sobre tudo por meio da eleição que a democracia se configura como um processo.
A escola cumpre, em uma sociedade democrática, importante papel no sentido de assegurar a todos a igualdade de condições para a permanência bem-sucedida na instituição escolar. A Constituição Federal de 1988 e LDB, Lei nº 9.394/96 define que isso deve ser feito dentro de um contexto de gestão democrática, princípio básico da organização do ensino público.
Se as pessoas têm diferentes papéis na escola, sua gestão não é uma tarefa isolada da equipe dirigente, ou do(a) diretor(a). Por isso, a Constituição Federal define e a LDB referenda o princípio da gestão democrática do ensino público.
A escola na verdade, por suas características, pode ser um lugar privilegiado de exercício da democracia como valor e como processo. Depois da família, é a instituição na qual se inicia a socialização entre as pessoas. Nela, pelo convívio, crianças e jovens aprendem limites que permitem situar o seu direito individual em relação ao direito do(s) outro(s). O(s) "outro(s)" tem desejos e necessidades próprias que não se confundem com os "meus". Devem, porém, ser respeitados, considerados. O direito individual assim é um direito que se firma ao direito do outro. Entre o eu e o(s) outro(s) existe um nós, principio básico da convivência democrática, dando direito para que todos possam ouvir e serem ouvidos.
A participação e a democratização num sistema público de ensino é a forma mais prática de formação para a cidadania. A educação para a cidadania dá-se na participação no processo de toma de decisão. A criação dos conselhos de escola representa uma parte desse processo, mas eles fracassam se forem instituídos como uma medida isolada e burocrática. Eles só são eficazes num conjunto de medidas políticas que visem à participação e à democratização das decisões (GADOTTI, 2004, p.49).

2.1 - Organizações escolares, estratégia, equipe e liderança

É difícil para quem está fora compreender o quanto pode ser complexa a organização de uma escola, uma organização escolar tem sempre um organograma um mapa abstrato que permite visualizar quem lidera e quem é "subordinado", quem se comunica com quem e através de que canais.
Essa estrutura mostra o papel, padrão de comunicação entre o pessoal, o planejamento das reuniões, a divisão de alunos em turmas, a distribuição das tarefas dos professores e demais funcionários, tudo isso nos diz alguma coisa sobre a eficiência de sua organização escolar, pois, a cultura de uma escola é constituída por um conjunto compartilhado de normas, requisitos, valores e disciplinas profissionais partilhadas pelo pessoal, essa cultura reflete a ambição que tem ela de oferecer melhor qualidade de ensino. A cultura de uma escola é importante porque o seu processo primário a educação é executada por profissionais, são afinal um grupo organizado onde exercem e influência sobre a qualidade do ensino.
A responsabilidade de conjunto deve iniciar-se com a de grupo; com o sistema de organização capaz de envolver todos os seus elementos, dando oportunidade para que a responsabilidade seja assumida conforme a função, para que possamos conseguir, posteriormente, uma interpretação de todos os departamentos constituintes de tal organização (CARVALHO, 1979, p. 48)


Muitas vezes há mudanças devido as suas intervenções internas e externas, é raro que tais mudanças signifiquem também aperfeiçoamento, a melhoria só é criada quando os profissionais de uma escola estão dispostos e são capazes de produzir adaptações em sua cultura profissional ou fato é que os pais desconfiam de mudanças rápidas nas escolas freqüentadas pelos filhos, no entanto, eles influenciam claramente e diariamente na opinião e na atitude dos professores.
É possível concretizar mudanças nas escolas, desde que todos estejam dispostos a aceitar que a escola deve ter a oportunidade de desenvolver a sua estratégia. E uma das características importantes desta estratégia é que ela é o produto de uma equipe, ou seja, se todos trabalhem em busca de um mesmo objetivo.
Essa nova forma de administrar a educação constitui-se num fazer coletivo, permanentemente em processo. Processo que é mudança contínua e continuada. Mudança que está baseada nos paradigmas emergentes da nova sociedade do conhecimento, que, por sua vez, fundamentam a concepção de qualidade na educação e definem, também, a finalidade da escola (BORDIGNON & GRACINDO, 2001, p. 148).

Os gestores são considerados os responsáveis pela organização das escolas. Eles atuam em nível da estrutura e das condições técnicas da escola e intervém apenas de maneira indireta a equipe. Para se chegar, de fato, a mudanças educacionais, é preciso que existam líderes em todas as escolas pessoas que saibam como extrair o máximo de sua equipe de trabalho.
Através de suas ações, os gestores líderes podem apoiar o ensino de qualidade nas salas de aula, estimular o trabalho de equipe, auxiliar os docentes em seus problemas e criar um ambiente de respeito mútuo.

2.2 - O ambiente da escola: a importância do trabalho em equipe
Atuando em equipe podemos dividir, somar, multiplicar ou mesmo dilatar as seqüências de atividades estabelecidas. Essas possibilidades se iniciam ao decidirmos coletivamente sobre o que vamos fazer como e com quem fazer. Iniciamos desse modo o planejamento do projeto coletivo pela interação com aqueles com quem trabalho diariamente.
O primeiro passo da equipe é estabelecer o objetivo desejado, para em seguida definir os meios necessários para atingi-lo. Quando o gestor é capaz de manter equipes coesas e comprometidas, torna-se possível dividir tarefas e responsabilidades.
O trabalho coletivo bem organizado tem como resultado a otimização do tempo. Quando construímos equipes com objetivos definidos coletivamente, ampliamos as possibilidades de atingir o resultado desejado. A adoção e a socialização de atitudes positivas e claras favorecem a promoção de um ambiente mais favorável ao trabalho coletivo. Para estabelecer objetivos comuns a partir de interesses compartilhados por pais, alunos, professores e funcionários, o gestor deve descobrir um horário compatível à todos para as conversas informais e formais e definir as pautas para o diálogo.
À equipe de gestão compete estabelecer condições materiais e envolver pessoas. Para isso, ela deve ser capaz de sistematizar idéias e ações, relacionando-as com propostas inseridas no projeto da escola ou no sistema no qual ela está inserida.
As reuniões pedagógicas ou atividades de coordenação didática podem ser momentos de ruptura com o trabalho individualizado e, simultaneamente, um tempo de formação para os professores. Para que isso ocorra e possibilite sedimentar o trabalho mais coletivo, devemos observar algumas orientações.

Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político. O projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola. (GADOTTI, 2004, p. 34).


FOTO 02: Equipe Gestora 2010/2011.

2.3 - Proposta pedagógica: autonomia e construção

A autonomia pedagógica, administrativa e a de gestão financeira é processo construído coletivamente, sem perder de vista as diretrizes estabelecidas pelos sistemas de ensino e as condições para viabilizá-la na forma da lei. Assim, autonomia é vista como a possibilidade e a capacidade institucional das escolas implementarem projetos pedagógicos próprios, vinculados ao ensino dos segmentos que a compõem e articulados, ao seu sistema de ensino e às diretrizes nacionais para a educação básica.
A autonomia é exercida no âmbito das unidades escolares como processo de construção coletiva cotidiana desse projeto pedagógico. A participação de professores, pais e alunos na elaboração do projeto tem o objetivo de propor ações, acompanhar a realização das propostas elaboradas, propor alternativas de soluções para possíveis situações problemas do cotidiano escolar, articular novos conhecimentos e conteúdos de ensino, para isso deve ser levado em consideração a identidade da escola e a sua clientela de alunos.
A construção da autonomia escolar está intimamente relacionada à democratização da cultura da organização escolar e à implementação de novas práticas no cotidiano. Ações voltadas para o exercício da autonomia articulam as dimensões: pedagógica, educativa, administrativa, financeira e jurídica e tornam a equipe escolar mais responsável pelos acertos e erros introdução de novas concepções pedagógicas e a atualização contínua dos profissionais da educação, especialmente dos professores, pressupõem disponibilidade de recursos e financeiros, didáticos, humanos e outros necessários à sua execução.

A autonomia se refere à criação de novas relações sociais, que se opõem às relações autoritárias existentes. Autonomia é o oposto da uniformização. A autonomia admite a diferença e, por isso, supõe a parceria. Soa igualdade na diferença e a parceria são capazes de criar o novo. Por isso, escola autônoma não significa escola isolada, mas em constante intercâmbio com a sociedade (GADOTTI & ROMÃO, 2004, p. 47).

Compete aos poderes públicos garantir o financiamento da educação pública e, aos gestores, garantir o bom uso desses recursos. A transparência na definição e no uso dos recursos e o seu controle social são fundamentais para a construção de uma gestão verdadeiramente participativa. A garantia de recursos e a organização dos diversos segmentos da escola são fundamentos para que a escola consolide sua autonomia e seu projeto político pedagógico.
A participação coletiva deve ser orientada pelo atendimento aos interesses das comunidades envolvidas. Descentralização das decisões e ações compartilhadas contribuem para a formação da cidadania. Nas escolas, o enfrentamento de desafios e dificuldades deve efetivar-se como um processo conjunto, partilhado por professores, alunos, pais, funcionários e comunidade local. Uma das formas de organização que privilegiam a participação de todos os segmentos da escola é chamada de colegiado ou conselho escolar.
As decisões produzem melhores efeitos quando as atribuições são claramente definidas. A definição de responsabilidade e competências é um importante passo para o desenvolvimento do trabalho em equipe. A organização de instâncias de participação na escola é uma das competências do gestor e da equipe gestora, que devem incentivar ações baseadas no respeito ao outro e no reconhecimento dos direitos e deveres de cada um. Todos esses aspectos, articulados, possibilitam à escola estabelecer diretrizes para o seu projeto político pedagógico. Refletindo sobre seus valores, função social, planos de ação etc.

A autonomia da escola não é a autonomia dos professores, ou a autonomia dos pais, ou a autonomia dos gestores. A autonomia, neste caso, é o resultado do equilíbrio de forças, numa determinada escola, entre diferentes detentores de influência (externa e interna), dos quais se destacam: o governo e os seus representantes, os professores, os alunos, os pais e outros membros da sociedade local (SCHNECKNBERG, 2007, p. 16).


2.4 - O projeto político pedagógico e a gestão inovadora

É o ato da escola pensar a sua ação educativa e a forma de organizar o trabalho pedagógico que facilitará a busca de melhoria da qualidade do ensino, que envolve sua relação com o contexto social mediato, incluindo as ações do professor na dinâmica com seus alunos.
Esses princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo, caracterizando ativa e participativa dos diversos segmentos escolares, a direção e toda a comunidade escolar.

A participação dos membros da comunidade escolar na construção do projeto da escola vai seguramente levar a escola ao sucesso, porque desenvolvido desta forma permite que as pessoas ressignifiquem as suas experiências, reflitam sobre as suas práticas, resgatem, reafirmem e atualizem os seus valores na troca com os valores de outras pessoas, explicitem os seus sonhos e utopias, demonstrem os seus valores, dêem sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmem as suas identidades, estabeleçam novas relações de convivência e indiquem um horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostasação.(http://www.fundacaojoseeliastajra.org.br/gestaopedagogida. Acesso em outubro de 2010).

Sendo assim, as escolas devem decidir o seu futuro visando a promoção da transformação necessária e desejada pelo coletivo escolar e comunitário, o projeto político pedagógico é uma ação intencional, com um sentido explicito, ele é compromisso definido coletivamente, ele é pedagógico porque na dimensão intencionalidade da escola que é a formação do cidadão participativo, responsável e criativo, para definir as ações educativas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.
Os níveis político e pedagógico estão sempre juntos, a prática da sala de aula passou-se a considerar a dimensão intermediária da escola como organização social inserida em um ponto de vista, que devem ser entendida e transformada como projeto educativo, na Gestão Democrática e participativa, o gestor escolar tem de saber ouvir, questionar, a autonomia e a participação que precisa ter sentido nos conselhos e comunidade.

2.4.1 - Fundamentos para a elaboração do projeto político pedagógico

Esse projeto necessita de um referencial que o fundamente esses alicerces estão nos pressupostos de uma teoria pedagógica viável.
Há necessidade de domínio dos aspectos metodológicos à concretização das concepções coletivas, é preciso desenvolver um novo jeito de trabalhar na escola e dentro desse novo jeito tem-se que entender que o que se faz na escola num contexto de tensão.
As vezes é necessários que ocorra mudanças na própria lógica de organização e de comportamento das instâncias superiores, a organização do trabalho pedagógico da escola tem também a ver com a organização da sociedade já que a escola como instituição social, está inserida na sociedade nas determinações e contradições dessa sociedade.


2.4.2 - Princípios Básicos

Segundo Gadotti (2004), para que o projeto político pedagógico como forma de organização do trabalho da escola, seja coerente com a escola democrática, é preciso que esteja batizado pela:
a) Igualdade ? sabemos que existe grandes desigualdade de natureza sócio-econômica, sabemos também que a escola é permeável aos mecanismos de discriminação e exclusão que existe na sociedade a igualdade existe no ponto de chegada, deve ser garantida pela mediação da escola.
b) Qualidade ? o desafio do projeto político pedagógico da escola é viabilizar qualidade para todos, a qualidade necessita conjugar caráter formal e técnico (voltado para o desenvolvimento do senso crítico), nesse aspecto de qualidade, define claro o tipo de escola que os educadores, funcionários com os fins a serem alcançados pela escola.
c) Gestão Democrática ? ela inclui a ampla participação dos representantes da comunidade escolar nas decisões, tudo isso implica a construção de um projeto da exclusão social, envolvendo a participação coletiva crítica e ampla na construção do projeto político pedagógico e no seu desenvolvimento.
d) Liberdade ? é um princípio consagrado na constituição, e está associado a idéia de autonomia, liberdade da parte da própria natureza do ato pedagógico.
e) Valorização do magistério ? é a qualidade de ensino e o recurso do sucesso na tarefa de educar estão relacionados à formação, as condições de trabalho de recursos didáticos, e à remuneração docente.
3- INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

"A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos."
(Hannah Arendt)

A intervenção pedagógica pode ser uma interferência que um profissional, tanto o educador, quanto o psicopedagogo realiza sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem do sujeito, o qual pode estar apresentando problemas de aprendizagem.
Entende-se que na intervenção o procedimento adotado interfere no processo, com o objetivo de compreendê-lo, explicitá-lo ou corrigi-lo, introduzir novos elementos para o sujeito, pensar poderá levar à quebra de um padrão anterior de relacionamento com o mundo das pessoas das idéias, ocorre-se então uma intervenção terapêutica.
No contexto escolar a palavra intervenção tem o significado de intermediação, pois vale ressaltar que as famílias representadas pelos pais e adultos são os primeiros intermediadores dos alunos no processo escolar, pois são eles que inserem os primeiros conceitos de regras e valores em seus filhos, assim depois temos os professores que articulam um papel fundamental, pois ensinam os conteúdos e como desenvolver a moral de cada individuo no grupo.
Assim, podemos identificar que a intervenção não é apenas educar, visto que é fator sumariamente importante e tido como interferência para um profissional dentro do processo de desenvolvimento e aprendizagem do sujeito, principalmente quando o mesmo apresenta algum problema que o afasta do conhecimento.
A escola e os professores têm um papel importante também como "mediadores", pois estão justapostos entre a criança e o mundo social, ao ministrarem conteúdos desenvolve o mundo através dos livros, artes, disciplinas, o que são fundamentais para a formação cidadã dos alunos.
Durante a escola é comum algum aluno ter problemas de aprendizagem, e são apresentadas ou mesmo impostas a essas crianças, em relação à aquisição da leitura e escrita representam, sobremaneira, um desafio a ser refutado por profissionais e familiares com que convivem e que as orientam, pois há algum tempo, por meio das políticas públicas nacionais implementadas é possível verificar que a aprendizagem pode mudar o ambiente de vida dos alunos, e assim construir o diagnóstico escolar, e para isso temos a escola porque é para ela que tem milhares de alunos. É importante desenvolver uma visão integral da aprendizagem.
Os principais elementos para identificação destas dificuldades são os profissionais da escola (professora, orientadoras pedagógicas, etc...) que exercem o principal papel na formação da criança e estão ativos no seu dia a dia. Com a identificação de um mau rendimento escolar de uma criança, deveremos raciocinar em diferentes níveis de dificuldade, como por exemplo, se é uma situação passageira.
As bases do diagnóstico também revelam um tempo, um lugar e um espaço que é dado para aquele que aprende e para aquele que ensina de acordo com o tempo a prática educativa e a prática psicopedagógica são derivadas das distintas teorias de aprendizagens que sustentam as concepções diferentes em relação à tríade: professor, aluno e conhecimento.
A escola pode ser instituição potenciadora ou, então, pelo contrário, pode ser fonte de conflitos, dependendo de como estejam estruturados e se relacionem os diferentes níveis hierárquicos ou subsistemas, como a equipe dirigente, a administração entre outros.
Segundo Oliveira (2007) a escola tem como fundamento a aplicabilidade de métodos de ensino que valorizem essa busca pelo novo, sem abandonar, logicamente os desafios de aprendizagem, tendo em vista os aspectos pedagógicos e/ou psicológicos, inclusive estes últimos afetivos e/ou cognitivos, por isso as famílias são muito importantes para o desenvolvimento das crianças, visto que eles são mediadores, porque são os mesmos, responsáveis pelos ensinamentos, ou conjunto de hábitos, valores, leis e regras.
O professor tem o papel de gerenciar todo o processo de aprendizagem, sua principal ação é mediar o objeto do conhecimento, ele tem a responsabilidade de estimular o desenvolvimento de todos os alunos pela aprendizagem de uma série de diversos conteúdos, valores e hábitos.
O papel solicitado ao professor na situação de ensino-aprendizagem é o de uma atuação constante, com intervenções para todo o grupo de aula e para cada um dos alunos em particular, visando à observação sistemática do processo de cada aluno durante a aprendizagem, para poder intervir no mesmo com uma ajuda educativa adequada (BASSEDAS E COL 1996).

FOTO 03: Alunos do período vespertino reunidos no refeitório da EE Domingos Briante


3.1 ? Relações e intervenções sociais no ambiente escolar

O sistema educacional e escola para ter sucesso precisam construir uma relação humana de confiança que necessita administrar os diferentes pontos de vista, ter a habilidade de negociar e prever ações. Quando essa dinâmica está incorporada à unidade, as atividades fluem de forma contínua, em uma sintonia onde o gestor e os docentes constroem e reconstroem não só um espaço de convivência entre diversos tipos de pessoas e de culturas diferentes, mas também um ambiente de informações e construções de conhecimento onde de fato as relações do cotidiano solidificam de forma coletiva, promovendo interação de complexas diferenças, procurando prestar apoio aos professores, alunos e as famílias, que são elementos que compõem características próprias e identificadoras.
O elemento ações de inter-relações entre gestor e professor, gestor e aluno, professor e aluno e gestor e os demais segmentos da escola são fatores determinantes para construção de políticas, concepções e metodologias são indicadores para o sucesso da escola como um todo.
A escola é um lugar privilegiado onde o saber é sistematizado, articulando o saber, o fazer, o ser e o relacionar. É na relação que o sujeito se desenvolve na interdependência ensino e aprendizagem.
Para Vieira (Vieira, 2000, p. 129), os anos 90 e a LDB, situam a escola no centro dos debates sobre a educação, "ressignificando" o sentido de uma reflexão crítica sobre a função política e social da escola, sua política educacional e a importância da gestão escolar como garantia de sucesso ensino-aprendizagem.

O gerenciamento do processo educacional requer de seus administradores a capacidade de articulação e construção do processo, não limitando suas funções, apenas ao controle dos padrões de legalidade. Devem ser capazes de lidar com as relações de poder, presentes no cotidiano, sabendo observar, investigar e interpretar os acontecimentos do universo escolar, aceitando os conflitos como desafios saudáveis, conduzindos-os para o sucesso da ação administrativa. Devem ser articuladores de todas as forças no interior da instituição, administrando tensões entre professores, professores e alunos e demais segmentos da unidade escolar, buscando o equilíbrio e o bem estar, sem perder de vista o seu papel de mediador e articulador dos aspectos político-pedagógicos do processo, orientando, organizando e viabilizando a consecução dos reais objetivos da educação. (http://www.abrapso.org.br/...acesso em outubro de 2010).


Acredito que quando o gestor mantém o equilíbrio entre os segmentos da unidade escolar, contribuí com os baixos índices de violência dentro e fora da escola, vandalismo bem como os atos de indisciplina e a evasão escolar. Estabelecer uma boa convivência no ambiente escolar com estratégias e procedimentos voltados para o bem estar da comunidade escolar, é essencial para o fortalecimento da gestão democrática.

3.2 - Ações desenvolvidas no contexto escolar

Sempre usando situações-problemas contextualizadas, verificamos uma seqüência de necessidades existentes em duas das turmas da primeira fase do terceiro ciclo da unidade escolar, juntamente com algumas professores percebemos que isso estaria afetando diretamente na aprendizagem dos educandos. A falta de interesse e a empatia pelos colegas dentro e fora da sala de aula geravam diversos conflitos.
Preocupados com essa problemática, é que surgiu a idéia de realizarmos um almoço no final de semana, proporcionando aos educandos um momento de descontração e confraternização, onde os mesmo puderam se sentir valorizados e importantes.
Segundo Arantes (Arantes, 2006, p. 08),

O diálogo é melhor caminho para transitar por pelas fronteiras difusas (e muitas vezes confusas) que, de forma geral, preocupam os educadores e a sociedade. Pelo diálogo é possível buscar o equilíbrio entre interesses particulares e antagônicos que sustentam as disciplinas e os campos específicos do conhecimento.


Em outro momento, em conversas informais constatamos a necessidade dos alunos participarem de atividades culturais valorizando as suas raízes e por meio dela, proporcionar novas formas de organização do pensamento e das práticas educativas cotidianas, a partir do conhecimento produzido pelos pontos e contrapontos trazidos à tona por seus atores e protagonistas.
FOTO 04: Projeto Semana de Mato Grosso/2010

FOTO 05: Arraia 2010 dos alunos da EE Domingos Briante.
Partindo dessa necessidade é que criamos de forma desafiadora e interativa, afim de fazer dos nossos alunos protagonistas do processo de ensino-aprendizagem. Para isso propomos atividades que incentivavam a participação deles dentro de um processo de construção esportiva, na qual respeitados os aspectos sócios culturais, sendo assim, preocupamos em despertar a busca constante de meios para melhorar a qualidade de vida pessoal e coletiva, a consideração da pluralidade cultural e o desenvolvimento de atitudes, respeito, solidariedade, compromisso, trabalho coletivo e amizade.
Ainda buscamos proporcionar passeios com os alunos para que através desses momentos eles entendam que existe um sistema maior que regulamenta a sociedade e rege as instituições. E, ainda é uma oportunidade para ser despertada uma visão mais global do meio em que vivem.

FOTO 06: Alunos em visita na Assembléia Legislativa de Mato Grosso

A intenção é manter nossos alunos motivados e de mente aberta para que possam ter a satisfação em aprender dentro do contexto esportivo, cultural e social.
As saídas de nossos alunos da zona rural ao término das aulas gerava um grande transtorno no portão e nas imediações da escola. Havia conflitos entre alunos e adolescentes (não alunos ou moradores das aproximações), encontros das adolescentes com outros jovens da cidade para namoros, tumultos no trânsito e outras situações-problemas. Após conversas com os alunos, pedi a colaboração de todos e selecionei líderes para organizarem a saída.
3.3 ? Resultados obtidos nas intervenções

A ação desenvolvida com os alunos da primeira fase do terceiro ciclo, com o objetivo da socialização entre os alunos e professores, melhoria do comportamento e atitudes, e assim proporcionar a eles um ambiente onde pudessem de forma prazerosa desenvolver o processo de ensino-aprendizagem respeitando uns aos outros, não obtivemos o resultado esperando. Apesar das intervenções, os alunos de certa forma continuaram a ser agressivos uns com os outros, sem respeitar qualquer tipo de regra. No meu ponto de vista, muitos desses alunos, não recebem incentivos da própria família.

A igualdade abstrata não propiciou a garantia de relações justas nas escolas. A igualdade de oportunidades, que tem sido a marca das políticas igualitárias e democráticas no âmbito educacional, também não consegue resolver o problema das diferenças nas escolas, pois elas escapam ao que essa proposta sugere, diante das desigualdades naturais e sociais. (ARANTES, 2006, p. 19).


Na tentativa da prática esportiva, formamos uma equipe de voleibol em nível de competições regionais e estaduais, com suporte necessário para a prática do esporte. A escola como mecanismo de incentivo, proporcionou a equipe momentos de alegria e vitórias com a conquista de títulos de campeãs.


FOTO 07: Equipe Feminina de Voley campeãs nos FOTO 08: Equipe Feminina de Futsal 2 lugar nos jogos escolares em Barra do Bugres-MT. Jogos Escolares 2010 em Barra do Bugres-MT.

Quanto a saída dos alunos da zona rural, o resultado esperado foi positivo. Os alunos passaram a seguir a regra de que após o sinal todos deveriam permanecer no pátio da escola e sairia somente com os lideres.
Acredito que os desafios cotidianos no ambiente escolar, fazem parte do processo de evolução de cada indivíduo e que as transformações acontecem e acontecerão de forma gradativa.


FOTO 09: Premiações dos jogos Escolares de 2010.










CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final deste trabalho posso concluir que a Gestão Democrática visa princípios no comportamento escolar, político e pedagógico e que os fatores de gestão devem ser respeitados. As ações devem ser desenvolvidas de forma coletiva, focadas no desempenho do alunado em seus aspectos emocional e social com o cumprimento de regras apreciando os valores individuais dentro e fora da escola priorizando o processo de aprendizagem.
Posso afirmar que o processo participativo é difícil, mas sei que é em conjunto que podemos encontrar as soluções de problemas e traçamos novos caminhos para a execução das metas pré-estabelecidas na escola, ou seja, a interação entre todos os segmentos da escola para que ocorram mudanças educacionais de qualidade.
Considero que a construção do projeto político pedagógico, seja um dos pontos onde o gestor mais deva exercer o seu papel de administrador, uma vez que ele estará diante de todos os segmentos da comunidade escolar. Deverá aceitar as opiniões expressadas por todos e analisar cautelosamente.
Fazer com que a Gestão Democrática aconteça dentro da escola é tarefa árdua, todavia o Gestor deve desenvolver rompendo o tradicional tornando a escola cidadã.
A ação dinâmica e participativa do gestor, dos professores e demais segmentos escolares, são decisivas para que encaminhem rumo a uma educação de qualidade, onde as metas a serem alcançadas venham implementar os princípios da gestão democrática relacionados ao dia-a-dia da escola, tendo como ponto de vista a gestão pedagógica.
A fundamentação da proposta pedagógica da escola voltada para a realidade do nosso alunado contempla as ações educativas complementares conforme a realidade e a necessidade dos mesmos, pois tais apresentam uma dicotomia sócio-cultural diversificada, em todos os aspectos.
Partindo dessa análise significativa é que se busca construir um repertório para tais mudanças educativas que contribuam para a resolução de questões urgentes, referentes aos diversos tipos de diferenças definidas como pluralidade na escola e na comunidade, como interação e as relações dentro do contexto escolar. Por fim é possível propor estudos reflexivos em busca de experiências que as tornem um exemplo para outras escolas apontando mecanismos para a hegemonia na relação interpessoal no contexto escolar a valorização das relações humanas, a criatividade, a criticidade, a participação, o respeito às condições de saberes de cada um, as práticas pedagógicas, a interação com a comunidade e a aquisição de valores e competências globalizadas.
Portanto, acredito que as propostas elencadas neste trabalho até o presente momento foram dadas e definidas, uma vez que os meus objetivos pertinentes a tal temática tiveram seus pontos positivos e negativos, não deixando de frisar que pretendo dar continuidade a minha pesquisa, pois a mesma não é um produto pronto e acabado, assim como as mudanças que estão em constante transformações.
Essa pesquisa partiu da necessidade pedagógica e através dos estudos aplicados no curso "Escola Gestores" foi possível se consolidar. A qualificação do gestor é algo novo na educação, porém de grande valia. Nos dias atuais o sistema de educação pública exige que os seus gestores tenham embasamentos teóricos para lidar com as diversas situações e problemas do dia-a-dia na escola.
O curso proporcionou isso e também a troca de idéias e experiências entre os gestores foram enriquecedoras.
Acredito que através do curso em Gestão Escolar ficou mais claro aos gestores o que de fato é a Gestão Democrática e Participativa.














REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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SCHNECKNBERG, Marisa. Artigo: Autoridade, Autonomia e relações de poder no processo de gestão. Revista Gestão em Rede. CONSED nº 76, abril de 2007, p. 14.