AS INOVAÇÕES PROPOSTAS PELOS PCN?s PARA O ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL
Daiana Almeida
A produção textual é uma atividade verbal, empreendida pelo falante, com fins sociais, isto é, o autor de um texto procura transmitir seus propósitos ao destinatário, por meio do trabalho com a palavra escrita. Desse modo, considerando que o texto é a materialidade linguística que permeia a relação autor-leitor, podemos afirmar que a produção de texto é uma atividade dialógica, visto que os interactuantes, de maneiras diversas, se acham envolvidos nesse processo.
No trabalho de elaboração de um texto, o sujeito-autor, inserido que está em diferentes formações ideológicas e constituído por diferentes formações imaginárias, imprime no texto, muito frequentemente, as marcas linguísticas dessas formações, tais como: ironias, humor, ambiguidades, repetições, paráfrases, etc.
Por outro lado, o sujeito-leitor, presente no imaginário do sujeito-autor, antes, durante e depois da produção do texto, também deve ser considerado. O interlocutor inscreve-se tanto no ato de produção de sentido na leitura, como também se inscreve na produção, no momento em que a mensagem está sendo construída. Por isso, podemos dizer que o leitor não exerce papel passivo no ato da escritura, como quer a tradição dos estudos de linguagem. Ao contrário, ele é condição necessária para a existência do texto.
Assim, o texto, nosso objeto de investigação, ganha valor quando está inserido num real processo de interlocução. Isto é, quando o que escrevo está direcionado e faz sentido para o outro.
Sob essa perspectiva, e pensando nas atividades de produção textual realizadas em sala de aula, é importante ressaltar que apenas num quadro efetivo de interação linguística é que o estudante pode tornar-se sujeito do que diz, ou seja, se o que diz faz sentido para o seu interlocutor, numa situação específica de comunicação.
Na prática escolar, a instituição deve aproximar a escrita tal como ela ocorre em situações de escrita extra-escola. Caso contrário, corre-se o risco de o estudante ter a sua proficiência linguística prejudicada. Desse modo, problemas de argumentatividade em textos dissertativos, e outros, tais como os de não-adequação ao código escrito da língua, em situações formais, podem revelar a dificuldade da escola em instaurar práticas intersubjetivas de linguagem.
O que ocorre é que a escola, na sua trajetória histórica, falseia as condições de escrita e não fornece ao estudante as ferramentas de uma prática interativa da língua. Com esse falseamento, a escrita torna-se um exercício penoso que cristaliza o discurso. Exemplos disso são frases-feitas, argumentos de senso comum, períodos sem coerência que, frequentemente, aparecem em textos dos educandos.
Por isso, ao solicitar uma escrita, é imprescindível que o texto do aluno tenha um interlocutor real. Aliás, o processo de escrita exige que ele (estudante) se desenvencilhe da sua solidão, no ato de escrever, e tenha uma imagem do seu destinatário. Caso contrário, é possível que seu texto signifique menos do que pretendia seu autor. Assim, uma prática interacionista de linguagem pode facultar ao educando as ferramentas de que precisa para, ao intuir (imaginar) o seu interlocutor, usar as qualificações pertinentes para desenvolver uma argumentação eficaz e ao alcance do outro.
As propostas enfatizadas pelos PCN?s são de que o professores se renteiam a organização global da coerência do corpo do texto e quais metodologias a serem tomadas pelo professor orientador quando deparado há frente de sua turma, e como ele vai orientar esse aluno, qual a maneira mais viável dele se expressar com esse aluno, qual a elaboração das formas de diagnostica os tipos de dificuldades.
A valorização da participação do aluno quando de frente com a sua língua e suas varias formas de pluralidade presente a qualquer tipo de idioma. Todavia quando se ressalta sobre os parâmetros é importante dizer que são bem antigas algumas de suas propostas, sendo assim motivos de debates há anos, algo que já deveriam ser analisadas, atualizadas e colocadas em praticas, uma delas é o caso dos livros didáticos que a meu ver são extremamente grossos, ou seja, pesados de forma que os alunos de ensino médio se queixam com freqüência sobre essa questão.
Com o intuito da formação de alunos críticos das criações formadas por eles mesmos, está por trás de um professor que orienta, embasa, da sugestão e pergunta, ou seja, esta lado a lado com o aluno, sempre na busca de vê-lo em situação de satisfeito e confortável com o conhecimento utilizado e abordado na disciplina.
Quando o professor dispõe um texto de narração ou de outro gênero, onde o aluno mostra as suas limitações de "erros" e "acertos", e o professor faz a leitura para assim ver e resolver os pontos onde o aluno deve melhorar e acrescentar sugestões positivas para o desempenho do mesmo.
Embora isso não aconteça com todos os professores, a questão do "olhar renovador" para com as melhores formas de conversar, socializar e interagir com o aluno.
O professor deve demonstrar ao aluno, que ele esta ali para contribuir e somar conhecimentos, e reconhecer que ele é um espelho de exemplos para o aluno dentro de sala de aula.
Trabalhar com o texto do próprio aluno, relevar e dar importância a realidade em que esse aluno esta inserido é muito bom para o seu crescimento como aluno indagador e pesquisador.

Orientadora: Profª Drª. Rosângela Lemos da Silva
Universidade Vale do Acaraú