Ludwig Feuerbach.

 

Ludwig, Ludwig.

Acho-te genial.

Não só por que.

Influenciou.

Karl Marx.

Mas.

Por ter deixado.

Teologia.

A vossa sabedoria.

Foi aluno de Hegel.

Ludwig tanta coragem.

Quando disse nos meados.

Do século XIX.

Que o homem morto.

Não significava absolutamente.

Nada.

As qualidades humanas.

São absorvidas.

Pela natureza.

O homem quando morre.

Não tem nenhuma perspectiva.

A não ser pó químico.

Ludwig.

O que é o homem como espécie.

Absolutamente nada.

Qual o fundamento da existência.

Nenhum.

Não adianta inventar ou forçar.

Uma ideologia.

Quando a mesma não corresponder.

A verdade.

A respeito dela.

Foi um seminarista.

Abandonou seus estudo.

De teologia.

Estudou tudo.

E compreendeu.

A Ciência da natureza.

O corpo não tem alma.

Tudo desaparece acaba.

O homem se sente frágil.

Desprotegido.

Diante de si mesmo.

Acreditar em deus.

Perda de tempo.

Pelo fato de ser apenas.

Uma ideologia.

Karl Marx.

Só entendeu o espírito.

Da religião.

Quando leu seus livros.

O homem busca deus.

Por sentir sozinho.

Abandonado.

A um destino cruel.

Ludwig, Ludwig.

Adoro a vossa genialidade.

A ideia de deus.

É um conceito.

De um mundo sem espírito.

A vontade do homem.

Jamais poderá ser a prova.

Indelével da verdade.

Pergunto-te.

O céu de fato é.

O ideal de vida.

Negada  na terra.

Foi aluno de Hegel.

Compreendeu a dialética.

Em outras complexidades.

O paraíso.

É o ideal de uma vida.

Sem vida.

O homem inventou deus.

Exatamente por ser frágil.

Aliás, tudo nesse mundo.

Foi inventado pelo homem.

Para a Filosofia crítica.

A religião.

Faz muito mal.

Porque transforma a espécie.

Depende de uma ilusão.

Acreditar em deus.

Revela exatamente.

Quanto o homem.

Não é exatamente ninguém.

Como de fato não é.

O ideal humano.

É  ter ideologia.

Você Ludwig.

Ajudou-me profundamente.

Libertar das ideologias.

Tudo que existe.

E que o homem procura.

Entender.

Faz do mesmo ser.

 Dependente.

Das suas fantasias.

De mundos limitados.

Dos tempos históricos.

Sem sentido para o futuro.

Cada vez mais.

Ludwig.

Definitivamente.

É um imortal.

Deus  uma invenção.

Humana.

Do mesmo modo.

O demônio.

Nada disso existe.

Como também o pecado.

O que é referido.

Uma abstração metafísica.

Entao Ludwig.

Sabe que tudo.

É perfeitamente permitido.

Menos retirar do homem.

O que é do direito dele.

Roubar a força do trabalho.

Por meio da mais valia.

Esse ensinamento vem.

De Karl Marx.

O qual você profundamente.

Influenciou.

Você deixou claramente.

Que a essência da teologia.

É inteiramente falsa.

Eu digo mais senhor Ludwig.

A teologia não tem essência.

Estudei também teologia.

E sei o quanto ela não.

Representa nada.

Sua epistemologia filosófica.

É uma transição.

Entre o idealismo alemão.

Por um lado.

Por outro.

Com o materialismo histórico.

De Karl Marx.

Você usa categorias de análises.

Defendidas por Hegel.

Como a razão, una e universal.

Do mesmo modo infinita.

Desenvolve uma crítica parcial.

A ideologia do positivismo.

Critica em parte também Hegel.

Não acredita no posicionamento.

Natural da história.

Proposto por ele.

Como se o mundo tivesse.

Uma determinação exatamente.

Objetiva.

Tudo seria objetivamente correto.

É só a história.

Realizar se.

Você nega essa perspectiva.

Ludwig.

Sua obra a essência do cristianismo.

Mostra como a fé.

Serve apenas para alienar.

A humanidade.

E que deus não pode fazer.

Nada por esse mundo.

Porque ele mesmo.

Não tem existência.

O mundo é sem sentido.

Do mesmo modo.

Nada tem sentido.

Existimos porque temos.

Que existir.

Estamos aqui.

E jamais poderíamos estar.

Em outro lugar.

Solitariamente.

Perdidos abandonados.

Esperando pela morte.

Depois dela.

Não existirá se quer os sinais.

Do céu.

A vida é uma perda de tempo.

Sabe quando o homem.

Percebe que a vida.

É um tempo sem sentido.

Exatamente quando morre.

Quando ele volta.

Ser exatamente o nada.

Como era antes.

Da sua existência.

O homem que não era antes.

O não poderá ser.

Posteriormente.

E jamais será.

O homem é exatamente.

O seu desaparecimento.

Esse mecanismo é eterno.

Para sempre.

Ninguém poderá ser.

O que nunca foi.

Ontologicamente.

Antes.

O homem é sua própria ilusão.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.