Normalmente eles são olhados com certo preconceito e até sofrem bullying, mas o que não se sabe, na maioria das vezes é que alguns indivíduos sofrem de um mal que não ocorre com tanta frequência, mas que está presente em nossa sociedade: o gigantismo.

Recentemente, tive contato com uma pessoa que sofria de gigantismo. Um homem procurou a concessionária onde trabalho para comprar motos. Como vendemos alguns modelos importados de motos fora de estrada, ele achava que era uma boa opção visto que sua estatura exigia uma moto que fosse mais alta do que normalmente se vê nas ruas. Fiquei impressionada, mas consegui indicar uma boa moto e que estava nos planos financeiros dele. O fato consternou-me tanto que resolvi usar este espaço onde tenho publicado minhas ideias, visto que tenho apenas um site de jogos de moto, para falar sobre esta doença a partir de uma pesquisa bibliográfica que fiz na faculdade onde estudo.

A palavra gigantismo aplica-se àquelas pessoas, cuja estatura ultrapassa a normal dentro de seu grupo étnico. Considera-se que um indivíduo está afetado de gigantismo quando em sua infância apresenta uma estatura superior a 40% a que corresponde a sua idade; recebem também esta denominação os rapazes jovens cuja altura ultrapassa os 2 metros e as mulheres que ultrapassam os 1,85 metro. A altura desproporcional está quase sempre relacionada com problemas nas glândulas endócrinas.

Entre os diversos tipos de gigantismo podem-se citar os seguintes:

Gigantismo hipofisârio.

É o mais frequente e deve-se à hiperfunção da hipófise anterior, a qual segrega em excesso os hormônios do crescimento. A hiperfunção é geralmente provocada por um tumor pré-hipofisário, e, em algumas ocasiões, por uma lesão toxinfecciosa, quase sempre como consequência de uma sífilis hereditária. Este tipo de gigantismo costuma desenvolver-se entre os 12 e 18 anos e manifesta-se em forma de crescimento harmónico, quando as diversas partes do corpo apresentam entre si proporções normais, ou desarmônico, quando o crescimento das extremidades é excessivo em relação ao tronco. Os ossos são largos e sólidos e aparece um atraso no desenvolvimento dos-órgãos genitais e dos caracteres sexuais secundários. No caso de comprovar-se a existência de um tumor pré-hipofisário, o tratamento consiste em sua extirpação cirúrgica e na radioterapia pós-operatória. Nos demais casos recorre-se ao tratamento hormonal substitutivo.

Gigantismo hipogonadal.

É provocado pela deficiência de secreção das glândulas sexuais (testículos ou ovários). Denomina-se também como gigantismo eunucóide e caracteriza-se pelo desenvolvimento escasso dos órgãos genitais e a má definição dos caracteres sexuais secundários. 0 paciente apresenta grande desenvolvimento das extremidades, especialmente das inferiores, com ossos largos e imaturos, infantilismo psíquico e pressão sanguínea inferior a normal. O tratamento baseia-se na administração de hormônios sexuais.

Gigantismo idiopâtico primordial. Desconhece-se sua origem, embora às vezes tenha caráter hereditário, não se deve a nenhuma alteração das glândulas endócrinas. O corpo apresenta um desenvolvimento harmónico e os órgãos genitais e os caracteres sexuais secundários são normais.