AS NOVAS TECNOLOGIAS INFORMACIONAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE PESSOAS COM A SÍNDROME DE DOWN

Celidyana Alves Nogueira .

Graduada em Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional com Prática de Ensino em didática, Sociologia da Educação e Psicologia da Educação ? UNIPÊ ? Centro universitário de João Pessoa, 1998.
Pós graduação em Supervisão Educacional ? FIP ? Faculdades Integradas de Patos 2006.
Curso de Extensão em Educação Especial ? UNIPÊ. Pós graduação em Psicopedagogia ? Cintep ? Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa.


Resumo

A inclusão de alunos com Síndrome de down pode ter na tecnologia informatizada uma ótima ferramenta auxiliar no processo de ensino aprendizagem e de socialização desses alunos. Pois, além de viabilizar a realização de uma série de atividades didáticas no computador, a tecnologia informatizada vai oportunizar a participação desses alunos em redes sociais de relacionamentos, tais como ORKUT e FACEBOOK, levando-os a se relacionarem com muitas outras pessoas. Dessa forma, ampliam seus universos sociais e visão de mundo. No presente artigo analisaremos como o uso do computador na escola, enquanto uma ferramenta da educação inclusiva, pode auxiliar o aluno na construção do seu próprio conhecimento, na transmissão e recepção de informações. Através do uso de diversos softwares se constrói uma nova forma de lidar com o conhecimento. Nesse sentido, será abordado, no presente artigo, como o professor pode criar ambientes de aprendizagens, facilitando o processo de desenvolvimento do aluno, levando-nos a concluir que a educação inclusiva traz consigo um novo paradigma educacional, uma nova forma de se olhar e trabalhar com o aluno com necessidades especiais, na atual sociedade digital.


EDUCAÇÀO INCLUSIVA

A Educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam á diversidade de alunos. É uma abordagem humanística democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivo o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação inclusiva atenta a diversidade inerente á espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aula comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.
Incrementar a diversidade é promover a igualdade de chances para que todos possam desenvolver seus potenciais. No caso das pessoas com deficiência, deve-se começar garantindo-lhes o direito de acesso aos bens da sociedade ? educação, saúde, trabalho, remuneração digna etc....
Conforme Monte (2004, p.11) O conceito de inclusão em sua evolução sócio-histórica aponta para a necessidade de aprofundar o debate sobre a diversidade. Isso implicaria em buscar compreender a heterogeneidade, as diferenças individuais e coletivas, as especificidades do humano e, sobretudo as diferentes situações vividas na realidade social e no cotidiano escolar.
Essa discusão passa necessariamente pela reflexão sobre os
Conceitos historicamente construídos acerca dos alunos com deficiência cristalizados no imáginário social e expresso na prática pedagógica centrada na limitação, nos obstáculos e nas dificuldades, que se encontram, muitas vezes, ainda presentes na escola ( MONTE, 2004 p. 11)

A inclusão está fundada na dimensão humana e sociocultural que procura enfatizar formas de intervenção positivas, possibilidades, apoio as dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de partida a escuta dos alunos, pais e comunidade escolar.


O Papel do Educador Frente a inclusão.
O educador é de suma importância para a educação, pois ele é o que facilita o processo aprendizagem. Na escola inclusiva professor e aluno deverão ter um bom relacionamento, independente da diversidade da sala de aula, para assim cumprir um dos objetivos propostos na LDB. Não podemos esquecer que o professor precisa estar preparado, atualizado, sendo visto como importante dentro do processo ensino aprendizagem e essa lei estabelece que os mesmo sejam capacitados, tendo curso de formação, para que isso reflita em melhorias socioeconômicas profissionais responsáveis pela transformação da realidade, por conta disso deve-se ser sua dignidade estabelecida.
Segundo Morgado (1999, p.35), uma reflexão incidirá fundamentalmente sobre aspectos mais ligados ao funcionamento pessoal do professor do que o conjunto das suas opções didático-metodológicas.
Esta opção fundamenta-se na necessidade de, independentemente dos métodos utilizados ou a utilizar na prática pedagógica, ser importante considerar variáveis de natureza mais pessoal que desempenham um papel claramente significativo em toda a relação pedagógica.
Considerando a natureza, nos centramos em dois aspectos:: a comunicação na sala
de aula e as representações e expectativas do professor. (Morgado, 1999, p.36)
A eficácia da relação pedagógica depende obviamente da natureza e coerência da comunicação em sala de aula.
Assim a forma como professor se comunica, organiza e gera a comunicação na sala de aula assume um papel nuclear na gestão eficaz da relação pedagógica.
A inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais na escola é algo essencial à educação, mas é preciso ser feita de maneira correta, porque nem todos podem estar na escola, ou estão preparados para nela estar, por não terem capacidade fisiológica. Esse é um assunto muito discutido por alguns especialistas da educação especial, que buscam uma maneira eficiente de incluir todos as crianças e jovens que possuem alguma necessidade educacional especial.
Outro fator que devemos levar em consideração é a postura que alguns de nossos educadores tratam com que os "deficientes" sejam pessoas dignas apenas de piedade, quando na verdade, precisam ser vistos como sujeitos que tem o poder de interferir no mundo em que estão.
Temos que entender, que essa inclusão não é feita da noite para o dia, mais que é um processo de conscientização da sociedade como um todo.

Inclusão de crianças com Síndrome de Down.
Atualmente o estudo sobre a síndrome de down ultrapassa o mundo exclusivo da medicina, passando a despertar, nos diversos segmentos da comunidade científica e acadêmica o interesse pela síndrome seus desdobramentos sócio-educativo e o potencial inclusivo dessas pessoas na sociedade..
Segundo Sassaki (1999, p.41), conceitua-se inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, num processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam em parceria equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
Para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender as necessidades de seus membros. O desenvolvimento das pessoas com deficiência deve ocorrer dentro do processo de inclusão e não como um pré-requisito para estas pessoas poderem fazer parte da sociedade, como se ela precisasse pagar ingresso para integrar a comunidade (Clemente Filho, 1996, p.4)
A partir da inclusão Social repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação.
A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços internos e externos, equipamento, aparelhos e utensílios mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto também do próprio indivíduo com síndrome de down.
Embora atualmente alguns aspectos da Síndrome de down sejam mais conhecidos, e a pessoa trissômica tenha melhores chances de vida e desenvolvimento, uma das maiores barreiras para a inclusão social destes indivíduos continua sendo o preconceito.










Referencias bibliográficas.
SASSAKI, R.K, inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 3ª edição Rio de janeiro: WVA, 1999.
MONTE, Francisca Furtado do Santos, IDÊ BORGES dos saberes e Práticas da inclusão, Brasília: MEC, SEE P, 2004.
MORGATO, José : A Relação pedagógica. Diferenciação e inclusão. Lisboa Presença, 1999.