As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica –

Professor Ciro José Toaldo – 

 

Esse é um texto escrito como tarefa da Escola de Gestores. Estamos na educação desde os anos oitenta, portanto a formação que recebi veio de um período onde pouco se valorizava a democracia, principalmente na esfera da educação. Apesar de aquele período ser de difícil mobilidade e, as pessoas pouco se importar com a participação do coletivo, havia luta e determinação por parte de muitos professores no sentido de mudar muitas práticas na educação.

Não podemos deixar de rememorar, os idos anos de 1982, quando votamos pela primeira vez para os governadores dos estados e, principalmente, a partir de 1984 na luta pela: “Diretas Já”, apesar da grande derrota da democracia, tínhamos a firme convicção que haveria muita ação para se mudar o Brasil. Engajamos-nos numa grande luta para que existisse mudança junto à educação. Como foi positiva as ações que desencadeamos em 1986, quando ocorreram as eleições para os CONSTITUINTES. Foi significativo nosso trabalho, pois, mobilizamos a comunidade para que os constituintes fossem eleitos com o compromisso de fazer com que o Brasilem sua CartaMagnadesse a educação o lugar que fosse de mérito e, que assegurassem a elaboração de uma nova LDB. Nossa mobilização foi intensa e, foram muitas as emendas envidas para o Congresso Nacional, aos os constituintes para que fosse feito algo pela melhoria da educação brasileira.

Não esqueço o dia 05 de outubro de 1988, quando Ulisses Guimarães dizia, em seu discurso da Promulgada da Nova Constituição que o Brasil mudaria com sua nova Carta Magna. E, devo dizer que ocorreu uma mudança para melhor principalmente junto à educação.

Em 1996, apesar de ter passado um bom tempo, FHC, promulgou a LDB que também veio com avanços na educação nacional. Foram significativas as mudanças, pois, as escolas deveriam se reorganizar, criar suas propostas pedagógicas e curriculares. Como em 1997 já era diretor de escola pública, lembro-me que começamos a debater nosso primeiro PPP e, nosso salto foi significativo, pois ocorreram mudanças dentro d a escola, inclusive quanto a questão do currículo, pois começamos a entender que sem a efetivação desses elementos a t

Atualmente percebo que a geração mais nova que adentra ao magistério, precisa ter um pouco mais de conhecimento da luta que foi necessária para termos uma escola pública como hoje. Claro que não é perfeita, existe enormes problemas e dúvidas para serem resolvidas, mas, em temos de democracia, proposta curricular, questões pedagógicas e consciência que a educação é um elemento importante na construção e edificação de um Brasil melhor, isso ninguém tem dúvidas.  Percebo que temos uma grande preocupação com a solidificação do currículo, tanto em nossa escola onde sou gestor, como na rede municipal de ensino que faço parte e, também com as Diretrizes Curriculares Nacionais, caso da Educação Infantil e os PCN que nos dão o norte e diretrizes para o nosso ensino. Obviamente que se deve ficar atento às novas Leis e orientações determinadas pelo MEC, essas devem ser  levadas em consideração para que a educação tenha sempre um bom rumo.

Como somos membros da rede municipal, temos na Gerência Municipal de Educação, os coordenadores por área, juntamente com professores das áreas especificas que atuam com os professores em suas sala de aulas; juntos constroem as diretrizes gerais, por meio de ementas, bem como da construção de planejamentos para que os alunos tenham conhecimento necessário e, assim, não fiquem fora daquilo que o estudante brasileiro precisa conhecer - refletir e ter condições de agir junto ao meio que convive.

Gostaria de argumentar a respeito da área que sou formado: História. É fantástica a forma como a nova concepção curricular vê a “historia”, propondo um ‘novo’ estudo da história e os professores da Escola Municipal Vereador Odércio Nunes de Matos, onde somos gestor, já aderiram essa nova concepção e, nosso alunado passou a gostar mais da história. Essa é a realidade de outras disciplinas. Portanto, na Escola Odércio existe todo um trabalho para não só valorizar as Diretrizes Nacionais da Educação Básica, mas, acima de tudo, fazer com que o aluno tenha mais conhecimento a partir delas. Não existe perfeição, ainda temos professores que não estão comprometidos e que pouca atenção se dá ao currículo, esse é outro grande desafio enquanto gestor de nossa escola pública. O importante é que estamos caminhando para que o aluno possa realmente ter um ensino de qualidade e goste da escola que freqüenta.

Assim, ficar muito evidente que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, ganham cada vez mais sustentação e,  estudos como o da Escola de Gestores, contribuem ainda mais para alavancar a Educação do Brasil.