UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ- UVA
ACADÊMICOS DA TURMA LPD33041M


Macapá
2010
ACADÊMICOS DA TURMA LPD33041M















ARTIGOS NO ÂMBITO DA LINGUÍSTICA



Pesquisa Científica apresentada a Universidade Vale do Acaraú ? UVA, como requisito parcial avaliativo da disciplina Estudo de Linguagem e Códigos, requerido, orientado e avaliado pela Prof.ª Drª Rosangela Lemos da Silva.







MACAPÁ
2010







ACADÊMICOS DA TURMA LPD33041M
ARTIGOS NO ÂMBITO DA LINGUÍSTICA







Pesquisa Científica apresentada a Universidade Vale do Acaraú ? UVA, como requisito parcial avaliativo da disciplina Estudo de Linguagem e Códigos, requerido, orientado e avaliado pela Prof.ª Drª Rosangela Lemos da Silva.




Avaliado por:



___________________________________
Prof.ª Dr.ª Rosangela Lemos da Silva

Nota: ______
Data: 28/10/2010





MACAPÁ
2010
APRESENTAÇÃO


Ao nascermos já nos deparamos com a pesquisa, seja para aprendermos a respirar, nos alimentar, a conhecer as fraquezas de nossos pais e irmãos para conquistarmos sua atenção, e olhares de visitas. Esse pesquisador deve se manter latente em todos aqueles que almejam iniciar, se aperfeiçoar na profissão do magistério.
Sabemos que o aluno do futuro precisa ser um pesquisador atuante, pois a prática da pesquisa em sala de aula motivará o educando a querer sempre mais, desenvolvendo a criticidade e autonomia na aquisição de novos conhecimentos.
Imbuída desse sentimento de nos lançar no mundo da pesquisa que a Professora Drª Rosangela Lemos, nos vez perceber a importância de fazer registro dos artigos que produzimos no terceiro semestre do Curso de Pedagogia, artigos esses que objetivam servir de fonte de pesquisa para alunos de outros cursos, que busquem temas sistematizados para fundamentarem sua prática.
A turma LPD33041M, espera que os artigos aqui catalogados sirvam como referência para novos estudos, que fundamentem a prática de novos pesquisadores, pais e profissionais da educação e de outras áreas que necessitem entender melhor o grande leque das diversas formas de linguagem.
































Dedicamos: primeiramente aos nossos familiares, pelos primeiros momentos que nos distanciamos do aconchego do lar para sairmos em busca do conhecimento. Aos nossos professores, hoje amigos que nos motivam a buscar sempre. A professora Rosangela Lemos, pela sua orientação, motivação, pelo seu sorriso constante que minimiza nossa angustia na hora de não desistir. A todos os colegas da Turma LPD33041M, nosso laboratório real no convívio com a diversidade.














AGRADECIMENTOS
A Deus, por nos oportunizar nesta vida a vontade de adquirir novos conhecimentos, quando para muitos é uma utopia longínqua.
Aos nossos familiares, pelo incentivo, por entender nossa ausência nesse início de caminhada.
Aos acadêmicos do Curso de Pedagogia LPD33041M, pelo apoio, troca de experiências, pela amizade que está se fortalecendo a cada novo semestre, esperamos que seja eterna.
A professora Rosangela Lemos, por nos incentivar na busca do novo, na quebra de nossa zona de conforto, pela sua orientação prática na construção científica, nos fazendo acreditar que somos capazes sim.
Aos colegas de outras áreas, no auxilio fora da academia.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a concretização desse primeiro compêndio científico da turma LPD33041M.





































"A atitude interdisciplinar nos ajuda a viver o drama da incerteza e da insegurança. Possibilita-nos darmos um passo no processo de libertação do mito do porto seguro. Sabemos o quanto é doloroso descobrirmos os limites de nosso pensamento, mas é preciso que façamos".
Japiassú.

SUMÁRIO

INTRODUÇAO...................................................................................................11
A LINGUAGEM DE SINAIS DENTRO DO ÂMBITO INCLUSIVO....................12
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL...........................................................................................................23
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL PARA A SOCIEDADE ATUAL........................................................................................37
ABORDAGEM SOBRE A QUESTÃO DA LINGUAGEM..................................51
A LINGUAGEM DOS JOVENS NO CONTEXTO SOCIAL...............................64
A COMPETÊNCIA DOS CÓDIGOS NA ORALIDADE NO ÂMBITO ENSINO-APRENDIZAGEM..............................................................................................75
A QUEBRA DE PARADIGMAS SOCIAIS SOBRE AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS..................................................................................................87
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO...............................................................99
A IMPORTANCIA DA ESCOLA NA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO.......112
A LINGUAGEM E CÓDIGOS, GÍRIAS UM CONJUNTO DE UNIDADES LINGUISTICAS DE VOCÁBULOS COM EMPREGOS E VALORES DIVERSOS......................................................................................................121
A LINGUAGEM MUSICAL: UMA PROPOSTA PARA UMA FORMAÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA DA EDUCAÇÃO INFANTIL.................................136
LEITURA E ALFABETIZAÇÃO......................................................................148
LINGUAGENS E CÓDIGOS E LIBRAS..........................................................159
LIBRAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA................................175
LINGUAGEM DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA..........189
LINGUAGEM CORPORAL, UM MEIO DIFERENTE DE SE COMUNICAR...204
LINGUAGEM VERBAL, NÃO VERBAL.........................................................216
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO UM COMPROMISSO COM A AÇÃO ESCOLAR.......................................................................................................225
PROFESSOR; LEITOR E FORMADOR DE LEITORES................................237
SURDEZ E LINGUAGEM: ASPECTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO ENSINO DA LEITURA E ESCRITA COM ALUNOS SURDOS-MUDOS E O USO DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS-LIBRAS....................................250
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................263



















INTRODUÇÃO


É árdua a tarefa de se comunicar e ainda mais de fazer entender a comunicação. O primeiro registro se deu através de símbolos deixados pelos ancestrais como uma forma de expressão a memória auditiva e visual eram os únicos recursos de que dispunham as culturas orais para o armazenamento e a transmissão do conhecimento as futuras gerações.
Nessa perspectiva apresentamos nas páginas seguintes diversos artigos relacionados a linguagens e códigos, uma viagem no mundo da comunicação, onde caminharemos desde as linguagens corporal e musical, das gírias, a língua de sinais.
O presente estudo tem por objetivo principal repassar conhecimentos e explorar assuntos relacionados aos códigos de linguagens tornando-se assim um fator importante na vida sócio- cultural de cada individuo logo os tornando indivíduos conscientes e críticos. Espera-se que as leituras dos artigos aqui catalogados sirvam de pontapé inicial na grande aventura da busca do conhecimento que é a pesquisa.











A LINGUAGEM DE SINAIS DENTRO DO ÂMBITO EDUCATIVO


ALCENI DOS SANTOS GOMES

RESUMO
Estudar aprofundadamente como a língua de sinais se constituiu no meio social é objetivo deste trabalho, que faz uma contextualização histórica dessa linguagem, mostra como essa ganhou espaço no Brasil, tendo um importante papel na sociedade, novos direcionamentos no ensino da Libras (língua brasileira de sinais), além de propor um novo trato para esse ensino baseado no modelo bilíngüe.
Palavra-chave: Libras. Linguagem. Língua de sinais.

RESUMEN

Estudiar en detalle que el lenguaje de señas se ha convertido en el entorno social es el objetivo de este trabajo, ¿Qué hace una reseña histórica de la lengua, muestra cómo ese espacio ganado en Brasil, tiendo un important papel de la sociedad y nuevos orientaciones en la enseñanza de Libras (Lengua Brasileña de Señales). Además de proponer un nuevo acuerdo para este modelo basado en la educación bilingüe.

Palabra clave: Libras. El lenguaje. El lenguaje de señas.

1 INTRODUÇÃO

Ao observar a comunidade surda no Brasil, surge a necessidade de estudar sobre o tão discutido processo de inclusão. Para que a sociedade perceba e busque a integração e a inclusão dos deficientes auditivos-DA?s no meio.
É necessário acima de tudo que esta conheça a luta dessa classe. Por muitos tempos essa comunidade vem buscando espaço e lutando para ser reconhecido; primeiramente foi conhecida por ser um grupo social e sendo assim logo, deveria ter uma linguagem especifica que é a língua de sinais, no Brasil ? Libras.
Esse estudo será baseado em pesquisa bibliográfica; uma vez que tem como objetivo analisar a língua de sinais no âmbito educacional. Fazendo uma evolução que versa sobre como esse processo; pode ser estabelecido na sociedade atual.
Sabendo que esse processo vem se dando e ganhando espaço no meio social, como objetivo desse trabalho: verificar como a língua de sinais surgiu, analisar como esse processo chegou a sociedade brasileira, elencar o papel da sociedade em geral no processo de inclusão dos DA?s, verificar as novas perspectivas para esse estudo e os novos direcionamentos a serem seguidos.
Tudo isso para que haja uma conscientização por parte da sociedade que terá esse artigo como uma base para reconhecer que a inclusão ainda se dá de forma deficitária e que isso deve ser urgentemente mudado.


2 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO PARA SURDOS

Os surdos fazem parte de uma comunidade que tem sua própria cultura e sendo a linguagem componente do meio sócio-cultural esse tem sua própria linguagem.
Essa linguagem pode se dá através da língua oral, escrita, expressões faciais e gestualidades, como bem versa Saussure:

linguagem é a faculdade própria do ser humano de produzir sentido, tendo, portanto, uma abrangência universal. Do ponto de vista dos meios de comunicação decorrentes de nossa faculdade, linguagem designaria todas as formas de comunicação, incluindo as verbais e não-verbais (SAUSSURE, apud CORRÊA, 2003, p. 22)

A linguagem é uma faculdade própria do ser humano, que tem como principal função a interação social.
É defendido por Travaglia que a define e a defende sobre três pontos: expressão do pensamento, instrumento de pesquisa e interação social. Pode-se notar que o referido autor em sua definição respalda o reconhecimento da língua de sinais, quando analisamos podemos perceber que os sinais nada mais são do que a representação do pensamento de seus usuários, pode ser e é objeto de pesquisa de muitos cientistas da linguagem ou de áreas afins.
Tem a função de interação social, que se dar de maneira satisfatória; quando notamos que os surdos são compreendidos por uma parcela da sociedade que entende tal língua.
Os deficientes auditivos-DA?s, nas sociedades antigas eram discriminados e excluídos do meio social, cultural, religioso e principalmente educacional.
Na sociedade antiga as deficiências físicas eram vistas como uma maldição, a ponto das famílias que concebessem um filho assim serem obrigadas a sacrificá-lo.
Com o passar do tempo a sociedade já foi deixando de lado obrigatoriedade da sacrificação desses, mas continuavam sendo privados de seus direitos civis, e como a educação era privilégio de poucos nem se pensava na possibilidade de fazer uma educação voltada para os surdos, principalmente por ser uma sociedade baseada na cultura oral, o que explicitado em Almeida e Silva (2009, p. 2): " Foram muitas as privações que os surdos sofreram nas sociedades antigas devido à cultura destas, que supervalorizavam o corpo, principalmente devido a sua tradição oral".
Porém com muitas lutas com o passar dos anos estudos foram feitos e passou então a cogitar a inclusão desses na sociedade e uma educação voltada para essa classe, à primeira citação se deu no século XIV feita pelo escritor e advogado Bartolo Della Marca d?Ancona que acreditava que era possível instruir os surdos por meio da língua de sinais ou oral.
Já no período humanista Rodolfo Agrícola que era uma figura de renome no âmbito educacional publicou um livro que afirmava que conheceu um surdo de nascença que adquiriu a capacidade de se comunicar através da língua escrita.
Outras teorias foram sendo elaboradas e alguns estudiosos passaram a se interessar por tal dialogo entre esses pesquisadores e os pedagogos que tinham contato com essa área trocarem experiências, impossibilitando que outras pessoas aprendessem esses métodos, o que é defendido no posicionamento de Lacerda, 1998: "era freqüente na época manter em segredo o modo como se conduzia a educação dos surdos. Cada pedagogo trabalhava autonomamente e não era comum a troca de experiências."
O fato dos profissionais não declararem como se dava o processo de ensino/aprendizagem prejudicava a expansão desse ensino, pois não havia indícios de como trabalhar e nem tampouco foi estabelecida uma pedagogia delimitada.
O percurso na educação dos DA?s foi Pedro Ponte Léon instruiu os filhos da nobreza no Monastério de Oña, porém essa educação limitou-se apenas à nobreza se opunham a aproximação deles com as classes inferiores.
Por volta de 1760 o educador Charles Michel de L?Épée, fundou em Paris a primeira escola para surdos popularizando tal ensino, contava com uma educação coletiva pautada nos sinais apreendidos por ele com surdos que viviam nas ruas daquela cidade.
A metodologia usada por ele foi um sucesso, pois proporcionou aos surdos se comunicarem tanto através de sinais como por meio da língua escrita e fez com que esses pudessem mostrar para a sociedade que podiam ser bem-sucedidos. Tal experiência foi responsável pela organização dessa língua em outros países:

A educação que L? Épée proporcionou, bem como o modo como foi oferecida e o ambiente de aprendizagem, favoreceu uma melhor articulação desses sujeitos em comunidades, fazendo com que a língua de sinais francesa se estruturasse de tal modo a influenciar na convencionalização de outras línguas de sinais, como a brasileira por exemplo. (ALMEIDA e SILVA, 2009, p. 5)

As lutas para a efetivação da educação para os deficientes auditivos foram ganhando espaço no meio educacional em vários países.
No Brasil esse processo foi tardio primeiro começou a se falar em surdos analisando-os apenas pela ótica de cultura e identidade, então se notou que uma cultura tem traços próprios, que vão muito além de heranças de seus antepassados, como é definido no posicionamento de (SILVA 2001, p. 133-134):

A cultura é um campo de produção de significados, no qual diferentes grupo sociais, situados em posições diferentes de poder, lutam pela imposição de seus significados à sociedade mais ampla [...]. A cultura é um campo onde se define não só a forma de ter, mas também a forma como as pessoas e os grupos devem ser. A cultura é um jogo de poder

Logo, percebe-se que os surdos representam acima de tudo um grupo cultural com suas delimitações e especificidades, a partir daí a pessoa surda passou a ganhar um novo trato da sociedade, passou então a ser valorizada e tratada como um ser histórico-cultural, por ter a função de produzir cultura dentro de uma comunidade.
Sendo assim, os DA?s tem que lutar para a fortificação dessa cultura, para serem reconhecidos e terem significado dentro da cadeia social.
Dentro dessas manifestações culturais uma que se podem apresentar é a linguagem, e então em 2002, a Libras (Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como língua.

3 RECONHECIMENTO DA LIBRAS

Com o avanço na área da linguagem de sinais, tornou-se possível desmistificar vários equívocos perpassava sobre esse tema; um deles foi a universalidade da língua de sinais.
Acreditava-se que em todos os lugares os sinais os mesmos, o que não procede, uma vez que os DA?s vivem em diferentes com cultura e realidade lingüística distintas, logo cada país tem sua própria língua de sinais, no caso do Brasil a conhecemos como Libras.
Sendo a sociedade brasileira pautada em uma cultura de oralidade a Libras demorou a ser reconhecida no Brasil como língua.
Os avanços para esse reconhecimento passaram a ser discutidos desde a Constituição de 1967, onde já havia alguns direitos dos surdos assegurados.
Em passos lentos esses ganhos foram aumentando quando na Constituição de 1988, nos artigos que versavam sobre os diferentes tipos de cultura, reconhecia-se como diferente a cultura dos surdos.
Em 1966, na nova LDB, apresentaram-se melhoras na educação dos surdos, assegurando que esses teriam direitos a freqüentar as escolas "normais".
A Libras foi reconhecida como comunicação entre seus usuários pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, sancionada pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Porém, o maior ganho foi o Decreto Federal de nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que instituiu que o ensino dos surdos fosse dado em sua própria língua enfatizando a necessidade de incentivar os profissionais a se especializarem nessa área e a sociedade teria que apoiar e difundir a Libras.


4 SOCIEDADE, FAMÍLIA, ESCOLA E ALUNO: COMPONENTES DESSE PROCESSO

A sociedade em constante processo de transformação, adaptação e inclusão vem adquirindo mecanismo para inserir os deficientes auditivos no contexto social, seja por meio de comerciais, avisos ou o simples fato de se ter um tradutor fazendo os sinais, já é de grande avanço na inclusão desses na sociedade.
A família tem um papel importantíssimo nesse processo, pois é através dela que o surdo é inserido no meio educacional, religioso, entre outros.
Essa inclusão é necessária para que esse se veja como membro de uma sociedade e provido de todos os seus direitos civis, inclusive a educação.
A escola tem um papel relevante no que tange as possibilidades de conquista do DA, pois é nesse ambiente que ele irá se preparar para o mercado de trabalho, ou melhor para a vida.
Esse é um ambiente bastante enriquecedor e principalmente dinâmico, onde todos tem o contato direto com as diversas pessoas, de diferentes classes sociais e que viveram as mais distintas experiências na vida.
Nesse contexto, o surdo tem a possibilidade de estabelecer relações, esses contatos são importantes, pois faz com que o aluno evolua e possa mudar seu mundo e a realidade que o cerca, e com o processo de inclusão outros alunos surdos passam a interagir nesse meio, pois a convivência desses com deficientes auditivos de diferentes idades precisam ser estabelecidas e ir além dos "muros" da escola.
Como defende Skliar (1999, p.12), "os contatos que os surdos estabelecem entre si proporcionando uma troca de diferentes representações da identidade surda".
Por isso faz-se necessário que a sociedade em geral realmente abrace a inclusão dos deficientes auditivos como prioridade, inserindo-os no mercado de trabalho e proporcionando uma educação igualitária e de qualidade.
Essa integração proposta é necessária por entender que a comunidade surda não é composta apenas por indivíduos surdos, mas também por todos os membros da sociedade o que é defendido por (STROBEL apud ALMEIDA e SILVA, 2008, p. 15):
[...] entendemos que a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também sujeitos ouvintes ? membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros ? que participam e com partilham os mesmos interesses em comum em uma determinada localização.

Quando toda a sociedade está envolvida e necessita dos gestos para se comunicar já faz parte faz parte desse grupo social.
Esse é um fato que não pode ser negado tanto a família, como os amigos, membros da comunidade escolar e em geral, necessita dessa comunicação e essa se dá através da língua de sinais, logo esse grupo de bem maior que número de deficientes auditivos na sociedade.
Essa integração da sociedade e dos membros que utilizam essa linguagem é de extrema importância para os surdos por verem sua língua difundida e utilizada, como bem defende (BERNARDINO apud ALMEIDA e SILVA 2000, p. 52):

A língua de sinais, para o surdo, tem um valor importantíssimo: é ela que possibilita seu relacionamento com o mundo surdo e com o ouvinte; é a língua através da qual expõe naturalmente suas emoções

Quando o surdo se comunica através de sua língua está mais que se comunicando em sua própria língua, está na realidade transmitido seus pensamentos, desejos e emoções através de gesto; está conseguindo utilizar a principal função da linguagem, que consiste em se comunicar sem que haja entropia no canal de comunicação.
Fig 1. Mostra o alfabeto manual da libra utilizado para comunicação entre surdos e ouvinte



4 NOVOS DIRECIONAMENTOS E CONQUISTAS

Nesses anos de lutas para a inclusão dos deficientes na sociedade não podemos negar que mesmo a passos lentos já se tem muitas conquistas nesse ramo, muitos pesquisadores começaram a estudar e buscar mecanismos que fortaleçam essa corrente bem como estimulam outros profissionais ou estudantes a buscarem conhecer, estudar e direcionar essa educação inclusiva.
Tanto os artigos da constituição, leis e na nova LDB, asseguraram aos deficientes auditivos conquistas significativas, como o reconhecimento cultural, a inclusão social e educacional, mas ainda se tem muito a conquistar, e para que se comece vencer essas barreiras é importante que em primeiro plano se vença o preconceito da sociedade, o que é defendido por Almeida e Silva, 2009:

"A trajetória percorrida para alcançar direitos legais na educação dos surdos tem sido árdua e laboriosa e, [...] sabemos que há muito ainda a ser conquistado, principalmente considerando o preconceito existente no cerne da sociedade em relação à surdez" ( p.81)

Porém ainda a muito a ser conquistado principalmente no que concerne metodologias de ensino eficazes e inclusiva, profissionalização de profissionais e interesse desses por seus aperfeiçoamentos nesse ramo.
O governo federal juntamente com o MEC, (Ministério de Educação e Cultura) implantou em caráter experimental o projeto Educar para a Diversidade que além da inclusão proporciona também aos docentes dessa área a formação continuada como forma de aperfeiçoamento.
Desses profissionais para que enriqueçam intelectualmente e possa ver o ambiente escolar como algo dinâmico e com diversidade de raças, crenças, posições sociais e condicionamento físico. O que está registrado em seu projeto:

"O movimento mundial em direção a sistemas educacionais inclusivos indica uma nova visão de educação, que recupera seu caráter democrático através da adoção do compromisso legal com a oferta de Educação para Todos, na qual a diversidade deve ser entendida e promovida como elemento enriquecedor da aprendizagem e catalizador do desenvolvimento pessoal e social" (BRASIL, 2005, p. 58)

O projeto Educação para Todos embora meio tímido abre caminhos para essa nova visão de inclusão educacional, que consiste em fazer que o DA, antes excluído da sociedade passe primeiramente a resgatar seus valores de cidadão que pode usufruir de seus direitos legais no âmbito social.
Um fato que trás esse regate é o fato de considerar a Libras como sua primeira língua, quando se trata de bilingüismo. Que segundo (ALVAREZ, 1999, p. 90) é: "O ensino bilíngüe é entendido como um programa educativo que utiliza duas línguas para ensinar, as quais são utilizadas em contextos diferentes para que o aluno passa manejá-las separadamente".
Sendo é importante que esse aluno tenha domínio sobre as duas línguas que serão utilizadas mesmo que em contextos distintos.
Metodologia em que a língua Portuguesa será ensinada para eles como segunda língua e não mais como primeira como era visto a anos atrás quando se empunha a Língua Portuguesa como primeira Língua e buscava que esses a internalizasse como tal, o que bem difícil porque embora se entre em contato por muitos anos com uma língua, conhecendo sua cultura essa jamais se equivalerá a sua língua materna.
Tendo como exceção o fato de uma criança que sai do seu país de origem e então adquiri a língua do outro país como pátria, mas isso só acontece porque é a sociedade quem influencia nesse processo, pelo fato de estar permanentemente em contato com aquela língua.
Sendo que o modelo bilíngüe implantado para essa comunidade é defendido por Goldfeld:

O conceito mais importante que a filosofia bilíngüe traz é de que os surdos formam uma comunidade, com cultura e língua própria. A noção de que surdo deve, a todo custo, tentar aprender a modalidade oral da língua para poder se aproximar o máximo possível do padrão de normalidade é rejeitada por essa filosofia (1997, p. 39)

Possibilitando assim ao surdo assumir a linguagem oral ou não, na escola será ensinada a modalidade oral e escrita, mas o aluno não terá que obrigatoriamente se aproximar do padrão das gramáticas normativas, reconhecendo-se que a comunidade surda tem sua própria cultura e língua.
Esse ensino fica entendido como a possibilidade que o aluno surdo tem de conhecer duas língua e utilizá-la de acordo com o contexto, no caso se for fazer uma prova de concurso ou vestibular é necessário utilizar a língua escrita do Português que é extremamente pautado em um ensino grafocentrico.
Porém se for para se comunicar com um membro de sua comunidade lingüística essa se fará pela língua de sinais, ou seja, se ensinará na escola as duas línguas, porém essas serão utilizadas separadamente e em contextos distintos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o passar dos anos muito se evolui na educação para surdos, antes não tinham o direito de viver na sociedade como uma ser social e atualmente já tem a cultura reconhecida e a língua como componente dessa. Porém ainda se tem muito a ser ampliado, estudado e discutido.
Esse artigo é apresentado como uma forma de instigar os acadêmicos de Pedagogia ou áreas afins a pesquisarem mais sobre esse assunto. Para que se possa brevemente se consolidar uma educação voltada para os surdos de qualidade, para que esses tenham maior probabilidade de entrar no mercado de trabalho via concurso público, e ser um profissional reconhecido.
Podem ser notados os muitos avanços na área de Libras, com direitos ganhos na constituição e na nova LDB, o reconhecimento dessa língua como forma de comunicação entre a comunidade surda e principalmente o ensino bilíngüe que possibilita com que os surdos possam freqüentar a escola normal e aprenderem a linguagem oral e escrita do Português como segunda língua, mas ainda há muitos paradigmas a ser quebrados e espaços a serem conquistados no ensino de Libras.
Os DA?s tem que ser veementemente incluídos no mercado de trabalho, educação e na sociedade, sendo vistos como seres humanos capazes de assumir papéis importantes e terem destaques no que se comprometem a fazer
Por fim, fica a satisfação por muitas barreiras vencidas e pela garra que se tem para que se conquiste mais. E acima de tudo o enriquecimento intelectual e a contribuição, buscando explicitar o desejo que deficientes auditivos possam ser incluídos na sociedade, como de fato ele é, um ser político, histórico e social.

REFERÊNCIAS

CORRÊA, M. L. G. Linguagem e comunicação social: visões da lingüística Moderna. São Paulo: Parábola.
ALMEIDA, Josiane Junia Facundo de & SILVA, Silvana Araújo. Língua Brasileira de Sinais-Libras. CIP. São Paulo. 2009.
SILVA, T.T. A ?nova? direita e as transformações na pedagogia da política e na política da pedagogia. 7. Ed. Petrópolis: vozes, 1999.
BRASIL. Educar para a diversidade: material de formação de docente / organização: Cynthia Duk. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.
TRAVAGLIA, Luis Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no ensino de 1º e 2º graus. 8ª edição. São Paulo. Cortez. 2002.


A IMPORTÂNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

MARIA DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA COSTA


RESUMO

O presente artigo tem a finalidade de mostrar a importância que a aprendizagem tem na vida do educando. Não há dúvidas que a escola possui uma responsabilidade social na formação moral, ética e afetiva do ser humano, porém, a base dessa educação é familiar. Com isso, evidencia-se que o desenvolvimento da aprendizagem dessa criança depende da participação ativa da família na sua formação. Segundo Freire mal se imagina a importância de um simples gesto do professor na vida do aluno, por falta de uma investigação objetiva, a relação professor-aluno sempre esteve relegada ao campo da cognição.


Palavras-chave: Aprendizagem. Escola. Educando.

RESUMEM

Este artículo pretende mostrar la importância que el aprendizaje tiene em La vida de educando. Não hay duda de que la escuela tiene uma responsabilidade social em la moral, ético y emocional ser humano, pero educación es la base para esta familia. Por lo tanto, es evidente que el desarrollo del aprendizaje de esse nono depende de la participación activa de las familias em sus formação. Segundo Freire apenas imaginar la importancia de un simple gesto de la maestra en la vida estudiantil, por falta de uma investigación objetiva, la relación profesor-alumno, siempre há sido relegada a la esfera de la cognición.


Palabras-Cllave: Aprendizaje. Escuela. Educando
1 INTRODUÇÃO

Estudar a aprendizagem no qual já existe um considerável número de pesquisas a respeito, pode não parecer uma novidade. Contudo, este estudo se justifica, uma vez que o enfoque será dado a educação infantil.
Desta forma, através das atividades de aprendizagem, a criança é desafiada a ir ao encontro do novo, produzir, elaborar e reelaborar conhecimentos, sendo o Professor o mediador desse processo. Sendo aquele que planeja as atividades produtivas para estabelecer a aprendizagem, a investigação e a pesquisa que orientam as mudanças de conceitos.
Para que a aprendizagem aconteça é necessário que se institua em um ambiente onde o ajustamento afetivo seja a condição primordial. Os estudos dos teóricos sobre afetividade e a partir de pesquisas perceberam a interação que existe entre o ambiente familiar e a escola como o segundo ambiente socializado.
Portanto, a criança deverá sentir-se segura, acolhida e protegida por todos envolvidos no seu processo de aprendizagem; e para tanto é necessário que a família, comunidade e escola estejam sempre presentes.
Assim, uma criança que cresce em um ambiente de discórdias pode sofrer duas reações, ou ela segue o exemplo de seus pais porque viu, aprendeu e não soube em sua adolescência que é uma fase de escolhas. Ou segue o exemplo de outras pessoas. Mas o importante é que siga o caminho da aprendizagem.
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2. A HISTÓRIA E A ORIGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL

A história da educação infantil deve-se assim associar o surgimento da mesma em decorrência da história da produção e da reprodução da vida social de nosso país. Os fundamentos da educação infantil tanto sociais, morais, econômicas, culturais e políticos da sociedade antiga foram sendo superados desde a instauração da sociedade moderna no século XVI.
Vale ressaltar que foi no início do século XVII, que surgiram as primeiras preocupações com a educação das crianças pequenas, onde essas preocupações foram resultantes de reconhecimento e valorização que elas passaram a ter no meio em que viviam. Apesar de uma grande parcela da população infantil continuar sendo educada segundo a antiga prática de aprendizagem; o surgimento de sentimento de infância provocou mudanças no quadro educacional.

De acordo com o princípio de globalidade, um dos pressupostos básicos da teoria sistêmica é que toda e qualquer parte de um sistema está relacionado com as demais partes, e a mudança em alguma delas provocará transformações nas demais e conseqüentemente afetará o sistema total
(CABRAL, 1987, p. 45).

Desta forma, a criança precisa envolver-se em um ambiente escolar de modo a sentir-se acolhida e protegida em todos os sentidos, para que seja possibilitado seu desenvolvimento em sua totalidade, sem descaracterizar suas origens no seu processo de aprendizagem, e para tanto é necessário que a família, comunidade e escola estejam sempre presentes.

Seu desempenho, sempre colocado à prova, é visto como motivo de status e aceitação, tanto por parte dos adultos como por seus pares. Passar por uma situação de fracasso ou que coloque sua capacidade em dúvida pode gerar um desconforto e um sentimento de desvalorização, que uma vez prolongado pode gerar problemas mais sérios de adaptação da conduta, além de afetar de maneira intensa a confiança e o valor atribuído a si mesmo. (MARTINELLI, 2001, p.114).

Segundo Campanella (1568-1639) em sua obra "Cidade do Sol", criticou o ensino servil da gramática e da lógica aristotélica e ressaltou a importância das crianças aprenderem ciências, geografia, os costumes e as historias pintadas nas paredes das cidades, "sem enfado, brincando". Mas o que importa sempre é a forma ao aprender.
3 AS INFLUÊNCIAS TEÓRICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Segundo Kramer (1992), existem basicamente três tipos de tendências predominante hoje no Brasil, nos programas educacionais para as crianças menores de 6 anos:
1) Tendência romântica, que recebe a pré-escola como um "jardim de infância", onde a criança é "sementinha" ou " plantinha" que brota e a professora "jardineira";
2) Tendência cognitiva, de base psicogenética que enfatiza a construção do pensamento infantil no desenvolvimento da inteligência e na autonomia;
3) Tendência crítica, que vê a pré-escola como lugar de trabalho coletivo, reconhece no professor e nas crianças, sua condição de cidadãos e atribuir à educação o papel de contribuir para a transformação social;

3.1 PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS QUE INFLUENCIARAM E AINDA INFLUENCIAM A PRÉ-ESCOLA BRASILEIRA

O escritor francês Rousseau (1712-1778) de origem suíça foi um precursor da ideologia democrática burguesa e critico do feudalismo. Em termos da educação, destaca-se por combater as idéias que prevaleciam em seu tempo: a criança não seria um adulto em miniatura, mas teria necessidades, características e condições de desenvolvimento próprias.
Vale ressaltar que Rousseau foi um crítico da escola de sua época: considerava que a educação fosse resultado do contato da criança com a natureza. Entretanto era também um moralista: ao mesmo tempo em que recomendava, às mães, o aleitamento materno, afirmava que afagos em excesso provocavam "vícios".
Rousseau considerava que o processo de formação do indivíduo deveria conter uma educação baseada a experiência (??ver com os próprios olhos ?? ao invés da racionalização). Ao contato com a natureza surgiria a capacidade de discerni.
Segundo Locke precursor do empirismo, corrente que prioriza o conhecimento em relação ao ser: o conhecimento surgiria a partir da relação entre o sujeito e o objeto, e desse conhecimento resultaria o pensamento, que permitiria ao sujeito apreender o objeto. Nega, portanto as idéias inatas e dá prioridade à experiência, tanto externa (ou sensação), quanto interna (ou reflexão).
A polêmica, desencadeada pó Locke, de um lado, e por Rousseau, por outro, persiste os dias de hoje: afinal, o ser humano é produto da hereditariedade (ou seja, já nasce com suas habilidades e potencialidades) ou do meio ambiente (isto é, sua experiência determinará o que poderá ser)?
Decroly (1871-1932) em 1901 fundou uma escola para crianças excepcionais, atividade infantil, sua percepção global e a necessidade de inserir a criança em seu meio natural são princípios básicos, e constituem a base do que denominou de psicologia associativa, que integraria os aspectos perceptivos, visuais e verbais de uma atividade.
Dessa forma seu método tornou-se mais conhecido como os ??centros de interesses??, do contato da criança com o meio.
Assim a criança passava por três momentos: observação, associação e expressão. Para ele uma sala de aula pode acontecer em qualquer parte como: na fazenda, na loja, no mercado, na oficina, no campo, no museu, num jardim ou numa cozinha, numa viagem etc.
Vale ressaltar que Piaget (1896-1980) desenvolveu uma teoria do conhecimento, chamada de Epistemologia Genética. Para Jean Piaget, o pleno desenvolvimento da personalidade, sob seus aspectos mais intelectuais, é inseparável do conjunto dos relacionamentos afetivos, sociais e morais que constituem a vida da escola (1994, p.61).
Diante desse contexto é necessário que o professor compreenda o aluno enquanto sujeito do conhecimento em sua plenitude. Na maioria das vezes nos perguntamos, porque as crianças não ?aprendem?, mas não nos perguntamos por que nos negamos tanto a aprender a ?educar?.
Para ele a Inteligência humana se constrói e se desenvolve em função de interações sociais, e da ação do ser humano sobre o meio em que vive.
Esquemas: a estrutura básica do conhecimento de objetos, pessoas, situações. são as idéias mentais que formamos a partir dos estímulos no meio, para que haja aprendizagem;
Equilibração: todo conhecimento passa pelo processo de assimilação (apreensão das características) e de acomodação (utilização e modificação de esquemas conforme a situação), que juntos vão formar a equilibração (o próprio conhecimento);
Estágios: todo ser humano passa por estágios de desenvolvimento:
a) Sensório - motor (de 0 a 2 anos) ? do uso dos reflexos, que a criança já traz ao nascer, à ação motora (sentir e reagir com o corpo); período da inteligência prática (aos poucos vou conhecendo, descobrindo para que serve, o que existe ao seu redor ??. E formando uma idéia mental);
b) Pré - operatório (2 a 6 anos) ? caracteriza-se pelo uso de símbolos para reprensentar as coisas do mundo (voltando para si), sem muita flexibilidade;
c) Operatório ? concreto (6 a 12 anos) ? a criança começa a compreender os significados das situações que consegue dominar, manipular;
d) Operatório - formal ( de 12 anos em diante )- aqui já existe o pensamento a partir de hipótese e deduções; já se distingue o que é real do que é possível.
? A teoria de Piaget trouxe algumas implicações para a educação:
? Modificação da postura do professor - ensinando a partir da relação entre crianças/crianças, crianças/adultos, do conhecimento que a criança já traz, de jogos, de materiais existentes no meio; compreendendo como a criança pensa para propor atividades que possa fazer e compreender; ensinando conteúdo e processo (como se chegou a esse conteúdo), encorajando, inclusive, os erros infantis;
? Modificação do conceito de "erro?? - os erros mostram como a criança compreendeu as situações, os objetos, as pessoas, e representam verdadeiras hipóteses do que ela aprendeu;
? Modificação do sistema de correção/avaliação ? ao invés de corrigir uma resposta "errada??, corrigir o processo, refazendo as situações de outras formas (para compreender melhor), sem dar as respostas prontas.

3.2 A PRÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SEUS OBJETIVOS

? Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
? Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem - estar;
? Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto - estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
? Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
? Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
? Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,
? Expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
? Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.

4 AS INFLUÊNCIAS TEÓRICAS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Para entender o processo de desenvolvimento infantil é importante em primeiro lugar, fazer uma distinção entre crescimento e desenvolvimento. O crescimento está ligado nos atributos que podem ser medidos e quantificados como o peso ou a altura. O crescimento é, em síntese, aquilo que se pode medir no desenvolvimento, em alguns casos é o que permite a avaliação desse desenvolvimento.
O termo desenvolvimento é mais abrangente se refere aos avanços que o ser humano empreende ao passar por determinadas experiências reagindo a elas e conseqüentemente modificando-se.
O desenvolvimento trata-se de um processo único em que se alternam períodos menos ativos em que os avanços ou ganhos de uma fase influem decididamente nas posteriores. È como uma linha em espiral em que há avanços progressivos e retrocessos.
Todos os aspectos do desenvolvimento estão intimamente ligados e exercem influencia uns sobre os outros. Em cada ato ou atividade da criança se percebe a existência dos diferentes aspectos que formam sua personalidade.

5 CONCEPÇÃO EXISTENCIALISTA DE SER HUMANO

O ser humano é visto como "projeto dos seus atos", considerado como indivíduo único e situado no tempo no espaço. Visão de ser humano que se centra na existência, na vida, na atividade e sensibilidade humana. Cada indivíduo é compreendido a partir de suas diferenças individuais, de suas capacidades e potencialidades individuais.

A criança que vive em ambiente familiar equilibrado e que lhe oferece e condições mínimas de experimentar e expressar suas emoções tem chances de lidar com maior segurança tranquilidade com seus sentimentos e pode, dessa maneira, trabalhar com seus sucessos e fracassos de forma mais adequada. (MARTINELLI, 2001, p. 114)

Contrapondo-se ao "adultocentrismo" e ao "racionalismo" da pedagogia tradicional, ROUSSEAU (1979:44) enfatiza no processo educacional a criança, enquanto ser em formação e cuja etapa da infância é fundmental para seu desenvolvimento bio - psiquico. Evindencia a sensibilidade, o sentimento como elementos constitutivos na formação da criança e a autonomia da criança no distintamente a ligação dessas sensações com os objetos que as provocam??
A aprendizagem apresenta-se como significativo, na medida em que direciona-se para a realização da pessoa que aprende, para que entenda como se sente, age e pensa, descobrindo a sua identidade como pessoa. A aprendizagem tem raízes na realidade existencial e cultural do educando. Isto significa que a aprendizagem humana é simbólica, passando a ser importante a percepção dos sentidos da existência pelo próprio educando e pelo educador, cuja tarefa é orientar os educandos a educar os sentidos a partir deles (capacidade perceptiva), conhecer, pensar, refletir e estabelecer relações significativas com a realidade social vivida ( capacidade cognitiva e interpretativa). (REZENDE,1990).


6 PROFESSOR VERSUS ALUNO


O professor passa a ser o estimulador, o orientador da aprendizagem do aluno, que como sujeito, vai "aprender a aprender", ou seja, assimilar os mecanismos de busca do conhecimento.
A educação fundamenta-se no princípio da liberdade, sendo a criança livre, autônoma, no processo de investigação do conhecimento, no qual o professor estimula ao aluno pensar, criar, produzir e pesquisar.
As relações professor e aluno passam a ser consideradas como democráticas, porque não e mais professor que escreve, mas o aluno passa a ser um elemento ativo no processo educacional. È uma relação que se fundamenta na amizade, no sentimento e na afetividade.
Como a preocupação do educador é tornar a criança psicologicamente feliz, e desenvolver suas habilidades individuais, há necessidade de mudanças significativas na organização do espaço escolar, com a introdução do colorido, do belo, da alegria, através da música. O método de ensino é o da pesquisa, da experimentação, da manipulação dos objetos, da busca de soluções de problemas e da descoberta. Passa a ser importante os trabalhos em grupo e os individuais. A pedagogia Nova, apesar de apresentar elementos pedagógicos significativos de mudança no processo educativo, também é alvo de critica pelos autores "progressistas", que a consideram "a - histórica", desvinculada do contexto político-econômico da sociedade.


9 AFETIVIDADE E PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Pode-se dizer que é a dinâmica mais profunda e complexa de que o ser humano pode participar. Inicia-se a partir do momento em que um sujeito se liga a outro pelo amor, sentimento único que traz no seu núcleo um outro, também complexo e profundo: o medo da perda. Tanto que:
[...] quanto maior o amor, maior o medo da separação, da perda e da morte, o que acaba desencadeando outros sentimentos, tais como o ciúme, a raiva, o ódio, a inveja, a saudade. A afetividade é a mistura de todos esses sentimentos, e aprender a cuidar adequadamente de todas essas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada (CAMPELATTO, 2007, p. 16).

Muitas vezes movidos pelo impulso em direção ao prazer. Por isso, ao vivenciar um sentimento doloroso, tais como a raiva ou o medo, é natural reagirmos impulsivamente destruindo o objeto ou a situação que provocou tal dor.
Sabe-se que a afetividade é utilizada com uma significação mais ampla, referindo-se às vivências dos indivíduos e às formas de expressão mais complexas e essencialmente humanas.

A partir da prática docente presente na vida profissional do educador, observa-se que as crianças de aproximadamente 9 anos de idade apresentam comportamentos, atitudes, dificuldades na área cognitiva, intelectual, física e social, pre-relacionados às questões de afetividade (GOTTMAN, 1997, p. 25).

De acordo com pesquisas acerca da teoria de Wallon, entende-se afetividade como uma das etapas pela qual percorre a criança desde a primeira infância. Um recém- nascido, mesmo antes de instituir uma relação no sentido de conhecer e descobrir o mundo físico possui um sentimento de afetividade. Dependendo de sua condição familiar e o ambiente que vive, esta "emoção" gerada o acompanhará pelo resto de sua vida.

Embora os conjuntos motor, afetivo e cognitivo tenham identidades estrutural e funcional diferenciadas, estão tão integrados que cada um é parte construtiva dos outros. Qualquer atividade motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas ;toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas [...] (WALLON, 2009, p. 72)

Observa-se que na teoria Waloniana a afetividade é o ponto de partida do desenvolvimento do indivíduo, uma vez que, a partir da organização do contato com o outro, é que a criança cria um vínculo afetivo com a mãe através da amamentação que logo é substituído por uma relação mais estreita de contentamento para ambos, mãe e filho (WALLON, 1975).
Assim é desconsiderada também a relação entre a afetividade e a inteligência, enquanto que os dois aspectos se relacionam entre si, pois ao mesmo tempo em que a afetividade se estende ao desenvolvimento do indivíduo, a inteligência caminha paralelamente, a esse processo de desenvolvimento integrado.

O aspecto motor fica como uma ação que altera o desempenho cognitivo e intelectual, associando à falta de atenção e compreensão as regras na sala de aula. A comunicação na relação educativa tende a eliminar esse aspecto, considerado uma ameaça no desenvolvimento da aprendizagem, concentração das crianças, interpretando a disciplina (LEITE, 2000, p. 22).


Os movimentos podem gerar emoções e ser representados neles, facilitando sua aprendizagem. A criança pode indicar estados emocionais, partindo dos movimentos por elas executados, e que devem ser levados em consideração no contexto da sala de aula (PIAGET, 1981).
Vale-se dizer então que além das metodologias usadas deve-se prevalecer o bom senso do educador a respeito da utilização de novas técnicas na aprendizagem, ressaltando a necessidade da existência de relações educacionais no ambiente da sala de aula. Sabemos que é mediante o estabelecimento de vínculos que ocorrem o processo de ensino-aprendizagem, mas estes vínculos precisam ser significativos e prazerosos.
Para que a aprendizagem aconteça é necessário que se institua em um ambiente onde o ajustamento afetivo seja a condição primordial. Os estudos dos teóricos sobre afetividade, e a partir de pesquisas, perceberam a interação que existe entre o ambiente familiar e a escola como o segundo ambiente socializado.

[...] a formação de seu caráter, suas expectativas, sua concepção do mundo gira em tomo dos conceitos, que seus pais, sua família lhes ensinou. Mesmo que na idade adulta o filho decida seguir um caminho diferente daquele estipulado durante sua infância levará sempre consigo os ensinamentos, os exemplos mais claros que lhes foram passados
(CAMPELATTO, 2007, p. 36).

É possível observar, por exemplo, o caso de pais alcoólatras, pais usuários de drogas, etc. A criança cresce no meio dessa família, e fica sem saber o que é certo ou não , podendo formar dentro da sua mentalidade um horror ou uma entrega, uma aceitação momentânea que mais tarde trará senas consequências.
Esta situação, e muitos outros fatores, podem envolver a criança e influenciar em sua formação, tornando difícil e demorada sua adaptação em sala de aula.
É a partir deste momento que a presença da professora vai fazer a diferença, em seu comportamento, seu aprendizado, sua socialização, sua auto- estima. A criança passa sentir que faz parte do processo em que está inserida. Deve ficar claro que depende da afetividade da professora, para que o aprendizado desta criança seja efetivo (GOTTMAN, 1997).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento se transformou em produto e o ensino em comércio. Na verdade, a educação de modo geral, se apresenta como a moeda de troca do século. Professores, coordenadores e inclusive pais esqueceram que, muito mais do que uma empresa, a empreitada educacional é uma missão humanizadora: seus objetivos não devem ser o lucro (ainda que este possa ocorrer), mas sim a propagação da cultura universal, a inclusão social e, mais importante do que tudo, a formação plena do homem.
Propostas novas na pedagogia vem sendo desenvolvidas a fim de trabalhar o aspecto da afetividade no relacionamento professor-aluno. A afetividade entre educador e educando pode ajudar a ativar os processos de auto-avaliação na medida em que ela permite um relacionamento mais significativo entre o aluno e o conteúdo a ser aprendido.
É comum ouvir professores, desde o Ensino Fundamental, dizendo que seu dever para com os educandos é entrar na sala de aula e passar o conteúdo da aula, sendo que o aproveitamento (ou não-aproveitamento) depende única e exclusivamente do educando. Transferindo para este uma responsabilidade que, deveria ser de ambos.

REFERÊNCIAS
COÊLHO, Lucivanda Mira. Leitura e Escrita, Práticas Responsáveis pelo desenvolvimento do Ensino- Aprendizado. Artigo Científico. Instituto Macapaense do Melhor Ensino Superior. Macapá: 2010.
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; Mohoney, Abigail Alvarenga (org). Afetividade e Aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
CAMPELATTO, Ivan Roberto. Educação com afetividade. São Paulo: Gráfica Editora Modelo Ltda, 2007.
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 2001. 1ª Ed, 2004 edição revista e atualizada.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva et al. Afetividade e práticas pedagógicas. Editora: Casa do Psicólogo.













A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL PARA A SOCIEDADE ATUAL

JOSIELY DE SOUZA NASCIMENTO

RESUMO

Para expressar-se e comunicar-se o ser humano dispõe de uma serie de recursos, como palavras, gestos, expressões fisionômicas, símbolos, sinais, sons etc. Esses recursos, quando organizados constituem sistemas, que são as linguagens onde se dividem em dois tipos: a linguagem verbal onde se utiliza as palavras que seria uma atividade humana universal, mas realiza-se individualmente por meio das línguas e a não verbal se apresenta através dos símbolos, nos desenhos, nos gestos, na expressão corporal, enfim: em todos os signos que não sejam verbais.
Palavras - Chave: Linguagem. Importância.Verbal.Não Verbal

RESUMEN

De expresarse y comunicar el ser humano tiene una serie de características, tales como palavras, gestos, expresiones fisinômicas, símbolos, signo, sonidos recursos etc. Este se organizam los sistemas, que son los idiomas en la que dos dividemm lenguagem verbal que utiliza la palva sería una actividade humana universal, pero se lleva a cabo individualmente por medios de comunicación no verbal y se presentaa través de símbolos, dibujos, gestos, expresión corporal, en fin :: en todos los tipos los signos nos verbales.

Palabras- Cllave: El lenguaje. El importancia. Verbal. No verbal

1 INTRODUÇÃO

Este artigo tem a finalidade de mostrar a importância da linguagem com a sua necessidade de expressão e comunicação para a sociedade. Ressaltando-se que a linguagem é uma capacidade específica do homem se comunicar por meio de uma língua, onde seria uma forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Embora os animais também se comuniquem, a linguagem verbal pertence apenas ao homem.
A linguagem é dividida em dois tipos: a verbal e a não- verbal. A linguagem verbal tem duas modalidades a escrita e a oral: a escrita é usada quando o interlocutor está ausente e a oral é quando o interlocutor está frente a frente conosco. O termo "verbal" tem origem do latim "verbale" que seria proviniente de "verbu", que quer dizer palavra.
O estilo de comunicação é bastante importante, pois, reflete o que acontece nos centros de muitas decisões, onde a comunicação mal feita gera má interpretação. Nas áreas onde as pessoas se comunicam mais e melhor, os problemas são diminuídos e, se por ventura algum conflito surgir, será melhor para ser administrado.

2 A HISTÓRIA E A ORIGEM DAS LINGUAGENS

Dentro da linguagem verbal sabe-se que há dois tipos de língua onde seria a escrita e a oral. A língua escrita foi criada em torno de 4000 a.C, e no mesmo tempo que surgiram as civilizações como as do Egito e da Mesopotâmia, formadoras de grandes impérios. Na pré-história o homem utilizou vários meios de expressão, mas nenhum deles foi para expressar linguagem-verbal.
Vale ressaltar que a invenção da escrita realizou-se de várias maneiras tanto em momentos diferentes como também em diferentes pontos do mundo. Para Aristóteles o homem é um animal político (social e cívico), pois somente ele é dotado de linguagem. Animais têm voz, exprimindo dor e prazer. Só homem possui palavra, exprimindo e possuindo, em comum com outros homens, valores que viabilizam vida social e política. Para Platão a linguagem é um pharmakon : remédio, veneno e cosmético.
Na história de uma língua, sabe-se que as palavras mudam de forma e significado, desaparecem umas e outras novas se incorporam ao idioma. As palavras correntes do português sao indiscutilvelmente latinas, ainda que do latim o português não tenha herdado senão um vocabulário pobre, pequeno e que expandiu sem perder o cunho originário.Com relação à matriz tupi, obra meritória é o Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem tupi (1978) de Antônio Geraldo da Cunha.

3 AS LINGUAGENS E SUAS DEFINIÇÕES
A sociedade é formada por comunicação. Com isso ela é formada por linguagens; que são formas de se comunicar; vários meios de transmitir informação. Tendo como por exemplo: a sociedade trabalha com fatos e esses fatos passam ser relatados a partir de uma linguagem específica, podendo ser chamada de linguagem jornalística, ou simplesmente linguagem informativa. Essa linguagem é apenas um tipo de linguagem existente.
Rousseau afirma que o ser humano é bom por natureza, a sociedade é que o corrompe. Se a sociedade tem esse poder, ele só pode ser exercido através da língua e da linguagem. No caso da teoria de Rousseau, a influência que a sociedade exerce sobre o ser humano é realizada não só com a língua, mas também com a linguagem. Linguagem verbal, linguagem não-verbal, linguagem visual? Enfim, a influencia é exercida de várias maneiras.
Portanto, a língua é o meio de locomoção; formação e desenvolvimento da sociedade, aliada a outros fatores como produção, economia, entre outros. Destacando-se que vivemos num mundo globalizado, o mundo do desenvolvimento.

4 TIPOS DE LINGUAGENS NECESSÁRIAS À SOCIEDADE
4.1 LINGUAGEN NÃO-VERBAL
Devemos sempre lembrar que a comunicação não é somente a linguagem verbal, pois, ela é feita em grande parte pela linguagem não-verbal. Uma está em concordância com a outra, de forma que a comunicação seja um processo completo e coerente. E assim, na linguagem não-verbal a comunicação sensorial é predominante, como meio de aceitar ou rejeitar a mensagem.
Com a linguagem corporal não se consegue esconder nem de si mesmo, nem de um observador avisado, ela transcende a consciência. Por isso é tão importante que a corporal esteja em consonância com a verbal. Através do corpo falam-se muitas coisas apontando as mentiras, expõe verdades inconscientes, reforça as idéias, dá ênfase à comunicação, favorecendo ou dificultando o entendimento e promovendo a interação com emissor e receptor da mensagem.
De acordo com Rogers e Steinfatt (1999) a comunicação não-verbal está presente a todo o momento nas relações pessoais, já que a linguagem corporal pode ser inconsciente e não intencional. Ressalta-se que em uma conversa, até a decisão de não falar é uma mensagem e caracteriza-se como linguagem não-verbal.
Essa linguagem se tornou e se torna até hoje importante, pois, em qualquer lugar entre países de idiomas diferentes, as culturas possuem uma compreensão da mensagem através da expressão não verbal como: um sorriso, um aperto de mão, uma braço não importa se estamos de um lado do mundo ou do outro. Ao assistir a um filme em uma língua que desconhece o telespectador, mesmo nessas condições, é capaz de perceber as emoções representadas pelos personagens. A linguagem não-verbal é tão forte, que um gesto pode dizer mais que mil palavras.
Segundo Furnham (2001):


O ser humano se comunica de forma autêntica e sem necessariamente utilizar-se de palavras (orais ou escritas), ele se manifesta através de gestos e expressões corporais. Essa manifestação da linguagem corporal não-verbal, pode ser aprendida, mas em grande parte dela parece ser inata.

Para que o processo de comunicação não-verbal tenha sentido e possa ser interpretado, é necessário que o destinatário da mensagem "capte" os sinais (gestos, acenos, expressões faciais, entre outros) emitidos pela linguagem corporal durante o processo de comunicação, sendo o emissor da mensagem consciente ou não dos sinais que emite (FURNHAM, 2001).

4.2 LINGUAGEM VERBAL


Uma de suas importâncias é que ela se tornou a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano, e assim expomos aos outros as nossas idéias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verba