Passados alguns séculos após a escravidão no Brasil, políticos dotados de um discurso eleitoreiro bradam aos quatro cantos do Planeta que as cotas em Universidades são medidas propícias para se restabelecer um erro cometido no passado. É como o Papa pedindo desculpas pelas atrocidades da Igreja em tempos passados. Tudo bem concordo com o gesto humanístico, mas esperem aí, coloquemos um ponto e passemos para página seguinte.

A polêmica são as cotas e atrás delas há toda uma carga de racismo, este que políticos dizem combater. Evitam entrar em polêmicas e a cada 20 de novembro que se aproxima somos ofuscados por uma avalanche de benefícios. Somos presenteados como os índios foram pelos portugueses que aqui chegaram à primeira viagem. A união é fundamental entre os negros e descentes deste País. Os congressos, assim como os grandes eventos organizados pela sociedade civil é de suma importância, mas não façam disso um trampolim político para interesseiros de plantão.

Quando afirmo que as cotas são racistas justifico minha verdade: o perdão pelos gestos atrozes cometidos contra os nossos antepassados não serão sanados dessa forma, através de vagas em Universidades Públicas, deve-se sim investir em infra-estrutura para essa população (sejam negros, brancos ou índios, pois acima de tudo somos brasileiros), deve-se sim fazer da escola pública centros de excelência preparadas a levar seus discentes as grandes universidades de nosso País, sejam ele negros, brancos ou índios, independentes de sua etnia.

E, também, o negro tem inteligência sim, não merece migalhas e demonstra que pode passar num vestibular de universidade pública. Não devemos ofuscar nossos talentos, nem mesmos dar as costas para eles, pelo contrário, é necessário acabarmos com esses favores políticos investindo em Educação, Cultura, Saúde, dignificando nossos cidadãos independentes de sua etnia.

As costas para as cotas.