Caros co-cidadãos: venho por meio destas páginas partilhar o meu pensamento de como as diferenças de ideais, percepções, práticas religiosas e de Igrejas na família (Mt. 19, 4-6; Lc. 8,21; 1Tm. 5,4) podem negativamente influênciar a educação dos nossos filhos. Por exemplo, quando pai e mãe não comungam a mesma religião ou Igreja, especialmente quando mesmo na cristã, há diferenças de Igrejas, ou um frequenta, vive e o (a) parceiro (a) não. Ha casos em que ambos os pais ou um contraiu sacramentos numa Igreja, muda-se e vive em solidão noutra Igreja. Qual é o impacto deste tipo de casos na vida familiar? As diferenças podem advir do facto de na tradição viva da oração, cada Igreja propôr aos seus fieis, segundo o contexto histórico, social e cultural, a linguagem da sua oração; palavras, melodias, gestos e iconografia. Lembremo-nos que a fé e o Eu Creio (Mc. 9,24) associados ao Credo, ...”Creio na Igreja una Santa, Católica e Apostólica...” devem ser a base da identidade e comunhão dos cristãos. Ora, perante as diferenças na família, os pais podem viver desorientados na vida do bem estar, do amor (1Jo. 4,7-21) e consequentemente desorientar a vida dos filhos. As crianças podem crescer sem comungar a fê cristã e tãopouco frequentar e viver os ensinamentos da Igreja por carecerem de ensino e herança dos pais neste contexto. Assim, para uma melhor educação dos nossos filhos é necessário e fundamental que as famílias, os pais comunguem, partilhem, vivam o mistério cristão, a fé em Deus Único (Gn. 1,1-31; Act. 17, 26-28), vivam e consolidem a Palavra e os ensinamentos de Desus através da Oração (Mt. 9-13) familiar e comunitária na Igreja, participem activamente na catequese, formação e capacitação cristãs. Só assim, caros co-cidadãos é que podemos garantir a boa educação dos nossos filhos. Só assim podemos evitar rejeitar a Deus ou procura-lo mudando de Igreja para Igreja resultado (1) da eventual revolta contra o mal existente no mundo e busca de cura, (2) da ignorância ou da indiferença religiosas, (3) das preocupações para aquisição de riquezas (Mt. 13,22), (4) do mau exemplo de alguns crentes, (5) das correntes de pensamento hostis a religião e (6) da atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus (Gn. 3,8-10) e foge quando Ele o chama (Jn. 1,3). E é sobre os bons e maus exemplos dos crentes de que vamos partilhar mais tarde.