Tomando como base a leitura do livro “A História entre a Filosofia e a Ciência “é possível analisar que no século XIX, a ciência da história tornou-se o centro da oposição do idealismo. Durante este período havia uma luta contra a influência da filosofia da história contra a ciência da história. Os historiadores adquiriram o conhecimento através de bases empíricas positivas que assim levaram a expor relatos do passado e do presente e talvez do futuro. Ao decorrer dos anos, perceberam que a filosofia se revela histórica onde a mesma tinha o intuito de relatar os fatos como realmente se passaram. Para o então filósofo Leopold Von Ranke, que difundiu as ideias da escola sofrendo influências da literatura que no decorrer foi substituído por documentos oficias, seguia uma metodologia positivista, afirmando que os historiadores iriam apenas reviver a história. Seus fundamentos estruturavam-se (Fragmento retirando do site -http://www.historiaemperspectiva.com/2012/01/leopold-von-ranke-1795-1886-o-pai-da.html):

... nos pressupostos da singularidade dos acontecimentos históricos. Cada fato histórico é único e sem possibilidade de repetição, devendo a reconstrução de um passado ter como base a objetividade, para ser “história verdadeira”. (BITTENCOURT, 2004, p. 140)

     A Escola Metódica Dita “positivista” foi representada por franceses e alemães como Hegel e Ranke. As correntes positivistas, acreditava-se que para ter bons resultados, os historiadores deveriam ser neutros, imparciais e frios, ou seja, sua opinião jamais poderia ser impostas, pois seria irrelevantes. Assim, papel do historiador era averiguar a autenticidade do documento, analisando se os fatos eram daquela determinada época e entre outras coisas, pois tratavam a história de forma objetiva. Os fatos narráveis eram os eventos políticos e diplomáticos

tornando –se o principal objeto de estudo dos historiadores deste período, pois se baseavam nos documentos diplomáticos para fazer a história do Estado e suas relações exteriores. Os princípios positivistas praticados por Ranke, foram do mesmo modo praticados na França. Para Fustel de Coulanges, a história seria uma ciência pura. Durante a escola metódica, existiram outros historiados que buscava discutir temas como, causas sociais, assim sofrendo influência do iluminismo, positivismo e idealismo.

    No século XIX, teve um avanço nas ciências humanas e já não acreditavam-se no idealismo. A filosofia passa a ser epistemologia da história, já na segunda metade do século XIX para o início do século XX a questionar a originalidade do conhecimento das ciências humanas. Assim, surgiram as críticas que se baseavam na história da religião.

     O Materialismo histórico idealizado por Karl Marx com influências de Hegel, Comte e Darwin surgiu com o objetivo de:

“luta das ciências contra tais formas primitivas de conhecimento e contra o desvirtuamento da verdade pelos grupos dominantes com o propósito de reproduzir o status quo’’ (Trecho retirado do site - http://www.pcb.org.br/portal/docs/materialismo.pdf).

Essa filosofia foi tão combatida e desde a antiguidade com os pré-socráticos buscavam encontrar respostas para todas as questões do mundo, desde a sua origem até a formação da sociedade como tal. Neste momento, a ciência e a filosofia trabalharam como uma só, estavam interligadas.

“Marx e Engels, buscando compreender melhor a sociedade de seu tempo, aplicaram os princípios do método dialético ao estudo da vida 10social, aplicando esses princípios aos fenômenos sociais e criando, assim, uma nova forma de análise da sociedade: o Materialismo Histórico (Trecho retirado do site - http://www.pcb.org.br/portal/docs/materialismo.pdf).’’

Ou seja, o materialismo histórico tinha a concepção de análise de tudo que estava a nossa volta, questionando-se pra quer serve a Natureza? Qual o nosso papel como ser humano na terra? e entre muitas outras perguntas que até hoje necessita de uma análise crítica, baseada na filosofia e sociologia relatada por grandes cientistas da época. Mas, tinha como principal tema as relações socioeconômicas e conflitos sociais.

Karl Marx desenvolveu sua teoria socialista, partindo da análise crítica e científica do capitalismo. Marx baseou-se em três princípios básicos e centrais. Criou uma teoria que veio a ser conhecida como a concepção do materialismo histórico que expor a história dos vários modos de produção. Ou seja, o materialismo histórico é uma teoria que analisa, observa e qualifica a forma de produção criada pelo homem. O objeto principal da história- ciência era as forças produtivas e relações de produção. Usava o método dialético e analítico que criticava a história narrativa e factual e ao passar do tempo havia algumas rupturas.

    A Escola dos Annales surgiu como uma revista “Annales d’histoir économique et sociale que pretendia exercer uma liderança intelectual com a abordagem nova e interdisciplinar da história. Seus principais autores são, BLOCH, FEBVRE, BRAUDEL E LE GOFF (historiador medievalistas). O propósito da escola dos Annales era se livrar de uma visão positivista da escrita da história que tinha dominado todo o período do século XIX e início do século XX, queria nada mais como substituir as visões anteriores por análises de processos de longa duração com a finalidade de permitir um melhor entendimento da história, das civilizações. Nesta escola foram adotados outros tipos de fontes de pesquisas, como arqueológica e ainda usou da interdisciplinaridade para aproximar a história das demais ciências, como a sociologia e possuía uma verdade histórica subjetiva. Assim,

Portanto, todas as escolas estão interligadas de uma maneira ou outra. Porém existem algumas divergências como a evolução do pensamento da verdade, pois ela já não seria mais objetiva e sim subjetiva e também porque nas duas primeiras escolas que são a Escola Metódica e o Materialismo histórico eles não aceitaram se basear em outras ciências pois havia uma crítica quanto a essa questão, já com os annales foi diferente, pois usaram a sociologia para aperfeiçoar o conhecimento. Os pontos de convergências é que estariam ligadas na medida que se trata da busca pelo conhecimento dos fatos e da busca pela compreensão dos fatos sociais e políticos. Assim, ampliando o conhecimento de toda a sociedade, cada uma de um determinado ponto sem esquecer as rupturas e modificações ao longo de todo o tempo até os dias atuais.