Artigo: Teotonio Vilela e o PCCS dos professores e o embate com o senador Fernando Collor

Roberto Cavalcanti é advogado, jornalista, relações públicas, articulista e blogueiro

Em entrevista concedida à Rádio Gazetaweb, na manhã da quinta-feira (3), o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) declarou que a falta de dinheiro impediu o avanço do projeto, até então garantido pelo secretário de Estado da Educação, Adriano Soares.

Durante entrevista a emissora de rádio o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) admitiu que não existe nenhuma previsão para que o Estado venha implantar o Plano de Cargos e Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores da Educação.

Teotonio Vilela atribuiu o congelamento do PCCS à ‘crise financeira’(sic!), que teria frustrado as tentativas do governo de solucionar o impasse salarial com os servidores.

Disse o governador na ocasião: “Os recursos do Fundeb estavam garantidos para os servidores da ativa, mas não para os aposentados”.

De acordo ainda com o governador, a contrapartida para os inativos, que ficaria sob responsabilidade do Estado, não pôde ser cumprida.

Afirmou o governador: “Não tive recursos para bancar. Esperamos agora que o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seja grande, como a presidente Dilma anunciou. O que não podemos fazer é aumentar o salário do servidor em um dia e depois recuar. É preciso ser responsável”, concluiu.

Sua entrevista concedida a rádio Gazetaweb não passou de mais uma balela, mais um deboche em relação aos funcionários públicos estaduais, notadamente os professores.

Afirmar e culpar a crise financeira mundial e que atingiu o Brasil é pura especulação de um governante incompetente e que tem concedido os mais baixos reajustes salariais aos servidores públicos de Alagoas.

Além dessa desculpa esfarrapada ainda disse que se o Produto Interno Bruto (PIB) crescer, ele poderá conceder um reajuste maior ao funcionalismo público.

Se o governador tentasse trazer o estaleiro para Alagoas, ai sim se poderia começar a sair desse estado de estagnação econômica, e não mais depender da moagem da cana de açúcar, a principal fonte de arrecadação do Estado.

Ataques entre Teotônio Vilela e Fernando Collor

Ainda na manhã da quinta-feira (03), em entrevista concedida ao radialista França Moura, no programa “Cidadania”, o governador Teotonio Vilela mais uma vez disparou contra o seu maior opositor, numa provável disputa a uma única vaga ao Senado da República, afirmando: “Ele não tem o que fazer, vive do “gogó”, de criticar as pessoas de qualquer forma. Ele deveria se preocupar com o mandato nota zero dele, segundo a revista Veja”, disse.

Repetindo, possíveis adversários em busca de uma vaga no senado em 2014, os representantes do PSDB e PTB vêm se alfinetando e engalfiando há algumas semanas.

Criticando duramente os números elevados da violência no Estado de Alagoas, Fernando Collor alfinetou o governador e atingiu por tabela, o Secretário-Chefe do Gabinete Civil do Estado, Álvaro Machado e o Secretário de Estado de Defesa Social, Dário César, que também criticaram a postura do senador.

Isso tudo vem acontecendo após a explosão da sede do DEIC (Divisão Especial de Investigação e Capturas), quando uma policial civil morreu no local onde havia uma grande quantidade de material explosivo como granadas, bananas de dinamite, entre outros artefatos, que deveriam estar depositado num paiol do Exército.

Alagoas é um dos estados mais pobres do Brasil em termos de indicadores econômicos e sociais, e nenhum governador até hoje modificou esse quadro.

A adutora do Sertão uma das obras mais importantes para o povo alagoano e que deverá levar água para o semiárido e outras regiões onde quase não chove está há muito tempo sendo construída a passo de tartaruga e consumindo grande soma de recursos públicos por conta dos inúmeros termos aditivos.