AS RELAÇÕES ENTRE ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO

Resumo

O presente artigo propõe uma reflexão sobre as relações entre alfabetização, letramento e os gêneros textuais no ensino. Bem como suas contribuições para a melhoria na qualidade da educação. Pensando na importância que o letramento tem no processo de alfabetização, o texto também procura evidenciar que tanto o docente, quanto a escola, devem se conscientizar do seu papel no ensino, oferecendo ao aluno a interação com diferentes gêneros textuais, com base em contextos diversificados de comunicação. Entretanto é válido ressaltar a necessidade de um olhar mais atento sobre a educação. Como se tem sido o ensino em sala de aula? Será que têm contribuído significativamente para a formação de cidadãos letrados, ou ao invés disso formado analfabetos funcionais? Desse modo é indispensável refletir sobre as relações que permeiam o ensino.

INTRODUÇÃO

Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, porém indissociáveis. Partindo dessa assertiva, cabe salientar as contribuições das relações entre alfabetização, letramento e gêneros textuais no ensino, que estão intrinsecamente ligadas. Portando é interessante que o docente esteja atento sobre seus conceitos de alfabetização e letramento, para que ele possa formar pessoas alfabetizadas e letradas competentes na sociedade.

De acordo com Perez, pode-se afirmar que a alfabetização é um processo que começa antes mesmo de chegar à escola, é em suma a leitura de mundo juntamente com o domínio da leitura e escrita, por isso o ideal para um ensino de qualidade seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, conduzindo o indivíduo a fazer usos sociais da leitura e escrita, respondendo adequadamente as demandas sociais. Nesse entrecho entra o papel dos gêneros textuais uma vez que o contato com diversos gêneros auxilia na formação de leitores e escritores competentes, críticos e atuantes na sociedade. Conseguinte é de fundamental relevância que o professor juntamente com a escola tenham em mente que a alfabetização, requer mais, que simplesmente ensinar a codificar e decodificar. Uma vez reconhecendo a interdependência entre o letramento e alfabetização o ensino/aprendizagem se dará de modo eficiente e produtivo. O que consequentemente acarretará na melhoria da qualidade da educação, pois a alfabetização só ocorrerá de modo eficiente, se desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita. Vale ressaltar que o docente assim como já foi exposto antes, precisa definitivamente trabalhar com atividades que propiciem o maior contato possível com diferentes formas de contextos, o que contribuirá significativamente para o uso social da leitura e escrita. Os gêneros não são entidades naturais como as borboletas, as pedras, os rios e as estrelas, mas são artefatos culturais construídos historicamente pelo ser humano. Não podemos defini-los mediante certas propriedades que lhe devam ser necessárias e suficientes. Assim, um gênero pode não ter uma determinada propriedade e 25 ainda continuar sendo aquele gênero. Por exemplo, uma carta pessoal ainda é uma carta, mesmo que a autora tenha esquecido de assinar o nome no final e só tenha dito no início: ‘querida mamãe. (MARCUSCHI, 2005, p.30) Conforme a citação de Marcuschi pode-se afirmar que o trabalho como os gêneros textuais em sala de aula, contribuí para o letramento, uma vez que eles são heterogêneos e apresentam diversas possibilidades de comunicação, revelando ao aluno o funcionamento da língua, os gêneros jornalísticos, por exemplo, desenvolvem a capacidade crítica do aluno, além da oralidade.. Como é sabido, é através da contextualização na alfabetização que o estudante será capaz de valer-se da escrita nos seus múltiplos contextos. Dessa forma o professor, assim como a escola estará de fato formando cidadãos letrados prontos para ler, apreender, produzir, e compreender o mundo, e tudo que o cerca. Partindo do pressuposto de que alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a ler e escrever, cabe salientar, que é de suma importância que o docente reflita seus conceitos de ensino em sala de aula, para que ele não esteja inconscientemente formando analfabetos funcionais, que não sabem se quer, produzir ou interpretar um pequeno texto. Portanto Vale lembrar que é o trabalho realizado a partir da leitura e a produção de diferentes textos, que são tarefas imprescindíveis no processo de alfabetização, que contribuíra para formação de indivíduos letrados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desse artigo é refletir sobre a importância das relações entre a alfabetização, letramento e os gêneros textuais no ensino, visto que trabalhadas, em conjunto o ensino ocorrerá de forma mais produtiva e de qualidade. Foi enfatizado o papel do docente, juntamente com a escola no processo de alfabetização. O texto também procura mostrar a necessidade de uma visão mais ampla sobre a educação, no que diz respeito a como vem sendo o ensino em sala de aula para que se evite o analfabetismo funcional. Contudo considera-se fundamental que o docente comprometido com uma educação de qualidade reflita nas relações que permeiam o ensino, tratadas nesse artigo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARTINS, Edson e SPECHELA CRISNITE, Luana. A importância do letramento na alfabetização. FERRAZ SANTOS, Carmi e MENDONÇA, Márcia. Alfabetização e letramento conceitos e relações. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos.