O período que antecede ao faraó Menés é compreendido pelos egípcios como sendo longo e onde reinaram dinastias divinas, em seguida foram sucedidos pelos Seguidores de Hórus. Segundo os arqueólogos: organizações humanas que seguiram padrões não muito distintos dos demais povos do mundo.

Nesse período a sobrevivência se fazia através da caça, pesca e coleta e aparece o surgimento de organizações sociais, com a união das aldeias neolíticas, organizadas em núcleos, esta organização inicia o cultivo da agricultura e criação de animais. Os primeiros líderes dessa sociedade serão os chefes dos nomos.

Os nomos são unidades sociais, religiosas, econômicas e administrativas organizadas em torno de um núcleo (cidade), neles o governo caracterizasse por autocrático e possuidor de um Deus próprio.

Com a necessidade do controle das cheias dos Rios Nilo e Tibre acontece a unificação dos nomos. Esse controle intensifica a atividade comercial e com isso tem-se o início das sociedades complexas. Os governantes eram possivelmente dois monarcas, o do Sul possuía uma coroa branca e o do Norte uma coroa vermelha.
Temos conhecimento da reunião das Duas Terras, o Alto e o Baixo Egito, sob o comando do mesmo homem graças à paleta do rei Narmer, os temas representados nela nos revelam a existência da primeira dinastia.
A unificação das duas partes do território egípcio é demonstrada da seguinte forma: na frente o soberano usa a coroa branca do Alto Egito, nas costas usa a coroa vermelha do Baixo Egito.
O nome Narmer está inscrito num retângulo entre as duas cabeças de vaca, prepara-se para rachar a cabeça do inimigo vencido na cena principal da frente da paleta.
No registro superior do verso da paleta, o rei, portador da coroa vermelha, dirige-se a um campo de batalha onde se encontram os corpos dos inimigos decapitados e amarrados.
Admite-se hoje que Narmer e Menés são, provavelmente, um só.

Esses nomos reunidos formaram dois reinos até se unificarem, desta união surge o Egito, o primeiro estado organizado da História, divididos em 42 unidades administrativas, as quais correspondem aos quarenta e dois juízes do tribunal de Osíris (filho do Deus Hórus) que decidiam o destino póstumo do ser.

O Faraó aparece como o senhor dos dois países com uma dupla coroa.

No Faraó fundiram-se uma pessoa divina e uma pessoa humana, ele é o descendente dos Deuses que reinaram nos Céus e na Terra e é nessa qualidade que ele deve velar sobre a terra do Egito.

Todas as atividades eram controladas pelo Estado: Forma-se uma corporação de artífices reais que dominam a arquitetura e a escultura.
Um Faraó deve necessariamente ser capaz de personificar e aplicar os princípios de MAAT mantendo deste modo a ordem cósmica.