CENTRO UNIVERSITÁRIO MOACYR SREDER BASTOS 

Curso de História – 5° Período 

R E S E N H A 

As Características do Professor Segundo a Alegoria da Caverna  

Aluno(s): Everaldo Rufino da Silva             Data: Abril de 2010                                                  

 

Identificação da Obra: O mito da caverna, também chamada de Alegoria da caverna, foi escrito pelo filósofo Platão, e encontra-se na obra intitulada A República (livro VII). Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.

Autor: Platão Atenas,427 - Atenas, 347 a.C. ) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. 

                 

Introdução

A história narra à vida de alguns homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltados para o fundo dela. Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia sombras no fundo da parede. Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes resolveu voltar-se para o lado de fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos poucos, vislumbrou outro mundo com natureza, cores, “imagens” diferentes do que estava acostumado a “ver”. Voltou para a caverna para narrar o fato aos seus amigos, mas eles não acreditaram nele e revoltados com a “mentira” o mataram. 

Quando aplicada em sala de aula, tal alegoria resulta em boas reflexões. A tendência é a elaboração de reflexões aplicadas a diversas situações do cotidiano, em que o mundo sensível (a caverna) é comparado às situações como o uso de drogas, manipulação dos meios de comunicação e do sistema capitalista, desrespeito aos direitos humanos, à política, etc. Ao materializar e contextualizar o entendimento desse mito é possível debater sobre o resgate de valores como família, amizade, direitos humanos, solidariedade e honestidade, que podem aparecer como reflexões do mundo ideal. 

Por isso, cabe a nós futuros professores, levarmos aos nossos alunos a luz do conhecimento e tentar relacionar a filosofia platônica, sobretudo o mito da caverna, com nossa realidade atual. A partir desta leitura, é possível fazer uma reflexão extremamente proveitosa e resgatar valores de extrema importância para o dia a dia da educação em sala de aula. Além disso, ajuda na formulação do senso crítico dos alunos de um modo geral. 

Finalmente, o mito da caverna pode ser interpretado como uma crítica ao próprio ser, que não busca a verdade, e em uma ingenuidade falsificada, aceita o que lhe é dito, já que isso é mais cômodo e lhe poupa o trabalho de investigar, refletir, questionar e com isso comprovar os fatos.

Assim, fica claro que o professor, principalmente o historiador, deve incorporar sempre essas características, deve sempre buscar a verdade à luz da razão, levar incentivo, inovar e criar maneiras eficientes de transportar o conhecimento aos que estão na escuridão da ignorância.

 Conclusão 

No mundo atual, a televisão, as crenças, os costumes, as ideologias etc., desempenham perfeitamente o papel das sombras refletidas nas paredes da caverna, aprisionando as pessoas por meio do processo de alienação e do consumismo. No Mito de Platão, o filósofo é aquele que se liberta das correntes, passando a contemplar a vida e que, ao retornar à caverna, tenta convencer os outros a fazerem o mesmo.

Na atualidade, o professor assume o papel do filósofo, de modo a socorrer e ajudar as pessoas a se libertarem das crenças, das ideologias e dos costumes que os aprisionam, abrindo seus olhos levando-os a encontrar o sentido da vida.
No entanto, essa tarefa torna-se cada vez mais difícil. Se formos comparar o tempo escolar e o tempo de exposição em frente à televisão de um jovem, a concorrência torna-se desleal.

 Referência: 

PLATÃO. A República. (trad. Enrico Corvisieri) São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Col. Os Pensadores). 

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Graduando em História pela UniMSB