ESPOSAS DE PASTORES, VERDADEIRAS HEROÍNAS.

Sou pastor a mais de trinta anos, e realmente cheguei a conclusão, que cada pastor deveria reconhecer que sua esposa é muito mais do que uma companheira em sua vida. Ela é uma coluna de apoio moral, social e espiritual, sem a qual seu desenvolvimento ministerial estará fadado ao fracasso. É sua esposa que o aconselha em seus desníveis emocionais, que o suporta e ajuda quando sente dores e enfado,que o tolera quando envelhece e se torna ranzinza,que o compreende quando está deprimido e cheio de dúvidas,que o ajuda a vencer os desafios aparentemente insolúveis quando eles surgem na caminhada ministerial,que o anima quando cai ou deixa de produzir,que o perdoa,mesmo sem que ele saiba,que o ama,mesmo ele não merecendo. Por ele, ela  chora, se embeleza, se esforça e se submete  ao peso da liderança da casa de Deus.Geralmente é vista como a “esposa do pastor”,é muito cobrada, pouco valorizada,em muitos casos está sempre na retaguarda,em segundo plano,sem nome,sem elogio.Esposa de pastor tem que ser submissa.Se ele é convidado para assumir novo pastorado,ela deve acompanhá-lo com a mesma alegria de sempre. Não pode apegar-se a casa, a cidade, ao lugar. Geralmente, mulher de pastor não pode exercer o seu bom gosto de vestir-se com esmero, de calçar um sapato da moda, de  tratar o seu cabelo com mais zelo, isto,segundo a língua dos “super santos” que em vez de tratá-la com todo carinho e consideração,a tratam  de qualquer maneira.Muitas esposas de pastores não usufruem o prazer da intimidade com seu esposo como gostariam,estão sempre cercadas por pessoas indesejadas e não poucas vezes unidas a um homem que se esquece que o casamento não é feito por comportamentos éticos, liturgias, exegeses bíblicas e liderança espiritual,mas sim,pela união de duas pessoas que se amam  e se fundem tornando-se uma só.Inúmeras choram em silêncio,não desabafam com ninguém,seus esposos são excelentes ouvintes “de outras pessoas”.A frustração é sufocada com as atividades da igreja,da criação e educação dos filhos,dos netos,e assim,a vida vai passando,restando apenas as fotografias desbotadas pelo tempo,testemunhas de uma época em que sonhar era o caminho mais romântico...

Pr.Valdemir Campos Rocha

Jan/2012