A Corrupção na justiça

 

As autoridades não fazem nada perante a injustiça gritante perpetrada por alguns autores da justiça. O indivíduo, a família e povo Guineense em geral decide juntar as vozes através destes artigos para desmascarar os corruptos da justiça, como forma de combater esse mal que paira num dos pilares da nossa nova democracia.

Essa publicação será feita em diferentes capítulos, para facilitar os detalhes necessários para a compreensão desse outro mundo oculto da corrupção na nossa justiça.

A iniciativa não tem a ver com nenhuma organização específica, ela surge produto das injustiças perpetradas pelas instâncias judiciais e alicerçados pelos  notórios dessa pratica.

 

 

Capitulo 1º - A cara da corrupção na Justiça

 

A corrupção na justiça Guineense é algo que preocupa a todos, é reconhecida por todos, mas ninguém faz algo, porque poucos é que acarretam com o fardo, os poucos são aqueles que não têm meios ou não estão dispostos a dar “Suco di Bas”.

O Estado descrito é reconhecido pela liderança da Justiça; Ministério da Justiça, Supremo Tribunal, Procuradoria-geral, até a Presidência da Republica. Mas ninguém faz nada!! Esse não fazer nada é o que faz com que os guineenses não confiam nas instituições, e cada vez vão assumindo a resolução dos seus problemas por conta própria. O que consequentemente torna a sociedade cada vez mais violenta e que a paz seja difícil.

Na inoperância das autoridades, sem resolver os problemas da Justiça na Guiné, traz consigo a criação de impérios dentro da Justiça, esse cenário é visível e claro, há “Caciques” na Justiça que fazem e desfazem ao seu bel-prazer. Por isso a corrupção, o abuso que se verifica no aparelho da justiça do País têm nomes, e esses nomes devem ser posto na rua. Porque há vários Juízes validos, honestos e competentes que merecem respeito de todos os Guineenses que não se podem meter no mesmo saco dos corruptos.

Hoje demonstrarmos umas das caras da corrupção na Justiça, se calhar, a cara de corrupção mais preponderante, essa cara é o Juiz Conselheiro e Vice Presidente do Supremo Tribunal, Paulo Sanha.

 

Paulo Sanha é licenciado em Direito na Rússia, é fechado em si, calculista, tribalista ( balanta é o seu tribo), está no supremo tribunal da justiça desde meados dos anos 90, é o ícone do  poder balanta no poder judicial; - todos os processos relacionados com PRS ou figuras balanta de destaque têm sempre a sua mão invisível.

Com a expulsão e prisão pelo então presidente da Republica Dr. Kumba Yala  do Dr. Nosolini então presidente do STJ e do Dr. Vinâncio  Vice-presidente , alias facto provam que tudo foi orquestrado e sustentado pelo Paulo Sanha,  Ele ( PS) começa a tomar  as  rédeas do poder da justiça nas suas mãos, tornou-se o mais importante elemento, não obstante com a nomeação (com seu consentimento) do Dr. Amiro como presidente  do STJ em substituição dos eleitos.

Durante esse período todos os processos políticos (caso RGB) do interesse da presidência do Kumba Yala, processos de forte interesse financeiro e económico tinham as mãos invisíveis do Dr. Juiz Paulo Sanha, tanto no STJ, na 1ª instancia e como nos tribunais sectoriais através da indigitação da pessoa da sua confiança para os referidos processos, esses processos teriam que “calhar” a pessoa indicada pelo Paulo e, teria que responder e fazer tudo como ele indicasse. É de salientar que nesse período Ele promoveu para os tribunais muitos jovens da sua etnia, uma jogada bem estratégica, como o regime de momento fez em vários sectores da vida pública, entre os quais as forças armadas.

Praticamente todos os acórdãos são do seu cunho e desejo, tendo em conta a graça que os demais Juízes conselheiros lhe prestavam para que não fossem corridos do STJ.

A voz discordante sempre foi a do Dr. Emílio K Costa, mesmo com o poder e influencia que Paulo Sanha tinha no momento.

 

Esse poder do Paulo na instância Judicial estendeu-se ainda aos últimos anos, porque a 1ª Presidência da Presidente Maria do Céu Silva Monteiro, não deu para mudar a situação, tendo em conta que o grosso dos Juízes Conselheiros pertencem a era e ao protectorado do Paulo e, continuaram a ser-lhe fiel, também aliado a incapacidade de muitos deles, ressalva-se menos o Dr. Emílio K. Costa.

Com a subida dos novos Juízes Conselheiros onde se destacam Dr. Saído Balde, Fernando Jorge e outros, a Presidente do STJ começa a poder folgar-se das garras e abafo do Paulo Sanha. Mesmo com as funções do Vice, insiste em fazer parte da Câmara Cível para tentar ver se consegue arrumar todos os processos de interesse financeiro e económico, apesar de reconhecer que agora não é bem fácil para ele, tendo em conta a presença dos novos Juízes Conselheiros Saído Balde e Fernando Jorge que fazem parte da mesma Câmara e dirigida pelo 1º.

Na sua tentativa de poder ainda safar-se nos processos de interesse financeiro, o Paulo apodera-se de todos aqueles processos que lhe interessam, mesmo tendo sido inicialmente distribuído a um outro Juiz conselheiro. - Vamos poder ver casos.

 

O artigo continuará, trazendo  3 processos como; Casa do Bairro de Ajuda do falecido Justino Inácio Gomes, processo que fez parar a cadeia da Ex-deputada da nação Tiadora Inácia Gomes; O processo da ELF Total Fina que fez a multinacional Francês retirar-se da Guiné; E o Processo da Inforgest Vs BRS que ainda corre os seus tramites. Todos esses processos foram conduzidos e influenciados pelo corrupto Paulo Sanha.

O leitor poderá ver como interesse de uma pessoa magoa a justiça de um pais, como uma pessoa faz com que várias famílias sofrem a injustiça em nome da Justiça, como empresas empreendidas pelos jovens quadros vão perdendo no mercado pela injustiça, como o país perde investimento ou os investidores fogem da Guiné por causa das injustiças perpetrados e alicerçados pelos corruptos.

 

Todos nós no fim poderemos em conjunto propor o rumo a dar a nossa justiça, se vale a pena pessoas como Paulo Sanha merecem continuar no aparelho cimeiro do poder judicial. – A lista das pessoas será engrossada a medida que vamos passando pelos corruptos.

Até próximo Capitulo  

Porta-voz das vitimas de Poder Judicial na Guiné-bissau