Artigo: Um ano do desaparecimento do vôo AF 447 Airbus A330-200 da Air France

Roberto Ramalho é Jornalista, Advogado, Relações Públicas e estudioso de assuntos políticos

É muito estranho que a companhia aérea Air France e outras companhias aéreas não terem tomado providências sobre esse assunto tão delicado que é a descoberta de um "comportamento anormal" em um de seus equipamentos desde janeiro passado pela Agência Européia de Segurança da Aviação (Easa), que relatou, inclusive, um outro acidente aéreo ocorrido com uma aeronave, também um Airbus, da empresa Qantas da Austrália.

Se isso podia acontecer novamente esse acidente poderia ter sido evitado salvando as 228 vidas que estavam a bordo do avião AF 447 da Air France. Espero que os especialistas e técnicos nesse tipo de procedimento, qual seja de investigação de acidentes aéreos da empresa fabricante do avião e da Air France e militares da aeronáutica da França e de Brasil possam encontrar a verdadeira causa para esse acidente terrível acontecido no Oceano Atlântico, e se possível resgatando as caixas-pretas do fundo do mar. Embora já se tenha a afirmação que o acidente foi causado por uma peça responsável pelo controle da velocidade da aeronave.

A BBC Brasil informou que o voo AF 447, com 228 pessoas de 32 nacionalidades a bordo, desapareceu dos radares no final da noite de domingo. O último contato da aeronave ocorreu por volta das 2h GMT de segunda-feira (23h de domingo, hora de Brasília), quando o avião atravessava uma área de turbulência.
O acidente aéreo teve grande repercussão internacional, principalmente entre os jornais franceses Le Figaro, Le Monde e The Washington Post.

O Le Figaro destacou o acidente na época afirmando que embora tenha havido a possibilidade de o avião ter sido atingido por um raio dia disse que "outras hipóteses também precisavam ser consideradas".

Outro jornal francês questionou também que "o avião teria sido vítima de um clima terrível e de panes técnicas?", questionava em seu título principal o diário francês Le Monde, para quem a reconstituição dos eventos envolvendo o Airbus A330-200 seria um "quebra-cabeças".

Já o americano The Washington Post destacava o "mistério" envolvendo a aeronave e questionava: "Como pode um jato tão moderno simplesmente desaparecer?". E arrematou: "O voo 447 da Air France era um Airbus A330-200, um grande e moderno jato desenvolvido, como o nome implica, para enfrentar qualquer coisa. Mas em algum lugar sobre o Atlântico, na calada da noite, em uma forte tempestade com trovoadas, ele caiu do céu", diz a reportagem.

De acordo com a Air France, o piloto da aeronave era muito experiente e possuía 11 mil horas de voo, sendo 1,7 mil horas somente no Airbus A330-200.

Informações mais detalhadas pela companhia Air France sediada no Brasil informa que estavam abordo 58 passageiros brasileiros e 61 franceses, além de 26 alemães, dois norte-americanos, um sul-africano, um argentino, um austríaco, um belga, 58 brasileiros, cinco ingleses, um canadense, nove chineses, um croata, dois espanhóis, quatro húngaros, três irlandeses, um islandês, nove italianos, cinco libaneses, dois marroquinos, um filipino, dois poloneses, um romeno, um russo, três eslovacos, um dinamarquês, um estoniano, um gambiano, um sueco, seis suíços, um holandês, três noruegueses e um turco.

Mas o que devemos tirar da lição desse acidente é que ele foi uma fatalidade. Infelizmente as pessoas tinham que morrer nesse dia. Quando chega o dia de cada um morrer tão tem escapatória. Pode morrer cedo, como pode morrer tarde. Pode morrer jovem, como pode morrer velho.

Quanto às pessoas que perderam seus parentes no acidente do Voo 447 da Air France com destino a Paris na França, espero que elas tenham força e coragem para poder receber o impacto da trágica notícia. Mas eles com certeza já devem estar sabendo que não houve nenhum sobrevivente.