Este artigo aborda uma obra Naturalista publicado em 1903, considerada um clássico do gênero Ciclo das Secas da Literatura Nordestina, Luzia-Homem é um exemplo do Naturalismo regionalista. Conforme os autores Pereira (2004), Costa (2002), Bosi (1989). Dentre as partes da obra em que ocorrem as manifestações da teoria Naturalista, foi escolhida para o desenvolvimento desse trabalho a trajetória da personagem de acordo com Olímpio (1989). A obra é uma das últimas da escola naturalista, nela, apresenta-se o flagelo da seca em uma região castigada pelo sol abrasador e a constante falta d’água, ao mesmo tempo em que enfoca a força física e moral da sertaneja – Luzia-Homem, é uma criatura intermediária entre dois sexos, o corpo quase másculo em uma alma feminina e que termina assassinada por um soldado, a se entregar a um homem que não amava. Através dos estudos realizados, pode-se concluir que os traços do Naturalismo brasileiro e, sobretudo nordestino, são marcados pela objetividade, clareza e linguagem simples; para atingir tal fim, desenvolveu-se uma pesquisa de natureza bibliográfica de caráter exploratória e descritiva. Tais questões, partindo da leitura de Luzia-homem, de Domingos Olímpio, são o motivo deste artigo.