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AS ATRIBUIÇÕES E BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NO CONTEXTO HOSPITALAR E SUA CONTRIBUIÇÃO  PARA HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA

 

 

 

TATIANA CONCEIÇÃO PEREIRA DE OLIVEIRA 1

SIMONE BRAGA SOUZA 2

 

1 - Fisioterapeuta do Hospital Rios Dor, especializada em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva pela INTERFISIO e especializada em Acupuntura pelo INCISA IMAM.

 2-  - Fisioterapeuta do Hospital Rios Dor, especializada em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva pela SOBRATI.

 

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1 Especialista em  Fisioterapia em UTI Adulto 1. Endereço: Rua Barão de Jaceguai S-N, Condomínio Netuno, Edifício Cação, Apto 302 – Ponta da Areia – Niterói – Rio de Janeiro – RJ. CEP: 24040-000.  Telefone: 21 3500-7345  E-mail: [email protected].

 

 

 

 

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RESUMO

 

Atualmente a Fisioterapia tem sido uma grande aliada na recuperação clínica de pacientes internados no âmbito hospitalar, restaurando a perda funcional, reduzindo incapacidades, aprimorando a funcionalidade do paciente, além de tratar e prevenir complicações respiratórias.  Construir mudanças é imprescindível no sistema de saúde atual e, mais especificamente, no contexto hospitalar, envolvendo, dentre outros aspectos, o reconhecimento dos usuários como cidadãos, em sua integralidade e subjetividade.  A humanização pode ser compreendida como uma forma de percepção da condição do paciente no contexto dos serviços de saúde, o qual enfoca a situação de fragilidade e vulnerabilidade vivenciada pelo mesmo em seus aspectos bio-psico-sociais, considerando suas necessidades. Sabe-se que quando se trabalha com humanização há uma redução do tempo de permanência hospitalar e aumento do bem-estar geral dos pacientes, além de contribuir diretamente na redução da taxa de mortalidade e de infecção. O papel dos profissionais da área da saúde, em especial do Fisioterapeuta, torna-se cada vez mais complexo face à constante qualificação dos serviços de assistência à saúde, que não se limitam somente em garantir a sobrevida, mas oferecer qualidade na assistência. Sendo assim, a atuação do Fisioterapeuta no processo saúde-doença pode assumir um papel indispensável para garantir qualidade na assistência durante a hospitalização. Neste sentido, o objetivo do artigo é delinear o papel do fisioterapeuta no contexto hospitalar e sua contribuição na  humanização da assistência , tecendo algumas estratégias e futuras reflexões sobre o tema, além de propostas de atendimento terapêutico voltadas para a humanização. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica da literatura nacional e internacional, com busca de artigos científicos nas bases de dados em revistas eletrônicas de 1995 a 2013: Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e PubMed. Os artigos foram selecionados conforme o objetivo proposto neste estudo. Conclui-se que a Fisioterapia é indispensável no contexto hospitalar e parece ser um elemento primordial na humanização da assistência  por sua proximidade com o paciente no seu cotidiano.

 

Palavras-Chaves: Fisioterapia Hospitalar; Humanização ; Qualidade da Assistência.

 

 

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ABSTRACT

Currently the Physiotherapy has been a great ally in the clinical recovery of hospitalized patients in hospitals and restore the functional loss, reducing disabilities, improving the functionality of the patient, and treat and prevent respiratory complications. Build changes is essential in the current health system and, more specifically, in the hospital, involving, among other things, recognizing users as citizens in its entirety and subjectivity. Humanization can be understood as a form of perception of the patient's condition in the context of health services, which focuses on the situation of fragility and vulnerability experienced by even in their bio-psycho-social aspects, considering their needs. It is known that when working with humanization there is a reduction in the length of hospital stay and increased general well-being of patients, and contribute directly to reducing mortality and infection. The role of health professionals, especially the physiotherapist, becomes increasingly complex due to the constant qualification of health care services, which are not limited only to ensure survival but offer quality of care. Thus, the role of the physiotherapist in the health-illness can play a vital role in ensuring quality of care during hospitalization. In this sense, the objective of this article is to outline the role of the physiotherapist in the hospital context and its contribution to the humanization of care, weaving some future strategies and thoughts on the subject, in addition to therapeutic care proposals aimed at humanization. The methodology used was a literature review of national and international literature, literature search in the electronic journal databases from 1995 to 2013: Virtual Health Library (Bireme), Scientific Electronic Library Online (SciELO) and PubMed. Articles were selected according to the objective proposed in this study. We conclude that physical therapy is essential in hospitals and appears to be a key element in humanized care for its proximity to the patient in their daily lives.

 

Key Words: Hospital Physiotherapy; humanization; Care Quality.

 

 

 

 

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INTRODUÇÃO 

Diversos estudos atualmente têm sido voltados aos benefícios da fisioterapia em pacientes hospitalizados.  A incidência de complicações motoras, respiratórias, hemodinâmicas, cardíacas e neurológicas principalmente inerentes a imobilidade durante períodos prolongados de internação, tem contribuído com o declínio funcional, aumento dos custos assistenciais e no tempo de internação, além da redução da qualidade de vida e mortalidade pós-alta.

A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas, tendo como objetivo identificar precocemente disfunções cinético-funcionais e respiratórias, prevenir e minimizar a perda funcional, além de preservar a capacidade de realização de atividades por parte do indivíduo, principalmente nos domínios transferências e locomoção (24), dando oportunidade sempre que possível, à independência funcional do paciente.    

  A atual política de saúde baseada na idéia de melhorar o padrão de assistência hospitalar no Brasil, preconizou formas alternativas de tratar o indivíduo, reavaliando e melhorando a qualidade e eficácia dos serviços prestados. O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar(PNHAH) do Ministério da Saúde, propôs um conjunto de ações integradas para humanizar o atendimento hospitalar. 

Nessa forma de cuidar, chamada de atendimento humanizado, procura-se aliviar a dor e o sofrimento do outro, tratando-o com compaixão, respeitando a dignidade e a autonomia do outro. Humanizar o atendimento é também compreender o significado da vida e valorizar a dimensão humana do paciente em detrimento de sua patologia (SILVA, 2011).     

               Devido à proximidade no seu cotidiano com o sujeito doente, em atividades dirigidas `a reabilitação física e funcional, a fisioterapia vem exercendo um papel fundamental na humanização da assistência. Segundo estudiosos, essas atribuições fazem com que a fisioterapia faça parte do complexo de profissões do cuidar, colaborando ativamente com as demais profissões da atenção à saúde, ou seja, o fisioterapeuta necessita estar junto ao paciente para que este supere a perda de movimento, e fazer ressurgir nele a motivação em realizar tarefas e minimizar suas limitações. (26)

 

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Foi detectado que quando se trabalha com humanização há uma redução do tempo de internação e aumento do bem-estar geral dos pacientes, além de já ter sido sugerido que as consequências neuropsicológicas de uma longa permanência hospitalar podem afetar a qualidade de vida dos pacientes após sua alta (GRANJA, 2005).

Neste contexto, a fisioterapia pode ser uma grande aliada no tratamento clinico e  humanizado no âmbito hospitalar, contribuindo de forma valiosa na assistência global ao paciente. Este artigo se propõe a realizar um levantamento bibliográfico sobre o tema proposto. Serão evidenciados aspectos relevantes, relacionando  as atribuições da fisioterapia no contexto hospitalar com a   importância de um atendimento humanizado no processo de reabilitação. Foram incluídos conceitos e  novas propostas de atendimento terapêutico voltadas para a humanização da assistência.

 

 

 

METODOLOGIA

 

O presente estudo tem como finalidade através de uma revisão da literatura, descrever o papel da fisioterapia  no contexto hospitalar e   sua contribuição   na humanização da assistência, abordando os benefícios da fisioterapia hospitalar, assim como propostas e  estratégias de atendimento terapêutico voltadas para a humanização e futuras reflexões sobre o tema. Foram considerados relevantes e adicionados a esta revisão os registros entre os anos de 1995 a 2013, nas seguintes bases: Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e PubMed.  Foram encontrados 32 documentos, que incluíam artigos, monografias, dissertações e teses, utilizando os seguintes descritores: “Fisioterapia hospitalar”, Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar(PNHAH) “Humanização do atendimento fisioterapêutico ”, “Qualidade da assistência”.

 

 

 

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DESENVOLVIMENTO

 

ASSISTÊNCIA  HUMANIZADA    

As estratégias e ou ações humanizadas na assistência à saúde,  foram desenvolvidas  após a criação do  Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar(PNHAH) do Ministério da Saúde, que  buscou estender o conceito de humanização para toda a instituição hospitalar. Com o intuito de unificar as políticas, em 2003 o PNHAH, juntamente com outros programas de humanização já existentes, acabou transformando-se na PNH – o Humaniza-SUS (Brasil, 2003) – o qual passou a abranger, também, os cenários da Saúde Pública (instituições primárias de atenção) na busca por melhorar a eficácia e a qualidade dos serviços de saúde.

 

O PNHAH propõe um conjunto de ações integradas que visam mudar o padrão de assistência hospitalar no Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços  prestados. Seu objetivo fundamental foi  aprimorar as relações entre: profissional de saúde e usuário, tornando o tempo de internação o mais agradável possível, colaborar na cura, alegrar o ambiente hospitalar, dinamizar e diversificar o trabalho realizado, proporcionar uma internação com qualidade nos serviços prestados, manter a equipe motivada e participativa e oportunizar momentos de interação entre o paciente e seus familiares.(3)

 

            Atualmente a  humanização da assistência à saúde é uma demanda crescente no contexto hospitalar, representada como  um conjunto de iniciativas que visa a  produção de cuidados em saúde, capazes de conciliar a melhor tecnologia disponível com a promoção de acolhimento e respeito ético e cultural ao cliente, assim como espaços de trabalhos favoráveis ao bom exercício técnico e à satisfação dos profissionais de saúde e clientes .  (7-23)

           

O crescente interesse por essa área pode estar relacionado ao fato de que o doente, quando hospitalizado é afastado abruptamente de seu meio familiar e social, tendo seu estado emocional abalado (30) .Pesquisas realizadas em hospitais (Martins, 2001;Mazzetti, 2005) mostram que quando se trabalha com humanização e melhora do ambiente hospitalar, obtém-se benefícios como a redução do tempo de internação, aumento do bem-estar geral dos pacientes e funcionários,  diminuição das faltas de trabalho entre a equipe de saúde, e, como conseqüência, o hospital também reduz seus gastos.

 

 

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No campo da atenção em saúde, o termo  humanização tem sido utilizado com diferentes significados e entendimentos. Humanizar é integrar ao conhecimento técnico-científico a responsabilidade, a sensibilidade, a ética e a solidariedade no cuidado tanto do paciente como de seus familiares, e a saúde  deve ser abordada também no contexto cultural, histórico e antropológico, além do tradicional conceito de prevenção , diagnóstico, tratamento e reabilitação.     (S ILVA, 2011; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).

De acordo com Lepargneur (2003), humanizar é saber promover o bem comum acima da suscetibilidade individual ou das conveniências de um pequeno grupo e buscando a fundamentação para a humanização hospitalar, recorre à necessária atualização de seu significado, considerando que este conceito deve ser permanentemente construído e correlacionado a diferentes contextos.(16)

Para Pessini é possível e adequado para a humanização se constituir, sobretudo, na presença solidária do profissional, refletida na compreensão e  um olhar de cuidado que desperta no ser humano sentimento de confiança e solidariedade. (2)

 

Pessini & Bertachini, 2004 ainda ressaltam que é importante   curar doenças, porém sem  esquecer que mais importante ainda é curar o doente; e não somente curá-lo, mas também cuidar dele. Para eles, além dos aspectos fisiológicos sentidos da dor, por exemplo,  o sofrimento encontra suas raízes na perda da integridade da pessoa e está, substantivamente, atrelado à perda da qualidade de vida.

 

              Para Bruggemann (2003), o cuidado humanizado, focalizado nos aspectos pessoais do profissional, deve ser composto por elementos essenciais, como: relacionamento, presença genuína, compartilhar conhecimentos, atitude de compreensão, sensibilidade, competência técnica e interdisciplinaridade.

A humanização da assistência à saúde é uma filosofia organizacional, cujos princípios devem estar claramente estabelecidos e viáveis de serem concretizados na prática.(13) Deve abranger fundamentalmente as iniciativas que apontam para a democratização das relações que envolvem o atendimento, o maior contato e melhoria da comunicação entre profissional de saúde e paciente, assim como seus  direitos, subjetividade e referências culturais,

ou ainda o reconhecimento das expectativas de trabalhadores e pacientes como sujeitos do processo terapêutico. 26

 

Entre as diretrizes  do Programa Nacional de Humanização (Brasil, 2004) foram implementados: a integração e valorização da família no cuidado do paciente; a sistematização de informações aos familiares; o oferecimento de um cuidado holístico e individualizado; o diálogo, respeito e privacidade; o condicionamento do ambiente com adequada área física; conforto físico;  flexibilização do horário de visitas; o toque ao paciente de forma afetiva; o acolhimento/ empatia  de pacientes e seus familiares;  entretenimento e lazer.  (4)

É indispensável para que as ações sejam efetivas, que a instituição convirja para a construção de estratégias que contribuam para a humanização no trabalho, onde  os  trabalhadores sejam estimulados a buscar maior envolvimento e interesse pelo serviço, o que requer a sua valorização e a humanização do ambiente e das relações de trabalho. Cuidar de quem cuida é uma estratégia, visto que, muitos profissionais de saúde submetem-se, em sua atividade, a tensões provenientes de várias fontes: contato freqüente com a dor, sofrimento, pacientes terminais, receio de cometer erros, relações com pacientes difíceis, entre outros. (21)

Garcia (2010),  procurou em sua pesquisa exploratória  fazer uma  reflexão e diagnosticar a eficácia em torno da temática da humanização da assistência a partir da percepção de usuários, profissionais e gestores. A pesquisa foi desenvolvida em dois hospitais públicos do estado de Santa Catarina, entre 2008 e 2009, e obteve-se como resultado que havia grande desconhecimento sobre a Política Nacional de Humanização. Muitos dos limites apontados para que estes pudessem ser eficazes fugiam às possiblidades de atuação dos mesmos, pois relacionavam-se, principalmente, a questões de âmbito político-administrativo mais amplas, bem como a características próprias da sociabilidade capitalista.   (11)

Entretanto, faz-se necessário para a conformação do trabalho em equipe na concepção Integração ou interdisciplinar que os profissionais busquem conhecer as diretrizes políticas do Programa Nacional de Humanização de forma a nortear melhor a sistematização do cuidado e da gestão da assistência e a aplicação efetiva em cada área, oferecendo melhor atendimento para o paciente/cliente , principalmente os com longa permanência hospitalar.

 

 

 

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FISIOTERAPIA HOSPITALAR

 

Com um arsenal abrangente de técnicas, a fisioterapia hospitalar tem por objetivo  identificar precocemente disfunções cinético-funcionais e respiratórias,  prevenir e minimizar a perda funcional, além de preservar a capacidade de realização de atividades por parte do indivíduo, principalmente nos domínios transferências e locomoção,  dando oportunidade sempre que possível ,  a independência funcional do paciente. (15)

O trabalho do fisioterapeuta  hospitalar,  não consiste em foco único, a assistência deste profissional se dá de forma difusa e global, sendo  de extrema importância tanto em unidade de tratamento intensivo quanto de  internação, atuando também de forma extensa em pré e pós-operatórios. Atualmente, diversos estudos têm sido voltados aos benefícios da fisioterapia  em pacientes hospitalizados, sendo uma grande aliada na recuperação clinica dos mesmos. 

A incidência de complicações motoras, respiratórias, hemodinâmicas, cardíacas e neurológicas principalmente inerentes a imobilidade durante períodos prolongados de internação, tem contribuído com o declínio funcional, aumento dos custos assistenciais e no tempo de internação, além da  redução da qualidade de vida e mortalidade pós-alta. (15)

A fisioterapia respiratória tem por objetivo evitar complicações como  retenção de secreções pulmonares, atelectasias e pneumonias ;  assim como assistência a pacientes graves que necessitam de suporte ventilatório, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial para a intubação até o desmame e extubação (32),  contribuindo para a ventilação adequada e o sucesso na  extubação.         

O monitoramento e técnica da fisioterapia respiratória  procura retardar as principais causas que influenciaram na falha do desmame tais como, fadiga muscular, hipoxemia, rebaixamento do nível de consciência, entre outros.  (33)  O trabalho de fortalecimento da musculatura respiratória direcionada a paciente sob ventilação mecânica invasiva está diretamente relacionado com o sucesso ou fracasso do desmame.(34)    

 

 

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A  Fisioterapia motora intra hospitalar tem sido defendida através de programas de mobilização precoce, sendo esta reco­mendada como prática crucial e segura para recuperação des­tes pacientes. Os benefícios e resultados satisfatórios  de programas de reabilitação precoce em pacientes críticos são evidentes, cabendo ao fisioterapeuta determinar ou eleger a intervenção adequada a cada paciente. (25)

A mobilização precoce pretende manter ou aumentar a força muscular e a função física do paciente. Ela inclui atividades terapêuticas progressivas, tais como exercícios de mobilidade no leito, sentado na beira do leito, em ortostase, transferência para uma poltrona e deambulação (27). 

Atualmente diversos estudos comprovam que a mobilização precoce é uma forma segura e efetiva para obtenção de melhora nos resultados funcionais, promovendo  redução do tempo de internação hospitalar sem elevação dos custos da unidade (15) ,  além de  reduzir as mudanças fisiológicas desfavoráveis e as complicações da imobilidade prolongada (21) .  Deve ser aplicada diariamente, tanto em pacientes que se encontram acamados, inconscientes e sob VM, quanto naqueles conscientes capazes de realizar a marcha independente (15). Deve ser iniciada assim que as alterações fisiológicas se estabilizem. 

Intervir precocemente é fundamental para melhora da função respiratória, melhora do nível de consciência, aumento da independência funcional, ganho de força e resistência muscular, melhora da flexibilidade articular, melhora da aptidão cardiovascular e aumento do bem-estar psicológico. Além disso, pode acelerar a recuperação do paciente, diminuir a duração da ventilação mecânica e o tempo de internamento hospitalar. É considerada uma terapia que otimiza a recuperação funcional, particularmente durante os primeiros dias de internação hospitalar (35.)

Embora existam poucos estudos a respeito, os benefícios terapêuticos vem comprovando a real necessidade de uma intervenção cinesioterapêutica precoce, a fim de evitar deficiências e abreviar a alta hospitalar (36)

Sendo assim, com atuação extensa e se fazendo presente em vários segmentos do tratamento hospitalar fica evidente a importância da fisioterapia no contexto hospitalar,  

 

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contribuindo de forma valiosa no tratamento global do paciente, minimizando os efeitos da imobilidade no leito além de tratar e prevenir complicações respiratórias.

FISIOTERAPIA E HUMANIZACAO

Como qualquer outro atuante na área da saúde e devido à proximidade no seu cotidiano com o sujeito doente, em atividades dirigidas `a reabilitação física e funcional,  a fisioterapia vem exercendo um papel indispensável na humanização da assistência. O fisioterapeuta precisa estar ciente e sensibilizado quanto à questão da humanização, saber reconhecer o ser humano na sua integridade e singularidade e ter consciência do seu papel frente àqueles acometidos por alguma enfermidade, aceitando suas reações psíquicas e a própria atitude frente à doença. (26)

            Especificamente, quando se trata de um âmbito hospitalar,  a humanização torna-se de grande importância por ser um momento crítico que envolve não só o paciente/cliente internado, mas também sua família, devendo a equipe de saúde proporcionar um ambiente que venha favorecer um relacionamento harmonioso entre profissional de saúde e cliente. Na prática fisioterapêutica,  é habitual o contato direto com limitações e sequelas dos pacientes, o que exige  um alto nível de conhecimento técnico-cientifico, por vezes, dissociado das questões humanísticas. (37)

Sabemos que o atendimento humanizado traz melhores condições de recuperação, onde os cuidados devem ser  dirigidos não apenas aos problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, que se tornam intimamente interligadas a doença física.(17)  Sendo assim,  a atuação do fisioterapeuta no curso do processo saúde-doença pode assumir um  papel decisivo   para garantir qualidade na assistência  durante a hospitalização.

Segundo Silva (2011), não se pode pensar em fisioterapia sem envolvimento, sem diálogos, sem trocas de conhecimento e sem formação de vínculo.  No processo de reabilitação, o   fisioterapeuta tem como principal instrumento as mãos, onde através do toque, cuidam, reabilitam, confortam e curam, sendo imprescindível que as práticas ou tecnologias empregadas venham acompanhadas do contato com o paciente, através da empatia, compreensão e escuta.

 Embora a rotina diária que envolve o hospital seja complexa, fazendo  com que, às vezes, o toque, a conversa e o ouvir de quem está sendo atendido sejam atitudes esquecidas, 

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contemplar durante a sessão de fisioterapia um atendimento humanizado é indispensável, devendo ser uma meta presente na atividade diária do profissional. (SHIGUEMOTO, 2009).

              Para o paciente, uma internação pode se tornar menos estressante dependendo da atitude do mesmo em relação à vida, do local em que foi internado e da equipe que cuida desse paciente(17). A humanização em UTI por exemplo, tem se constituído em uma temática central na atualidade, configurando um dos elementos que podem permitir o resgate do humanístico ao indivíduo que vivencia o estar saudável e o estar doente e a sua família. (7)(DESLANDES, 2005).

Visando facilitar a aceitação e a efetividade do atendimento, torna-se essencial à cortesia e habilidade no desempenho das condutas fisioterápicas, além do esclarecimento dos seus objetivos para o paciente, inspirando confiança e a garantia necessárias.  Para (GUIRARDELLO, 1999; BRITTEN, 1995), algumas formas de agir, tornam o atendimento humanizado são:

● Chamar o paciente pelo nome, tendo educação, atenção, carinho e paciência;

● Ouvir o paciente e seus familiares;

● Realizar anamnese, manuseio e posicionamento cuidadosos ;

● Explicar os procedimentos que serão realizados, tirar dúvidas e respeitar os limites do paciente;

● Ter bom-senso no atendimento (horários, indisposição do paciente, etc.);

● Conhecer em detalhes a saúde, os exames e a doença do seu paciente; ter visão global de todas as suas necessidades;

● Procurar compreender as atitudes, escolhas e vontades do paciente; evitar preconceitos e generalizações, respeitando hábitos, religião e costumes;

● Fornecer  orientações sobre internação e alta hospitalar.

 

A troca de mensagens ou simplesmente a comunicação é considerada um processo, método ou instrumento que, por si só,  possui significância humanizadora, pois as pessoas se comunicam em derivadas formas umas com as outras. No caso dos profissionais de saúde, há  comunicação   em várias instancias, seja para prevenção  no processo de cura, reabilitação  ou promoção da saúde (26) 

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Além disso, segundo Jungerman,  a abordagem dos aspectos motivacionais são importantes, ou seja,  o profissional deve estar atento às condições em que o cliente se apresenta no momento do atendimento. É essencial que o terapeuta considere as metas do paciente na elaboração do planejamento terapêutico, que  deve ser desenvolvido ao redor de atividades significativas para que o indivíduo sinta-se motivado durante a terapia. (4)

 

Friedrich e outros (1998) ressaltam que a relação terapeuta- paciente influencia a motivação em vários níveis, incluindo o psicológico. Para o sucesso do tratamento, o terapeuta deve ser capaz de motivar e o paciente deve estar receptivo aos esforços do mesmo. Cabe ao profissional, nestes casos, estabelecer metas adequadas ao indivíduo, que possam ser atingidas gradativamente,  que valorizem o seu desempenho, evidenciando suas potencialidades.(8)

 

                   Para Bruggemann (2003), focalizando os aspectos pessoais do profissional,  o cuidado humanizado é composto por elementos essenciais, como: relacionamento, presença genuína, compartilhar conhecimentos, atitude de compreensão, sensibilidade, competência técnica e interdisciplinaridade(5). Stefanelli (1993) destaca o relacionamento terapêutico como um importante instrumento de ajuda as pessoas, subsidiando uma assistência que proporciona conforto, apoio, confiança,  física e emocional. (38)

                   O relacionamento terapêutico é operacionalizado através do interesse, aceitação, comunicação, respeito e empatia. A empatia pode ser entendida como a capacidade de se colocar no lugar do outro e tem sido considerada como um elemento facilitador e essencial do relacionamento terapêutico(39) .Com isso, torna-se também um facilitador da assistência humanizada.

Alguns comportamentos observados em terapia podem ser indicadores do nível de motivação: concordar com o terapeuta, expressar vontade de mudar ou ser ajudado, estar incomodado com sua situação pessoal e seguir os conselhos do terapeuta. (4)

            Um outro aspecto importante e que está entre as ações de humanização, é a saída do paciente para uma área externa, como banho de sol por exemplo. Embora não tenha comprovação cientifica,  em alguns hospitais já está sendo implementado, trazendo bons resultados, tendo envolvimento direto com o bem estar, principalmente em pacientes com longa permanência hospitalar.

 

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Um projeto (PL 5363/13) que está em análise na Câmara obriga hospitais, escolas, presídios e empresas a concederem um período de pelo menos 15 minutos de banho de sol aos pacientes internados, estudantes, presidiários, entre outros. Para pessoas internadas por 15 dias ou mais em hospitais e clínicas, o projeto garante tempo mínimo de 15 minutos de  exposição ao sol,     três vezes por semana. A equipe de fisioterapia pode estar atenta junto a equipe multudisciplinar podendo colaborar de forma valiosa, levando em consideração  a evolução do estado de saúde de cada paciente , garantido a segurança  e o bem estar.      

         Segundo o “Fórum de Humanização, Ética e Qualidade: a busca de conceitos”, realizado em 1998 em Alagoas e organizado pela Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB), o fisioterapeuta é considerado um profissional gerador de estresse e que estabelece um contato tênue com o paciente e sua família (AMIB, 1998). O estresse decorre das características próprias da atuação fisioterapêutica, como o uso de máscaras para exercício ou ventilação não invasiva (CPAP, BIPAP, EPAP, RPPI), sondas (aspirações frequentes) e procedimentos que frequentemente exigem algum esforço dos pacientes (desmame ventilatório, exercícios respiratórios e motores, deambulação, etc.)(PESSINI, 2004; AMIB, 1998)

Porém, em um estudo elaborado através de um questionário, Lopes  e colaboradores  teve por objetivo constatar se a conduta profissional do fisioterapeuta experimentada na unidade de terapia intensiva seria  humanizada. .Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, lúcidos e que estiveram internados em unidade de terapia intensiva por período igual ou superior a 24 horas. Constatou-se que  a assistência fisioterapêutica foi marcada pelo bom atendimento, pela atenção dada ao paciente e pelo tratamento de qualidade, caracterizando uma assistência humanizada. Notou-se que apenas dois (4,5%) dos pacientes avaliaram a relação fisioterapeuta-paciente como desumanizada. (17)

Mariana Costa (2012) demonstrou em um estudo prospectivo, por meio de entrevista com 60 pacientes, como seria a relação fisioterapeuta paciente durante o curso da internação e se o atendimento seria considerado humanizado. Na pesquisa foram observadas respostas positivas, pela maioria dos pacientes, para os mais diferentes aspectos, sendo observadas respostas esporádicas negativas apenas para os fatores: receptividade, aspectos interpessoais, confiabilidade, autonomia e comunicação. Outros pontos em que os pacientes relataram sentir

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falta da humanização foram: as terapias de posicionamento, interrupção do suporte ventilatório, aspiração e cinesioterapia. Nesta pesquisa também mostrou-se positiva a relação do fisioterapeuta com os acompanhantes e/ou familiares dos pacientes, uma vez que os fisioterapeutas se preocuparam em explicar quais eram as condutas e qual o objetivos delas, envolvendo, inclusive, os próprios acompanhantes nas terapias, de maneira a mostrar que a responsabilidade pela recuperação do paciente era também deles. (1)

Alguns projetos de humanização vem sendo desenvolvidos, há muitos anos, em áreas  específicas da assistência, por exemplo, na saúde da mulher (humanização do parto) e na saúde a criança (Projeto Canguru, para recém-nascidos de baixo peso).  Atualmente têm sido propostas diversas ações visando à implantação de programas de humanização hospitalar, principalmente  na assistência pediátrica. São  projetos e ações que desenvolvem atividades ligadas a artes plásticas, música, teatro, lazer, recreação. (19)

 

No caso da fisioterapia , existem  alguns grupos de forma ainda isolada e  poucas publicações podem ser observadas na área. Com finalidade terapêutica, as propostas destes grupos são baseadas, na maioria das vezes, em atividades lúdicas que buscam trazer bem estar aos indivíduos e desenvolver capacidades específicas de maneira descontraída e alegre. O Fisioalegreterapia, formado por professores e alunos do curso de fisioterapia, na região de Sorocaba-SP, desenvolve projetos com esta finalidade em asilos, orfanatos e hospitais (2)

             

              Os resultados positivos de uma prática humanizada vêm de postura adequada diante da técnica, na medida em que não se pode desvencilhar-se dela enquanto método intrínseco de trabalho. Saber mais e melhor sobre a vida do doente, preocupar-se além da lesão, criar um contato gradualmente próximo são as formas de dizer que existe humanização nessa relação terapêutica.

              Além de todos esses fatores é fundamental um constante desenvolvimento, aprimoramento e atualização pessoal e profissional, através de cursos, simpósios, palestras, participação de eventos políticos da profissão, troca de experiência entre os diferentes profissionais,  maior envolvimento e rigor científico para a aplicação das práticas , além de

 

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revisão da formação dos profissionais com reestruturação dos currículos das faculdades da área de saúde; (5)

Os  estudantes de hoje serão os profissionais de amanhã, e devem estar cientes de que deverão agir e contribuir para a humanização , tendo em mente o cuidado ético e responsável. Partindo de um ponto crucial de  formar equipes de saúde coesas e que interagem de forma interdisciplinar,  torna-se visível a importância de estimular a participação dos estudantes da área da saúde, desde sua formação , no intuito de desenvolver um olhar crítico-reflexivo sobre sua realidade e sobre o ato de cuidar (26)

 

 

CONCLUSAO

                   Após a análise dos textos pode-se notar que, o processo de implementação da humanização da assistência , ainda é um longo caminho a ser percorrido.  Neste sentido, diante do tema proposto, cabe a cada fisioterapeuta e as demais profissões da saúde, fazer uma reflexão quanto ao seu papel na organização do cuidar, tendo o desafio de redirecionar sua própria pratica e compreender a dimensão social de sua atuação, para capacitar-se como um profissional de saúde de forma mais global.

              As publicações também evidenciam que não basta pensar em humanização com enfoque apenas ao paciente, é preciso pensar também na equipe que presta o cuidado. A humanização só será possível se os profissionais da equipe se sentirem humanizados, valorizados, motivados com o trabalho que exercem e se realmente internalizarem a importância e se sentirem protagonistas desse processo.

            Considerar que um paciente no meio hospitalar é um ser biopsicossocial devendo a assistência abranger todos os seus aspectos (físico, mental e social), além do tratamento da patologia, deve ser uma meta presente entre os profissionais das diferentes áreas da saúde.

 

Nesse sentido, buscar alternativas baseadas em valores pessoais e humanos para melhorar a assistência e atingir a totalidade do cuidado, é uma estratégia, além de ser um grande desafio para o fisioterapeuta . Implementar uma atitude mais humanizada como objetivo

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terapêutico e incorporar as medidas como recurso, sem dúvidas, o resultado no processo de cura alcançará um grande êxito. 

              Os resultados esperados com a humanização da assistência são uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, uma maior aceitação da doença e do tratamento médico, facilitando sua integração ao ambiente hospitalar podendo acelerar sua recuperação,  contribuindo na redução  da permanência hospitalar .

              A humanização dos serviços de saúde, é um tema discutido permanentemente. Entende-se que o assunto ainda precisa ser mais explorado, afim de obter resultados concretos a respeito das implicações práticas que um atendimento humanizado provoca no dia-a-dia hospitalar.

              Em suma, apontamos, como principal sugestão, a realização e ampla divulgação de estudos, pautada na  análise dessa temática, incluindo sua discussão no âmbito  de formação profissional e de educação em serviço, no intuito de expandir o processo reflexivo sobre a importância da humanização na assistência hospitalar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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