Neste capítulo discutiremos a diversidade das dimensões conceituais de avaliação e seu processo histórico, verificando sua evolução no decorrer do tempo como forma de aprimorar o sistema de ensino e aprendizagem, além, de abordar procedimentos avaliativos que subsidiem o discente na busca de torná-lo mais crítico na sociedade moderna.

2.1 Conhecendo os possíveis conceitos de Avaliação

A avaliação tem se tornado um dos temas centrais, dentro do processo pedagógico nos diferentes níveis e modalidades do ensino. As práticas de avaliar o aluno tem sido aplicada em nossas escolas com a única função de aprovar ou reprovar. Realizada dessa forma, constata-se seu caráter classificatório, porém, a avaliação teve constituir-se de um ato crítico que servira de subsídio à reflexão de como os professores estão construindo a prática, considerando que a avaliação e a metodologia são indissociáveis.
É notório que a avaliação é uma necessidade tanto para o professor como para o aluno. Ela permite ao professor adquirir os elementos de conhecimentos que o tornem capaz de situar, do modo correto e eficaz, a ação de estímulo e de guia do aluno. A este último, permite verificar que aspectos ele deve melhorar durante seu processo de aprendizagem. A avaliação serve de informação para a melhoria não só do aluno, mas do processo de sua formação integral e de ajuste na prática educativa.
Durante muito tempo, a avaliação de aprendizagem restringiu-se ao ato de fazer provas e decidir sobre a aprovação de um aluno, na qual, prevaleciam aspectos quantitativos que classificavam e excluíam o aluno no processo educativo.
A avaliação era centrada apenas na verificação do desempenho e rendimento do aluno, expresso no alcance de objetivos escolares. Essa prática ainda faz-se presente nas escolas hoje, apesar de alguns avanços. Haydt (2001, p.07) enfatiza que:

Frequentemente, o termo avaliação é associado a outros como exame, nota, sucesso e fracasso, promoção e repetência. O que pretendemos mostrar é que, em decorrência de uma nova concepção pedagógica, a avaliação assume dimensões mais amplas. A atividade educativa não tem por meta atribuir notas, mais realizar uma serie de objetivos que se traduzem em termos de mudanças de comportamento dos alunos. E cabe juntamente a avaliação em que medidas esses objetivos estão realmente sendo alcançados, para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem.

É importante ressaltar que modificar o processo avaliativo nas instituições não é tão simples como parece. Requer dos professores uma conduta, uma ética profissional, um diagnóstico da realidade na qual esta inserida a escola, e mais que isso, compreender o seu aluno em suas dificuldades e possibilidades de aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação é um processo contínuo e permanente, visando o benefício do aluno para que o mesmo possa adquirir proveito para sua própria aprendizagem. Na medida que o aluno consegue expor seus pensamentos fundamentados numa escrita convencional, facilitando ao professor quantificar os seus resultados o processo avaliativo terá o objetivo de aprendizagem do aluno em prol de sua formação integral.
Nessa perspectiva, a avaliação deixa de ser classificatória para ser diagnóstica, que visa diagnosticar e incluir o educando pelos mais variados meios, no curso da aprendizagem satisfatória, que integre todas as suas experiências de vida. Sua função é verificar as dificuldades dos alunos, afim de que sejam disponibilizados os instrumentos e as estratégias de superação. Por isso, mais do que verificar acertos, a avaliação de aprendizagem volta-se, substancialmente para que o professor atento perceba os esquemas e mecanismos que são acionados pelo aluno na solução das situações-problema, apresentados na avaliação.
Para melhor esclarecimento do que seja a avaliação diagnóstica, Haydt (2004, p. 16) salienta que:

A avaliação diagnóstica é aquela realizada no início de um curso, período letivo ou unidade de ensino, com a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não o domínio dos pré-requisitos necessários, isto é, possuem os conhecimentos e habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens.

É sempre bom lembrar que as práticas avaliativas exigem mudanças de postura e de valores na ação docente, tornando-a um processo dinâmico, construído no dia-a-dia, cuja função não é só avaliar os resultados do produto final obtido, mas investigar, problematizar e ampliar perspectivas, possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento do aluno.
Numa perspectiva atual de avaliação pressupõe que a mesma promova o sucesso do educando, visando uma aprendizagem qualitativa. Essa nova concepção é entendida como função formativa, na qual, a avaliação feita pelo educador acompanha o desenvolvimento do aluno. Haydt (2004, p. 17) em seus estudos enfatiza que "a avaliação formativa, como função de controle, é realizada durante todo o decorrer do período letivo, com o intuito de verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos, isto é, quais os resultados alcançados durante o desenvolvimento das atividades".
Nesse sentido, o ato avaliativo pressupõe que o professor conheça melhor a complexidade das relações que perpassam o cotidiano escolar, com vistas a incrementar a prática pedagógica a fim de contribuir com a prática de conhecimentos do aluno.
Assim, através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e do aluno são comparados com os objetivos compostos, a fim de se constatar progressos e dificuldades.
Vale ressaltar que no processo de ensino-aprendizagem a avaliação é uma prática atribuída ao aluno para avaliar o seu rendimento, a sua capacitação de apreender dos alunos. O professor tem uma preocupação constante em verificar e julgar os conhecimentos dos alunos, pois cabe a ele conhecer as diferenças na capacidade de apreender para poder ajudá-los a superar suas dificuldades e avançar nas aprendizagens significativas.
Para maiores esclarecimentos, nada melhor que conceituar o termo avaliação no processo de ensino aprendizagem que consiste em determinar em que medidas os objetivos educacionais estão sendo alcançados pelo currículo e pelo ensino.
Avaliar é obter resultados sobre mudanças ocorridas no aluno, em decorrência da aprendizagem.
A avaliação é um instrumento na prática educacional que permite verificar se os procedimentos alternativos são eficazes numa série de objetivos educacionais. Como já vimos anteriormente à avaliação é um método, um recurso que tem o objetivo medir a qualidade do ensino é uma maneira de investigar e aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.
É assim percebemos que as práticas avaliativas tem bons benefícios e resultados quando visam a qualificação do aluno permitindo que o mesmo possa reconhecer seus erros e acertos, auxiliando-o na obtenção de conhecimentos.
A forma como o aluno encara a avaliação reflete na atitude com o professor e sua relação com o aluno e cabe ao mesmo analisar o aluno como um todo, tanto no seu comportamento como também no desempenho e na realização de suas tarefas. Haydt (2004, p14) enfatiza que "atualmente, a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos".
A avaliação tem o propósito de verificar o nível de aprendizagem dos alunos, ou seja, o que os alunos aprenderam. E para que ela possa desempenhar essas novas funções que a educação moderna exige a utilização de práticas avaliativas no ensino de Língua Portuguesa com técnicas e instrumentos de avaliação para obter desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem.
Portanto, o professor precisa utilizar métodos diversos e técnicas variadas para verificar o rendimento escolar de seus alunos; ao mesmo tempo, ele está medindo certos comportamentos que lhe permitem deduzir o que o aluno aprendeu.
Mas para que isso ocorra, é necessário um acompanhamento constante do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem para que o aluno sinta-se incentivado a estudar de forma sistemática e não apenas às vésperas da prova. Zabala (1999 p.93) diz que, "quanto mais se dominem as técnicas e os procedimentos, mais possibilidades o aluno terá de se expressar, já que poderá escolher o caminho mais apropriado para fazê-lo".
Cada orientador tem sua maneira própria de avaliar seus alunos, tais verificações podem ser trabalhadas em exercício sobre a matéria anterior, a participação em debates ou provas propriamente ditas. Essas técnicas são avaliações tradicionais e geralmente a mais utilizada pelos professores. Mais a avaliação só tornará eficaz com o objetivo de o aluno conhecer seus erros e acertos, para que possa reafirmar os acertos e corrigir seus erros e não como atribuição de notas, pois isso não irá melhorar o rendimento do aluno.
Haydt (2004, p.55) ressalta que "a avaliação não tem um fim em si mesma, mas é um meio a ser utilizado por aluno e professores para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem".
De acordo com a situação atual, observa-se que as práticas avaliativas estão voltadas para o aspecto qualitativo e não mais quantitativo não valorizando o acúmulo de notas como era antes. Essa nova forma de avaliar visa o rendimento de aprendizagem do aluno e o professor passa a ser um mediador de conhecimentos dando-se ênfase na construção do conhecimento pelo o aluno.
E para que esse objetivo seja alcançado o professor em sala de aula deve informar o que vai ser visto e a importância do conteúdo, para que o aluno tenha mais desempenho e interesse no assunto programado. Pellegrini (2003, p.28) enfatiza que "quando o educador discute com os estudantes os objetivos de uma atividade ou unidade de ensino, dá meios para que eles acompanhem o seu próprio desenvolvimento". Essa técnica tem o objetivo de fazer com que o aluno se auto-avalie, promovendo debates em sala de aula em que o educando possa analisar e dizer suas dificuldades juntamente com o professor para promover uma autonomia ao aluno, tornando-o uma pessoa de senso crítico.
Diante desse panorama educacional o educador deve utilizar-se de instrumentos diversificados para ampliar a aprendizagem do aluno. O professor que se articula de diversas maneiras para avaliar, contribui para o aperfeiçoamento do potencial de cada aluno, pois aquele que tiver facilidade para a oralidade terá êxito num seminário. Já aqueles que tem uma boa memória terão um ótimo resultado numa prova oral.
Mas, a avaliação precisa ser processual, contínua e sistematizada, pois só assim, o professor saberá diagnosticar o desempenho e a dificuldade do educando, contribuindo para melhoria de seu desempenho escolar.


2.2 Identificando a História da Avaliação

A avaliação é um processo dinâmico e permanente, na qual, está sempre o processo de em contínuas mudanças. Através do tempo verifica-se as principais tendências e o desenvolvimento do processo avaliativo em diferentes níveis pedagógicos.
É dentro dessa perspectiva, que as Tendências Pedagógicas durante muito tempo marcaram nosso sistema educacional como modelos a serem seguidos pelos professores como instrumentos utilizados na educação, principalmente no ato de avaliar.
Essas tendências foram de grande contribuição para o aprimoramento das práticas pedagógicas dos professores. É interessante ressaltar na justificativa de Scocuglia (1999, p. 167) que "[...] a historia da educação constitui, há muito, uma disciplina que, em geral, retrata acontecimentos de forma linear e evolutiva, tratando das contribuições dos" grandes pedagogos"
Nesse sentido, as Tendências Pedagógicas originaram-se através de movimentos filosóficos e sociais proporcionando ao professor paradigmas para que este construísse a sua prática pedagógica. No entanto, cabe ao professor, antes de tudo, procurar o melhor de cada uma formulando seus próprios conceitos com qualidade e eficiência.
Dessa forma, alguns autores, em geral, classificam as Tendências Pedagógicas em dois grupos distintos: as de cunho liberal, tais como: Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecnicismo Educacional; e do outro, as de cunho progressista, dentre eles: Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, sendo estas pedagogias as mais conhecidas pelos educadores na atualidade.
As Tendências Pedagógicas Liberais tiveram início no século XIX com influências do ideário da Revolução Francesa (1789), como também, do liberalismo do mundo ocidental e do sistema capitalista.
É importante ressaltar que o termo liberal não tem o sentido de avanço e sim o sentido de liberdade dos interesses individuais e do reconhecimento de necessidades sociais não supridas pela ação estatal. Essa tendência educacional tem como base o conteúdo de ensino, sendo mais importante do que a experiência e o processo pelo qual se aprende, sustentando a idéia de poder entre dominador e dominado.
As Tendências Pedagógicas Liberais demonstram uma interferência conservadora, porém, com ações renovadoras. Tal interferência consiste em preparar o aluno para o seu desenvolvimento no meio social, valorizando suas habilidades individuais, no entanto, não levam em conta as desigualdades de renda, apesar de propagar as idéias de igualdade e liberdade influenciadas pelo ideário da Revolução Francesa.
Portanto, é importante ressaltar que as Tendências Liberais são divididas em Pedagogia Tradicional, Renovada e Tecnicista.
Nesse sentido, a Pedagogia Tradicional surgiu no século XIX e predominou em grande parte do século XX e tinha como base preparar o aluno intelectualmente, sendo que este buscava através de seus próprios meios uma aprendizagem eficiente e o professor era autoritário, exigindo sua obediência.
A Pedagogia Renovada, por sua vez, surgiu no final do século XIX. Podemos observar que a Pedagogia Renovada inclui varias correntes, dentre elas: a progressista (baseada na teoria educacional de John Dewey), a não-diretiva (inspirada principalmente em Carl Rogers), a ativista, espiritualista ( de origem católica), a culturalista, a piagetiana e outras correntes estas, ligadas de alguma forma à pedagogia ativa.
É interessante observarmos a seguinte justificativa:

A tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada progressivista, ou pragmatista, principalmente na forma difundida pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira ( deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget); a renovada não- diretiva, orientada para os objetivos de auto-realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações interpessoais, na formulação do psicólogo norte-american Carl Rogers. ( Luckesi, 1994, p. 55)


Quanto ao Tecnicismo Educacional, este desenvolveu-se no Brasil na década de 50, mas apenas nos anos 60 ganhou-se autonomia como pedagogia inspirada na teoria behaviorista de aprendizagem, corrente comportamentalista organizada por Skinner e na abordagem sistemática do ensino, absoluta à neutralidade científica e a transformação dos acontecimentos naturais à sociedade.
Na concepção de cunho progressista destacam-se duas pedagogias: a Libertadora e a Tendência Crítico-Social dos Conteúdos, que se desenvolveram na segunda metade da década de 70, propondo uma pedagogia voltada para os interesses da maioria da população. Interesses estes, baseados em formular propostas e estudos no sentido de tornar possível uma escola articulada com os anseios concretos do povo, contrapondo a idéia de ideologia nas escolas e na sociedade capitalista.
Nessa perspectiva, vale ressaltar que "o termo "progressista", emprestado de Snyders, é usado aqui para designar as tendências que, partindo, de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação." (Luckesi,1994, p. 63)
Tomando por base essa tessitura, é importante observarmos que essas pedagogias progressistas sugerem uma educação escolar critica a serviço das transformações sociais e econômicas, ou seja, banir as desigualdades sociais decorrentes das formas sociais capitalistas da nossa sociedade.
Nessa dimensão, Mizukami (1986, p.85) afirma que: "o movimento da cultura popular no Brasil, até 1964, contribui para uma motivação de cunho vivencial, tratava-se de um trabalho com o objetivo de possibilitar uma real participação do povo enquanto sujeito de um processo cultural."
É sempre bom lembrar que o termo "progressista" refere-se a processos sociais, enfatizando o estudo do meio natural e social desenvolvendo o "aprender a aprender", privilegiando os estudos independentes e também os estudos em grupo, selecionando uma história vivida pelo aluno, que seja desafiante e que careça de uma solução para um problema prático.
Diante dessas breves análises metodológicas das Tendências Pedagógicas evidenciamos que cada fase é direcionada para a prática escolar, numa perspectiva de melhorar e aperfeiçoar o desempenho do ensino e aprendizagem no contexto social vigente, estruturando um modelo educacional inserido num conjunto sócio-econômico político de uma dada realidade humana e histórica.


2.3 Reconhecendo os Procedimentos Avaliativos nas Práticas Docentes

Os procedimentos avaliativos em Língua Portugueses têm sido objeto de estudo e reflexão nas práticas dos nossos professores com o objetivo de proporcionar aos alunos uma visão mais abrangente do conteúdo em que estes possam tomar consciência de suas conquistas e dificuldades, melhorando o desempenho na aprendizagem da língua materna.
É sempre bom lembrar que os procedimentos avaliativos são um conjunto de ações ordenadas e orientadas por parte do professor para consecução de uma meta, ou seja, o caminho seguido para resolução de uma tarefa ou problema. Os procedimentos avaliativos revelam a capacidade dos discentes de demonstrar o que aprenderam de maneira eficaz e eficiente na sala de aula.
Diante desse contexto, os procedimentos avaliativos implicam em saber fazer de maneira significativa usando e aplicando correta e eficazmente os conhecimentos adquiridos no contexto com os professores.
Nesse sentido, é necessário que a avaliação estabeleça expectativa de aprendizagem nos alunos em conseqüência do ensino, através das variadas maneiras de avaliação possibilitando aos discentes boas condições de desenvolvimento do ponto de vista pessoal e social.
É de fundamental importância a utilização de diferentes procedimentos avaliativos como o verbal, o oral e o escrito de forma a considerar as diferentes aptidões dos alunos. Muitas vezes o aluno não domina a escrita o suficiente para expor um raciocínio mais complexo sobre um fato histórico, por exemplo, mas pode fazê-lo perfeitamente bem utilizando a oralidade, como em diálogos, debates e seminários.
Diante dessa análise Hoffmann.(1993, p.72) ressalta que "sugiro muitas e diversificadas tarefas em todos os momentos da escola. Em aula, em casa, algumas mais extensas, outras menores. O importante é garantir a espontaneidade do aluno ao realizá-las".
Considerando essas preocupações, o professor pode apegar-se a diversos procedimentos avaliativos, visando a aquisição de conhecimentos dos alunos, valorizando as habilidades individuais dos mesmos com a finalidade de um resultado satisfatório nas suas aprendizagens.
Assim, é revelante salientar a afirmativa de Libâneo (1994, p. 150) ao dizer que "o professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos métodos de ensino".
Nessa perspectiva, um procedimento avaliativo freqüentemente utilizado é a avaliação objetiva. Como o próprio nome diz, o conteúdo cobrado é objetivo. Portanto, não é usual a cobrança de questões doutrinárias, complexas ou controvertidas. Esse método avaliativo requer conhecimentos para fazer uma análise da parte principal da matéria, como uma espécie de fechamento, objetivando assim o ápice da discussão.
Nesse sentido, ao refletir sobre a avaliação objetiva é bom ponderar sobre:

Uma das vantagens da prova objetiva construída pelo professor é que ela pode ser planejada e elaborada adaptando-se mais exatamente às condições e necessidades da situação particular de seus alunos. Convém fazer a redação preliminar das questões à medida que as aulas são ministradas; isso facilita o trabalho de construção do teste e ajuda a garantir a validade de conteúdo.(Haydt, 2004, p.97)


Outro procedimento requisitado pelo professor no ato avaliar é a avaliação subjetiva que exige do aluno desenvoltura para desfechar uma espécie de dissertação da matéria regida pelo professor, na qual, terá que obter um bom uso na linguagem escrita, cobrando coerência, objetividade e clareza nas idéias dos discentes.
Um outro meio de avaliação que merece destaque é o trabalho de grupo. Considerando a diversidade de atuação dos alunos quando envolvidos com esse tipo de procedimento de ensino, o professor deverá encontrar uma forma de avaliar, mesmo discente do resultado coletivamente, perceber o desempenho individual do aluno na elaboração do trabalho. Nessa sentido Libâneo.(1994, p.170) enfatiza que:

A finalidade principal do trabalho em grupo é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa. Para que cada membro do grupo, posa contribuir na aprendizagem comum, é necessário que todos estejam familiarizados com o tema em estudo. Por essa razão exige-se que a atividade grupal seja procedida de uma exposição, conversação introdutória ou trabalho individual.


Os alunos ao trabalharem em grupo e depois discutirem e analisarem seu desempenho junto com o professor terá uma evolução positivamente em relação às responsabilidades assumidas com os colegas e no seu relacionamento com os conteúdos apresentados em sala de aula
Partindo do princípio de que o conhecimento é resultado de uma conquista do mesmo pelo aluno, através de sua atividade na realidade social e com suas compreensões lógicas das causas e conseqüência dos fatos, não podemos descartar, em hipótese nenhuma, as experiências realizadas com os alunos nos trabalhos em grupos. Assim, o processo docente deve orientar-se no sentido de desenvolver determinadas estruturas operatórias do pensamento do educando e, obviamente, avaliar se estão presentes na estrutura cognitiva dos alunos. Nesse sentido, Libâneo (1994, p.171) enfatiza que:

Qualquer que seja o procedimento em grupo, ele deve procurar desenvolver as habilidades de trabalho coletivo responsável e a capacidade de verbalização, para que os alunos aprendam a expressar-se a defender seus pontos de vista. Deve também possibilitar manifestações individuais dos alunos, a observarem seu desempenho, o encontro direto ente aluno e matéria de estudo e a relação de ajuda recíproca entre os membros do grupo. (1994, p.171).


A característica principal do trabalho realizado em grupo é proporcionar ao aluno participou de um conjunto de operações mentais em interação com os colegas e com os conteúdos e problemas apresentados pelo professor em sala de aula. Tais operações mentais são fases diferentes do processo através das quais o aluno evolui pelos distintos níveis de assimilação, ou seja, familiarizar-se, reproduzir, produzir e criar, num processo gradativo do qual resulta a solidez dos conhecimentos e as habilidades que delineiam a essência do processo ensino aprendizagem.
Diante desse panorama educacional, o seminário é um dos procedimentos avaliativos muito usuais pelos professores, sendo que é bastante comum a situação em que uma pessoa ou um grupo de pessoas desenvolve uma pesquisa e apresentam os resultados a um público. Esse tipo de texto, produzido oral e publicamente, só se realiza plenamente quando é apresentado numa situação concreta de interação.
Vale ressaltar, que os seminários tem a finalidade de transmitir para os ouvintes conhecimentos sobre o assunto pesquisado; o apresentador deve colocar-se na posição de um especialista do assunto em foco. Isso que dizer que ele deve demonstrar conhecer o tema mais do que os ouvintes, pois é essa a condição que lhe confere autoridade para discorrer sobre o assunto com segurança.
É importante observarmos que os procedimentos avaliativos sugerem técnicas para avaliar os discentes em suas diversas aptidões. O professor em suas práticas docentes deverá estabelecer objetivos em seu ato avaliativo. Objetivos estes que não devem ser casuais, porém elaborados intencionalmente, selecionados para garantir e comprovar se foram realmente atingidos, buscando-se sempre um desempenho dos alunos reflita o espaço pedagógico de transmissão-assimilação dos conteúdos e da transmissão que irão favorecer a inserção pessoal, social e profissional dos discentes envolvidos.