UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SOCIOLOGIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ARAPIRACA – AL

2013

 

 

 

 

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL

CAMPUS I – ARAPIRACA – AL

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA.  

CURSO: HISTÓRIA.  PERÍODO: 2013.1    

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

PROFESSOR: ANTONIO BARBOSA LÚCIO.

 

ALUNA: JAINE OLIVEIRA SILVA SANTOS

 

 

 

 

 

RESUMO: AS ILUSÕES DO PÓS-MODERNISMO DE TERRY EAGLETON

 

Trabalho solicitado pelo professor Antonio Barbosa Lucio, responsável pela disciplina de sociologia no departamento de História, na Universidade Estadual de alagoas, Campus – I, para fins de processo avaliativo.

ARAPIRACA – AL

2013

As ilusões do pós-modernismo

 

O pós-modernismo é resultado de um fracasso político, surgindo na sociedade pós-industrial, com idéias contrárias ao iluminismo. Com uma política de inovações tecnológicas, que transformou toda a cultura em mercadoria. Através de outras discussões, como socialismo, signos lingüísticos e sexualidade, foram deixando para trás as políticas clássicas que não eram mais convenientes as soluções.

 O objetivo desta obra é desmistificar as idéias oferecidas como pós-modernistas. Que ao contrário da pós- modernidade, o pós- modernismo não alude a um período histórico específico. Ele visualiza o mundo como sendo contingente e diverso de culturas desunificadas. Questiona a idéia de verdade, objetividade e identidade. E em sua teoria trabalha com oposições binárias, reconhecendo a interdependência de termos como identidade e não-identidade. Descarta os conceitos de revolução política, sujeitos coletivos e transformações momentosas. Desvalorizam a noção de lei e autoridade, pois sua cultura interessa-se pela mobilidade.

A crítica imanente existia dentro da lógica do sistema, como sendo uma “desconstrução”, o acontecimento inexplicável. Terry Eagleton ressalta também sobre os movimentos de massa radical, como sendo os produtos óbvios do próprio sistema, e sobre o sistema criativo e sistemas contraditórios. “Não buscar a totalidade representa apenas um código para não se considerar o capitalismo.” (1998, p.20), sendo que apenas alguns tipos de totalidade eram aceitáveis para discussão. Uma idéia que detêm o acolhimento geral seria uma epistemologia radical, resultando numa política conservadora. Em épocas de desorientação política, haveria uma perda generalizada da fé na idéia de teologia. Quando não é possível realizar os desejos políticos na pratica, devem-se os direcionar para os signos, pois vivencia um universo imaginário.

O pós-modernismo nega a existência de uma diferença entre o discurso e a realidade. A linguagem nos proporciona o mundo, e não pode ao mesmo tempo nos promover a relação entre ele e nós, a não ser que a fala seja algo ideológico.

No pós-modernismo o capital apresenta-se como um poder onipotente. Ele incentiva o analfabetismo político e o esquecimento histórico. Denuncia o universalismo como sendo um instrumento opressor do iluminismo, e afirma que não é possível descrever a situação do mundo e ter uma noção dele. Tenta recusar a História, mas ao mesmo tempo é impossível não fazer parte dela. Ele acredita que termos como a diferença e pluralidade são motivos para comemoração. A história está do lado do sujeito livre, sendo que esta liberdade restringe sua autonomia. E como o pós-modernismo não aceita limitação, o termo liberdade é negativo.

O pós-modernismo repete o idealismo filosófico – poderíamos ser livres só no pensamento – é improvável que basta mudarmos nossa visão de nós mesmos para afastarmos o que quer que seja que restrinja o ego. Muitas pessoas se prendem a identidade propostas, é preciso libertar-se das ilusões, combaterem, de certa forma, suas calamidades morais – teoria da moralidade assistencialista. O extremismo torna-se uma condição moral, tanto que não podemos saber se somos alienados ou não, já que os critérios com os quais devíamos julgar são alienados junto conosco.

Terry Eagleton fala do sujeito pós-moderno como sendo aquele cujo corpo se integra na sua identidade, sendo ele “livre” e determinado. O corpo funcionou como o aprofundamento vital das políticas radicais e seu total deslocamento. É o ponto de junção entre a natureza e a cultura, é o centro em que os objetos podem organizar-se em projetos relevantes. O Estado Liberal deve ser neutro a respeito de qualquer concepção, e se existe várias concepções do bem ele deve considerar todas. O autor fala sobre liberalismo, e ressalta que ele não deixa de ser um tipo de individualismo.

Uma vez que descartou a possibilidade de projetos ambiciosos, fica fácil considerar a questão das prioridades com relevantes. Os mercados que se dizem “antielitistas” são os centros do elitismo. Um dos crimes praticados pelo pós-modernismo foi o essencialismo, doutrina que reza que as coisas se compõem de certas propriedades. A cultura faz parte da natureza humana, sendo assim não há indivíduos sem aculturais.

O pós-modernismo incorpora algumas contradições, que também é simultaneamente radical e conservadora. É radical na medida em que desafiam o sistema que ainda precisa de valores absolutos, fundamentos metafísicos e sujeitos auto-idênticos; ele não prevê um futuro muito diferente do presente, para ele, isto é motivo de comemoração. E, devido suas rejeições e idéias chias de desagrados o pós-modernismo se torna mais parte do problema que solução dele.

REFERÊNCIA

 

Eagleton, Terry. As ilusões do Pós-modernismo. Trad. Elisabeth Barbosa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1998.